Operation Swan escrita por Mrs Ridgeway


Capítulo 10
The Afternoon of Valentine's Day


Notas iniciais do capítulo

Oi bbs,

Mais um capítulo com amor da OS. Espero que gostem.

Agora vamos ao que interessa.



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London,

February 14, 2017

 

A casa estava quase que completamente vazia. Alvo, que acabara de chegar da rua, depositou o casaco e o gorro no cabide do hall de entrada. Ele pôs as botas na lateral da peça e as substituiu por um sapato mais confortável. O garoto avançou pela residência, investigativo. Ele subiu as escadas e parou de frente ao quarto do irmão mais velho, o último do corredor. O filho do meio dos Potters deu três batidinhas na porta e esperou uma resposta positiva, que veio logo em seguida.

— Onde está Lily? – ele perguntou, atravessando o cômodo.

— Saiu com a Dominique. – Rose respondeu, enquanto folheava uma HQ do Capitão América devagar. – Elas foram fazer compras.

O garoto se jogou na cama do irmão, ocupada pela prima, e pôs sua cabeça no colo da ruiva.

— Ei, você está gelado! – a garota reclamou.

— Por isso mesmo que eu estou me esquentando. – ele replicou, divertido.

Rose sorriu. Na verdade, qualquer coisa a estava fazendo sorrir naquela semana. Alvo, esperto como sempre, percebeu. Ele cutucou a prima nas costelas, provocando algumas cócegas e aumentando o sorriso da garota.

— Ok, ok! Eu tô muito feliz mesmo, assumo!

O moreno esticou o pescoço para o lado, mantendo o contato visual.

— O que eles te falaram?

— Pra ser sincera, o papai não me contou muita coisa. Nem a mamãe. – ela falou, pondo a comics de lado. – Mas só o fato deles terem adiado a audiência de separação já me deixa bastante satisfeita.

— Por que isso prova que você tá certa?

— É, também.

Alvo ajeitou-se no acolchoado, se apoiando nos cotovelos e encarando a prima, pensativo.

— Talvez o tio Ron e a tia Mione ainda se amem mesmo.

Rose rolou os olhos azuis.

— Isso é mais que óbvio, Al. Qualquer um que conheça os dois pode ver isso.

— Então eu não estava enxergando muito bem.

— Talvez você devesse usar óculos, como o tio Harry.

O garoto riu.

— Eu preciso arquitetar a continuidade do meu plano. São tantas coisas a se fazer agora que eu quase não consigo raciocinar direito.

— Achei que você tivesse desistido do plano.

— Ah... – Rose suspirou. – Eu quase desisti mesmo... – ela assumiu, um pouco envergonhada.

— O que te fez voltar atrás? – o moreno indagou, curioso.

A ruiva sorriu amarela e escondeu parte do rosto atrás da revista.

— Malfoy.

A voz da garota saiu abafada. Até sem graça, ela poderia afirmar. Alvo ergueu as sobrancelhas escuras. Ele não parecia surpreso.

— Parece que o jogo virou, não é mesmo? – Al comentou, fazendo careta.

Rose soltou uma gargalhada com gosto e ele a acompanhou.

— Mas agora é sério... – o garoto continuou, após se recuperar dos risos – O Scorpius não é fácil. Tome cuidado com ele.

— Ele que tem que tomar cuidado comigo!

A postura decidida da ruiva fez com que Alvo pensasse que talvez fosse isso mesmo. Rose sabia muito bem como se defender sozinha e, no fim, Scorpius ladrava mais do que mordia. Ele conhecia o amigo. Já havia algum tempo que a implicância do loiro com a sua prima deixara de ser uma questão de incompatibilidade de gênio.

O moreno sorriu, achando engraçada toda aquela situação. Ele pensou nas coisas que seus pais te contaram ao longo dos anos e não conseguiu deixar de fazer relações óbvias. Era como se uma determinada história estivesse se repetindo. A história de certo casal tão enérgico quanto aqueles dois.

Rose analisou o sorriso de Alvo, interessada. Os olhos verdes do primo brilhavam, marotos.

— O que foi? – ela questionou.

— Hoje é dia dos namorados.

A menina sorriu, sarcástica, sem entender o comentário do garoto.

— E o que há de especial nisso mesmo...? – ela levantou uma das sobrancelhas. – Tivemos um dia inteiro de atividades irritantes sobre isso. A sua irmã, inclusive, me fez segurar vários cartõezinhos enquanto ela assinava todos.

— E você...? – Al inquiriu. – Não mandou nenhum pra ninguém?

— Não. – ela respondeu rapidamente, mais afetada que o normal – Por quê? Eu deveria?

Se alguém analisasse com precisão, veria uma pontada de esperança no fundo dos olhos claros da garota. O moreno, todavia, apenas respirou teatralmente, se levantando da cama.

— Não sei... – ele respondeu enquanto se afastava. – Eu só acho que você deveria dar uma olhadinha na sua mochila, só pra examinar mesmo.

Alvo deu uma piscadela divertida e, sem dizer mais nada, saiu o quarto. A ruiva olhou para a mochila apoiada na cadeira da escrivaninha do primo. Relutante, ela olhou para os lados rapidamente. Rose se deixou vencer pela curiosidade e se levantou, andando até a sua mochila. Ela vasculhou todos os bolsos e não encontrou nada. A garota bufou, frustrada.

A porta do cômodo foi aberta novamente e o moreno pôs a cabeça à soleira.

— Eu sabia que você iria levantar pra procurar... – ele comentou, em meio aos risos. – Estava esperando um bilhete de quem, Rosie?

Rose abriu a boca, incrédula. Ela tinha sido enganada.

— Eu não acredito que eu caí nisso! – ela apontou para o primo e avançou em sua direção.

Alvo disparou pelo corredor, cantando uma musiquinha irritante. A ruiva partiu na mesma velocidade.

I should be playing in the winter snow... – o moreno cantava de forma debochada – But imma be under the mistletoe...

Eu vou te matar, Alvo Severo Potter! – Rose desceu as escadas atrás dele. – E depois vou contar pra todo mundo que você cantava músicas do Justin Bieber quando ele ainda usava aquela franja ridícula!

O garoto fez um coração com as mãos e simulou um beijo, assim como a música ordenava. Rose jogou uma das almofadas brancas do sofá da tia com força no primo, que desviou facilmente. Os dois caíram na risada, enérgicos.

Eles continuaram nessa brincadeira, como quando eram crianças e bagunçavam a casa da avó, correndo de um lado para o outro.  Embora o clima fosse descontraído, Alvo sabia que aquela era uma forma da ruiva fugir do assunto.

O que ele não tinha conhecimento, no entanto, era de que, há algumas milhas dali, realmente existia algo escrito para Rose. O bilhete só não fora entregue mais cedo por falta de coragem do remetente.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?!
Me contem aqui nos comentários! Eles são muito importantes para a evolução da história! (e podem ajudar a postagens mais rápidas ;] )

Para quem não conhece ainda, eu tenho uma página onde posto os links das histórias, alguns spoilers de vez em quando, umas novidades também... Dá uma chegadinha lá!
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Beijos, até dia 08!



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