Precisamos um do outro escrita por Moon


Capítulo 42
Operação de resgate


Notas iniciais do capítulo

Uma operação da polícia é montada para atender o chamado de negociação pela garota sequestrada e, finalmente, entra em ação o plano para trazer Riley de volta sem trazer quaisquer suspeitas sobre aqueles que realmente a resgataram.



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POV Cory

Haviam finalmente ligado. As probabilidades diziam que em uma hora, aproximadamente, teríamos nossa filha de volta. Convencemos os agentes da lei que queríamos estar lá para que ela tivesse rostos familiares por perto. Uma operação foi montada.

Estávamos sentados em uma viatura, eu e minha esposa, em outra estavam Stiles, Noah e Liam. Os demais estavam por perto, mais um pouco mais distante. No lobby de um hotel naquela mesma avenida, foi montada a inteligencia que estava coordenando tudo e lá estavam cuidando do nosso pequeno Auggie e o resto da nossa família de amigos estava lá também.

O caso do sequestro na porta da escola havia ganhado mídia. Haviam jornalistas acampados na frente do nosso apartamento, o rosto da Riley estampava todos os telejornais - não apenas os regionais. E isso era bom, não?! Eu imagino que por causa de toda essa repercussão que estavam tão dedicados à encontrar nossa menina. Por isso e por solidariedade ao companheiro de farda deles, o pai biológico da Riley. Os policiais e agentes o tratavam com respeito. Eu conseguia ver a sensação de comunidade entre os que estavam trabalhando no caso com Noah e Stiles. Eu estava grato por tê-los nessa situação. Eles estavam mais frios e calmos. 

Eu sei que estávamos, na verdade, todos nervosos. Todos ali amamos a Riley. Mas cada um demonstrava sua preocupação de seu modo. 

Minha esposa estava tensa, trêmula e eu sabia, pelo modo como ela apertava o abdômen, que ela estava tendo ânsia de vomito por causa de toda a ansiedade e nervosismo. Eu estava desolado, meu sentimento era de desespero, eu sentia o choro engasgado na minha garganta desesperado para ter minha filha em meus braços.

Noah, Stiles e Liam estavam austeros. Os três sentados em silêncio, rígidos e racionais. Nenhum demonstrava medo, angustia, desespero. Eu os conhecia bem o bastante agora para saber - pela ruga entre as sobrancelhas do Stiles, pelo maxilar travado de Noah e pelo estalar de dedos de Liam - que eles também estavam sentindo toda aquela tensão. Eu sempre achei que pessoas mais contidas com seus sentimentos sofriam mais nessas situações, mas agora que os tenho durante a tempestade sei que é incrivelmente tranquilizador ter alguém coerente e sensato por perto.

Havia uma grande caixa no local combinado. Um agente veio até a viatura e chamou minha esposa à acompanhá-lo até o local para que ela pudesse colocar o contrato na mochila como combinado. Eu queria estar ao lado dela, mas os profissionais acreditavam que seria melhor que apenas ela fosse.

Sentei e assisti apreensivamente enquanto eles andavam a passos largos e lentos até o local. Eles atravessar a rua. Minha esposa colocou o papel na mochila. Que foi colocada na caixa de correio em alguns metros. Imaginei que deveria ter instruções. Ela pegou um papel e foi acompanhada pelo agente no caminho de volta.

Minha esposa chorava enquanto andava relutante no caminho de volta. Ela sentou ao meu lado e mostrou o papel.

“Não ter temor da morte, é não temer-se ameaças.” Pierre Corneille — Quando li, meu coração parou de bater.

O esquadrão antibomba foi acionado. O quarteirão foi evacuado, incluindo nós que estávamos no aguardo para reencontrar nossa filha. Fomos levados pelos policiais ao lobby para, junto com os demais aguardar pelo desfecho. Assistimos a operação ao vivo, na tela do computador do recepcionista que gentilmente se prontificou.

Demorou uma eternidade. Parecia que eles não estavam fazendo nada além de passar um scanner, tocar e observar a caixa. Estávamos ficando impacientes quando fizeram sinal chamando o socorro. E então abriram a caixa. Um deles com uma faca tática rasgou dois bívios da caixa para revelar o corpo em posição fetal.

Era a Riley. Eu sabia porque era o cabelo dela, e as roupas dela. Mas ela estava imóvel. Quieta. E então os paramédicos se aproximaram, colocaram-na numa maca e então corremos para fora do hotel. A nossa menina estava ao alcance de nossas mãos. Finalmente.

As pessoas estavam gritando, comemorando o encontro da menina sequestrada, eu via suas faces gritando em apoio, e os jornalistas borbulhavam, mas na minha cabeça, só havia o silêncio enquanto corríamos para encontrar nossa filha. Os agentes nos acompanhavam, nos desviando dos jornalistas sedentos. 

Chegamos a ambulância e ela estava lá deitada.

— Ela está bem. - O paramédico atestou cuidadosamente. - Está sob efeito de drogas provavelmente para estar desacordada, mas vamos levá-la ao hospital e logo ela estará perfeitamente bem.

Eu, Topanga e Noah entramos na ambulância. Era mais que o número permitido, mas ninguém discutiu ou tentou impedir. Apenas cuidaram da nossa filha enquanto nos encaminhávamos ao hospital. 

Nós três chorávamos de mãos dadas. Silenciosamente agradecendo pela vida da nossa filha, agradecendo que ela tivesse sido encontrada e desejando nunca mais deixá-la sair de nossas vistas.


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Notas finais do capítulo

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