Sempre ao seu Lado escrita por Aquela Trouxa


Capítulo 26
25 de Julho ➶


Notas iniciais do capítulo

Depois de quase, quase um mês rs "OI GENTE!"
Aqui está a primeira parte do capítulo 25, pois estava imensamente grande! Em breve posto a segunda parte.
Agradeço de coração a cada boa alma que disponibilizou seu tempo para favoritar, comentar, acompanhar e compartilhar a história! OBRIGADA MESMO!



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Sempre ao Seu Lado 

Capítulo 25 

 

 

Abri meus olhos quando eu acordei com a claridade diurna iluminando todo o ambiente. Eu me sentia muito confusa, com o raciocínio meio lento... Não me lembrava de sonho algum, mesmo tendo a certeza de que eu havia sonhado com algo intenso. Apertei meus olhos, levando minhas mãos para retirar os resíduos grudado nos cantos, parei o movimento ao perceber que uma delas estava com um aparelho prendido na ponta. Sentia que o tempo havia passado mais rápido do que eu possa ter percebido. Virei meu corpo, tirando meu peso do lado direito e sentei-me na cama com o colchão sempre tão confortável sentindo o peso extra da minha barriga e uma leve pressão na pélvis e olhei para a parede de vidro observando as nuvens cinzentas pesadas de chuva que criava um contraste intenso com o verde das árvores e a florestação natural do local e tornei a olhar o pequeno objeto no meu dedo, até que estranhei, sentindo-me desconfortável por estar no quarto. 

 Eu não havia adormecido ali.  

Movi minha cabeça para a direção do berço e ele estava desocupado e organizado. Sentindo a falta da presença da minha filha, forcei minha memória a buscar os últimos momentos em que estive com ela e confirmei minhas suspeitas silenciosas, lembrando-me de que antes eu havia mesmo estado no escritório de Carlisle com toda aquela aparelhagem intensiva hospitalar a minha volta e que Hilary havia adormecido aos soluços em meus braços muito chateada. 

 Lembrei-me de que Carlisle havia conectado alguns aparelhos de monitoramento em mim novamente e também havia suspendido o uso temporário dos sensores na minha barriga. Hilary ainda estava sendo mantida em meu colo e só tirariam ela dos meus braços, no momento em que eu também dormisse; como ele havia argumentado que nosso momento era tão mais esperado por minha filha que é totalmente dependente de mim, do que pela ausência que eu sentia dela. Por que eu sabia o porquê dos procedimentos de monitoramento, Hilary não. 

  Lembrei-me que Jasper havia de boa vontade passado a maior parte da madrugada acordado comigo. Carlisle não havia exagerado ao dizer que ele conseguia envolver o ambiente com uma tranquilidade apenas por estar ali. Eu provei da verdade de suas palavras sentindo-me tão bem que poderia passar todas as horas do mundo dormindo como uma recém-nascida. Entretanto, Jasper sutilmente discordou. Ele afirmara que apesar d’eu não estar mais tensa, meu psicológico ainda resistia em se desligar totalmente, mas que trabalharia aos poucos comigo. Eu não consegui entender muito bem o que ele de fato quis dizer, mas havia concordado, contando que ele ainda estivesse ali dentro comigo. E possivelmente ele deve ter ficado, já que eu consegui dormir e agora acordei no quarto que disponibilizaram para que eu e minha filha pudéssemos dormir. 

 Agora me encontrava sem a máscara de oxigênio, confirmei isso depois de passar a mão no rosto, sentindo apenas a sonda que já estava interligada à outra parte da bolsa de sangue no suporte ao lado da cama, sem fios grudados na minha pele e nenhum sensor na barriga, mas ainda estava com os encaixes de tubos na mão esquerda, disposto a receber qualquer medicação ou soro novamente. Entre minhas pernas, eu senti a sonda mais íntima estar colada na coxa direita. 

 Encostei-me na cabeceira da enorme cama e fechei meus olhos tendo um tempo para mim me sentindo mais tranquila como estive nos dias anteriores. Suspirei. A maior parte dos momentos que me remetiam a atual leveza desde que cheguei nessa cidade foi instantaneamente fisgada pela minha memória de que apontava a constante presença de Cole nos acontecimentos. 

 Abri os olhos revirando-os por mal ter acordado e já estar pensando no bendito homem, gemi pendendo a cabeça pra trás, pois sabia que estava parecendo uma obsessão pensar tanto em alguém, mas me parecia quase impossível de não pensar!... Apertei meus olhos com a ponta dos dedos e quando os abri novamente, olhei para o meu corpo, apesar de ainda estar com o avental hospitalar mais personalizado que já vi na vida, a peça claramente me avisava de que ainda estava sendo observada como uma paciente. Não me sentia mais desconfortável, apenas estranhamente saudosa, esperando por algo do qual ainda não conseguia saber o que era. O anseio era um tanto frustrante. 

 

A casa estava silenciosa como a dias não estava mais. Outra situação que fazia com que a constância positiva de Cole fosse trago a memória. Me sentia culpada por não incluir seus irmãos que também apareciam por aqui, mas a presença dele era difícil de ser mantida reclusa dentro da minha mente, me sentia bem em estar perto dele, de analisar sua íris castanha, levemente esverdeada por baixo da pálpebra puxada... 

 Ergui minhas mãos para a redoma que minha barriga formava e puxei o tecido para cima, descobrindo minhas pernas e deixando à mostra toda a barriga. Alguns hematomas roxos e amarelados estavam esticados sobre a pele que tanto se expandia, deixando-os mais visíveis; elas acusavam-me da maneira atordoante que me colocava agora sobre essa cama, debaixo deste teto bem arquitetado, sendo amparada por uma família vampiresca; acusava-me pela maneira de como eu gerava uma criança sem meu consentimento, de como eu interrompi minha luta diária em conseguir um futuro melhor para a filha que lutei para conseguir. Um futuro em que ter outro filho sequer seria cogitado, mas que agora estava dentro de mim, com uma natureza que antes me parecia inexistente, mas que está aqui, crescendo a cada minuto; desenvolvendo todas as capacidades que poderá ter; absorvendo o máximo de nutrientes que meu corpo e o sangue repugnantemente humano que eu ingiro poderiam lhe proporcionar. 

 Por mais que eu não me lembre de nada que tenha me acontecido no último dia ao sair da unidade em que eu trabalhei, eu me aliviava por não saber, me aliviava em não carregar mais esse peso dentro de mim, em seguir dia após dia sem nenhuma lembrança perturbadora que me impediria de lutar contra a tarefa que terei ao encarar esse bebê quando ele nascer... E me perguntar, porquê comigo? 

 

    Afoguei os pensamentos e os lancei ao fundo da minha mente, o ignorando. Concentrei-me em analisar meticulosamente a extensão sobre mim, comparando minha última lembrança da região e percebendo o quão maior estava. Tateei minha pele com a ponta dos dedos sentindo a circunferência mais pontuda, respirei fundo e fechei os olhos para me concentrar em sentir o bebê, mas nenhum movimento veio. Passei toda base de minhas mãos por todo o local procurando pequenos indícios de que a pequena criaturinha estivesse ativa, mas nada acontecia... Franzi minha testa confusa, Carlisle havia me injetado alguma dosagem que estimularia o bebê, então porque eu ainda não conseguia senti-lo? 

Os minutos possivelmente corriam enquanto essa nova dúvida pairava em minha cabeça, claro que o bebê pode já ter se mexido enquanto eu dormia, mas eu não estava lúcida, não tenho como deixar de ficar preocupada até que chegue o momento em que eu esteja acordada para que isso possa acontecer. Minhas mãos continuavam passeando de um lado para o outro, cutucando e tentando empurrar algumas regiões duras mais fáceis de senti-lo na expectativa de despertar o bebê, mas nenhuma das minhas tentativas tiveram resultado. Frustrada, puxei o tecido para baixo, cobrindo-me novamente e me esforcei em repassar algo que eu não tenha feito, e acabei me lembrando do que Carlisle havia me instruído a fazer. Não havia segredo algum em conversar com o bebê, é tão simples quanto ter uma conversa comigo mesma, então não custaria nada tentar. 

 

“Oi bebê, você está por aqui?” pensei movendo minhas mãos por lados aleatórios do meu ventre por cima do tecido estampado. Mas nada aconteceu. Cocei a garganta e pensei em algum diálogo convincente antes de abrir a boca: 

  — Olá dorminhoco, — tamborilei meus dedos pela barriga. Eu não sabia o que sentir e esperar com tudo isso — porque não me deu nenhum “Oi” ainda? Não precisa ficar quietinho o tempo todo... Vamos, precisa se movimentar um pouco para a... Para a mamãe saber que está aí dentro! 

 

 Continuei a passear minhas mãos pela barriga em alguns lugares onde era mais fácil de sentir o bebê através da camada dura que o protege, eu ousava a cutucar, mas nem mesmo isso foi o suficiente para que a criança voltasse a se mexer dentro de mim. Respirei fundo tentando conter uma crescente frustração dentro de mim. 

 

 — Vamos meu bebê, olha, agora eu acho que estou bem e quero senti-lo dentro de mim... Você sabe que está bem protegido e que nos esforçamos em te manter bem aí. Você tem que me avisar de que está bem... — movi meu dedo em círculos perto do meu umbigo e aguardei. Ergui meus olhos para olhar o quarto, percebendo que a porta estava fechada — A mamãe está aqui, estamos bem... — falava baixinho para a minha barriga movendo meu dedo em círculos por todo o relevo, continuei meu passeio de mãos pela barriga, ora cutucando, ora fazendo carinho em lugares específicos. Quanto mais eu conversava com o bebê, o instigando a se movimentar, mais fácil se tornava realmente chegar a estender uma conversa, eu já sabia separar os diálogos direcionados ao bebê e os que eram apenas um escape —... E não, por mais que Cael ou até mesmo Anthony Theodore sejam as únicas melhores sugestões de nome para você, se por um acaso for um menino... Bom, eu não sei... E ainda não tenho um nome definido para você se for menina! Há muitos nomes lindos e eu gosto do nome Adhara e Helena, mas ainda estou em dúvida... É claro que antes que chegue ao mundo, você terá um nome, aí eu, você e Hilary viveremos em uma boa casa, se tudo der certo! Ficarei bem feliz agora se você desse um “Olá” para a mamãe também... — continuava a tagarelar com o bebê, mesmo que em segundo plano eu achava o silêncio da casa suspeito. Não que o lugar vivesse numa conversação constante, mas o silêncio era absoluto, me sentia sozinha dentro do lugar. 

 Fingi parar de pensar sobre isso cutucando mais uma vez o lado direito do meu corpo e finalmente senti um leve, bem leve tremor vindo do local empurrado. Por mais suave que o movimento tenha sido dentro de mim, já me deixou imensamente aliviada e disposta a ter resultados mais precisos. Movi minha mão pressionando o local novamente, só que com mais força e fui respondida com um chute muito bem sentindo e visível logo depois de ter afastado a mão do local. Sorri prendendo um riso aliviado por entre os dentes, passando ambas as mãos no pequeno calombo em relevo, logo o bebê passou a chutar por todos os lugares que eu pousava minha mão. Passei a ficar mais atenta aos lugares onde passava para que ele ou ela não chegasse a atingir minhas costelas, não queria passar os demais dias com costelas quebradas. Na verdade, era até melhor nem pensar a respeito! 

 

 — Toc-toc! — a voz de Renesmee soou do lado de fora ao bater na madeira da porta. Autorizei sua entrada. Ela passou para dentro do cômodo caminhando rápido até estar sentada do meu lado, seus olhos castanhos estavam sempre expressivos — Como é bom te ver acordada! — se curvou para me abraçar e sequer pareceu se importar por eu não ter correspondido seu abraço. O bebê ainda se movia dentro de mim e não queria parar de senti-lo. 

 

 — É bom estar bem. — concordei cutucando o contorno mais alto na barriga — Porque a casa está tão silenciosa? — eu quis saber. 

 

— Privacidade. — respondeu-me tranquila passando uma parte de seus cachos para um lado dos ombros e descansou suas mãos nas coxas — Não queríamos que acordasse estressada por causa de algum barulho ao voltar à consciência. E também porque os meninos vieram aqui, mas já foram. Agora estamos no jardim aproveitando que estamos tendo uma trégua com a chuva. — informou. 

 

 — Não acho que tenha dormido tanto assim... — pensei alto. 

 

 — Claro que não, — ironizou arqueado uma sobrancelha — apenas esteve dormindo neste quarto desde ontem de manhã, até agora a tarde! — riu. 

 

— Que? Não brinca?! — exclamei preocupada — Como está minha filha?! Eu dormi tudo isso? — passei a mão nos cabelos desgrenhados olhando-a com surpresa. 

 

— Hilary está bem, ela dormiu no berço do quarto, como sempre. Bem... Ela está sentindo sua falta né, não está aceitando que outra pessoa além da vovó Esme possa cuidar dela. Quando ela quer, até pede colo para a tia Rose e só.  — informou sobre minha pequena — Pois é, seu corpo esteve pedindo por descanso! Vovô Carlisle disse que você respondia alguns estímulos, abria seus olhos e até mesmo chegava a responder alguma coisa, mas seu corpo não apresentava os claros sinais de consciência devido ao cansaço. Sequer deve ter registrado as interações. — gesticulava suas mãos — Não sabe o quanto ficamos preocupados com você! — apertou suas próprias mãos e chegou mais perto de mim, o movimento fez com que seus cachos se movimentassem sobre os ombros. Seus olhos castanhos chocolate sempre tão expressivos — Me surpreendi ao acordar naquele dia e saber que estava dormindo a base de medicamentos e com auxílio de oxigênio! Os meninos então, nem se fala! — seus olhos pareciam gritar — Thomas com todo o seu drama, queria trazer uma barraca e ficar acampado na frente da mansão, — revirou seus olhos — já Cole sequer se dispunha a sair da sala, foi um custo tirá-lo daqui, nem mesmo com a insistência da tia Rose... —suspirou contendo a si mesma para logo tornar a esclarecer tudo o que eu havia perdido pelo seu ponto de vista — Taylor tinha uma carta na manga muito convincente e o arrastou para fora daqui junto com Jake. Ele nos prometeu de que não voltaria a estar aqui dentro até que você estivesse sã, mas eu disse ao Jake que você já estava de volta ao quarto assim que soube, e os garotos não perderam tempo em estarem na casa dos meus avós o mais rápido possível. Cole chegou antes de todos eles e desde então Hilary ficou mais intolerante e... — me pareceu ficar sem graça — É... Cole também tem uma parcela nos motivos de sua filha estar como está. — respirou fundo e ficou em silêncio — Você entendeu tudo, ou quer que eu informe melhor?... 

 

 — Não, não precisa. — a silenciei antes que voltasse a falar e soltei um riso anasalado — Você já me contou o suficiente, obrigada. — agradeci. — Será que já estou bem mesmo? — perguntei para ela. 

 

 — Porque? — se preocupou — Está se sentindo mal? — se movimentou no colchão para que pudesse ficar em pé, mas a detive mantendo-a sentada. 

 

 — Não, é que preciso ir para o banheiro. — estiquei minhas pernas devagar para a borda da cama. Renesmee se colocou em pé desprendendo os tubos que ligavam a sonda na bolsa de sangue — Tenho que escovar os dentes, dar um jeito nesse cabelo e fazer xixi com essa coisa que está presa entre minhas coxas, se é que eu já não esteja fazendo. 

 

 — Parece ser desconfortável. — fez uma careta. 

 

 — Parece sim, mas não dói. — esclareci pondo a mão no cabelo procurando o bendito laço entre o ninho que estava formado. Sorte que meu cabelo não se enroscava fácil nos laços se não teria que tirá-lo com uma tesoura. 

 

— Ah! Espere! — exclamou em alarde. Parei o movimento de minhas mãos e olhei para ela — Vovô havia me pedido para chamá-lo para cuidar disso. Espere aí! — sumiu do quarto, encostando a porta. 

 

Tornei a mover meus dedos em busca do laço imbramado entre os fios, quando consegui desprendê-lo, passei a pentear as mechas com os dedos para poupar-me um pouco do trabalho que terei de finalizar com o pente. 

 Não passado muito tempo, Carlisle surgiu carregando duas bandejas, uma continha toalhas felpudas aquecidas na cor azul marinho, e a outra era a característica bandeja hospitalar. Fechou a porta sendo acompanhado pela neta para dentro do quarto. 

 

— Boa tarde, Amberli. — desejou, colocando a bandeja no criado mudo ao lado da cabeceira — Nessie estava contando os segundos para saber quando você iria acordar de vez. — voltou seu rosto para ela, que analisava os objetos dispostos dentro da bandeja. 

 

 — Boa tarde, Carlisle. — desejei ao sorrir — Agora estou descansada. — foi a única coisa que respondi. 

 

 — Certamente que sim, você precisava. — concordou puxando um par de luvas esterilizadas — Nessie deve ter falado sobre minhas visitas enquanto esteve dormindo; eu ainda tenho que manter sua observação minuciosa, mesmo que não esteja mais no escritório. É exatamente por isso que mantive o oxímetro em seu dedo. Não é tão detalhado quanto todos os demais sensores que estive conectando em você, mas ainda é eficiente. — assenti. Renesmee aproximou a bandeja para ele. — Amberli, acredito que seja o momento adequado para suspender o uso da sonda íntima que está usando. É certo que queira manter a independência de locomover-se sem auxílio para suas necessidades biológicas, mas não posso te garantir que futuramente não terá que usar novamente. 

 

— Esta bem. — concordei. 

 

— Agora preciso que torne a se deitar com os joelhos flexionados, mantendo seus pés de apoio contra o colchão. — instruiu — Nessie... — chamou sua atenção olhando para ela. 

 

— Volto logo! — se retirou do quarto. 

 

— Irá doer? — perguntei assim que a porta do quarto foi fechada. Movi meu corpo mais para o meio da cama e afastei minhas pernas da maneira que ele pediu. Fiquei agoniada apenas por imaginar a retirada da sonda. 

 

— Pode apresentar uma leve ardência depois, mas nada que seja preocupante. Entendo que esteja com medo, aproveitamos a oportunidade de você estar dormindo para inserir a sonda vesical, assim você não ficaria mais tensa e preocupada como já estava. — Posicionou-se manuseando os instrumentos necessários para a retirada do que havia entre minhas coxas. 

 

 Senti suas mãos frias afastarem os tecidos que me cobriam enquanto eu mantinha meus olhos alheios ao que ele faria, juntei minhas mãos e passei a dedilhar meus dedos pelo tecido do avental. Seus dedos tocaram a base de meus joelhos, ajustando o posicionamento correto para o procedimento. Carlisle pediu licença para que pudesse abaixar minha calcinha e iniciar a limpeza e inspeção da sonda. Passado algum tempo em que ele examinava os fluídos de urina e os miligramas da última micção, desprendeu a bolsinha da minha coxa e limpou a entrada da uretra, Carlisle passou suas mãos geladas na toalha aquecida que trouxe para que pudesse tocar minha vagina e retirar a sonda.  

 Ele não estava blefando ao dizer que ocorreria uma ardência quando a sonda fosse retirada. Não tão insuportável, mas ainda assim ardia. 

 Por fim, Carlisle higienizou o que precisava higienizar, recolheu seus apetrechos e separou o que seria descartado. Renesmee tornou a aparecer um minuto mais tarde; Carlisle já havia recolhido as toalhas que trouxera. Antes de sair, ele me pediu para observar a aparência do xixi, no líquido poderia aparecer a coloração de sangue e que isso não era alarmante, mas que se todo o líquido estivesse em sangue ele trataria para que não houvesse infecções. Assim ele saiu do quarto, deixando-me com Renesmee, que estava ocupada, digitando no celular. 

 

 — Quer ajuda com o banho? — perguntou erguendo seu olhar para mim, pondo o celular no bolso traseiro. — Não preciso te ajudar diretamente com a parte de se lavar, mas você está com a barriga maior e pesando mais. — caminhou até a beira da cama me dando a mão para que pudesse me levantar. Firmei meus pés depois de ter conseguido colocar os chinelos e me acostumei com o novo peso da barriga. 

  

— Hãn, tudo bem Renesmee. — aceitei. Movi meus pés na direção do meu destino com ela ao meu lado acompanhando meus passos até ao banheiro. Ela moveu sua mão na direção do trinco da porta, abrindo para que pudéssemos entrar. 

 

 — Já pode me chamar de Ness, ou Nessie. Já te considero parte da família... — se interrompeu corrigindo a si mesma de algo que não ouvi e fechou a porta — Pode me chamar pelos apelidos. 

 

 — É que eu gosto da exclusividade do seu nome. —  parei na sua frente sem coragem de caminhar para perto dos espelhos — Seu apelido tem alguma ligação com o monstro do lago Ness? 

 

 — Uma piada interna, né? Também, talvez. Uma mostrinha jamais vista... —riu — Uma longa história, mas como pode ver, não tenho capacidade de ter algum mal. — gesticulou para si — Minha mãe vai adorar saber que você também gosta de me chamar pelo nome completo! — aprovou dando um sorriso largo — Vire-se Amberli, vou te ajudar a tirar essa roupa de você. 

 

 — Não acho que ainda tenha muitas peças de roupa em meu corpo... — brinquei me virando de costas para ela. 

 

 — Não deve ter mesmo, mas todos esses laços trançados te dariam dores de cabeça em tentar desamarrá-los sozinha. — senti suas pequenas mãos sempre tão quentes afrouxarem as tiras de tecido com rapidez até que o avental começasse a pender de meus ombros — Uau! — exclamou num sussurro — Que calcinha de renda linda! — sussurrou um elogio. Logo depois ela riu. 

 

 — Obrigada! É de que cor? — sussurrei de volta no mesmo tom acompanhando os últimos estímulos da sua risada. 

 

— Vermelha! — sussurrou em resposta. 

 

 Tirei a peça do meu corpo o jogando no canto do chão. Observei meus seios, que estavam sem sutiã, percebendo que estavam bem maiores, bom, pelo menos não estavam vazando leite ou algo assim. Desci meu olhar para a barriga nova do dia; maior e pontuda, daqui a pouco eu não veria a ponta dos meus dedos dos pés. Minha pele esticada ainda continha algumas manchas dos hematomas no baixo ventre e no início das coxas, mas a grande maioria já estava completamente sarada. Renesmee se ocupava em ligar os registros da banheira, sabendo mexer muito bem em cada botãozinho e colocando os sais de banho que era guardado no armário do balcão. Tomei coragem para ficar na frente do espelho anexado com a pia pegando minha escova de dentes e a pasta. Enquanto eu movimentava a escova para a limpeza bucal eu analisava a fisionomia dos meus seios renovados com leite... Cuspi a espuma e me apressei a terminar a escovação para perguntar algo a Renesmee. 

 

 — Você chegou a ser amamentada pela sua mãe? — externei a dúvida que me veio à cabeça, depois de ter enxaguado minha boca. Olhei de relance para ela, esperando sua resposta. 

 

 — Não. — respondeu passando a mão pela água — Ela foi transformada em vampira, então... Porque? — ergueu o rosto para olhar-me. 

 

 — Meus seios estão produzindo leite. — os encarei pelo espelho — É de se esperar que a criança aceite o leite produzido pelo corpo da mãe, se não, meu corpo não daria o trabalho de fazê-lo... 

 

 — Hm... Isso eu não sei te dizer Amberli. — se desculpou — Mas se quer saber, eu detestava as fórmulas de leite para bebês, desse que meu avô faz para sua filha. — exemplificou e virou-se mexendo sua mão na água. — Ainda me surpreendo por gostar de alguns alimentos humanos... 

 

Fiquei mais um momento em silêncio ainda analisando meus seios pelo espelho, pensando nas possibilidades do dia em que amamentaria meu futuro bebê. Guardei minha escova de dentes no lugar e dei alguns passos na direção do outro espelho que havia no banheiro. Parei à frente do enorme espelho com adornos dourados analisando meu corpo que se modifica a cada momento por causa dessa gravidez; além dos seios novamente fartos da nova produção de leite; eu já não tinha a curvatura da minha cintura, a barriga redonda, baixa e pontuda estava ali para me lembrar do constante desenvolvimento. Me surpreendi por ver o quão baixo já estava o ventre, minhas últimas gestações só estiveram assim nas semanas previstas para os partos, sem contar o tamanho também e a largura dos meus quadris. Movi minhas mãos para a redoma pontuda no centro do meu corpo e depois acariciei. Foi um alívio poder sentir mais um movimento do bebê dentro de mim. Continuei a passar a mão pelos contornos fortes e visíveis da minha pele que pareciam ganhar mais efeito pelo movimento do bebê fazer pequenos montes. Eu não conseguia controlar os sons que saíam de minha boca em surpresa e contentamento a cada investida que a pequena criança fazia dentro de mim. 

 

 — A banheira já está com água o suficiente. —Renesmee informou se levantando. 

 

 — Está bem. — balancei a cabeça em concordância — Venha aqui, o bebê está cumprimentando depois de todos esses dias.  

 

 Num pulo, Renesmee já estava a minha frente, ansiosa para poder tocar minha barriga. 

 

 — Oi bebê! — se derreteu fazendo sua voz soar infantil e melosa ao tocar seus dedos quentes em minha pele. Não se contendo ela se abaixou ficando sobre seus joelhos, passando sua mão no exato lugar em que o bebê chutou — Ah! Oi! — alongou suas falas toda boba e continuou seguindo ávida os lugares por onde a criança se mexia — Pelo amor, — ergueu o rosto para falar — você precisa nomear essa criança! Está ficando tão sem graça apenas chamar o bebê de Bebê! 

 

 — Eu sei, — concordei soltando um leve riso — Mas ainda estou refinando minhas escolhas para os nomes... Ah! — reclamei — É frustrante!... 

 

 — Deve ser mesmo né?! — perguntou sugestiva apertando seus olhos — Principalmente porque não sabe se escolhe um gosto pessoal seu ou se aceita as sugestões de Cole! — levantou-se e sorriu achando graça da cara que deveria estar fazendo agora. 

 

 — Ei! Que liberdade toda é essa? — afastei suas mãos quando tentou tocar a barriga e tentei não rir — Ele tem uma ótima sugestão de nomes, tá legal? 

 

 — Claro que têm! — ergueu as sobrancelhas ainda com tom irônico — Ele nasceu especialmente para você, tem que ser ótimo em tudo! — falou tudo muito rápido e gargalhou segurando minhas mãos. Depois de tanto rir das suas próprias palavras e eu continuar em silêncio sem saber como reagir às suas investidas, ela me guiou até a borda da banheira — Tá legal, hora do banho “mamãe do ano”. — me ajudou a passar as pernas para dentro d’água, me auxiliando em cada coisa que eu precisasse, sem nunca parar de tagarelar. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

— Uau! Você deveria passar os últimos dias usando mais vestidos Amberli. — Renesmee aprovou. Seu rosto refletido no espelho estava surpreso, devia ter gostado mesmo de como eu aparentava estar na peça de roupa. 

 

 — Gostou? Alice me deu no dia da sessão de fotos. — analisei o vestido com fundo escuro que destacava os pequenos botões florais na cor salmão que estampava todo o vestido longo. Suas mangas ¾ tinha um babado pomposo que deixava os traços mais delicados. Havia um cordão fino do mesmo tecido que era amarrado abaixo dos seios para demarcar o início da barriga. Nos pés, Renesmee me calçou com uma sandália rasteira de cordas que eu havia trago dentro da mala e deixei meus cabelos soltos mesmo. Apesar do tempo sempre nublado com nuvens de chuva que essa cidade carrega, hoje não está muito frio e nem chovendo, não havia empecilhos para estar com esse tipo de roupa. Eu estava bonita, apesar da sonda grudada no rosto e do tubinho na mão esquerda. 

 

— Claro que sim! Está linda! Já está tudo pronto, já podemos descer agora. — falou parando ao meu lado — Tem uma menina linda no jardim esperando pela mamãe dela. — me acompanhou para fora do closet e saímos do quarto em direção aos degraus da escada.  

 

Atravessamos os dois decks para chegarmos ao extenso gramado do maior jardim arquitetado que eu já havia visto pessoalmente, o contemplei como se estivesse vendo-o pela primeira vez. Renesmee me deu uns segundos para que pudesse aproveitar a visão do lugar. 

 

 — Também não me canso de admirar. — me falou olhando ao redor deslumbrada, mas não tanto como eu — Quando estou inspirada, chego a pensar na possiblidade de estar num refúgio das fadas. É algo que vejo apenas nos filmes infantis! — gesticulou suas mãos. 

 

 — Acredito que seja o jardim mais perfeito que essa cidade já teve. — comentei movendo meus pés pelo gramado vendo Alice vestida com uma jardineira jeans e com uma blusa plush gola alta, se aproximar de nós com um sorriso largo em seus lábios. 

 

— Concordo! — ambas responderam. 

 

 — Falando em contos de fadas... — Alice envolveu minha cintura pelo lado esquerdo com seu braço, acompanhando as curtas passadas — É bom vê-la acordada, bela adormecida! 

 

Sorri sem jeito para ela e balancei minha cabeça concordando, era bom mesmo estar acordada, agora meu corpo estava devidamente descansado, ou pelo menos é isso que espero. Alice caminhou conosco pelos caminhos que haviam no magnífico jardim da mansão comentando a respeito das fotos que elas haviam tirado, ela estava muito empolgada com a qualidade das impressões da empresa que ela havia confiado suas obras de arte e prometeu a mim que havia uma surpresa em algumas delas, Alice não quis me revelar sobre o que era e não insisti muito. Já havia entendido que com ela ninguém consegue insistir muito. Principalmente se os ideais não se equilibram, a família já conhece Alice a anos o suficiente para confiarem nas boas intuições que ela possui. Se eles confiam, quem seria eu de sequer desconfiar? 

 

 — Não preciso me precipitar com nenhuma decisão que tenha feito Alice. — sustentei meu argumento da causa de não estar visivelmente ansiosa pelas fotos que chegariam em breve. Olhava ao redor admirando muitas plantas, flores e até mesmo árvores que a família conseguia manter no solo húmido de Forks — Eu prefiro me manter atenta aos estágios da gravidez e curtir a visão romântica e maternal que vocês conseguem absorver da situação. Acho isso lindo, é muita consideração comigo... 

 

 — Ah, pare com isso! —  Alice balançou suas mãos ao impedir-me de continuar falando. Afastei meus olhos dos seus ao perceber que estávamos bem mais próximas de um canteiro mais reservado. Estive caminhando tão absorta na beleza natural a minha volta que nem havia reparado o quão próximas já estávamos de Esme — Uma mulher como você é incrível de se ter por perto... — suspendeu suas palavras ao estarmos próximas de Esme e Emmett que estavam sentados em cadeiras de madeira de demolição à frente de uma mesa robusta de dez lugares, também trabalhada com madeira, notei a ausência de Rosalie que deveria estar com minha filha e de Jasper também. Quando estávamos próximas o suficiente, fizeram questão de se colocarem em pé para me receber. 

 

 — Creio que já devem ter falado, mas é um alívio te ver acordada! — Emmett chegou para perto de mim e hesitou ao tentar me abraçar. Um pouco sem jeito em consegui consertar sua tentativa de abraço. — E olha essa barriga, que enorme! Como está conseguindo caminhar tão bem? — falava analisando o volume estendido no tecido do vestido. 

 

 — Não viu o quanto demoramos para estarmos aqui?! Viemos à passos de tartaruga! — queixou-se Renesmee. Não havia desaforo em suas palavras, ela estava claramente brincando com a situação. 

 

— É verdade! — concordou Alice sorrindo — estava chegando ao ponto de pegá-la no colo e trazê-la até aqui, assim eu pouparia o trabalho árduo que seus pés estavam fazendo. — olhou para baixo, conferindo meus pés visíveis por eu estar segurando o tecido entre meus dedos, apenas para evitar de pisar no vestido. 

 

 — Pelo menos eles não estão inchados tia... Soube que pés de grávidas incham muito! — Renesmee acompanhou o olhar de Alice sobre meus pés. 

 

— Quando nos conhecemos eles estavam inchados, não se lembra? — perguntei para Renesmee. 

 

 — Ah, é mesmo! Foi você que me disse... — lembrou. 

 

 — Boa tarde, querida! — Esme economizou as palavras sabiamente — Chegou no tempo certo para realizar seu desjejum da tarde.  — envolveu-me em seus braços, sempre carinhosa. 

 

 — Boa tarde, Esme! — retribuí seu abraço, tomando cuidado para que o cabelo dela não enroscasse na sonda e comecei a sentir algum indício de fome, finalmente poderia mastigar algum alimento! — Hm... Terá algo doce? 

 

 — Frutas e vitaminas. — esclareceu me convidando a sentar em uma das cadeiras — Isso é algum pedido em especial? — me perguntou ao sentarmos. 

 

Agora haviam quatro pares de olhos na minha direção, curiosos sobre a minha sugestão de desjejum. 

 

 — Deveria? — perguntei a respeito sentindo minha pele se esquentar pelos olhares. Esme ergueu uma sobrancelha jogando a pergunta para mim sem nem precisar verbalizar. Pensei a respeito... — Queria algo doce... Doce...  

 

Renesmee passou a me ajudar com opções de sobremesa que ela sabia ter nos mercados da cidade, ela já havia se prontificado a dirigir para qualquer um desses.  

 

 — Não precisam ir até a cidade para comprar uma sobremesa. Se preferirem, ainda tem a receita que a Bella fez. Eu apenas armazenei na geladeira. — Esme propôs. 

 

— Ah! — os olhos de Renesmee brilharam — Eu necessito comer as Sopaipillas que ainda tem na geladeira! Um doce típico de Phoenix, maravilhoso e muito bem preparado pela minha mãe, volto logo! —Renesmee exclamou, já se pondo em pé. 

 

 Concordei surpresa por estar salivando de vontade de comer o doce que a mãe de Renesmee, Isabella havia preparado para que a filha comesse ao chegar de viagem, mas como eu já estava aqui, Esme havia me oferecido no primeiro café-da-manhã que tive na sua mansão. Renesmee fez questão de voltar para dentro e retirar a travessa do refrigerador. 

 

 — Espero que esteja muito bem disposta para hoje, — Alice se inclinou descansando seus braços finos e miúdos sobre a mesa — Há uma criança saudosa te esperando. 

 

Ah sim, tenho certeza de que há. Ansiava para que as palavras de Renesmee, e agora de Alice fossem verídicas, que Hilary estivesse mesmo manhosa por não poder estar comigo. Claro, uma criança tão pequena como ela estar chorando pela casa não é uma situação agradável, mas saber que ela ainda preza pela minha presença ativa na vida dela, mesmo estando cercada de novas pessoas que a distraem era um alívio imenso. Olhei para a bela paisagem a minha volta procurando pela minha filha e Rosalie, que não estavam por perto. 

 

 — Ela subiu para o quarto. — Esme informou — Rose foi trocar a fralda dela, logo estaremos todos reunidos. 

 

 — Ah sim... — assenti agradecendo — Alice, onde está seu marido?  

 

— Acompanhou Rose. — me respondeu. 

 

— Acompanhou Rose? — franzi as sobrancelhas em confusão. 

 

— Sim, ele está te ajudando lembra? Ele comentou a respeito, e te ajudar inclui ajudar Hilary também. — tratou de esclarecer — Jazz passou as horas da madrugada ao lado de vocês, agora ele quer, hãn... Estudar o vínculo que ambas possuem, assim quando estiverem longe uma da outra, ele poderá amparar com sua habilidade sensitiva. Creio que com o passar dos dias, vocês irão precisar. — cruzou os braços, alisando a manga de sua blusa. 

 

 — Acho que precisaremos mesmo. — concordei. 

 

 — Estaremos com você querida. — Esme alcançou minha mão mais próxima a ela e afagou. Tentei não tremer pela sua baixa temperatura — Alice, o que acha de já anunciarmos nossa novidade a ela? — direcionou seus olhos dourados na direção dela — Preciso ver um sorriso verdadeiro nos lábios de uma moça tão linda ainda hoje. — afastou sua mão da minha. Discretamente recolhi minha mão e a envolvi na outra que continuava na temperatura normal para que pudesse se aquecer. Dei um sorriso fechado a Esme e prestei a atenção em Alice, que se agitava na cadeira. 

 

— Oh, sim! — um largo sorriso emoldurou seu rosto delicado — Não é bem uma novidade, mas conseguimos achar a caixa que guardava as fotos da sua primeira filha e agora a pouco os álbuns chegaram! — pareceu quicar sobre o assento — Eu contive minhas mãos maravilhosas de abrir todos os álbuns para que pudéssemos ver junto com você! — inclinou na direção do chão e depositou sobre a mesa uma caixa bege com adornos dourados — Coloquei todos aqui! — empurrou mais para o centro da mesa sem afastar suas mãos das laterais da caixa — Eu não vejo a hora de todos nós estarmos aqui para vermos!  

 

 —  Não precisavam esperar por mim para verem as fotos de Angie. Eu havia falado a Rosalie sobre isso... 

 

 — Sim, sim. — Alice me interrompeu — Sei disso. Mas optei por fazermos desta forma. — retirou o tampo. 

 

 — Tá legal... — arqueei uma sobrancelha e movi meu olhar para o caminho que conduzia em direção a mansão — Para quem reclamou da minha velocidade, está demorando para voltar, né?! — me referi à Renesmee. 

 

 — Se ela não estiver comendo algumas fatias na cozinha, ela deve estar a caminho. — comentou Esme. Movi meus olhos na direção de Emmett, que estava silencioso. Pela posição do celular e a velocidade que ele dedilhava na tela, possivelmente estava em alguma partida online. 

 

Assenti aceitando as palavras de Esme e tornei meus olhos para o caminho do belo jardim; era uma pena que não houvesse sol o suficiente para que o verde intenso da grama pudesse brilhar. Passando meus olhos pelo local florido, entre uma das mudas pendentes do jardim, vi Renesmee aparecer com a travessa em mãos; seus lábios se moviam como se estivesse dialogando com alguém que vinha atrás dela. Não precisei esperar muito para ver quem a acompanhava. 

  

 


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Notas finais do capítulo

Comente o que achou! Eu particularmente amo demais cada comentário! Aguardo-lhe nos próximo!



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