Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 3
Capítulo 3 - Como Cão e Gato


Notas iniciais do capítulo

OI meu povo, estou de volta mais rápido do que eu pensei e para a alegria de vocês! Aproveitei que a inspiração de Machado de Assis desceu na minha pessoa e escrevi até não poder mais kkkk

Finalmente Regina e Emma irão se encontrar! o/ Divirtam-se!!

OBS: Obrigada a todos que comentaram. Um comentário mais fofo que o outro!! :)

Sem mais delongas o capítulo! o/



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— Você pediu para me chamar, Regina? – perguntou Robin ao colocar a cabeça para dentro da sala.

— Sim, por favor, entre e feche a porta. – pediu ela indo se sentar em sua cadeira, aos guardar uns papéis dentro da pasta no armário de arquivos – Sente-se.

Sem falar nada, o homem entrou e fechou a porta, e ao se aproximar, sentou-se na cadeira ao lado de Kathryn – Então porque me chamou?

Regina suspirou longamente – Robin, vou ser direta. O que está acontecendo com você?

— Nada que eu saiba. – ele respondeu não entendo muito bem aquela pergunta.

— Irei refazer a minha pergunta. – explicou a morena ao perceber que ele não havia entendido muito bem – Robin, dois dias atrás você perdeu um caso, que estava praticamente ganho para nós. Aliás, esse é o terceiro só nesse mês. O que houve nesse caso?

Robin suspirou – A acusação apresentou uma prova de última hora, e essa prova foi decisiva na decisão do júri. – respondeu.

— E porque você não conseguiu encerrar o caso antes deles conseguirem essa prova? – agora foi a vez de Kathryn perguntar.

— Porque... Porque... – ele engoliu – Porque perdemos uma prova durante o processo... – falou baixo.

— O que aconteceu? – perguntou Regina rezando para não ter realmente entendido o que escutou.

— Perdemos uma prova? – falou um pouco mais alto, mas não muito.

— Você o que? – agora foi a vez da loira rezar para ter entendido errado.

— Como isso foi possível? – questionou Regina o fuzilando com o olhar.

— Não sabemos, a equipe estava indo bem até perderem a prova para que conseguíssemos encerrar o caso antes deles conseguirem essa prova. – explicou Robin envergonhado.

— Robin... – começou Katrhyn, mas ele não a deixou continuar.

— Olha, sei que o que eles fizeram acarretou em outro resultado... Eu até fiquei bravo com eles... – disse ele agora não ligando para o efeito colateral do caso – Mas é só mais um caso... O que pode acontecer? Eu respondo... Nada!

— É aí que você se engana, Robin. – interferiu Regina brava – Esse é o terceiro esse mês, fora os dos outros meses. – fez uma pausa e respirou profundamente – E o que pode acontecer? Já está acontecendo e você não percebeu, ou então percebeu, mas não quer fazer nada para mudar.

— É? – perguntou ele também bravo agora – O que está acontecendo que eu não percebi?

— Você está perdendo credibilidade perante seus clientes. – respondeu a morena - E a nossa credibilidade como escritório de advocacia está indo junto.

— E qual o problema?

— Qual o problema? Você deve estar brincando comigo? – disse Regina exasperada – Eu e Kathryn trabalhamos duro para levantar esse escritório. – Robin ia protestar, mas a morena não deixou – Sei que você tem sua parcela, mas a maioria do trabalho fomos nós duas que fizemos... E agora com essa sua falta de prudência nos casos está levando a nossa reputação para baixo. Acabamos de perder alguns clientes importantes devido a isso.

— Tudo bem. Você tem razão. – concordou o homem não querendo prolongar o assunto – Irei me empenhar mais de agora em diante.

— Já deveria fazer isso desde quando abrimos o escritório. – ironizou a loira.

— Não espero algo diferente de você, Robin. – falou Regina tomando um novo fôlego.

— Algo mais que você queira falar? – perguntou Robin já sem muito interesse e querendo sair dali o mais rápido possível.

— Sim, tenho mais uma coisa para falar. – suspirou profundamente – Como vocês sabem, meu pai faleceu recentemente... – os dois acenaram com a cabeça concordando – E ele deixou um testamento... E nesse testamento tem o último desejo de meu pai.

— O que o testamento diz? – perguntou a loira.

— Meu pai me deixou todos os bens dele, ou seja, a sua fazenda de cavalos e tudo que pertence a ela. – respondeu Regina.

— Que fazenda? Não sabia que seu pai era fazendeiro. – disse Robin surpreso.

— Sim, ele era fazendeiro... Ele era dono da fazenda Vale dos Sonhos. – explicou a morena.

— A Vale dos Sonhos era dele? – os olhos de Robin se arregalaram. Ele já ouvira muito a respeito dessa fazenda, apesar dele não gostar de cavalos.

— Sim... – se limitou a responder a morena, então os olhos do homem de arregalados passaram para interesseiros.

— E o que o documento diz? – perguntou Kathryn ansiosa.

— Que eu sou a beneficiária...

— Isso é muito bom! – interrompeu o homem, mostrando uma alegria descomunal, mas logo em seguida conseguiu disfarçar um pouco – Bem... – limpou a garganta – O que diz o documento?

— Que eu sou a beneficiária... – fez uma pausa – Depois que eu morar na fazenda por um ano.

— O que? – perguntou a loira surpresa.

— Isso que você escutou. – respondeu a morena.

— E se você não morar por um ano? – perguntou Robin agora curioso.

— Toda a fazenda passa para Emma Swan. – respondeu Regina suspirando profundamente.

— Quem é essa mulher? – indagou Robin já pensando sua vida a frente como Regina dona da fazenda, e a boa vida que ele levaria sem precisar trabalhar mais, pois esse era o real motivo que concordou em abrir o escritório junto com elas. Seu pai havia dado um ultimato a ele, ou ele levava seu trabalho a sério ou seria deserdado. Quando soube que Regina e Kathryn queriam abriu um escritório, viu a oportunidade perfeita para sair da vigilância de seu pai e levar uma vida a qual sonhava. Agora que ele ficou sabendo que sua noiva era herdeira de uma imensa e rica fazenda, agradeceu mentalmente por suas preces terem sido atendidas.

— Pelo que entendi, ela é quem está administrando a fazenda.

— E o que você decidiu? – quis saber a loira – Você vai ou não vai?

— Claro que vai, não é? – respondeu Robin, atraindo os dois pares de olhos para ele. Não poderia deixar Regina desistir assim tão fácil. Ele não poderia perder uma oportunidade rara como essa. Era como se ele tivesse ganhado na loteria várias vezes seguidas.

— Ainda estou ponderando...

— Regina, não tem que ponderar nada. – exclamou Robin indignado.

— Tenho sim... Tenho um filho, tenho um escritório, tenho uma sócia, e tenho um noivo para pensar. – argumentou ela olhando feio para ele.

— Por mim você não precisa pensar... - comentou o homem – Da minha parte você pode ir para a fazenda... – disse na tentativa de convencê-la - Bom, desculpem, mas tenho que sair agora... – disse ele se levantando e parou ao lado da morena, dando-lhe um breve selinho nos lábios – Tenho um compromisso importante agora. – caminhou até a porta e parou antes de sair se virou para Regina – Só me diga qual foi sua decisão! – e saiu sem deixar as duas mulheres comentar nada.

— Então? – perguntou Kathryn depois de uns minutos que Robin havia deixado a sala – Essa é a resposta que você precisa dar aos advogados que estiveram aqui?

— Sim, eles esperam uma resposta minha até o fim dessa semana. – suspirou cansada - Eu sinceramente ainda não sei se vou ou não... – disse Regina ainda muito indecisa.

— Regina, se você está indecisa quanto ao escritório, eu tomo conta até você voltar. – explicou Kathryn - Podemos ir trabalhando nisso durante esse ano, afinal se me lembro bem, o homem mais velho disse que para você pensar como um último pedido de seu pai... – argumentou a loira a favor de Regina aceitar – E quanto a Robin, ele não pesa na sua decisão.

— Como não pesa? Ele é meu noivo. – disse Regina incrédula.

— Ele pode até ser, mas vocês não agem como um casal de noivos. E ele mesmo falou para você ir para a fazenda. – Kathryn deu de ombros – E outra é apenas um ano... Mas enfim, o que você irá decidir?

— Ainda preciso conversar com meu filho... – suspirou a morena cansada.

— Acho que irei te ajudar a arrumar as malas. – brincou Kathryn rindo e fazendo sua amiga rir junto.

—SQ-

Não muito longe dali, em um pequeno café, Robin havia acabado de entrar e vasculhou o lugar com seu olhar achando seu objetivo. Um sorriso surgiu em seu rosto e ele caminhou até a mesa, parando para dar um longo beijo na mulher que estava sentada a sua espera.

— Desculpe a demora, Marian... – começou ele assim que se sentou a frente da mulher – Mas Regina me chamou de última hora para uma reunião rápida e acabei perdendo tempo nisso.

— Sem problema, meu amor. – respondeu ela sorrindo e colocando sua mão sobre a do homem e entrelaçando seus dedos – O que importa é que você está aqui.

— Também acho. – respondeu ele de volta.

— E por falar nisso, quando você irá se livrar dela e desse noivado sem sentido? – ela perguntou olhando ele nos olhos.

— Marian, já disse que não é sem sentido... – começou ele – Ainda mais agora que descobri que Regina pode herdar uma imensa fortuna, e aí sim nossos planos estão feitos.

— Herdar uma fortuna?

— Sim... Mas isso só falarei para você depois, em outro lugar mais confortável e depois de alguns exercícios... – comentou ele safado – Pois preciso relaxar bastante, pois fora dias terríveis.

— Tudo bem... - Marian riu safadamente também – Hoje a mamãe cuida de você. – sem mais se levantaram, Marian deixou o dinheiro do que havia consumido e saíram em direção ao apartamento dela.

—SQ-

Emma parou a pick-up vermelha, sinalizando que iria dar a ré para estacionar na vaga desocupada, precisava passar na loja de produtos veterinários, Ruby precisava de uma medicação que havia encomendado ali. A loira estava olhando pelo retrovisor para não causar nenhum acidente quando ao olhar novamente para a vaga, viu incrédula uma Mercedes preta, modelo antigo e clássico, estacionar na sua vaga. Ela ficaria feliz em ver aquele modelo se não fosse pelo momento do acontecido. Emma parou bruscamente a pick-up no meio da rua para não bater no carro e desceu furiosa.

— Você não viu que eu estava dando sinal que iria estacionar ai? – perguntou muito brava, assim que se aproximou do carro.

— Sinceramente? – respondeu a morena que havia acabado de sair e trancando-o – Não. – terminou sem dar muita importância, guardando a chave dentro de sua bolsa sem olhar para a pessoa a qual estava falando.

Emma olhou para a pessoa a sua frente, com muita certeza ela não pertencia a essa cidade, pois seus trajes a denunciava, a morena estava usando uma saia lápis preta cintura alta que ia até a altura dos joelhos e uma camisa feminina branca com os dois últimos botões abertos, mostrando brevemente um pedacinho de sua lingerie, deixando margem para pensamentos nada santos. Emma teve que sacudir brevemente sua cabeça para afastar tais pensamentos. Continuou olhando e nos pés um salto alto preto que a loira deduziu ser pelo menos de dez centímetros. Mais uma peça para despertar pensamentos pecaminosos, e de novo mais um breve sacudir da loira para voltar a realidade - E pelo visto você não pretende tirar o carro da vaga, não? – perguntou irônica ao olhar a morena pela primeira vez nos olhos. Se não fosse pela raiva, Emma teria percebido a corrente elétrica que passou pelo seu corpo ao primeiro contato de seus olhos.

— Olha, mesmo sendo loira, até que você é bem inteligente. – respondeu Regina irônica de volta, finalmente olhando para a pessoa a sua frente. Deu uma boa olhada na loira caipira a sua frente. Cabelos longos e loiros, estavam soltos, chapéu preto, camisa xadrez e por baixo uma camiseta branca, as mangas da camisa estavam dobradas até na altura do cotovelo, calça jeans de cor escura colada e bota marrom cano alto até a metade da canela, salto baixo e quadrado. Como pode ter tão mau gosto assim para se vestir? Ah esqueci, estamos em uma cidade no meio do nada, provavelmente deva ser a moda daqui. Argh eu não irei usar esse tipo de roupa enquanto estiver morando aqui. Balançou a cabeça para espantar os pensamentos, e em questão de segundos, Regina voltara a sua postura altiva de quando está nos tribunais e encarou a loira a sua frente. A tensão do momento não deixou que ela percebesse o frio que percorreu sua coluna quando ela encarou pela primeira vez aquele par de olhos verdes profundos.

Emma suspirou fundo para não falar coisa que não deveria – Olha, a sua sorte que estou com pressa... Tudo bem, Vossa Majestade, fique com a vaga. – Emma fez uma reverência e se afastou, murmurando bravamente – Só porque vem da cidade grande acha que pode fazer o que quiser... Sorte dela que estou com pressa e não tenho tempo para ficar brigando... – voltou para a pick-up, deu partida e foi atrás de outra vaga para estacionar.

— Era só que me faltava uma caipira querer que eu tire o meu carro dessa vaga. – se manifestou Regina assim que viu a loira indo embora – Problema dela se não estacionou antes... - suspirou fundo – Preciso de informações... É tão no meio do nada essa cidade que nem no GPS ela aparece. – resmungou e entrou no primeiro estabelecimento que viu na calçada. Era um café, aproveitou para pegar um café além das informações que precisava.

Emma ainda estava inconformada com a grosseria da morena da Mercedes – Calma Emma, você veio apenas pegar o medicamento que a Ruby precisa... – dizia tentando se acalmar, mas seus pensamentos pecaminosos voltaram com força – Argh! Era só o que me faltava! – bufou e andou mais um pouco e acabou achando outra vaga e estacionou a pick-up. Foi até a loja de veterinária, pegou a medicação e foi embora, assim que saiu guardou a medicação na pick-up e pensou em pegar um café e um pequeno pão doce, pois naquele dia havia levantado muito cedo e naquela hora da manhã já estava com fome, e o almoço ainda demoraria para sair. Foi em direção ao único café da cidade.

Assim que Emma foi abrir a porta do café, a morena que minutos antes já havia entrado em atrito com ela, estava saindo com um copo de café em sua mão. Tudo aconteceu muito rápido. Quando Emma percebeu, sua camisa xadrez, assim como a camiseta por baixo, sua calça jeans e o bico da sua bota estavam encharcados com café.

— Não basta ter roubado a minha vaga, agora me dá um banho de café? – disse Emma indignada vendo a mesma morena a sua frente.

Regina estava imersa em seus pensamentos e mexendo em seu celular, quando percebeu havia batido de frente com alguém e no momento em que iria se desculpar escutou uma voz conhecida, apesar de ser a segunda vez que escutava, e olhou para cima. Viu o estrago que seu café fez, mas depois do que havia acabado de escutar se recusou em pedir desculpas, pelo contrário respondeu de volta a provocação – Ah sim, estava nos meus planos hoje quando levantei da cama, vir para uma cidade no meio do nada, roubar a vaga de estacionamento e ainda dar um banho de café em uma loira caipira que não tem gosto para se vestir.

A loira estava espumando de raiva pela resposta insolente da morena a sua frente – Posso até não ter gosto para roupa, mas eu bem que percebi o seu olhar sobre esse corpo. – alfinetou Emma, mostrando o próprio corpo com um gesto de sua mão.

Uma sonora gargalhada foi ouvida, chamando a atenção dos poucos fregueses do local – Só em seus sonhos... Por favor, não se ache tanto, e olhei porque não aguentei ver tamanha falta de bom gosto para se vestir. – suspirou profundamente e voltou a falar sem dar chances de Emma retrucar – Agora se me der licença, tenho coisas mais importantes a fazer do que ficar aqui sendo a atração principal do recinto e discutindo com uma caipira. – saiu do café sem esperar por uma resposta da loira.

— Era o que me faltava... – resmungou a loira ao entrar no café e pediu a atendente um café e um pãozinho doce para viagem. Depois desse acontecido, não tinha mais vontade de ficar e degustar ali no local.

— Você contou a Emma o que aquela mulher morena estava procurando? – perguntou uma atendente a outra assim que Emma saiu do local.

— Eu não! – respondeu a outra menina – Não viu a cara da Emma? Eu que não irei me meter nessa história. – e riu, fazendo a outra mulher rir também – Elas que se entendam.

Emma estava a caminho da fazenda, pois havia recebido uma ligação dos advogados de Henry, falando que estavam na fazenda a esperando para conversarem. Então um pouco mais a frente no meio do caminho viu um carro atolado na lama que se formou com a chuva da noite passada. Devagar ela estava passando então reconheceu o carro e consequentemente sua dona, Emma quis passar reto, mas depois de uns metros a frente, resolveu ajudar e acabou dando a ré e voltando.

— Esse carro não é o mais viável para se andar em estrada de terra. – disse assim que se aproximou da janela do motorista.

— Jura? Eu não tinha percebido. – comentou Regina sarcástica olhando para seu celular. Então levantou seu olhar, pois ainda não havia descido do carro – Você de novo? – perguntou desanimada – Oh céus me dê paciência.

— Quer ajuda para tirar o carro do atolamento? – perguntou a loira deixando de lado a provocação.

— Ajuda sua? Não obrigada. – respondeu a morena rapidamente – Irei chamar um guincho.

— Então boa sorte com isso, pois aqui na estrada nenhum sinal de telefone celular pega. – disse Emma se virando para começar a nadar.

— Espera! – pediu Regina ao constatar que não tinha sinal no seu celular – Desculpa... – Emma parou de andar – Olha, não tem sido dias fáceis para mim, e sei que você também não tem culpa, então desculpa. – respirou profundamente – Será que você poderia me ajudar?

— Sem problema. – apenas respondeu a loira, soltando um leve sorriso de canto de boca, fazendo a morena revirar os olhos – Vou soltar o cabo do guincho da pick-up e engatar na parte da frente do seu carro... Não acelere mais, se não você ira atolar mais ainda, deixe na neutra, que a pick-up faz todo o trabalho. – saiu sem deixar Regina responder – Para onde está indo? – perguntou assim que terminou de engatar o gancho – Só estou perguntando por que daqui para frente a estrada está pior, choveu muito essa noite que passou, e é capaz de você atolar novamente. Então pensei que poderia te rebocar até o seu destino.

Regina havia pensado em negar a ajuda assim que saísse daquele atoleiro, mas depois que escutou que poderia atolar novamente achou por bem falar para onde iria – Eu preciso ir para a fazenda Vale dos Sonhos, conhece?

— Claro que conheço. – respondeu Emma, não era surpresa as pessoas procurarem pela fazenda, mas sua desatenção foi tamanha que ela não percebeu que provavelmente teria que conversar com ela quando chegassem a fazenda – Então aperte o cinto que irá ser um pouco sacolejante o caminho.

— Obrigada. – agradeceu Regina por fim, pouco antes de Emma ir para a pick-up. O resto do caminho foi feito sem maiores problemas, e como Emma disse para Regina o caminho fora muito sacolejante, já que seu carro não era próprio para aquele tipo de estrada.

— Está entregue. – disse Emma assim que desengatou o gancho do carro e recolheu o cabo – Fazenda Vale dos Sonhos. – se retirou em esperar por uma resposta da morena. Subiu na pick-up, deu a volta e sumiu das vistas de Regina.

— Mas é uma caipira mesmo. Mal educada! – resmungou Regina assim que saiu do carro não vendo mais sinal nem a loira ou da pick-up vermelha – Não me lembrava de que era tão bonita assim a fazenda. – disse para si dando uma rápida olhada ao redor – Mas que droga! – exclamou ela quando percebeu que seus saltos afundaram levemente na lama – Era tudo que eu precisava. – caminhou desajeitada e lentamente até chegar à escada que dá para a varanda, e olhou para seus sapatos, seus saltos estavam sujos de terra, mas era só isso.

Assim que terminou de subir o pequeno lance de escada, a porta principal se abriu e o homem mais velho dos dois advogados foi recebê-la – Senhorita Mills, por favor, entre. – pediu dando passagem para a morena – Por favor, me acompanhe até o escritório... Logo a Senhorita Swan estará conosco, ela precisou ir até a cidade, mas já está de volta e logo nos encontrará.

— Tudo bem. – ela respondeu – Eu precisava de um pano para limpar meus sapatos. – pediu por fim.

— Sim, claro. – respondeu o homem e chamou por Eugenia quando ele adentrou na cozinha, e saiu munido do pano úmido – Aqui está. – entregou o pano a Regina.

— Muito obrigada. – agradeceu e sentou-se na poltrona para começar a limpar seus saltos – Definitivamente eles não foram feitos para fazenda. – brincou.

— Com muita certeza não. – respondeu o outro homem mais novo. Ficaram ali alguns minutos em silêncio até o barulho da porta se abrindo chamando a atenção dos ocupantes do local.

— Desculpem a minha demora, mas aconteceram alguns imprevistos... – começou Emma ao adentrar a sala e fecha a porta, sem olhar direito para dentro do recinto.

— O que você está fazendo aqui? – perguntou Regina ao reconhecer a pessoa que entrava na sala.

Os olhos de Emma se arregalaram assim que escutou aquela voz já conhecida e virou-se para onde vinha a mesma – Achei que você estaria vendo os cavalos! – falou a loira olhando diretamente para a morena, agora vestindo outra calça jeans, assim como outra camiseta xadrez e outro par de botas, era o mesmo modelo, só a cor era diferente, agora era preta, e seu inseparável chapéu na mão – Geralmente é o que as pessoas vem fazer aqui na fazenda. – explicou.

— Vejo que já se conheceram. – disse o homem mais velho.

— Se você quer dizer por conhecer alguém que te chama de caipira? – disse Emma – Então temo que nossos conceitos não são os mesmos.

— E chegou a mal educada caipira. Trocou a ferradura, foi? – perguntou Regina incrédula.

— Sim, precisei trocar, já que uma moça xucra da cidade grande fez o favor de derrubar café nela. – respondeu a provocação.

— Senhoritas! – disse o homem mais velho, tentando conter os nervos aflorados das duas mulheres, enquanto o mais novo só tentava esconder o sorriso – Vamos conversar civilizadamente.

— Acho meio impossível, afinal temos um cavalo selvagem na sala. – alfinetou novamente Regina.

— E um cavalo xucro. – rebateu Emma.

— Senhoritas, peço, por favor, que se comportem... – pediu novamente o homem mais velho – Vamos conversar como pessoas adultas, se não for por vocês, mas que façam isso em memória do senhor Henry. – assim que o homem disse o nome de Henry, as rusgas cessaram imediatamente – Muito obrigado. Antes de começarmos a conversar sobre o testamento, me deixe fazer as devidas apresentações... – o homem tomou um fôlego novo – Regina Mills, essa é Emma Swan, a administradora da fazenda. – apontou a loira e os olhos da morena se arregalaram em surpresa – Emma Swan, essa é Regina Mills, filha de Henry Mills. – agora foi a vez dos olhos da loira se arregalarem.


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Notas finais do capítulo

Vocês já perceberam que eu não gosto do Robin, né? Sempre que posso o faço a pior espécie possível kkk Muita coisa ainda vai rolar... E esses encontros das duas... Confesso que me diverti escrevendo...

Para quem quiser dar uma olhada nas roupas e na pick-up, abaxio estão os links:

Chapéu da Emma: https://zalupe.com/chapeu-country-americano-preto.html

Bota da Emma: http://www.polyvore.com/frye_womens_veronica_back-zip_boot/thing?context_id=126744909&context_type=collection&id=112761689

Pick-up vermelha: http://motordream.uol.com.br/noticias/ver/2012/03/15/teste-ford-raptor-e-mesmo-a-rainha-das-picapes

Até o próximo capítulo!! o/



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