Do trono ao cadafalso escrita por Evil Queen 42


Capítulo 27
Capítulo XXVII


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Sarada queria Karin perto de si, sentia a obrigação de dar um bom cargo à ruiva. Propôs torná-la dama de sua câmara privada.

Karin então passou a tomar conta do guarda roupa de Sarada, tal como fazia em sua infância quando Sakura morreu. A Rainha possuía muitos vestidos, mas nada comparado a quantidade que sua mãe tinha em sua época como Consorte. Sakura gostava de esbanjar, de enfatizar seu status, e sempre exigia os tecidos mais caros, aqueles que apenas a realeza poderia comprar. 

Os sapatos da Rainha eram organizados por ordem de cor. Karin era caprichosa, mas Sarada não estava presente ali com a finalidade de supervisionar o trabalho dela. 

– Karin... - Sarada chamou a atenção da ruiva, escorando-se num móvel de madeira próximo à cama - Eu estou lendo o diário de minha mãe, e não creio que ela tenha sido capaz de cometer todos os crimes dos quais foi acusada. - Disse com pesar - Qual é sua sincera opinião? 

Karin soltou um longo suspiro. Ela deixou um par de sapatos púrpura sobre a prateleira, caminhando em seguida para perto da Rainha.

– Majestade, terá suas respostas quando concluir a leitura do diário. Não quero influenciar seu julgamento com minhas opiniões. 

– Eu quero saber as opiniões de quem não ajudou a mandá-la para o cadafalso. - Afirmou - Não posso contar com mais ninguém. Todos que a conheceram, até mesmo os que não conheceram, possuem uma visão distorcida dela... Sakura foi apenas uma mulher incompreendida. 

Karin caminhou até a tela presente no quarto de Sarada. Sakura estava linda quando posou para Jiraiya, a própria Karin a arrumou naquele dia.

 Os cabelos rosados eram extremamente longos, então Sakura os enrolava antes de dormir, o que acabava deixando os fios ondulados quando soltos. Sakura amava exibir aqueles cabelos extremamente longos e de tonalidade tão incomum... e até por isso ela foi erroneamente interpretada. 

– É exatamente assim que eu me lembro dela. - Karin esboçou um sorriso nostálgico diante da imagem de Sakura - Era uma Rainha tão bonita. Nenhuma mulher nesse país podia competir com a beleza dela... 

– Ela era impetuosa. - Afirmou a soberana.

Karin assentiu. 

– Sakura era muito inteligente, mas, no fim, isso não a salvou. - A mulher abaixou o olhar - Na verdade foi sua ruína. 

– Karin, eu só tenho as palavras de minha mãe no diário. - Sarada disse aflita - Mas nem sempre ela escrevia com frequência. Na verdade, pelas datas registradas, ela chegava a ficar meses sem escrever. 

A Uzumaki soltou um longo suspiro. Sabia que Sarada iria querer que ela preenchesse as lacunas em branco na história de sua mãe como consorte. 

Mas, Karin deveria relatar o real motivo da morte de Sakura? Mesmo que a rosada não tivesse contado, havia ficado óbvio no dia de sua execução. 

Talvez Sarada devesse descobrir sozinha. 

Para Sarada, as coisas não faziam muito sentido. Ela leu documentos do reinado de Sasuke, o Rei estava disposto a perdoar sua esposa, todavia, ao invés disso, assinou sua sentença de morte. Por quê? No fundo, Karin sabia o porquê, mas preferia que Sarada soubesse pelas palavras que sua mãe certamente escreveu para ela. 

Após a morte de Sakura, Sasuke jamais se casou novamente. Mesmo sem ter um filho homem, tampouco um sobressalente, ele exigiu que Sarada fosse instruída adequadamente para o cargo de regente do país. Esse fato realmente era intrigante, não se encaixava na história, uma vez que Sasuke jamais esteve convencido da inocência de Sakura. 

Por que ele tornaria Rainha a filha de uma traidora? 

Era estranho pensar que Sasuke ainda amava Sakura. Por que a mandaria para a morte se ainda a amava? 

Se Sasuke realmente visitou sua consorte enquanto ela estava presa e esperava sua execução, as únicas pessoas que sabiam por que o Rei decidiu matar a Rainha - e tornar Sarada sua única sucessora - estavam mortas. 

– Não estou exagerando quando digo que Sakura foi a maior responsável por sua morte. - Karin relatou. 

– Você acha que ela realmente cometeu todos aqueles crimes? - A morena uniu as sobrancelhas, sentando-se sobre sua cama. 

– Não creio que Sakura tenha sido capaz, mas... - Karin mordeu o lábio inferior, ponderando suas palavras.

– Mas? - Sarada ergueu uma sobrancelha, indagando num tom que soou como uma deixa para que Karin prosseguisse. 

– Ela realmente teve conversas muito suspeitas com todos aqueles que também foram condenados. - Relatou - Não sei em que momento o Rei passou a desconfiar de Sakura, mas a verdade é que muito provavelmente havia uma quantidade significativa de espiões atrás dela.

Espiões? Sasuke estava tão inseguro e desconfiado a ponto de colocar espiões para vigiar a esposa? 

– Karin, você tem certeza de que foi o próprio Sasuke quem mandou que Sakura fosse espionada? 

– Se não foi o Sasuke, foi alguém próximo a ele... alguém em quem Sasuke certamente confiava. - Afirmou.

– Alguém cuja vontade era ver minha mãe fora do caminho. - Disse Sarada.

As peças estavam se encaixando. Os inimigos de Sakura a temiam tanto que fizeram de tudo para encontrar qualquer prova de traição. 

– A partir do momento que Sakura foi acusada, seu destino já estava traçado. - A melancolia no tom de voz da ruiva era nítida - Ela dizia ter inimigos que fariam de tudo para vê-la morta, e o Rei também estava insatisfeito com ela. Sasuke não compareceu ao julgamento, Sakura sequer teve direito a testemunhas a seu favor... Tudo conspirou perfeitamente para condená-la. 

– Por que tamanha crueldade, Karin? 

– Isso tudo, muitas vezes, só me faz pensar que Sasuke queria vê-la morta e precisava de um pretexto.

Não fazia sentido. Sasuke fez um documento que manteria Sakura viva, ele estava disposto a perdoá-la, e ainda por cima deixou Sarada na linha de sucessão. 

– Karin... - Sarada disse pensativa - Só falta uma peça... uma única peça. 

– Peça? - Indagou confusa a ruiva. 

– Sim. - Assentiu - Uma peça que não se encaixa. Não tem lógica. 

–  Creio que a própria Sakura lhe dará essa peça, Majestade. - Disse Karin. 

[...] 

"Mikoto faleceu durante a noite. Eu sequer sabia que a Rainha Mãe estava adoentada, e foi tudo muito rápido. O Rei está inconsolável, e inclusive se culpa por ter deixado Shion longe de Mikoto em seus últimos dias de vida.

 No entanto, mesmo que eu me sinta mal por isso, eis um novo começo para mim. Com Mikoto morta, Sasuke não mais terá argumentos para justificar a presença de Shion aqui, poderá mandá-la para o exterior a qualquer momento; Afinal, o Rei sempre dizia que enquanto sua mãe vivesse, Shion seria mantida aqui em Konoha... Agora, Mikoto já não vive. Farei com que ele considere o exílio como um castigo para a garota rebelde, ou que arrume um bom casamento para ela (...)".

Konoha estava de luto. Sasuke estava abalado, trancado em seus aposentos, sequer compareceria ao funeral da mãe. Não por insensibilidade, mas não lhe convinha. Um Rei não podia presenciar um funeral, uma vez que é algo diretamente ligado à morte, e em um tempo onde apenas sugerir a morte do Rei poderia ser julgado como traição, vê-lo num funeral seria quase uma associação das duas coisas.

Ao contrário de Sasuke, Sakura marcaria presença no funeral de Mikoto. O vestido, mesmo inadequado para a ocasião, já havia sido escolhido pela Rainha que seria vestida por suas damas.

Estava usando somente a Chamise - uma espécie de camisola usada tanto por homens quanto por mulheres, considerada como roupa de baixo - branca de linho, enquanto suas aias preparavam as outras partes da vestimenta. 

O vestido não era uma peça única.

Por cima da Chamise, lhe foi colocada a anágua - para deixar o vestido armado -, branca, amarrada na cintura. O espartilho foi acrescentado, com amarras atrás, modelando a cintura.

A saia em amarelo bordada com fios de ouro foi colocada primeiro, depois o corpete na mesma cor amarrado na frente e por último as mangas. Era uma roupa magnífica. O corpete era bordado em fios de ouro e pérolas, as mangas eram longas, quase tocavam o chão, e predominantemente douradas. 

Sakura escolheu um colar de pérolas com um pingente de ouro com a letra "S" e três pérolas maiores em forma de gota penduradas; Os longos cabelos foram presos por um coque, mas Sakura dispensou todo e qualquer véu que pudesse vir a cobri-los, optando por usar uma discreta tiara de ouro. 

Quando Sakura apareceu na capela do palácio, onde estava sendo velado o corpo de Mikoto, todos a olharam com espanto. Shion, por sua vez, estava com ódio. 

Mikoto era inimiga de Sakura, e não hesitaria em fazer algo que pudesse destroná-la. E Shion, com a morte da mãe do Rei, não tinha nada que a impedisse de ser mandada para longe pelo primo.

Com Shion longe, seus fiéis seguidores iriam se dissipar. Fofocas em torno da Rainha iriam diminuir consideravelmente; Portanto, para Sakura, a morte da sogra foi uma libertação. 

 Segundo crenças antigas, o amarelo simbolizava renovação e esperança. O fato de Sakura usar amarelo no funeral de Mikoto soou como uma clara provocação, como se ela estivesse disposta a debochar publicamente da memória da mãe do Rei. 

Ela não disse nada, nem em seu nome e muito menos em nome do Rei. Sasuke claramente ficaria sabendo sobre a péssima escolha que Sakura fez ao se vestir de amarelo para um funeral, mas estava abalado demais para se preocupar com as fúteis provocações da esposa. 

O fato é que, após essa aparição de Sakura, conversas maldosas também começaram a surgir em torno do Rei.

Fofocas, na maioria das vezes exageradas, sobre a conduta da Rainha se espalhavam cada vez mais rápido entre os membros da Corte. Ela era espirituosa, tinha a língua afiada, constantemente discutia com o marido e isso já havia sido presenciado principalmente por suas aias. 

Sasuke passou a ser visto como um homem passivo demais. Se um homem não era capaz de governar sua esposa, como seria capaz de governar um país? 

A conduta de Sakura não era aceitável, e menos aceitável ainda era a postura de Sasuke diante disso. 

[...] 

O casal caminhava de mãos dadas pelo jardim do palácio. O vento frio soprava, bagunçando um pouco os cabelos da monarca.

O casamento estava próximo. Sarada já havia encomendado seu vestido, os cozinheiros já sabiam o que deveriam servir, e monarcas de países aliados seriam testemunhas. 

– Estou ansiosa com nosso casamento. - Sarada declarou - Será memorável. 

– Certamente será. - Riu o loiro - E seus súditos, aceitarão sem relutar?

– Boruto... - Ela soltou um riso anasalado - Após eu ter defendido Konoha do ataque de Suna, duvido se não irão concordar com qualquer decisão tomada por mim. - Declarou - E eu continuarei como regente, meu poder não será dividido. 

Boruto a amava, não ansiava pela soberania. Aceitava de bom grado ser um consorte, mesmo sendo mal visto que um homem ocupasse uma posição tão inferior. Mas Sarada era a Rainha, e essa era sua vontade. 

– Não me importo com poder. - Ambos pararam de frente para um lago, então Boruto ficou de frente para sua futura esposa - Eu quero você, Sarada. 

– E você me terá. - Ela depositou um rápido beijo nos lábios do jovem - No momento certo. 

– Eu mal posso esperar. - Boruto esboçou um sorriso de canto, mas logo o deixou se desfazer quando viu que Sarada abaixou o olhar - O que houve? 

– Eu sou a última da dinastia. - Sarada encarou o loiro - Tenho medo de não conseguir dar continuidade a ela.

Sarada, com a leitura do diário de sua mãe, sabia que Mebuki havia dado à luz várias vezes e somente uma de suas crianças, Sakura, conseguiu sobreviver. Enquanto que Sakura, que teve mais de uma gestação, conseguiu sucesso apenas na segunda. Sarada temia o insucesso em dar continuidade à dinastia, se tornando, literalmente, a última monarca Uchiha. 

– Você irá. - Boruto levou as mãos de Sarada até seus lábios, beijando-as - Nós iremos.

As bochechas da Rainha adquiriram um tom avermelhado que claramente não passou despercebido aos olhos de seu noivo. 

– Vamos voltar para o palácio. - Disse ela - Está ficando frio aqui fora.

Ele assentiu. 

Os dois andaram juntos e em silêncio por alguns corredores, até enfim chegarem na porta dos aposentos de Sarada. 

Ela havia dispensado as aias naquela tarde, pois estava com vontade de passar um tempo a sós com o noivo. Andava bastante ocupada com os preparativos para o casamento, mal tinha tempo para Boruto.

– Não vejo a hora de entrar nesses aposentos como seu marido. - Disse ele. 

– Aguarde um pouco. - Sarada o beijou nos lábios - Só mais um pouco. 

– Nós não podemos...

– Não. - Ela o interrompeu antes que pudesse concluir sua frase - Espere até estarmos casados.

– Ora... - Boruto soltou um riso anasalado - Vamos nos casar, que diferença faz? 

– Pretende me ter como amante antes de me ter como esposa?

– Feliz é o homem que possui uma amante e uma esposa na mesma mulher. - O rapaz roubou um beijo da Rainha a sua frente - Que diferença faz se nosso amor será consumado antes ou depois de sermos marido e mulher? Casamento não é apenas para oficializar o que já sentimos? 

Sarada riu.

– Sabe o escândalo que isso geraria caso alguém descobrisse? - Indagou - Boruto, eu já carrego o peso de ser filha de minha mãe, chamada por muitos de prostituta até hoje. Não posso arriscar, compreende? 

– Você é a regente desse país, pode fazer o que quiser. - Insistiu. 

– E é justamente por ser a regente desse país que eu preciso cativar o máximo de pessoas possível. Não posso dar motivos para ser difamada. 

Ser filha de Sakura deu a Sarada uma qualidade indispensável à qualquer monarca: Cautela.

– Eu compreendo. - Boruto sorriu de canto, então se despediu da noiva com um beijo na testa. 

[...] 

"Estou novamente grávida e essa notícia maravilhosa conseguiu ofuscar o clima mórbido instalado na Corte após a morte de Mikoto. Sinto por Sarada e espero que ela me perdoe, pois oro para que este bebê seja um varão, o herdeiro que Sasuke tanto quer para sucedê-lo. 

Shion em breve irá para o exterior, pois Sasuke conseguiu um casamento extremamente vantajoso para ela, uma proposta verdadeiramente irrecusável, isso porque Sasuke está tão encantado com a notícia da minha gravidez que voltou a fazer todas as minhas vontades. Relatei a ele que não me sinto segura com Shion por perto, que ela espalha comentários maldosos sobre a minha pessoa, e isso, quando chega aos meus ouvidos, causa-me maus humores que afetam o bebê. Diante disso, Sasuke concordou em mandar a prima para longe de Konoha. 

Essa gravidez é uma grande esperança, me dá novamente vontade de resistir, de assegurar meu lugar no trono como legítima esposa do Rei. Sinto que conseguirei sobreviver a esta vida que escolhi para mim, e me orgulharei do caminho que decidi trilhar sozinha. 

 Eu temia que Sasuke estivesse com o coração frio para mim, e sentia a necessidade de fazê-lo se apaixonar novamente, mas ele só estava insatisfeito. Quando soube da gravidez, Sasuke novamente se converteu em meu escravo, cedendo a todas as minha  vontades, pelo meu bem e pelo bem de seu filho. Todavia, mais importante do que a paixão física, será mostrar para Sasuke que todos os cuidados que teve para comigo, que o preço pago por ele para me ter, que tudo o que passamos até chegarmos aqui, que nada disso foi em vão. Eu vou lhe dar um filho. 

Preciso reanimar o coração infeliz da jovem animada e arrogante que há anos conquistou o coração do jovem Rei, atraindo-o para um labirinto sem saída e mantendo seu amor vivo por anos até o casamento. Não posso deixar que Sasuke note o meu já escasso amor por ele (...)".

Como Sasuke havia ordenado desde o incidente com fogo no quarto da Rainha, ela não deveria dormir sozinha. E agora, grávida, o cuidado deveria ser redobrado.

Karin estava com a Rainha em seu quarto, e havia dois guardas na porta. Sakura estava sentada em sua poltrona próxima à lareira, enquanto Karin arrumava sua cama adequadamente, e o pequeno Pakkun brincava no chão. 

Sakura ria, se divertia com o cãozinho levado. Sarada também o adorava, embora Sasuke odiasse saber que Sakura deixava a filha brincar com o cachorro, uma vez que temia alguma doença. 

Um dos guardas anunciou a chegada do Rei, que logo entrou no quarto da esposa. Karin fez uma reverência em respeito ao monarca, mas Sakura permaneceu sentada.

– Meu amor. - Sasuke deu um beijo na testa de Sakura - Como está linda!

Ela levou as mãos até o ventre. A gravidez ainda era imperceptível para os outros por conta dos vestidos, mas a barriga de Sakura já estava começando a crescer. 

Os diagnósticos de gravidez não eram tão precisos, e às vezes os sintomas eram interpretados erroneamente. Uma mulher só tinha certeza absoluta de que estava mesmo grávida quando sua barriga começava a crescer.

– Está aqui novamente. - Ela riu - Veio me visitar pela manhã... - Comentou. 

– E virei sempre que possível. - Ele acariciou a face da rosada - Precisa de algo? Está confortável aqui? Se estiver com desejos, mandarei que providenciem tudo o que você quiser comer.

– Eu estou com um desejo enorme de comer codornas. - Falou empolgada - Infelizmente há tempos não servem codornas aqui na Corte. 

As codornas não eram nativas de Konoha, eram trazidas de um país vizinho apenas para banquetes especiais. Era um alimento extremamente caro, tanto quanto os ovos. 

– Você comerá codornas. - Disse Sasuke - Irei encomendá-las ainda hoje, e irei exigir que cheguem o mais breve possível para satisfazer os desejos da Rainha. 

– Obrigada, Majestade. - Sorriu - Eu também gostaria que me servissem pêssegos. 

– Pêssegos? 

– Sim. - Assentiu - Sei que não é a época, mas eu estou com um desejo incontrolável de comer pêssegos, e não vai passar até que eu os coma. 

– Daremos um jeito. - Sorriu - Mais alguma coisa? 

– Meu último desejo é deveras mais fácil, Majestade.

– Pois diga. Farei tudo o que estiver ao meu alcance. 

– Quero ver nossa filha. 

Sasuke ficou sério. Não queria que Sakura fosse até a residência de Sarada, pois era uma viagem cansativa; Ao mesmo tempo, não queria que Sarada, tão pequena, frequentasse a Corte.

– Sakura, espere nosso filho nascer. - Pediu - Sarada está bem, eu a vejo com frequência e diariamente recebo notícias dela. Não há com o que se preocupar. 

– Não é preocupação somente, é saudade. - Disse angustiada - São tão escassos meus momentos com ela. Se não quer que eu vá vê-la, então mande trazê-la para a Corte. 

– Não quero que ela fique aqui, rodeada por centenas de pessoas, pois temo que ela pegue alguma doença. 

A infância era um período crítico, com mortalidade alta. A preocupação de Sasuke não era sem fundamento, inclusive porque Sarada era sua única herdeira.  

– Ela ficará aqui, comigo. - Sakura uniu as mãos, implorando ao marido que lhe deixasse ver a filha - Por favor. Faz tanto tempo desde que a vi pela última vez. 

– Tudo bem. - Sasuke concordou, e ficou feliz ao ver o sorriso radiante no rosto de Sakura - Mandarei uma carta para Mebuki ainda hoje, e amanhã Sarada passará o dia aqui com você. 

– Obrigada, Majestade. 


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Notas finais do capítulo

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