Perdidos Em Nova Iorque escrita por Ginnyweas


Capítulo 37
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Hey, angels!!!!! ❤
Olha só quem voltou de férias, a tia Ginny! Tô triste porque queria continuar viajando, mas né, o dever nos chama! haha
Essa é a última atualização de Perdidos Em Nova Iorque, tô triste com isso, mas amei demais escrever esse epílogo então aproveitem!!!
Desculpem-me os erros ortográficos.
Boa leitura :)



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Rony tinha ido buscar Rose na casa de Luna. A pequena estava ficando na casa da loira desde que Hermione entrara em trabalho de parto há alguns dias. Mas ela já estava de alta, então o ruivo a trouxe de volta para casa e foi buscar a filha na casa de Luna, ela estava eufórica com a volta da mãe para casa e principalmente para finalmente conhecer seu novo irmãozinho, Hugo.

Assim que ele estacionou o carro em casa ela pulou para fora do veículo e correu em direção à porta, balançando-se freneticamente à espera do pai para que a abrisse. Rose tinha quatro anos e era uma menina muito esperta, inteligente como a mãe, absurdamente parecida fisicamente com o pai. E o novo integrante da família, Hugo, já tinha herdado as características físicas do pai: olhos azuis e já se podiam ver alguns fios ruivos na cabeça dele.

Rony abriu a porta e a filha descumpriu todas as coisas que haviam combinado no caminho para casa: nada de gritos, nada de correr, nada de pular em cima da mamãe. Ela fez tudo ao mesmo tempo quando adentrou a casa e encontrou Hermione sentada no sofá com o bebê nos braços. 

— MANHÊEEEEEEEE! — ela correu e abraçou a mãe.

— Rose, o que eu falei pra você? — Rony a bronqueou, mas ela estava ocupada demais abraçando a mãe para ouvi-lo.

— Oi, filha. — Hermione disse devolvendo o abraço da menina. 

— Eu quis tanto te abraçar por cinco segundos esses dias... Eu fiquei com saudade de você, mãe.

— Eu também fiquei meu amor. 

— Esse é meu irmão? 

— É sim.

— Nossa, mãe. Como ele é pequenininho! — ela disse surpresa se pendurando em cima de Hermione para enxergar o rosto do menino — Como ele é feio! Olha que cara amassada, mãe! 

— Rose cuidado! — Rony disse para que a filha não fizesse muita força sob Hermione, afinal ela estava recém-operada ainda.

— Os bebês nascem com o rostinho assim mesmo, filha. Ficam inchadinhos... Você também tinha o rosto assim! 

— Não tinha não, mãe! Papai disse que eu sempre fui bonita! — ela disse e Hermione riu.

— Você sempre foi sim e seu irmão também é. Não diga que ele é feio! E cuidado com a mamãe, já disse que ela não pode ficar com você no colo pra não se machucar, lembra? — ele sentou-se no sofá também. 

— Lembro. Desculpa, papai. Posso pegar meu irmão no colo, mamãe? 

— Pode. Mas tenha cuidado, ok? Sente aí e fique quietinha que eu vou colocá-lo no seu colo.

Hermione acomodou Hugo nos bracinhos da filha, mas manteve-se por perto para supervisioná-la. Os olhinhos de Rose brilharam com a alegria que ela ficara ao segurar o irmão no colo, estava muito animada com a posição de irmã mais velha que teria agora. 

— Olha mãe, ele está rindo! — ela disse animada 

— Está sim. Acho que ele gostou de você, filha! 

— Oi, Hugo. Eu sou a Rose, sua irmã mais velha! Ro-se. Ro-se. Ro-se. Mãe, por que ele não está repetindo? Você disse que seria assim que ele ia aprender a falar.

— Ainda está muito cedo pra isso, filha. Quando ele estiver maior vai aprender desse jeito mesmo.

— Eu vou tirar uma foto desse momento e mandar pra minha mãe! — Rony dissera e pegara seu celular para fotografar Rose com Hugo no colo — Ela está louca pra conhecê-lo pessoalmente!

— Minha mãe também! Elas se ofereceram para virem pra cá me ajudar, mas eu não vou tirar elas de Londres pra isso. — Hermione comentou.

— Você sabe que isso é sacrifício nenhum pra elas, né? — ele riu.

— Eu sei. Mas logo sua mãe terá que ajudar Gina com o bebê dela, e a minha mãe... Bem, aquela não tem jeito, logo estará aqui! 

— Mamãe, eu fiz um presente pra você. — Rose dissera.

— Um presente? 

— Sim. Eu vou ir lá buscar! 

— Deixa que o papai segura o Hugo enquanto você vai lá buscar! — Rony dissera e pegara Hugo no colo enquanto Rose saíra correndo e voltara com um pedaço de papel.

Ela se sentara ao lado de Hermione e recostara-se sobre ela ao lhe entregar seu "presente". Rony que estava curioso para vê-lo também acomodou-se ao lado da esposa com o filho ainda no colo.

— Que lindo, filha! — Hermione dissera fitando o desenho de autoria da Rose — Somos nós? 

— Sim! Aqui está eu, — ela foi apontando para cada boneco em seu desenho — esta é você segurando o Hugo no colo e esse é o papai. Eu pintei o cabelo dele de laranja pra ficar igualzinho. 

— Mas seu cabelo é igual ao meu filha, e o seu está vermelho... — Rony dissera.

— Eu sei, mas o tio Draco te chama de cenoura por causa do cabelo. Cenouras são laranjas! 

— Aquela doninha albina maldita...

— RON! — Hermione o repreendeu — Hugo também está com o cabelo vermelho! Adivinhou que ele também seria ruivo? 

— Papai e eu torcemos muito para que ele fosse igual à gente! — ela disse e mesmo com Hugo nos braços, Rony fez um high-five com a filha.

— Família Weasley feliz. — Hermione leu o que estava escrito no alto do desenho dela.

— Tia Luna me ajudou a escrever.

— E esse cachorrinho aqui, ein? — ela perguntou ao notar o animalzinho no canto do desenho.

— O tio Neville disse que eu devia ter um cachorro.

— Ah, ele disse é? Vou ter uma conversinha séria com ele... — Hermione disse.

Há alguns meses Rose vinha insistindo em ganhar um cachorrinho, mas Rony e Hermione não gostavam muito da ideia. Um cachorro precisava de atenção, e os dois passavam grande parte do dia fora de casa. Ele também faria muita bagunça em casa, seria como ter mais uma criança e eles já tinham Rose e Hugo estava a caminho quando a menina cismara com essa ideia. Tentavam fazê-la esquecer daquilo, mas Neville parecia apoiar a pequena na missão de convencer os pais a lhe darem um cachorrinho.

— Eu amei o presente, filha! Vou guardar com muito carinho! — ela disse acariciando os cabelos ruivos da filha e beijou-lhe a bochecha. — Eu te amo.

— Também te amo, mamãe. Senti muita saudade! — ela abraçou a mãe novamente que devolveu o abraço fortemente. 

Rose nunca passara um dia inteiro sequer sem os pais, e com a internação de Hermione ela ficara quatro dias sem ver a mãe. Rony ainda ia vê-la durante o dia, mas era ele que fizera questão de dormir com a esposa no hospital. Sendo assim, a pequena dormira na casa de Luna durante esses dias. No primeiro dia ela até chorara, mas Luna, babona como era com a menina, rapidamente conseguiu acalmá-la e permitiu que dormisse abraçada a ela nos dias que passaria lá. Os braços de Luna eram confortáveis, mas não eram os braços de sua mãe, por isso ela estava toda grudada com Hermione.

— O que acha de trazermos o colchão aqui pra baixo e assistirmos filme juntinhos, filha? Pra matar a saudade da mamãe? — Rony dissera devolvendo Hugo no colo de Hermione.

— SIM! — ela gritou animada ficando de pé no sofá

— O que eu disse sobre os gritos, ein? — Rony dissera, mas não estava a bronqueando e sim fazendo cócegas na pequena que só aumentara o volume com as risadas que passou a dar.

— Vocês dois viu...

— Vamos tomar um banho, porquinha. — Rony a colocara nos ombros como um saco de batatas e Rose era só risos — Depois que estiver limpinha nós trazemos o colchão aqui pra baixo.

— Tá bom papai! 

— Vai indo que eu já chego lá!

Rony colocou Rose no chão e ela subiu as escadas correndo. Ele voltou para o sofá e sentou-se ao lado da esposa que já tinha colocado Hugo no carrinho.

— Como é voltar pra casa? — ele perguntou acariciando a perna de Hermione.

— Ótimo. Estou me sentindo dez quilos mais leve, acredita? — brincou.

— Engraçadinha! Tome cuidado com a Rose, eu já disse pra ela não ficar subindo em cima de você...

— Amor, eu fiz uma cesárea porque Hugo não estava encaixado, não porque eu estava morrendo. Calma.

— Eu sei. Mas precisa se cuidar enquanto estiver com esses pontos e depois que tirá-los também, você viu o que o doutor disse, leva tempo para cicatrizarem completamente...

— Eu sei, eu sei. Senhor preocupação! Mas eu vou tomar cuidado, deixa ela, ela nunca ficou tanto tempo assim longe de mim. Está com saudade.

— Está mesmo. Luna me disse que ela chorou no primeiro dia. 

— Isso partiu meu coração, mas no primeiro dia não teve jeito, o doutor esperou demais pro Hugo virar, você tinha que ficar lá no hospital comigo mesmo. 

— Pois é, esse aí já começou a dar trabalho antes de nascer! 

— E agora que nasceu está igual ao pai: só dorme.

— Vou levar isso como um elogio, pra ele é claro. Pois se parece comigo. Quer subir e descansar um pouquinho antes de assistir Procurando Nemo? 

— Procurando Nemo? — ela riu.

— E você acha que a Rose vai escolher algum outro filme além desse? 

— É, você tem razão. — concordou — Nossa missão é fazer com que Hugo varie um pouco mais nos filmes. 

— Com certeza! 

— É melhor você subir e ver como sua cópia está antes que ela inunde o banheiro.

— Você tem razão. Mas antes, eu tenho um presente pra te dar! 

— O que é? — ela perguntou ao vê-lo buscar uma caixinha pequena na cor azul.

— Abra! Só pra te dar boas-vindas novamente aqui em casa, e pra te dizer que eu sou muito grato por ter você na minha vida e por ter me dado mais um tesouro tão incrível e lindo quanto o primeiro que me deu... E que provavelmente deve ter fechado o ralo do banheiro de novo pra fazer piscina no chuveiro! — ele disse e ela riu.

Hermione abrira o presente e emocionara-se. Havia ganhado um pingente em formato de um menininho sorridente para que colocasse em sua pulseira. Quando Rose nascera, Rony lhe dera uma pulseira com um pingente de uma menininha, e agora com o nascimento de Hugo ela teria que colocar mais um pingente para representar o novo integrante da família Weasley. Ela nunca tirava aquela pulseira, e sempre a usava em seu braço esquerdo para manter-la perto de sua aliança de casamento, deixando simbolicamente os dois perto um do outro.

— Ah, Ron... Obrigada! — ela disse indo beijar o marido — É lindo! Obrigada mesmo, de verdade. 

— Quero encher essa pulseira de pingentes ainda!

— Pois pode parar de querer então! Esta fábrica aqui está fechada! 

— Não está não! 

— Está sim, Ron. Já temos nosso R-mirim e agora temos nosso H também. Fábrica fechada! 

— Só dois? 

— O suficiente pra me deixarem louquinha não acha? Não acha? — ela repetiu ao encarar a expressão indecifrável dele.

— Acho! Estou só brincando com você! — ele disse rindo e ela suspirou aliviada — Dois é o suficiente. Nossa princesinha e nosso principezinho. Embora eu seja capaz de ter dez filhos com você do tanto que te amo! 

— Eu também te amo, mas dez? Não. Definitivamente não. — ele riu e a beijou.

— Eu sempre disse que meus filhos seriam os ingleses mais lindos que aquele país já viu, e agora olhe só: tenho dois Nova-Iorquinos! 

— Não tem jeito, Ron. Nova Iorque agora faz parte da nossa vida, definitivamente.

— É, parece que nos perdemos aqui e não encontramos o caminho de volta. 

— Com você eu me perderia em qualquer lugar, Ron. Qualquer um. 

Assim que ela terminara de dizer Rony a beijou mais uma vez, apaixonadamente. Os dois estavam extremamente felizes com a vida que levavam e com a chegada de mais um integrante nela. E Hugo era mais um Weasley que chegara para completar a felicidade que estavam sentindo. 

Um cuidando do outro, em Nova Iorque. Suas famílias não concordaram muito com a ideia quando eles anunciaram a compra da casa, e logo depois anunciaram o casamento. Por todos seus familiares morarem em Londres e por desde sempre os dois sonharem em realizar a cerimônia de casamento deles na toca, seus amigos de Nova Iorque tiveram que ir para a terra natal deles para participarem da festa que foi realizada lá. Foi uma cerimônia simples, apenas para seus amigos mais íntimos da maneira que eles sempre desejaram. 

Já tinham se acostumado com a vida em Nova Iorque, talvez futuramente eles voltassem para casa. Rony insistia em fazer Rose aprender o sotaque Inglês que ele e Hermione tinham, mas suas tentativas até então estavam sendo falhas o que fazia com que a esposa caísse sempre na gargalhada. Aos poucos os dois foram se adaptando, e agora seria difícil abandonar a rotina que estabeleceram para si. E não tinham muita intenção de fazê-lo. Estavam felizes, e como Rony sempre dizia em suas matérias: em time que está ganhando não se mexe. E apesar de Hermione não se interessar muito por esportes, ela concordava plenamente com aquilo. 

— Tá feliz? — Rony perguntou acariciando o rosto dela.

— Muito! 

— De zero a dez, o quão feliz? 

— Dez.

— E o quanto você me odeia? — ele perguntou e ela riu.

— Dez também.

— E o quanto me ama.

— Onze. Sempre vai ser onze, Ron! 

— Assim que eu gosto! — ele ia beijá-la novamente, mas uma voz gritando por ele foi ouvida vindo diretamente do andar de cima.

— PAI! MINHA PISCININHA ESTÁ MOLHANDO TODO O BANHEIRO! — Rose gritou e Rony levantou-se abruptamente do sofá.

— Parece que não é só em Nova Iorque que está perdido, Ron. — Hermione brincou ao vê-lo subir as escadas correndo. 

Ela se levantou e foi pegar Hugo no colo novamente. O menino era bem calmo e preguiçoso, passava boa parte do dia dormindo. Totalmente o contrário de Rose que era bem chorona, o que seria muito bom, pois o parto de Rose havia sido normal e ela estava novinha em folha bem rápido para poder atender os gritos da menina. E com Hugo seria diferente, teria que se recuperar da cesárea com cuidado para não ter nenhuma complicação, e com ele calminho do jeito que era, essa não seria uma tarefa difícil.

— Está vendo só, filho? Essa é a nossa casa! — ela conversava com o bebê — Seja bem-vindo. O papai e a mamãe farão de tudo para que você seja muito feliz aqui, você e sua irmãzinha tá bem? Mesmo que às vezes nós dois pareçamos um pouquinho perdidos, vocês dois serão nossos caminhos de volta! Assim como eu e o papai sempre fomos o caminho um do outro! 

Rony e Hermione passaram por muita coisa em suas vidas, altos e baixos. A vida lhes pregara muitas peças que os fizeram sofrer por conta daquela cidade, mas ali com aquelas duas crianças, qualquer sofrimento a envolvendo parecia algo banal perto da felicidade que sentiam. No final das contas, Rony e Hermione não se perderam em Nova Iorque e sim, se encontraram.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, foi uma honra me perder em Nova Iorque com vocês!
Logo saí o 1º capítulo da nova fic, aguardem!
Beijinhos ❤