Fairyland - INTERATIVA escrita por Lucas Temen


Capítulo 2
O pronunciamento


Notas iniciais do capítulo

Hey, leitores!
Sejam bem vindos a esse universo que é Fairyland ♥
Espero que curtam o capítulo. Enviem fichas e comentários, isso move bastante a fic!



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Numa tarde calorosa de Fairyland, mais precisamente no reino do amor, encontrava-se Belladona aos beijos com um elfo qualquer, que havia seduzido na vinda para sua tenda.

O beijo era dócil, tendo algumas paradas, que davam acesso a leves gemidos de prazer e sedução completa da vítima. Bella tinha um diferencial quando se tratavam de momentos românticos, pois conseguia ser doce, e, ao mesmo tempo, uma completa vadia. A selvageria naquele beijo havia se intensificado, deixando o elfo completamente hipnotizado por Bella, não conseguindo sair de seu estado de paixão pela fada.

— Ei, estúpida. — O beijo cessou e Belladona virou seu rosto para a recente fresta feita em sua tenda, notando a presença de Rowena.

— O que foi, Rowena? Quer participar? — Ironizou. Sua voz, mesmo quando dizia coisas maldosas, era doce e trazia harmonia.

— Não, sua nojenta. O quartel está te procurando, vão fazer um pronunciamento e querem que todos estejam lá.

— Quando? — Perguntou Bella fingindo-se de desentendida.

— Quando? Agora, Bella! — Exclamou Rowena, enquanto revirava os olhos para as atitudes da ruiva.

Belladona virou-se para o elfo, que antes estava aos beijos. Ele ainda estava hipnotizado.

— É melhor eu ir, bebê. Como já deu para ver, sou muito requisitada. — Ela disse, então deu um selinho nos lábios do elfo como despedida e ele se retirou da tenda sem entender absolutamente nada.

— Não devia ficar gastando magia com desejos superficiais. — Rowena comentou, enquanto Bella se levantava e ajeitava sua roupa.

— Virou minha mãe, fadinha sem asa? Vamos logo, pois esse pronunciamento deve ser muito importante para quererem tanto a minha presença.

Rowena caminhou até o lado de fora da tenda com o mesmo olhar tedioso que Belladona a causava desde que entrou para a guarda. Bella decidiu por caminhar ao lado da elfo, enquanto observava toda a sua beleza de forma discreta. Era claro que a ruiva era apaixonada por sua rival, mas era exatamente isso que deixava todo o seu jogo de sedução muito mais divertido.

Todavia, a elfo, apesar de já ter considerado a possibilidade de um romance, não admitia o preconceito vindo das brincadeirinhas e apelidos que Belladona fazia com ela. Não iria abaixar a cabeça para algo tão fútil somente por interesse romântico. Não achava justo, nem correto.

Enquanto isso, no reino da água, Leo e toda a guarda treinavam seus nados. Nadavam contra a força das ondas da praia, então, ao tomarem certa distância da superfície, mergulhavam, tentando não esbarrar em nenhumas das pedras presentes ao fundo do mar.

Porém, acidentes aconteciam. Leo esbarrou numa pedra pontuda, ferindo o lado direito de seu peitoral. No fundo do mar, o desespero começou a atrapalhar em sua respiração subaquática, o fazendo subir até a superfície.

Leo chorava e gritava de dor, enquanto boiava. Outro elfo, que via tudo de longe, nadou até onde ele se encontrava, o carregando até a rocha mais próxima. Ao deitar o corpo de Leo sobre a pedra quente, apenas ergueu uma de suas mãos em direção ao mar, captando um pouco de água e levando-a até o peito do elfo mais novo.

Thomas olhou no fundo dos olhos de Leo e começou a observar o quão bonito ele era, o quão fazia seu tipo. Mas sua mente logo o travou, dizendo para que ele se concentrasse em seu trabalho e não no paciente.

— Por que você tá me ajudando? — Perguntou Leo. — Quer dizer, eu agradeço muito que tenha vindo até aqui só para cuidar de mim, mas eu podia ter nadado até a areia. Seria menos trabalhoso para ti.

— É minha obrigação como curandeiro. — Thom respondeu, enquanto encostava sua mão no lado direito do peitoral de Leo e curava todo aquele ferimento recentemente aberto.

Eles continuaram a se encarar.

— Ei, que foi? Tem alguma coisa errada com meu rosto? — Leo estranhou.

— Nada. Acho que já fui útil aqui, tenho que ir. — Extremamente constrangido, Thomas se retirou, voltando para a areia.

Leo se sentou na pedra e um de seus amigos subiu até ela, ficando ao seu lado.

— Demorou, hein. Tu nada muito bem, Ely. — Elogiou.

— Para com isso, Leo. — Disse Elyon lisonjeado. — O que aconteceu? Não era para estar nadando?

— Eu me machuquei nas pedras.

Elyon assustou-se com a frase de seu amigo, tentando procurar pelo machucado, porém não o encontrando.

— Relaxa. — Leo prosseguiu sua fala. — Um curandeiro já me ajudou.

Ely, então, pôde ver o passado na frente de seus olhos. Via toda a situação diante do tal curandeiro e se sentiu completamente mal por não ter notado que Leo precisava de ajuda.

— Desculpa, eu devia ter te ajudado, mas estava muito focado no treinamento. — Falou com a voz baixa e tristonha.

— Ei, pode parando com isso. Não precisa ficar se preocupando comigo o tempo todo.

Leo voltou para as águas em um pulo.

— Vamos?

Elyon teve outra visão, mas dessa vez, uma visão futura. Eles teriam um pronunciamento dentro de instantes e não podiam se atrasar.

— Vamos. Não podemos chegar atrasados. — Disse Ely, deixando seu amigo desentendido, então nadaram juntos até a superfície.

Já no reino da terra, Hailey se preparava para seu primeiro discurso. Estava ainda um pouco receosa, pois sentia falta de sua mãe adotiva e seus amigos. Trajava um vestido longo na cor rosa, que antes era de Rosalya.

Petrus entrou no quarto.

— Já está prepara... Hailey?! — Exclamou assustado.

— O que foi?

— A transformação foi mais rápida do que eu pensei.

Ela, aflita, seguiu até o espelho e notou que havia asas em suas costas na cor verde. Com a mesma cara de espanto, ajeitou alguns fios de cabelo que escondiam suas orelhas, notando que ambas já estavam pontudas.

— Então é verdade... Sou mesmo a princesa perdida. — Estava nervosa e desacreditada. Quando virou seu corpo na direção de Petrus, ele chorava de emoção.

Hunter entrou no quarto.

— Hailey, prepara... — O elfo a encarava boquiaberto. Além de estar extremamente linda, Hailey agora era inteiramente uma fada.

— Isso mesmo, Hunter, você acertou. Agora só peço que me deixem terminar de decorar o que vou ter que falar. — Pediu ela, então Petrus assentiu com a cabeça e se retirou junto de Hunter.

Minutos depois, Hailey descia as escadas do grandioso castelo, onde viveria a partir de então. Toda a guarda do reino da terra encontrava-se no grande salão principal aos aplausos pela volta da princesa. Ela sorria largo e verdadeiramente, enquanto ia até o trono de Rosalya e sentava-se ali.

Petrus apareceu em seguida, sentando-se em seus aposentos de rei.

— Guarda do reino da terra de Fairyland, deem as boas vindas à princesa Hailey! — Ele exclamava com um sorriso no rosto e Hailey novamente foi aplaudida.

Levantou trêmula e seguiu até a frente. Era boa com discursos, não era tímida, porém era uma plateia muito grande e ela ainda estava assimilando tudo aquilo que estava acontecendo.

— Boa noite, elfos e fadas da terra. Meu nome é Hailey, como alguns já devem saber, e hoje irei contar uma triste história que muitos aqui já conhecem. — Ela deu uma pausa para pegar um pergaminho com um dos serviçais de Petrus. — Há anos atrás, uma fada da escuridão me tirou daqui, junto de minha mãe e rainha Rosalya. Foi uma devastação terrível, incluindo muitas mortes, muita tristeza, enfim, só destruição. Sei que estou começando hoje nesse negócio de fada, mas tenho algo aqui que talvez assuste um pouco vocês, tanto quanto me assustou.

Ela abriu o pergaminho, mostrando que ali havia uma imagem dela destruindo Viktoria com alguma magia muito poderosa. E, atrás dela, um exército de elfos e fadas extremamente raivoso.

— O destino de Fairyland está traçado e quem vai ganhar somos nós! — Nesse momento, Hailey se empolgou de verdade. — Apareçam todos amanhã de manhã na arena de treinamento aqui do reino. Essa mesma mensagem foi passada para todas as guardas de Fairyland, então estejam preparados para darem seus melhores!

Enfim, uma chuva de aplausos e elogios foi escutada por Hailey. Enquanto deixava que suas lágrimas emocionadas caíssem sobre suas bochechas, foi surpreendida com o toque de uma coroa de flores brancas em sua cabeça. Virando seu corpo, notou que Hunter havia a coroado.

E ambos se abraçaram de maneira completamente apaixonada.


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Notas finais do capítulo

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