Através do Tempo escrita por Biax


Capítulo 8
4.2


Notas iniciais do capítulo

Ok, acho que esse é novo. Gente, vocês não têm noção de como eu tô confusa. Sério :s
Me deem uma ajuda aí, por favor kkk

Boa leitura!



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Rebeca teve vários sonhos diferentes, e na maioria Aloys estava presente. Mas ela não conseguiu lembrar de nenhum quando acordou, virada para a parede. Nem fez questão de abrir os olhos, ficou tentando lembrar de algo.

Suspirou, frustrada e virou. Quase pulou para trás quando viu alguém sentado em sua poltrona. Mas era Aloys... dormindo.

Ela sentou, esfregando os olhos e olhou para o garoto. Ele respirava profundamente, parecendo ter sonhos calmos. Rebeca admitiu: Ele era bonito, mas precisava cortar o cabelo. Os fios escuros estavam na altura dos olhos.

De repente, percebeu uma coisa. Só faziam três dias que Aloys tinha aparecido. Três dias. Desde quando ela ficava tão próxima de alguém em tão pouco tempo? Onde ela estava com a cabeça? Um estranho aparece e cuida dele, dá comida, banhos, faz uma cama e compra roupas para ele. De onde saiu toda essa compaixão?

Mas... era realmente como se eles já se conhecessem. Como se convivessem juntos a muitos anos. Ela já sentia um carinho imenso por ele, mesmo em tão pouco tempo. Na verdade, sentiu esse carinho desde o começo. Era estranho admitir isso, pois era loucura.

Quem ela queria enganar? Já estava completamente dentro daquela história toda. Já estava imaginando tudo com ela como "protagonista", mesmo não sabendo exatamente como tudo aconteceu. Conseguia se imaginar com Aloys em todas as situações que ele contara a ela.

Ela estava ficando louca igual Aloys? Talvez. Era bem provável. Mas era impossível continuar fingindo que aquela coisa toda era invenção dele.

— Você acordou.

Rebeca despertou de seus pensamentos e focou o olhar, já que ela já estava olhando para Aloys. — Sim.

— O que foi? — indagou preocupado. — Você está bem? — Levantou e ajoelhou-se na frente dela.

— Estou... por quê? — Estranhou. Seu coração estava um pouco acelerado com todas aquelas "descobertas".

— Está com uma cara estranha. Tem certeza? — Colocou a costa da mão na testa dela.

Rebeca continuou o olhando. Não. Era impossível ele ter inventado tudo aquilo. Como alguém poderia te olhar daquela maneira enquanto mentia? Tão preocupado. Aquele olhar cheio de ternura...

— Sim, estou bem. — Sorriu, sentindo seus olhos lacrimejarem.

— O que foi? Está sentindo dor? — Segurou seus braços.

— Não. — Riu, atrapalhada com o que estava sentindo.

— Você é maluca, não é? — Ele riu. — Sempre desconfiei.

Rebeca riu mais. — Acho que sim.

Aloys levantou a mão e passou o dedão sobre uma lágrima que estava escorrendo pela bochecha dela. — Não se preocupe, vamos conseguir arrumar tudo.

— Eu sei. — Rebeca estendeu os braços e abraçou o pescoço dele.

Ao mesmo tempo, Aloys abraçou a cintura dela. — Seu coração está batendo rápido.

Rebeca percebeu que queria fazer aquilo desde o primeiro dia que o vira.

— Se ele batesse devagar, eu estaria morrendo.

Aloys sorriu. — Ainda bem que já sou imune as suas grosserias.

Ela riu e o soltou. — Ainda bem. Já comeu?

— Só uma maçã. Queria te esperar.

— Então vamos. — Levantou. Viu sua câmera na escrivaninha e a pegou, a ligando. — Fica parado. — E tirou uma foto dele.

— O que está fazendo?

— Estou te guardando em uma imagem.

Ele olhou para seu próprio corpo. — Estou aqui ainda.

Rebeca balançou a cabeça e mostrou a pequena tela da câmera para ele. — Olha aqui.

Aloys arregalou os olhos. — S-sou eu! Como fez isso?

— A câmera fez isso. Você pode tirar uma foto de qualquer coisa com ela.

— Posso tentar?

— Sim, mas vamos lá para a cozinha.

Os dois desceram, e enquanto Rebeca arrumava a mesa, mostrava e explicava como a câmera funcionava. O básico, só onde ele apertava para fotografar e onde apertava para ver a foto que foi tirada. Enquanto terminava, Aloys tirou fotos da cozinha e de Rebeca.

Depois, começaram a comer.

— Já que temos que esperar uma semana para ir no museu — disse Rebeca —, o que vamos fazer hoje?

Aloys a olhou enquanto mastigava e engolia um pedaço de pão. — Não sei.

— Eu tenho lição para fazer, mas não estou com a mínima vontade.

— Vamos terminar de comer, e depois decidimos.

Após comer e arrumar tudo, Rebeca se trocou e eles foram para o quintal. Estava um dia bonito e o sol estava começando a deixar o ambiente abafado.

— Parece que vai chover mais tarde. — Rebeca olhou para o céu.

— Mas nem há nuvens. — Aloys também olhou.

— Mais tarde vai ter. — O olhou. — Alguma ideia?

Aloys olhou ao redor, parando no começo da floresta. — Vamos andar na floresta?

Rebeca olhou para as árvores, meio intimidada. — Por quê?

— Lá deve estar bem fresco... Não faz essa cara. Não entendo o porquê tem medo de lá.

— Não é medo... Sei lá, não me sinto bem lá.

— Para com isso, nada vai te acontecer. — Aloys pegou a mão de Rebeca e a puxou para a floresta.

— A-Aloys...

Ela estava mais incomodada com os dois de mãos dadas do que com a floresta. Mas ela não queria admitir que gostava do ar de segurança que ele passava para ela.

Quando entraram na floresta, Rebeca ficou mais perto de Aloys.

— Não precisa ter medo. Olha quantos pássaros moram aqui. — Apontou para a copa das árvores.

— O que tem a ver os pássaros morarem aqui?

— Isso significa que a floresta é bem viva. Que há muitas criaturas morando aqui.

Observando tudo, conseguia ver ninhos nos galhos, pequenos buracos nos troncos que deviam ser a casa de alguns bichos, e olhando assim, aquele lugar não parecia tão ruim. Até as cores estavam mais vibrantes, mais verdes e marrons. Então ela lembrou do que havia depois da floresta.

— Já que estamos aqui, por que não vamos no lago?

— Hmm. Boa ideia.

Quando chegaram no lago, eles ainda estavam de mãos dadas, e Rebeca se soltou e andou até onde a água começava. Estava cristalina, e mais para o fundo estava mais escura, uma mistura de cinza com o verde das copas das árvores.

— Parece gelado. — Rebeca tirou os chinelos, os deixando mais para trás e colocou um pé na água. — Ain, está gelado mesmo. — Fez uma careta.

Aloys riu. — Assim que é bom. — Tirou seus chinelos e colocou os dois pés na água. — Essas pedrinhas são tão bonitas. — Agachou e começou a pegar punhados delas para olhar de perto.

Rebeca fez o mesmo, pegando um punhado, mas foi pega de surpresa com uma espirrada de água. O encarou com os olhos semicerrados, e arrastou a mão na água, jogando nele. Quando se deram conta, já estavam mais a fundo, com o nível da água nos joelhos, e já bem molhados.

— Para, para! — Aloys se protegeu da última enxurrada de água. — Eu me rendo... Já que estamos aqui, vamos nadar.

— Nadar? — Rebeca observou o lago.

— Ah, é. Você não sabe nadar.

Por que eu ainda fico surpresa? — E você sabe?

— Sei. Você nunca quis me deixar te ensinar. Isso se tornou uma missão para mim. Prometi a mim mesmo que te ensinaria um dia.

— Por quê?

— Porque eu quero te ensinar.

Rebeca suspirou. — Tá.

— O quê?

— Eu disse que tá. Me ensina, então.

— É sério?! — perguntou animado.

— Vai logo antes que eu mude de ideia.

Aloys sorriu e começou a puxar sua camiseta para cima. Depois tirou a bermuda e fez como que fosse tirar a cueca.

— EI, EI, EI, PARA! — Rebeca disse exasperada, ficando vermelha. — O que está fazendo?!

Ele a olhou, confuso. — Não vamos entrar na água?

— M-mas não precisa tirar tudo!

— ... — Aloys caiu na gargalhada.

— O que foi?! — indagou nervosa e envergonhada.

— Você... — Parou de rir aos poucos. — Você está toda vermelha.

Rebeca sentiu seu rosto ficando mais quente. — E O QUE TEM DE ERRADO NISSO?! — Virou e andou até a margem do lago.

— Não, espera! — Aloys foi atrás dela e segurou seu braço. — Não estou rindo porquê é errado ou algo assim. Só é... diferente — falou ficando sério, a soltando.

— Por que diferente? — Virou-se de braços cruzados e o olhou.

— Porque você nunca teve vergonha. Quer dizer... Você nunca foi tímida comigo, entende? Foi como eu falei. Nós sempre tomamos banho juntos e eu nunca te vi ficar dessa forma. Me perdoe por rir.

— ... — Suspirou. — Tá, mas lembre-se que eu não me lembro. E não precisa tirar tudo, pode ficar assim.

— Tudo bem. Ficarei assim. — Voltou para o lago.

Antes de entrar de volta, Rebeca tirou sua camiseta, ficando de shorts e sutiã. Ela nunca tinha ficado sem roupa na frente de um garoto, mas se Aloys estava dizendo que eles tomavam banho juntos, isso significava que não tinha novidade nenhuma ali.

Deixou a camiseta junto com seus chinelos e entrou no lago.


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Notas finais do capítulo

Acho que agora está tudo certo... Eu espero que esteja!

Obrigada pela paciência, gente kkkk É rir pra não chorar. Olha o que um tcc não faz com a pessoa!

Até o próximo!



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