Mordet Et Vivit escrita por MaryDiAngelo
Notas iniciais do capítulo
Olar amorinhas ♥
Sim, ainda estou viva
Recapitulando:
~> Thalia sonhou com o seu próprio nascimento;
~> Haviam muitas pessoas conhecidas lá;
~> Descobriu que Luke matou seu pai e Nico a consolou;
Boa leitura!
Era mais uma manhã comum na floresta. Os lobos haviam decidido sair para patrulhar em busca de comida junto da Alpha, deixando, como de costume, Nico e Thalia para cuidarem da casa que pertenciam a eles.
O vampiro estava com as costas no sofá, tendo o corpo da garota em cima do seu em um abraço confortável que estava a mantendo aquecida mesmo com a discrepância entre as temperaturas corporais.
Seus olhos estavam fechados, porém sua mente ainda repetia em flashes o estado que Thalia havia acordado durante a madrugada. O que ela havia dito para ele ecoava em sua mente e, de certa forma, não era algo que lhe agradava; afinal, tinha descoberto sobre seu passado do pior jeito possível: vivendo-o novamente.
Um pouco distante de sua sanidade, a Grace o observava com curiosidade. A pele extremamente pálida parecia reluzir entre os finos raios de sol que invadiam a casa pelos vãos das plantas, deixando-o com uma aparência tentadoramente bela. Além de, se você prestasse bem atenção nos detalhes, conseguiria ver as veias roxas desenhadas.
A serenidade no rosto como se não estivesse morto a muito tempo. Como se não tivesse passado por tudo que um dia passou e sofreu.
Thalia não conseguiu segurar o impulso de sua mão, mal percebendo quando guiou o dedo indicador para a maçã do rosto do di Angelo, deslizando-o ali em uma caricia confusa. Era certa de que ele estava em um sono profundo, por tal, deslizou devagar para o maxilar dele, traçando todo o caminho marcado.
E, claro que, quando Nico abriu os olhos estranhando o ato, a garota saltou de susto.
— Mas o que você está fazendo?
Ele a perguntou, o cenho franzido sem entender e agora seus olhos agitados pela aproximação de Thalia de seu rosto. Conseguia ouvir o coração dela acelerado num extremo que quase julgou ser um ataque cardíaco ali mesmo, mas como ela estava estática, pensou que estaria tudo bem.
Ainda no susto, a humana tinha erguido seu corpo em uma tentativa falha de sair pulando para longe, uma reação automática de seu sistema nervoso. Sentiu seu rosto esquentar absurdamente, mas não se afastou.
— Esqueceu que vampiros não dormem, foi? — Ele indagou novamente, o tom pendendo para algo mais provocativo, vendo que havia pego ela no pulo.
— E-eu... — Gaguejou, balançando levemente a cabeça para se recompor, ainda que fosse difícil com os olhos de Nico tão próximos dos seus. — Posso te fazer uma pergunta?
Uma única sobrancelha dele se levantou e Thalia ponderou esquecer tudo e sair correndo dali.
— Diga. — Respondeu meio incerto.
Não sabia o que poderia vir, a garota era uma caixinha de surpresas e se mostrou bem sensível depois da madrugada conturbada.
A observou puxar o ar com certa dificuldade, os dentes branquinhos fisgarem o lábio inferior em sinal de nervosismo. E, sem gaguejar e em um tom baixo, Thalia o perguntou:
— Você me beijaria?
— Eu... Eu não sei. — Disse, agora que aquilo fora imposto pela própria, sentia-se cada vez mais confuso e, repentinamente, nervoso.
Ela ficou surpresa. Não esperava uma resposta, tampouco algo que pudesse pender para sim. Mas, na verdade, o que a fazia querer um beijo dele? Ela queria um beijo dele? E, se sim, por que só agora?
As perguntas foram se tornando abafadas pelo próprio sentido de Thalia, tornando-se nebulosas como os mistérios que os olhos negros escondiam. E isso a fez ansiar por descobrir mais, mal notando quando seu corpo escolheu agir sozinho a fazendo se aproximar do rosto dele.
Sentiu a mão do vampiro se mexer em sua cintura, saindo dali e delineando seu corpo com delicadeza até que uma delas estivesse em suas costas e a outra em sua nuca.
— CHEGUEI COM COMIDA!
O grito feminino facilmente identificado como Silena Beauregard anunciando sua presença no local e estragando completamente o clima do possível beijo fez com que Nico e Thalia pulassem para longe um do outro.
A humana mal soube o que estava acontecendo, já que em um momento estava em cima do di Angelo e no outro sentada no sofá com os cabelos para cima e sem rumo, enquanto ele estava no extremo do cômodo assobiando e fingindo limpar as plantas, o que não fazia sentido nenhum.
— Thalia, querida, seu coração vai me deixar surda. — A Alpha comentou, notando que a garota estava extremamente vermelha. — O que vocês dois estavam aprontando, hein?
— Des...culpa? — Thalia respondeu meio incerta sobre seu coração, os olhos se arregalando quando Silena inqueriu de tal maneira. Será que ela viu algo? Questionou-se, sentindo o calor espalhar por seu corpo em vergonha alheia. Eu iria mesmo beijar Nico?!
— Ok, vocês estão estranhos. — A Beauregard concluiu, colocando a mão na cintura e ignorando totalmente o cervo morto em seus ombros.
— Estranhos? Quem está estranho aqui? Quem? Você que está estranha! — Nico começou a soltar palavras, virando-se para ela e semicerrando os olhos ao ver o bicho morto. — Olha, comida, vamos fazer logo porque eu to com uma fome!
— Você não come, Nico. — A Alpha o respondeu como se fosse óbvio.
— Ah pronto! Que calúnia, claro que eu como, vamos fazer um rango para todo mundo! — Ele bateu palmas e foi marchando para a cozinha em meio a pequenos saltos.
— O que você fez com ele, Thalia? — Silena acusou, vendo a menina arregalar os olhos e passar as mãos pelo cabelo.
— Eu? Não fiz nada! Nadinha, nadinha mesmo! — Respondeu apressada, se levantando e passando as mãos por seu corpo para arrumar a roupa, pigarreando. — Ah, precisa de ajuda aí fora? Conseguiram mais coisas? Como foi?
Silena pareceu analisar o perímetro, detalhe por detalhe, até que, por fim, resolveu deixar para encurralar Nico mais tarde e arrancar as informações do que eles haviam feito ali, decidindo que precisaria de ajuda para trazer o resto da caçada para a cozinha e usufruir da boa vontade repentina do vampiro para ajudar a cozinhar.
Meu Deus do céu. O di Angelo tinha os olhos arregalados e as mãos apoiadas no que havia restado do balcão para o incêndio. Não conseguia acreditar que estava determinado a beijar aquela garota, mesmo que já se sentisse estranho em relação a ela depois do clima a mais que tinha tido.
A troca de sangue parecia ter impulsionado algo a mais na relação deles. E Nico estranhamente queria descobrir o que junto de Thalia.
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YAY! Chegamos ao final de mais um capítulo! :3
Então? O que acharam? O que querem que aconteça?
Mordet Et Vivit está indo para a reta final, hein?
Até o próximo o/
Beijos de Escuridão ♥
~Mary.