A rainha era uma mulher tão má, mas tão má que nem a igreja ousava atrapalhar seus planos, mesmo que eles fujam completamente das regras de Deus.

  Ela era jovem, 20 anos. Seu longo cabelo loiro era tão lindo, que todos no Reino achavam que eram fios de ouro. Sua pele era tão branca e tão macia, igual a veludo. 

  Aos longos dos seus 20 anos, ela cometeu inúmeros crimes. Assassinava brutalmente quem atrasava os impostos, mandava prender e espancar quem a olhava de forma torta e retirava dos pais as meninas que ela considerava bela e deixava os guardas "brincarem" como bem entender com elas. Somente ela, a rainha, poderia ser bela!

  Seu povo a amava e a seguia cegamente. Ela tinha todo esse respeito, porque, apesar de todas as barbaridades, ela jamais fugia dos confrontos inimigos e sempre ia para as guerras com seu exército e voltava para casa com os corpos do inimigo, para depois fazer uma grande festa conhecida como "A Grande Valsa da Deusa do Sol". Nessa festa, ela queimava os corpos dos inimigos mortos em guerra e todos os convidados dançavam ao redor das chamas. 

  Um dia, a rainha convocou a todos da igreja para uma reunião em seu castelo. Nessa reunião, ela os obrigou a escrever uma espécie de bíblia, onde ela fosse uma deusa. Ela queria ser a própria deusa do sol e seu nome seria "Amaterasu". 

  Agora que ela era considerada uma deusa, seu povo se alienou mais e, além dos impostos, começaram a levar oferendas para a rainha. Alguns levavam frutas, outros levavam jóias, alguns levavam ouro e uns davam seu sangue e sua vida para a Deusa Amaterasu.