Precisamos um do outro escrita por Moon


Capítulo 33
Chamando reforços


Notas iniciais do capítulo

Maya lida com o reaparecimento violento de seu pai. Riley e Farkle trabalham no projeto da feira de ciências. E a família se prepara para receber as visitas de Beacon Hills.



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POV Maya

Eu não conseguia entender o que havia acontecido. Olhava o rosto do meu namorado machucado e não conseguia imaginar que tivesse sido ele. Ele nunca havia se preocupado em ser parte da minha vida e agora se sentia até mesmo no direito de agredir alguém porque “poderia potencialmente me machucar”.

Josh parecia preocupado. Toquei seu rosto levemente, admirando a beleza daquele rosto que mesmo ferido me parecia a perfeição, seus olhos – mesmo que um estivesse roxo e inchado – me olhavam com afeição buscando algum sinal de que eu estava bem. Deitei minha cabeça em seu ombro. Nós dois sentados no sofá dos Matthews.

Meus pais – os de verdade – estavam conversando com os pais da Riley sobre o que poderia ser feito para me proteger, para afastá-lo, para lidar com a situação, sentados à mesa. Riley estava no quarto com Farkle iniciando o projeto deles da feira de ciências enquanto Liam estava no quarto brincando com o pequeno Auggie – eles saíram depois que eu pedi para ficar sozinha com o Josh. Eu queria ouvi-lo falar sobre a discussão com meu “pai”.

— Você acha que ele vai vir atrás de mim? – Perguntei ainda repousando minha cabeça em seu ombro.

Ele se inclinou para a frente, fazendo minha cabeça ficar sem aquele apoio que seu corpo fornecia. Pendi levemente para o lado, mas me equilibrei rapidamente. Ele se virou para mim e colocou ambas as mãos no meu rosto. Acariciando minhas bochechas. Sua expressão era séria e doce ao mesmo tempo.

— Eu não vou deixar isso acontecer! – Ele afirmou firmemente olhando fixamente em meus olhos.

Me inclinei em sua direção para beijá-lo. Um selinho que se aprofundou em alguns segundos. Escutei Shawn pigarrear da cozinha e sorri com a atitude que realmente parecia algo que um pai faria. Dei um último beijo em sua bochecha antes de me afastar de seu rosto. Ele ficou som seus olhos fechados e sorriu por um instante ainda, mesmo depois de eu ter me afastado alguns centímetros.

POV Riley

Depois de algum tempo pesquisando sobre as possíveis temáticas do nosso projeto escolhemos fazer o projeto inspirado na escola. Criar uma maquete da escola, falar sobre a história da idealização, fundação e evoluções até os dias atuais, descrever o contexto cultural e regional, expor estatísticas sobre o público atual da escola – gênero, raça, origem, idade, classe – e pesquisar sobre os ex alunos – se realizaram seus sonhos, o que os ajudou ou o que os impediu.

— Ok. – Farkle leu no meu notebook o que havíamos anotado das nossas ideias. – Já incluímos artes, história, geografia e matemática.

— Falta incluir. – Li os nomes das matérias que estariam participando da feira no oficio que a escola entregou aos alunos. – Física, química, biologia, filosofia, sociologia, redação e línguas.

— Eu acho que a pesquisa dos ex-alunos pode ser considerada estudo social. – Ele disse.

— Então não falta sociologia. – Disse olhando o papel sem ter ideia de como incluir as ciências naquele projeto.

— Para incluir filosofia a gente coloca um tópico sobre os valores da escola, a ética, essas coisas. – Ele disse eu anotei a ideia no notebook.

— Para redação. – Eu disse. – A gente poderia fazer um folheto para entregar a todos convidando-os para que assistirem a nossa apresentação.

— Um folheto?

— Sim. – Expliquei melhor. – Escrevemos um resumo sobre o que vamos falar e quais tópicos serão apresentados. A gente coloca nossos nomes e o local e horário da nossa apresentação. E a gente também pode fazer o verso em espanhol e francês para incluir línguas estrangeiras.

Ele concordou sorridente, afirmando que gostou da ideia que anotei prontamente.

— Falta química, física e biologia. – Observei. – E eu não ache que seja possível incluir essas matérias.

— Para incluir química, podemos falar sobre química do cérebro. – Ele disse levantando as sobrancelhas. – O processo de aprendizagem.

— O efeito que os estudos causam em nossos cérebros? Tipo funções, direito e esquerdo, neurotransmissores e essas coisas? – Perguntei e ele assentiu confirmando que eu havia entendido perfeitamente a ideia.

 Anotei no notebook imaginando como incluir as duas últimas matérias.

— Em física a gente pode falar sobre a influência tecnológica no ambiente escolar. O uso de aparelhos como computadores, projeção. – Ele disse e eu sorri com a ideia que agora parecia tão óbvia.

— E biologia? – Perguntei depois de preencher a penúltima disciplina.

Meu celular vibrou me tirando a concentração. Era Stiles me mandando o contato do nosso pai que estava – finalmente – com seu próprio número. E no dia do seu aniversário. Salvei o número.

— Eu ainda não sei. – Meu amigo disse sobre a pergunta que eu havia feito instantes antes. – Vou dar uma pesquisada.

— Ok. – Disse. – Eu vou fazer uma ligação rapidinho enquanto isso.

Saí do meu quarto e liguei para o meu pai da escada de incêndio. Chamou algumas vezes antes dele atender.

— Parabéns! – Eu quase gritei assim que ele atendeu. – Feliz aniversário, pai!

Ele agradeceu emocionado e silenciou. Só então notei que era a primeira vez que eu o chamava de pai.

— Você vai conseguir vir? – Perguntei.

— Eu vou chegar aí amanhã. – Ele disse animado. – O Scott, a Malia e a Melissa também vão. Talvez até a Lydia.

Sorri com a notícia. Queria vê-los. Queria estar com eles outra vez. Estava com saudade dessa parte da família.

— Mas eu tenho que deixar tudo ok aqui no trabalho antes de ir. – Ele disse.

— Então vai trabalhar que eu quero muito que você venha! – Disse rindo e ele riu também e nos despedimos. Voltei para o quarto e deixei meu celular na escrivaninha.

— A gente pode relacionar a química do cérebro com biologia, falando dos efeitos do estudo, a parte hormonal e tal. – Farkle disse assim que eu fechei a janela atrás de mim.

— Genial! – Eu disse me sentando ao lado dele e completando o projeto para ser enviado para a nossa professora.

PROJETO: 50 ANOS DE ABIAIL ADAMS HIGH SCHOOL

DISCIPLINAS E SUAS APLICAÇÕES (Em ordem alfabética)

Artes - Maquete da escola

Biologia - Como o estudo afetas um corpo: alterações hormonais, prevenção de doenças, memória.

Filosofia – Os valores básicos da educação: ética, moral

Física – Computadores, projeção, internet: como impactaram o ambiente escolar

Geografia – O contexto regional e cultural na qual a escola foi fundado e na qual está inserida atualmente.

História – A idealização, fundação e evoluções da instituição até os dias atuais.

Línguas estrangeiras – Apresentação introdutória do conteúdo do projeto em folheto em espanhol e francês.

Matemática – Estatística da população geral de estudantes: número de alunos, gênero, origem, raça, classe, etc.

Química – A química do cérebro: processo de aprendizagem, direito x esquerdo, funções cerebrais e neurotransmissores.

Redação - Apresentação introdutória do conteúdo do projeto em folheto em língua padrão.

Sociologia – Estudo social: onde estão os ex alunos.

POV Liam

Depois de enviar o projeto da feira de ciências, Farkle foi embora. Ele passou no quarto para se despedir de nós e foi acompanhado por Riley até a porta. Depois ela voltou e ficou comigo e com o Auggie enquanto assistíamos um filme de animação.

Eu estava deitado na cama do Auggie, meu colchão já estava dobrado e guardado embaixo da cama. O pequeno estava deitado no tapete com seus olhinhos vidrados no desenho enquanto eu mexia no celular. Riley sentou ao meu lado observando o irmão.

— Eu lembro quando nada me afetava e eu simplesmente voltava a assistir meus desenhos enquanto os adultos resolviam tudo. – Ela comentou.

— Nostálgica? – Perguntei e ela apenas sorriu em resposta.

— Não tinha problemas familiares. – Ela disse provavelmente pensando na situação da amiga e abaixou o tom de voz. O Auggie não parecia escutar – Não tinha monstros. Não tinha ex.

— Quase a mesma coisa esses dois. – Eu disse e ela riu.

Depois de alguns instantes de silencio ela perguntou:

— Falou com a Hayden?

— Não. – Respondi.

— Vai falar?

— Não.

Ela se encostou na cabeceira da cama. Os olhos encarando o teto e a mordendo a boca se impedindo de fazer outra pergunta.

— Pergunta. – Eu disse e ela me olhou entendendo que eu sabia que ela estava hesitando em fazer uma pergunta.

— Você vai voltar para Beacon Hills?

— Nas férias.

Ela revirou os olhos e suspirou com a minha resposta. Eu sabia que não era disse que ela estava falando. Ri de sua reação.

— Não. – Eu disse depois de rir, respondendo sua pergunta.

— Nem se a Hayden pedir?

Hesitei. Eu sentia falta dela. Mas a Hayden não era a mesma para mim. Ela havia partido sem se despedir e ser manter contato. Ela mandou uma mensagem quando soube do que aconteceu com o Mason. Uma mensagem.

— Eu não vou voltar. – Afirmei e Riley pareceu satisfeita com a minha resposta.

O silencio pairou outra vez e voltamos a assistir o desenho.

POV Stiles

Enquanto Topanga e Cory conversavam com Katy e Shawn sobre a situação com o pai da Maya - sobre tudo o que poderia ser feito -, Riley e Farkle faziam o trabalho, aproveitei aquele tempo para ir ao cartório autenticar as cópias de alguns documentos que precisaria para a faculdade. Quando voltei Katy e Shawn já se despediam da filha antes de deixarem o apartamento.

— Ela está no quarto do Auggie. – Topanga disse quando eu perguntei pela minha irmã.

Pedi licença e entrei na casa acompanhado de Maya e Josh.

Liam estava deitado e Riley recostada na cama assistindo ao desenho do Auggie quando entramos. Riley se endireitou na cama e abriu os braços para me abraçar. A abracei e sentei na cama. Liam se sentou para ocupar menos espaço, mas Maya e Josh sentaram no balcão.

Notei alguém se aproximar e olhei para porta. Topanga carregava uma bandeja, com seis copos servidos de suco de morango. Quase não notei sua presença silenciosa sob a conversava baixa para não incomodar o dono do quarto.

Sorri e me levantei para ajudar. Pegou a bandeja e ela agradeceu balançando os braços com o alívio. Maya pegou dois copos, dando um para o Josh. Liam pegou um copo. Riley pegou dois, um para si e outro para mim. Entreguei o último copo para a criança hipnotizada que sorriu e agradeceu. Devolvi o utensilio de inox e agradeci pelas bebidas. Ela sorriu e deixou o quarto.

— Ele vai vir? – Perguntei pegando o copo que minha irmã segurava para mim.

— Vai sim! – Ela disse sorridente e sorri com sua empolgação. – Ele vai vir com a Melissa, o Scott e a Malia.

Seria ótimo ver todos os meus amigos. Eu estava precisando de reforços.

— Talvez até a Lydia venha. – Ela disse e me surpreendi.

— Ele disse isso? – Ela assentiu.

Se Lydia havia falado com meu pai sobre isso, ela realmente estava se planejando para vir. Sorri com a ideia de ter todos eles aqui, especialmente a minha ruiva.

— Achei um hotel, na rua da lanchonete da sua mãe. – Comentei. – Baratinho e perto. Eles podem ficar lá.

Ela concordou.

Sua casa não tinha espaço para acolher quatro adultos. Tinha apenas um sofá e o colchão estava sendo usado pelo Liam. Conversamos um pouco ali no quarto e então fomos para o quarto da Riley quando Auggie reclamou do barulho.

— Eu quero muito conhecer o seu pai! – Maya comentou com um sorriso, sentando-se ao lado da Riley na janela.

Batidas na porta nos interrompeu. Era Topanga avisando que iria sair com Cory para fazer as compras, perguntando se alguém queria que trouxessem algo.

Riley se levantou e saiu do quarto com a mãe para conversarem do lado de fora.

Maya me olhou confusa.

— Ela só deve estar avisando que nosso pai vai vir. – Eu disse e ela desfez a ruga entre as sobrancelhas.

— Deve ser confuso para eles, que mantiveram em segredo por tanto tempo agora não te nenhum tipo de controle sobre a situação. – Josh comentou.

— Como assim? – Maya perguntou.

— Não foram eles que contaram para ela. Ela descobriu sozinha. Eles não fizeram um intermédio entre ela e a família. A Riley encontrou o Stiles por conta própria e através dele conheceu o pai. Eles não marcam quando eles vão se ver ou quando eles se falam. A Riley que decide. Eles não decidiram o momento de contar para os meus pais, foi a Riley.

— A Topanga deve surtar a qualquer momento. – Maya comentou.

— Por que? – Perguntei.

— Ela é um pouquinho controladora. – Maya disse. – Deve ser difícil estar perdendo o controle sobre a filha.

— Controladora quanto?

— A um tempo atrás a Riley pedia tudo para ela. Contava tudo. Até a roupa que usava, se podia usar maquiagem, essas coisas. – Maya disse baixinho provavelmente se perguntando se a senhora Matthew estava perto o bastante para escutar.

Era difícil imaginar minha irmã infantil, inocente e dependente do modo como eles as vezes a descreviam.

Ela voltou para o quarto. A mulher que estava fechando a porta não parecia infantil ou inocente. Ela era forte, independente e corajosa.

— Ela vai fazer um jantar para comemorarmos o aniversário dele amanhã no Topanga’s. – Ela disse voltando a sentar entre eu e Maya.

POV Topanga

Depois de um dia agitado a noite de sono não foi como esperado. Kermit reaparecendo e agredindo o Josh. Noah vindo para Nova York. A nova gestão da escola do Auggie que estava causando problemas. Minha filha cada vez mais independente e ainda um conflito no trabalho que estava me levando à exaustão...

Pensei que demoraria a dormir, pensando em todos os problemas. Mas assim que minha cabeça repousou sobre o travesseiro, eu apaguei. Como a luz desliga com um toque no interruptor.

Acordei atrasada. Segunda-feira e a semana sendo iniciada pela minha filha mais velha me acordando.

— Mãe, já são sete horas! – Ela disse e eu levantei correndo.

Riley já estava pronta para a escola. Ela usava um macacão jeans com um cropped azul bebê colado, sem manga e de gola alta. O cabelo ondulado e um batom clarinho. Carregando sua mochila.

— O Auggie já foi. A gente tomou café da manhã. E eu o vesti com o novo uniforme. – Ela informou enquanto Cory corria para o banheiro, também atrasado. – Eu falei com a mãe da Ava, ele foi com elas para a escolinha.

Suspirei aliviada por ela ter tomado as providências.

— Te vejo na escola! – Ela disse se despedindo do pai e me dando um beijo antes de sair correndo para a aula, que começava as sete e meia.

Escutei a voz do Liam falando com ela antes da porta bater e os dois saírem correndo.

Cory se secou apressado e eu corri para tomar banho. Quando sai ele já estava em sua calça caqui e suéter azul marinho. Juntando tudo dentro de sua pasta. Coloquei uma blusa social branca e saia lápis cintura alta preta. Terminei calçando meu salto fino preto e pegando meu material que – graças a Deus – eu já havia deixado pronto na noite anterior. Meu marido me deu uma carona e cheguei ao trabalho sem maquiagem, o cabelo preso num coque improvisado e sem café da manhã, mas no horário. Sete e meia. Cory se atrasaria para a primeira aula alguns minutos.

Eu bati cartão e deixei minhas coisas na minha mesa e fui ao banheiro. Entrei numa cabine e sentei no vaso. Continuei me arrumando ali mesmo com o que eu tinha na bolsa. Passei um pouco de corretivo abaixo dos olhos e selei com pó. Marquei as sobrancelhas, passei rímel e um batom vermelho escuro – que era o único que eu tinha na bolsa. Soltei o cabelo e penteei com os dedos agradecendo por ele estar sujo – e consequentemente mais baixo.

Voltei para minha mesa e um cliente estava me esperando.

— Desculpe a demora. – Disse me sentando para olhar seu caso.

— Eu entendo. – A senhora disse com um sorriso meigo.

O atendimento da senhora foi rápido. O negócio dela fecharia e ela queria aconselhamento sobre como deixar tudo em ordem antes disso. Sem deixar dividas nem questões pendentes. A encaminhei para um colega do mesmo escritório que trabalhava nessa parte imobiliária e empresarial. A acompanhei até a sala dele e voltei ao meu posto trabalhar num importante caso.

Perdi a noção do tempo e pela segunda vez no dia, me atrasei. Quando notei já era quase duas horas. Eu deveria ter ido buscar o Auggie na escola e recebido as visitas da Riley, que chegariam ao meio dia. Juntei minhas coisas e saí correndo. Enquanto estava no elevador meu celular tocou. Atendi sem ver quem era.

— Oi, Topanga. – Era a senhora Morgenstein.

— Oi. – Atendi sem graça.

— O Auggie está aqui com a Ava. Eles estão brincando. – Ela disse, sua voz mais simpática que o normal. – Ele quis vir junto e eu trouxe ele. Só quis avisar.

— Eu estava preocupada. Obrigada por avisar, Morgenstein. – Eu fingi que não havia deixado meu filho na escolinha.

— A tia não disse? – Ela perguntou preocupada. – Eu pedi que ela avisasse.

— Ela disse meio confuso. Acho que eu que não entendi direito. – Ela assentiu e se desculpou.

Fui para casa. Na verdade, antes de ir para casa passei no apartamento da Ava e busquei meu filho – que eu ainda não tinha visto. Auggie conversava animadamente enquanto subíamos a escada para ir para casa.

Quando abri a porta. Casa cheia. Noah, Melissa, Scott, Malia e Stiles sentados no sofá. Riley os serviam com suco de maracujá e Liam ajudava.

— Sejam bem-vindos a Nova York! – Disse no meu tom mais animado possível sentindo que havia fracassado outra vez, vendo minha filha receber nossos convidados por conta própria.

— Quem são? – Auggie perguntou baixinho.

— Auggie esse aqui é o Noah. – Eu disse indicando o xerife que agora estava em traje comum. – Ele é o pai da Riley e do Stiles.

O pequeno se aproximou do homem sorridente e esticou o braço para cumprimenta-lo formalmente.

— A Melissa é tia da Riley. – Eu disse sem saber como explicar bem a relação de parentesco. A morena apenas sorriu e abriu os braços para abraçar a criança que a apertou carinhosamente.

— O Scott é meu filho. – Ela disse.

Scott abriu a mão para que Auggie batesse ali. E assim o fez com toda sua força e depois bateu na mão do Stiles.

— Você eu já conheço. – Ele disse e nossas visitas riram. Ele virou-se para Malia. – Você não!

— Eu sou a Malia. – Ela se apresentou e se surpreendeu quando a criança a abraçou.

— E você é o que da minha irmã?

— Amiga. – Ela disse enquanto meu filho se sentava no seu colo sem pedir licença.

Ele fazia isso. Ele simpatizava com as pessoas e acabava invadindo o espaço pessoal delas. Ele vivia pendurado no Liam, desde que o menino havia se mudado e agora estava sentado no colo da Malia como se a conhecesse a muito tempo.

Scott apenas riu vendo a cena.

Riley pousou uma bandeja sobre a mesinha de centro com alguns sanduíches e guardanapos e Liam pousou outra bandeja com os copos de suco.

Abracei os recém-chegados e parabenizei Noah pelo aniversário.

— Cadê seu pai? – Perguntei sentindo falta de Cory.

— Teve uma reunião surpresa dos professores por causa de alguns problemas no planejamento da feira de ciências e ele teve que ficar. – Riley disse. – Mas ele me deu dinheiro para comprar um lanche.

— Desculpem a demora! – Pedi. – Eu também tive alguns problemas no trabalho.

— Não se preocupe com isso. – Melissa se levantou e me abraçou. – A Riley nos recebeu muito bem.

Minha filha pegou o celular e atendeu uma chamada. Não sabia quem era. Não escutei muito.

— Espera um minuto. – Ela disse sorridente. - Eu vou descer.

Ela pediu licença e disse que voltaria em um minuto e saiu correndo. Perguntei sobre o que se tratava e ninguém soube responder. Liam não disse nada, apenas ficou em silencio.

Em instantes ela voltou acompanhada. Não reconheci de primeira. Mas sabia que conhecia aquele cabelo ruivo. Ela também era de Beacon Hills. Stiles pulou do sofá e correu até a porta abraçando a menina. Lydia. Lembrei seu nome. Era a namorada dele.

POV Cory

Cheguei em casa apressado depois da longa reunião. A casa já estava com todas as nossas visitas. Os cumprimentei, abraçando cada um e desejando que se sentissem bem-vindos.

Liam estava animado conversando com Scott na janela da sala. Topanga estava sentada a mesa com Melissa e Noah. Riley estava no sofá com Stiles, Lydia e Malia – que tinha Auggie no seu colo.

— Desculpem a demora. – Disse enquanto atravessava o cômodo e me juntando aos adultos na mesa.

Sentei ao lado de Noah e o abracei de lado.

— Feliz aniversário! – Disse e ele agradeceu. – Você já é um grande amigo para nós!

Conversamos vários minutos animadamente e então mais pessoas chegaram. Josh e Maya.

Riley os recebeu.

— Pai. – Ela disse.

Me virei para responder e me surpreendi ao notar que eu não era o pai que ela chamou.

— Eu quero te apresentar minha melhor amiga!


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Notas finais do capítulo

CONTAGEM REGRESSIVA: Mais cinco capítulos até o fim!



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