Deuses em Revolta escrita por Jereffer


Capítulo 36
Capítulo 36: Contra-ataque




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Com a aproximação da batalha, eu tive que subornar as pessoas corretas para acelerar os prazos.

 

Algumas horas depois de eu receber a mensagem avisando sobre o Campo de batalha, havia chegado a minha encomenda, uns 200 pegasos perfeitos para combates e outros itens do tipo.

 

Eu estava absorto no plano de ataque que eu estava montando (com o auxilio de peças de xadrez para simbolizar os soldados), mas ainda sim, meus instintos de meio-sangue conseguiu notar que um grupo entrar no ambiente, mas não me dei ao trabalho de ter que virar para trás, uma voz denunciou quem era.

 

- A ultima vez que eu te vi tão concentrado em um papel foi... Nunca! – disse James rindo, vi que os outros estavam com ele.

 

- Olá para vocês também – eu disse dando um aceno e voltando ao meu plano - como me acharam?

 

- Uma ninfa com uma prancheta nos disse que você estava aqui – ele disse se aproximando – o que você está fazendo para dedicar tanta atenção?

 

- Preparando um ataque aéreo – eu disse sem me virar fazendo os últimos ajustes.

 

- Me deixe ver – pediu Annabeth se aproximando da mesa onde eu estava e me empurrando para o lado.

 

Notei que ela estava de mãos dada com o James, mas não comentei nada, eu deixaria para fazer piadas com ele mais tarde.

 

Ela examinou o papel por alguns segundos, e então se manifestou:

 

- Até que não esta ruim, mas como você pretende sobrevoar a cidade dos deuses egípcios com um grupo de guerreiros sem que os arqueiros inimigos os derrubem do céu? – ela perguntou.

 

- Eu tenho um plano, eu o explico mais tarde, os outros campistas também chegaram? – eu perguntei me virando para eles.

 

- Sim – respondeu Katie que também se aproximava.

 

- Ótimo, por eu vou precisar de uns 20 filhos de Apolo para esse ataque – eu disse saindo da tenda que eu estava, sendo seguido por eles.

 

O pátio central do Olimpo era imenso, mas 150 meio-sangues barulhentos perambulavam por ali, fazendo o espaço parecer bem menor, tentei os fazer ficarem quietos, mas pareciam animados demais pelo fato de estarem no Olimpo para me escutar, fui salvo por Oranle, que trouxe um megafone para mim, então com minha voz 20 vezes ampliada, consegui organizar um pouco aquilo: Separei-os por progenitor olimpianos, para saber onde encontrar pessoas boas em uma determinada área, eles ficariam no templo (sim, os olimpianos tem templos para eles próprios na morada deles) de seu determinado pai/mãe, os indeterminados podiam ficar no templo que quisessem, o que pareceu os deixar mais animados.

 

Aproveitando a organização, fui até o templo de Apolo, onde os filhos de Apolo brigavam pelos melhores lugares para colocar seus sacos de dormir, mas o megafone veio novamente a calhar. Conseguindo a atenção deles, comecei a dizer:

 

- Quantos de vocês estão dispostos sair em uma missão de ataque na próxima hora? – eu perguntei e quarenta mãos se levantaram no ar.

 

- Ok – eu disse fazendo uma pausa – mas devo alerta-los que será muito perigosa, provavelmente alguns dos que irem não voltarão – eu disse apesar de suspeitar que isso não os assustaria.

 

Ninguém demonstrou a mínima vontade de recusar, eu vi que nada adiantaria.

 

- Heróis... – eu disse suspirando – sempre dispostos a fazerem coisas perigosas, isso facilita tudo, Michel quais você recomenda que eu leve? – eu perguntei, e segundos depois ouve uma chuva de bajulações para serem escolhidos.

 

Depois de Michel escolher 20 pessoas que iriam nos acompanhar, caminhamos rapidamente até os estábulos, onde eu daria as ultimas instruções.

 

- Porque os pegasos estão usando armaduras? – Perguntou Michel apontando para as armaduras eqüinas dos animais.

 

- Isso os protegerá das flechas dos defensores, agora eu me lembrei, eu esqueci de mostrar a vocês o item principal do nosso ataque – eu disse tirando de dentro de um recipiente um cilindro de vidro, com uma substância verde esmeralda dentro.

 

- O que é isso? – perguntou um dos filhos de Apolo que eu ainda não tinha ouvido o nome.

 

- Isso é a chave do nosso sucesso, é um composto especial com fogo grego, é só amarrar um desses cilindros em uma flecha e disparar contra algo, e digamos que as coisas fazem CABUM! – eu disse fazendo um gesto com as mãos.

 

- Só é melhor não deixarmos os frascos caírem – ele disse engolindo seco.

 

- Exato, todo cuidado é pouco, quando ultrapassarmos as muralhas inimigas, ataquem os postos de observação, depois mirem nos quartéis, arsenais e forjas ou templos, qualquer coisa que cause estragos, cada um pode receber 5 cilindros, mas levem flechas normais em abundancia , quando acabar a munição especial, recuem – eu disse montando no meu pegaso, um enorme corcel negro, que relinchava impaciente.

 

Saímos voando nas nossas pesadas montarias, pesadas porem muito rápidas, no começo todos conversavam animadamente, mas todos se silenciaram ao avistar algo grande flutuando próximo a nós.

 

Voamos sobre o Campo de batalha, e ele era imenso, mas também era  incrível! Passamos sobre algo que me pareceu uma densa selva que se misturava com uma savana meio seca, mas de longe na outra direção havia um vasto espaço congelado como no Alasca, esse que acabava em um lugar que parecia um grande lago, que se encontrava com um grande deserto, e lá estava o nosso destino.

 

Não era tão bonito como o Olimpo, mas aquele lugar também tinha sua beleza, era construído em um terreno alto, cheio de detalhes decorativos em ouro e metais preciosos, tudo tinha uma aparência desértica, o a cor areia era presente em quase tudo.

 

- Vejo vocês em alguns minutos, boa sorte a todos – eu disse com a voz cortada pelo vento, enquanto meu pegaso fez uma manobra Kamikaze e eu disparei um pouco da substância contra uma torrinha rente as muralhas, onde ficavam 4 vigias.

 

Eu não estava usando um arco, em vez disso preferi operar um arpão de caçar baleias um pouco modificado, usando essa arma minha mira se tornava quase perfeita.

 

Assim que a flecha/arpão acertou o local, tudo irrompeu em chamas verdes e um segundo depois ouve uma forte explosão.

 

Depois de ultrapassarmos as muralhas, as coisas viraram um tártaro! Grandes colunas de fogo apareciam a em todo canto, eu me concentrei em templos, eu sabia que estava ligado diretamente ao poder dos deuses.

 

Consegui destruir um templo de Set, de onde monstros saíram correndo em chamas, e danifiquei a estrutura de um templo para Hator, mas nessa hora eu percebi que as coisas podiam complicar: Vi que o susto inicial dos soldados já havia diminuído, e os arqueiros inimigos já estavam tentando se organizar, também existia o fato da munição especial dos outros já estar quase acabando (as que já não havia acabado).

 

Vi Hator aparecer furiosa, saindo do seu templo, ela estava montada em um grifo prateado, e parecia absolutamente sanguinária. Todos se agruparam a minha volta, e Michel perguntou:

 

- O que nós fazemos agora?

 

- Nós usamos a famosa retirada estratégica – eu disse mudando a direção do meu pegaso.

 

- Ahn?

 

- Nós fugimos – eu disse puxando as rédeas e saindo o mais rápido possível, sendo seguido de perto pelos outros.

 


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