Deuses em Revolta escrita por Jereffer


Capítulo 35
Capítulo 35: Ataque surpresa




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Em um instante, aquilo virou um alvoroço. As dríades correram para apanhar seus arcos, alguns sátiros foram buscar uma enorme balista, uma arma que disparava projéteis de madeira pontuda, e os gigantes pegaram lanças enormes e se posicionaram perto das muralhas do Olimpo (sim, o Olimpo tem muralhas, apesar de que provavelmente elas nunca tiveram muita utilidade), e em dois minutos os Pigmeus usaram alguns troncos de arvore que não tinha dríades para fazer uma catapulta para dispara rochas do tamanho de bolas de basquete, era engraçado ver 300 anões que apesar de ter no máximo 30 centímetros trabalharem tão rapidamente.

 

Passados cinco minutos todos estavam todos em suas posições, bem a tempo, pois 10 Rocas entraram no nosso espaço aéreo, elas traziam nas costas coisas que me parecerem semideuses egípcios.

 

Apenas nove das rocas conseguirem se aproximar um pouco mais, pois uma foi derrubada pela catapulta que eu estava operando, que funcionava mais ou menos como um brinquedo de corda, era necessário girar um bastão no sentido anti-horário duas vezes e soltar.

 

Apenas seis Rocas ultrapassaram as muralhas, duas foram derrubadas pelas lanças congeladas dos Hyperboreans, e uma foi derrubada por algumas setas disparadas pelas dríades.

 

As Rocas remanescentes voavam em circulo, em cima de cada uma havia duas pessoas armadas com arcos, e disparavam setas cheias de algo que me pareceu ácido, pois derretia o mármore onde tocava.

 

Sem o elemento surpresa total, aquele ataque não tinha força para causar qualquer grande dano, então os guerreiros começaram a saltar para fora de usa Rocas e se atirarem do Olimpo, provavelmente com medo de serem torturados, lá embaixo os mortais devem ter pensado que foi um suicídio coletivo, pois eu acho que eles só aterrissaram na calçada.

 

Passaram-se alguns minutos, resolvemos desarmar o plano defensivo, deixar apenas alguns vigias, o resto foi descançar.

 

- Pelo jeito eles não vão lutar do jeito nobre, precisamos ter um trunfo nas mangas, eu acho que eu tenho uma idéia – eu contei com Oranle enquanto me sentava e um banco de mármore.

 

- E qual seria? – ela perguntou, notei que ela estava com a face rosada, procurei o motivo, então vi que eu havia arrancado minha camisa por causa do calor infernal que estava fazendo no Olimpo, eu ri enquanto colocava-a de volta e respondi:

 

- Minha idéia é: Autômatos enormes, tipo 6 metros de altura feitos de bronze e com um circuito especial para que possa ser controlado por dentro – eu disse enquanto imaginava se podia dar certo.

 

- Podíamos pedir para aqueles anõezinhos engraçados para fazer um, na velocidade que eles trabalham, em um dia já terão terminado, podemos usar o projeto de um autômato humanóide comum, apenas aumentar as proporções – comentou Oranle enquanto íamos dar uma olhada nas forjas que tinham no Olimpo (havia uma área só para elas, eu suponho que seja para Hefesto forjar objetos para os outros Olimpianos).

 

Quando chegamos à forja principal e vimos algo incrível: as paredes estavam cobertas de armas recém fabricadas, havia espadas, escudos, lanças, tridentes, arcos, foices, machados e algumas armas que eu não conhecia, como uma que se assemelhava a uma foice só que em vez de um cabo, ela tinha a guarda semelhante à de uma espada.

 

Mostrei a eles minha idéia, e logo ele se puseram a trabalhar numa velocidade incrível, mas era engraçado o modo que eles trabalhavam, um exemplo era necessário dois deles apenas para manejar um martelo.

 

- Esses pequenininhos são incríveis – eu comentei enquanto saía das forjas.

 

Dediquei minhas próximas horas em estratégias para ataques, era umas 5 horas da tarde quando Oranle veio me avisar algo:

 

- Venha ver, os deuses alcançaram o Tífon – ela disse me arrancando da cadeira entes que eu pudesse raciocinar.

 

Ela me puxou até um pátio do Olimpo, lá um grande telão, que parecia ser feito de névoa, ela mostrava algo incrível.

 

12 Carruagens (cada uma era puxada por criaturas diferentes) cortavam o céu em alta velocidade, tentando encurralar a criatura mais horrível do universo, eu só a vira uma vez, mas era impossível não reconhecer o Tífon: ele era maior que um arranha-céu, o corpo horrendo era cheio de plumas onde se enroscavam serpentes enormes, cada um de seus dedos tinha uma cabeça de dragão, que podia jorrar fogo dos olhos ( eu sei pois havia sido atingido pelo polegar dele antes de ser jogado a milhas de distancia ).

 

Raios eram lançados pela carruagem voadora de Zeus, mas eles apenas o faziam vacilar, nem aparentava sentir algo mais forte do que uma picada de mosquito. A carruagem que eu reconheci sendo a da Atena (era decorada com corujas, ninguém mais poderia ser chato o suficiente para decorar sua carruagem com corujas a não ser ela) avançou contra o Tífon, mas com uma única patada ela a jogou para baixo na velocidade de um meteoro, aquilo teria feito ela em milhares de pedaços, se ela não tivesse sido comicamente amortecida pela carruagem de Poseidon, as duas se embolaram, os Hipocampos voadores(?) que puxavam a dele ficaram em pânico e se soltaram, fazendo que as duas carruagens despencarem em um lago, há essa hora eu já chorava de tanto rir!

 

- Acha que eles estão bem? – perguntou Oranle preocupada enquanto eu me recuperava do meu acesso de risos.

 

- Não sei, mas no fundo de um lago preso sobre os escombros das carruagens eles vão ter tempo para discutir a TSNR – eu disse tentando controlar um segundo acesso de risos.

 

- TSNR? – ela perguntou confusa.

 

- Tensão sexual não resolvida – eu disse olhando meu relógio – é melhor eu ir até os portões, os ciclopes já devem estar chegando.

 

Uma horda dos maiores ciclopes que eu já vi entravam pelo portão leste, eles haviam entrado por uma passagem especial criada por Jano, por que se 90 ciclopes tentassem pegar o elevador no Empire States seria algo lento e muito estranho à vista dos mortais.

 

Depois de mostrar aos ciclopes o lugar onde trabalhariam e apresentar eles aos Pigmeus, voltei para o salão onde mostrava a batalha contra o Tífon ( que mais tarde eu descobri que ele foi enfeitiçado por Hécate para nós podermos ver a batalha), mas eu mal havia chegado quando uma imagem tremulou a minha frente, novamente era Richard, nosso batedor, e pela cara dele ela tinha más noticias.

 

- Qual é a má noticia desta vez? – eu perguntei antes de qualquer coisa.

 

- O campo de batalha está se aproximando, quase do tamanho de Manhattan, ele mais parece um país, tem arvores como nas de uma selva, tem uma parte congelada, um deserto e uma área inundada, traduzindo, têm quatro regiões para batalha – ele disse, parecia fascinado.

 

- Qual é a posição atual dele?

 

- Estamos a 93 milhas do Olimpo, mas calculando a velocidade, o Campo de batalha está se movendo, ele vai estar aí em dois dias, e a morada dos deuses egípcios está no extremo sul, junto ao deserto do campo – ele disse, mas a imagem se desfez por causa do vento.

 

- Nossos reforços têm que chegar logo, estaremos lutando antes do que eu esperei – eu pensei alto, tentando imaginar um jeito de vencer aquilo. 

 

 


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