If I die Young (REESCREVENDO) escrita por Baby Blackburn


Capítulo 20
'Cause the hardest part of this is leaving you”


Notas iniciais do capítulo

Será que alguém ainda lembra de mim? Foi um ano e quatro meses sem postar e isso não tem desculpa. Mas eu queria me explicar.

Em outubro de 2020 eu estava enrolada trabalhando o dia todo com o meu cunhado e fazendo faculdade a noite, não conseguia escrever nada. Logo eu arranjei um estagio e toda a minha atenção voltou para ele. Durante os seis meses que eu fiquei no estágio eu escrevi algumas poucas coisas e mudei o rumo da história diversas vezes. Em junho de 2021 eu fui contratada com carteira assinada na minha área e voltei a trabalhar 8 horas por dia e fazer faculdade, e foi ai que eu parei de escrever. Eu não queria abandonar a fanfic mais uma vez mas não conseguia parar para ler ela dnv e voltar a escrever.

Nessa semana eu reli ela do zero e fui atrás do arquivo que eu tinha começado do capitulo 19. Eu já tinha uma boa parte escrita mas ainda não tava nem perto do final e como eu sabia que não podia correr o risco de desistir de finalizar ela no meio do caminho, eu dividi esse capitulo em dois. Aqui está a primeira parte.

Não sei se alguém ainda acompanha, mas se sim saiba que eu não vou desistir de IF I Die Young e tenho planos futuros para ela, mas os dois últimos capítulos que faltam não vão sair de uma semana para a outra. Peço paciência mas sinta-se a vontade de me cobrar o capítulo novo no twitter @Fangirl_arry!


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Estamos quase acabando essa aventura!

Boa leitura!



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Capítulo 19- Parte 1

 

“If you say (if you say)

Goodbye today (goodbye today)

I'll ask you to be true (I'll ask you to be true)

'Cause the hardest part of this is leaving you”

(Scorpius Malfoy)

Em silêncio, no meio da barulhenta Londres, Scorpius Malfoy tentava encaixar todas as peças daquele gigantesco e nefasto quebra-cabeça. A música pesada que saia pelos alto falantes do carro, misturado com o cheiro forte de tabaco e o barulho incessante do pé ansioso de Matteo batendo no chão do carro já estavam causando dores de cabeça. Seu coração estava apertado, como se uma crise de ansiedade estivesse por vir, e suas mãos suavam mais do que nunca. Se algo acontecesse com os três Potters, não sabia o que seria daquela família. Se algo acontecesse com Lily, não sabia o que seria dele.

—Por que Rose faria tudo isso? –perguntou baixo depois de um tempo apenas observando a estrada do centro da cidade ficando para trás. 

—Inveja. –Teddy respondeu enquanto estalava o pescoço, sem nunca tirar os olhos da estrada.

—Por que ela teria inveja deles? –Matteo se manifestou pela primeira vez desde que entrou no carro. –A vida daqueles dois está uma grande porcaria desde que James morreu, ouso dizer que já vinha sendo uma porcaria bem antes disso.

—Nascer numa família como a Potter/Weasley vem com um preço muito alto. –Teddy começou enquanto passavam pela placa avisando que eles haviam acabado de sair da cidade. –É esperado que você supere seus pais em absolutamente tudo. Foi assim com Harry e foi assim com Ron. –Uma pausa e mais um estalo, dessa vez nos ombros. –Rose nasceu perfeita e foi a queridinha da família por anos. Todos os olhos eram voltados para ela, até...

—Lily nascer. –Matteo falou, fazendo com que os outros dois se sobressaltem de susto. Haviam esquecido da sua presença momentaneamente. –James me disse isso uma vez. Era véspera de natal, eu e Lily havíamos acabado de começar a faculdade e fui convidado para passar as festividades com os Potters. Rose surtou por alguma coisa envolvendo Lily e James me explicou que vinha sendo assim desde que a irmã nasceu.

—O fato é que, mesmo tentando o tempo inteiro, Rose nunca conseguiu chamar tanta atenção como a prima e isso a quebrava.

—Em que mundo ela achou que isso seria uma boa ideia? – Malfoy exclamou repentinamente. –Em que mundo ela achou que matar James resolveria alguma coisa? –Sua voz quebrou e sua garganta secou como o deserto. –Que matar...

Foi incapaz de continuar, seu corpo inteiro doía apenas com o breve pensamento daquela noite terminar de maneira trágica.

—Vamos achá-los. –Teddy garantiu olhando brevemente para o ruivo.

 

(Lily Potter)

 

Antes de despertar por completo, Lily sentiu o cheiro do mofo que cobria as paredes do local em que estava. Sua respiração saía com dificuldade e seu corpo era impedido de cair para frente por uma corda ao redor de seu corpo. Quando abriu os olhos quis os fechar de imediato e voltar para como era sua vida antes de toda a sua bagunça.

O lugar onde estava era mal iluminado e grande. Úmido, fétido e aterrorizante, parecia a versão infernal do grande celeiro que havia atrás da casa de seus avós. Nele só era possível enxergar cordas e correntes pendendo pelo teto, caixas e panos sujos jogados pelo chão e, para o seu desespero total, Albus e Harry presos próximos a ela. 

Seu corpo pareceu acordar com a cena que viu ao seu lado e, apenas assim, notou que seus braços estavam presos por algumas correntes e sua boca tapada por algum pano sujo. Gritou, esperneou e tentou se mover do local em que estava. Nada acontecia. À sua direita, jazia o corpo do pai. Ele estava preso na mesma posição que ela e o irmão, mas diferente dos dois, parecia mais sujo e machucado. Ela tentou chamar seu nome mas não recebeu nenhuma resposta. Sua cabeça pendia para frente de maneira estranha.

Olhou para o lado novamente, a sua esquerda Albus negava com a cabeça enquanto lágrimas escorriam de seus olhos. Seu olho direito estava roxo e inchado e a sobrancelha comportava um pequeno corte que agora manchava todo seu rosto de sangue. Lily podia jurar que ele tentava a mandar ficar quieta, e talvez devesse ter ficado. Antes que pudesse tentar gritar pelo seu pai novamente, uma pancada atingiu sua cabeça por trás. A visão ficou turva e só era capaz de ouvir um zunido. Ao seu lado Albus esperneou e teve seus cabelos puxados com violência para trás, onde levou uma pancada também.

Respirando com dificuldade e com o corpo pendendo para frente, tudo o que ela podia ver eram delicados sapatos sociais na cor rosa. Limpos demais para aquele buraco imundo onde estavam. Conhecidos demais para o seu coração que tentava negar.

—Mas que falta de educação de vocês dois. –Uma voz falou acima da sua cabeça, o coração da Potter batia mais forte do que nunca. –A mãe de vocês não ensinou que é falta de educação gritar desse jeito na casa dos outros?

Lily levantou de leve a cabeça ao mesmo tempo que a figura se abaixava na sua frente.

—Oi priminha. –Rose disse enquanto sorria e acenava delicadamente para a Potter.

 

(Scorpius Malfoy)

Rodaram por quase uma hora a cidade vizinha sem nenhum resultado. Andaram em cada ruela de cada canto mostrando fotos dos três Potters, na esperança de que alguém, em algum lugar, os tenha visto passar. Cansados, com pouca esperança e as cabeças doendo, eles pararam no último comercio antes da saída da cidade. Era uma pequena mercearia que servia café nos fins da tarde. 

—Vamos comprar alguns salgadinhos e uns energéticos. –Teddy avisou assim que entraram, indicando com a cabeça que Matteo o acompanharia, Scorpius acenou e andou em direção ao simpático senhor que se encontrava atrás do caixa. Era um homem de 60 anos ou mais, com os cabelos brancos e ralos. Olhos grandes e castanhos que brilhavam com uma intensidade impressionante.

—Boa noite. –Cumprimentou com um leve e falso sorriso, que foi retribuído com um dos maiores e mais brilhantes sorrisos que já viu.

—Boa noite, jovem. Em que posso ajudá-lo? 

—Hum...-O loiro tirou o celular do bolso, com o coração palpitando de esperança. –O senhor por acaso viu um desses três aqui por perto hoje?

O senhor, que Scorpius descobriu se chamar William pelo crachá que carregava em seu peito, pegou o celular e o trouxe para perto, enquanto colocava os óculos, que antes estavam pendurados em seu pescoço por uma cordinha, e franziu o cenho. Ele analisou as fotos por alguns bons minutos, o suficiente para que os dois homens que o acompanhavam se postassem ao seu lado com os condimentos necessários para seguir viagem.

—Não os vi nunca na minha vida, sinto muito. –Devolveu o celular após alguns minutos, com um sorriso mais contido no rosto, e começou a passar as compras dos rapazes. Scorpius pareceu murchar ao escutar aquilo. Lily poderia estar em qualquer lugar e ele não tinha uma única pista. –Mas hoje parece ser meu dia de sorte. –O senhor falou risonho, ao notar o clima pesado que havia se instaurado em sua loja. –De fato, é.

—Perdão? –Matteo questionou confuso. –Acho que não seguimos o seu raciocínio.

—Vejam bem, rapazes. –Começou enquanto tirava os óculos do rosto, os pendurando no pescoço novamente, e começava a empacotar as compras dos meninos. –Minha finada vozinha dizia que você terá sorte por uma semana caso visse uma pessoa ruiva. –Respondeu risonho, era adorável a qualquer um que visse de fora, mas confuso para o trio de buscas. –Vi uma moça ruiva essa tarde, o que me deu uma semana de sorte. E, apesar de apenas ter visto a foto de outra, eu acho que isso me concede outra semana de sorte.

—Espera um minuto. –Teddy se pronunciou pela primeira vez. Rapidamente enfiou a mão no bolso do jeans rasgado e puxou de lá o celular, passou alguns segundos mexendo freneticamente nele até virá-lo para o senhor, com um foto de Rose estampada na tela. –Foi essa a menina que o senhor viu mais cedo?

O senhor pegou o celular e, diferente de como fez com Scorpius, logo o devolveu para Teddy com um grande sorriso.

—Foi ela mesma. –Respondeu empolgado. –Uma menina tão simpática, até parou para tomar um café comigo.

—E ela disse para onde ia? –Matteo perguntou apressado.

—Não, apenas disse que estava com pressa de levar seu irmão para um lugar tranquilo. –Respondeu com o sorriso murchando um pouco, dando lugar a uma expressão de tristeza. –Um rapaz um pouco perturbado, segundo ela. Acabou dormindo no meio da viagem, consegui ver ele no passageiro daqui. Ela até chorou, pobrezinha. Disse que não eram daqui e estava em busca de um lugar sem movimento e barato para passarem a noite. Ofereci minha casa nos fundos da loja para passarem a noite, até falei com a minha esposa, mas a mocinha recusou. Disse que já tinha um lugar em mente e tinha que se apressar, segundo ela tinha três potes de sorvete no porta-malas que não poderiam ficar no sol do fim da tarde por muito tempo. Saiu logo em seguida, uma menina adorável.

—E o senhor sabe para onde ela foi? 

—Não, disse que seguiria o pôr-do-sol. –Respondeu distraído com as compras. –Seja lá o que isso significa. Partiu a cerca de três horas.

—Tem certeza de que não lembr... –Scorpius começou mas foi logo interrompido por um empurrão de Teddy, que se colocou na sua frente.

—Muito obrigada pelas informações, tenho certeza de que suas duas semanas de sorte serão maravilhosas. –Disse com um grande sorriso maroto, idêntico ao de sua mãe. –Agora, o senhor sabe nos informar se existe alguma estrada abandonada aqui por perto? Ou um atalho que possamos seguir para cortar caminho até a próxima cidade.

—Tem um, mas não é muito bom que andem por lá. –O senhor os alertou. –Aconteceram vários acidentes por lá. Incêndios, roubos e até mesmo assassinatos. Apenas coisa ruim.

—E onde ele fica exatamente? –Teddy insistiu. –Para o evitarmos, claro.

O senhor os encarou sério enquanto entregava a sacola de compras.

—A cerca de uma hora daqui, se continuar reto por essa estrada vai achá-lo apenas a alguns metros da placa indicando a sua saída da cidade. –Respondeu enquanto dava a volta no balcão. –Mas falo sério garoto, aquele lugar não é brincadeira.

—Tudo bem, vamos evitá-lo. –Respondeu sorrindo.

Segundos depois, quando entravam no carro e davam partida em direção à saída da cidade, Teddy continuava com um leve sorriso na face enquanto tomava seu energético, totalmente alheio aos olhares que os garotos o lançavam.

—Quer externar seus pensamentos? –Matteo perguntou após quase cinco minutos de completo silêncio. –Por que estamos bem perdidos em relação a sua conversa com o senhor.

—Ah, esqueci de vocês por um tempo. Isso acontece muito quando começo a ligar os pontos. 

—Então os ligue em voz alta. –Nott pediu, bufando.

—Rose é uma das pessoas mais inteligentes que já conheci em minha vida. –Começou animado. –Ela era incrivelmente boa em jogos que exigiam que pistas fossem deixadas para que a solução fosse encontrada, caça ao tesouro era o seu favorito. E quando soube que queria ser detetive como seu pai e a minha mãe, ela começou a jogar um desses jogos comigo. Durante as férias, deixava pistas por toda A Toca. No começo era interessante, mas depois eu comecei a notar um certo padrão. As pistas dela eram feitas para se encontrar com certa facilidade o prêmio, quando a questionei sobre isso ela disse que a ansiedade de saber que poderia ser pega a qualquer momento a deixava mais animada, mesmo sabendo que as pistas só me levariam para o lugar certo depois do tempo necessário para se esconder. 

—Mas que porra?

—Quando ela estava saindo de casa para procurar Lily com Hugo me disse algo que não prestei atenção, nem ao menos notei que ela tinha saído.

—E o que ela disse? –Scorpius perguntou, com medo.

—Hora do caça ao tesouro. –Respondeu se virando para os dois. –Era assim que ela iniciava um jogo. Ela quer que eu a ache, sabe que vou achar. Só espera que tenha tempo o suficiente para terminar o que começou.

 

(Lily Potter)

Aqui vai um fato sobre crescer junto de quem se ama. Você acha que não é possível os conhecer melhor do que já conhece. Consegue os reconhecer em uma multidão, reconhece suas risadas, sons de seus passos, olhares e manias. Lily Potter cresceu e amou Rose Weasley de todo o seu coração, como a irmã que nunca teve. Elas se conheciam como a palma de suas próprias mãos. Era assim com toda a família. 

Mas naquele lugar imundo e sem iluminação decente, Lily se viu obrigada a admitir que não reconhecia o olhar insano que Rose lhe lançava.

—Esta surpresa? –Rose perguntou risonha enquanto tirava com violência o pedaço de pano que cobria a boca da prima. 

—Rose, o que...

—Vamos cortar todo esse blablabla que você adora. –A Wesley falou revirando os olhos enquanto caminhava em direção à Albus, retirando o pano de sua boca também. –Você estava tão desesperada para saber quem eu era, aproveite a oportunidade que estou te dando. –Se abaixou ao lado de Harry, que apesar de ter recobrado a consciência permanecia com a cabeça tombada. Rose retirou o pano de sua boca também, puxando sua cabeça para trás. –Ops, desculpa padrinho. –Riu enquanto depositava um beijinho em seu rosto.

—Que merda está fazendo, Rose? – Albus perguntou arfando.

—Surpreso em não ver a sua florzinha sem graça? –debochou enquanto se aproximava lentamente do primo. –Achou mesmo que aquela mosca morta chorona tivesse a capacidade de fazer metade do que eu fiz?

—Rose! –Uma voz roupa e alta como um trovão ecoou por todo o galpão. Lily e Albus olharam atordoados para todas as direções, escutando passos pesados vindo de todos os lugares. –Nunca te ensinaram a que não se deve brincar com a comida?

Os passos pararam, assim como a respiração de Lily ao sentir uma respiração na sua nuca. Ali, de pé e imponente, estava o responsável por toda a sua dor. Ali, com um sorriso sacana e postura impecável, estava Luke Zabini.

—Surpresa, –ele disse olhando no fundo de seus olhos com o mesmo sorriso doce que ela já havia visto antes, mas que gradualmente foi sumindo até dar lugar a uma expressão de nojo – maldita Potter. –Cuspiu após proferir o sobrenome.

—Você...você...você...

—Eu, eu, eu e...vamos dar algum crédito para Rose. –Ele abriu os braços, apontando para a ruiva que se encontrava parada perto das caixas. –Afinal, eu não fiz isso sozinho. –Apontou para o teto com um grande sorriso. Lá, pendurada por correntes, se encontrava Violett. E por mais que os irmãos desejassem que não, a vida já havia se esvaído de seu corpo.

Um grito alto e dolorido deixou a boca de Albus pouco antes dele se voltar para o lado e vomitar.

 

(Scorpius Malfoy)

A mata que eles entraram era escura, densa e cheia de buracos. Nenhum deles tinha certeza de que era ali que eles encontrariam Rose, e com sorte Lily e Albus, mas foi na entrada desta trilha que encontraram seu carro deixado para trás. Os ombros de Scorpius estavam rígidos e seus ossos pareciam tremer de ansiedade. Sua cabeça latejava com todas as novas informações que obteve no caminho até ali. 

Lily tinha sido sequestrada pela prima. Rose tinha inveja dos Potter. Hugo poderia estar envolvido. Harry e Ron não atendiam seus chamados. Eles iam brincar de caça ao tesouro no meio do mato apenas com duas armas e um par de lanternas. Matteo não parava de chorar.

—Se quiser voltar para o carro, a hora é essa. -Disse Teddy virando a luz da lanterna para os dois. Seu rosto estava sério e seus cabelos azuis escuros pareciam mudar de cor suavemente de acordo com a luz. Scorpius notou que nunca tinha o visto na postura policial antes. -É sério, Matteo. Daqui você ainda consegue se achar, se entrarmos mais não tem mais volta.

—Vou continuar, é só que…-disse fungando e secando as lágrimas. -Eu incentivei a Lily a seguir com essa droga de investigação e agora ela…

—Ela está bem, se quer continuar se recomponha. -Teddy disse firme voltando a adentrar a mata. -Vamos precisar de todas as forças que conseguirmos.

Scorpius viu Teddy desaparecer na escuridão e depois voltou a olhar para Matteo, que limpava as lágrimas e soluçava silenciosamente como um bebe.

—Vamos cara. -Deu batidinhas nos ombros do amigo. -Ainda preciso do meu Robin.

Matteo riu baixinho em meio às lágrimas. 

—Se toca, garoto. Eu sou o Batman.

 

(Albus Potter)

Sua boca mantinha o gosto amargo e ele conseguia sentir o vomito a pouco expelido grudando em sua bochecha encostada no chão. O ar pareceu ter desaparecido dos seus pulmões. Violet estava pendurada, morta, bem acima da sua cabeça.

—O que vocês fizeram? -conseguiu escutar Lily perguntando mas não teve forças para levantar.

—Ela estava atrapalhando demais. -Rose disse como se a morte de uma pessoa não fosse nada de mais. -No começo foi legal usar ela para despistar vocês, mas quem diria que a sem sal tinha um cérebro. Chegou perto demais de descobrir a gente.

—Então não foi difícil para a Rose se livrar dela. -Luke comentou em meio às sombras. -Aliás, eu acho que ela se sentiu feliz em finalmente ter pretexto para isso.

—O que…

—Depois que nosso querido, Albus. -Rose se abaixou e puxou sua cabeça da poça de vômito. -Tudo bem querido? -Nenhuma reação, Albus continuou mudo. Ela soltou sua cabeça com um baque surdo, de volta para o vômito. –Bom, depois que ele confrontou ela sobre o colar perdido em meio as rosas, ela surtou e resolveu pôr tudo em pratos limpos. Chegou bem perto de nós, inclusive associou a pegada e o colar na roseira comigo bem mais rápido do que você!

“Ela veio até mim alguns dias atrás, bateu de frente e disse que sabia que eu estava por trás de tudo. Deixei ela falar, e quando virou de costas para ir embora…Não viu o que a acertou.”

—Foi melhor assim. -Suspirou e começou a andar em direção de Albus. -Queria que vocês nos encontrassem primeiro. 

Enquanto Rose se abaixava e acariciava sua bochecha, Albus subiu os olhos para o corpo pendurado e sem vida de Violet. Ele perdeu o amor da sua vida duas vezes. Uma para o seu irmão. Outra para a morte


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Comentem para eu saber a opinião de vocês e se ficou perdido é a sua chance de ler If I Die Young do zero!

Até o próximo capítulo!



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