Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 203
Capítulo 203


Notas iniciais do capítulo

Pessoas queridas do meu coração, estou de volta depois de 84 anos kkkk

Aproveitei o recesso para descansar, pois não conseguia pensar para escrever, então veio o retorno das aulas, e a quantidade de aluno aumentou e muito, tanto que eu chegava em casa e só queria tomar banho deitar e dormir, pois parecia que todo dia eu levava uma surra de cabo de vassoura de tão moída que eu chegava!!

Bom, mas o que interessa é que temos um capítulo novo, talvez não um dos meus mais brilhantes, mas temos um capítulo!!

Obrigada a todos que comentaram, favoritaram e ao pessoal que acompanha dentro e fora da moita!!

Aaahhh agora no começo do capítulo eu voltei alguns dias em relação ao final do capítulo passado. Então espero que não fique confuso!!

Boa leitura e divirtam-se!!



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Meghan olhou para o celular feliz, então olhou para suas mães – É oficial! Eu consegui! – exclamou feliz. Elas estavam em um café em Ororo. As duas mulheres mais velhas foram duas semanas antes da filha se formar, para trazer para a fazenda algumas coisas que a filha não iria mais usar lá. Meghan até ganhou um carro, mas ela ainda preferia usar a bicicleta que comprou, e por isso precisava da ajuda de suas mães.

— Tudo bem, o que é oficial? – questionou Kathryn assim que tomou um gole de seu café.

— Você conseguiu o emprego? – questionou Ruby sorrindo feliz.

— Sim, eu consegui. – respondeu Meghan sorrindo abertamente – Eles me deram uma semana depois da formatura para que eu arrume tudo que preciso e então comece a trabalhar lá na clínica. – completou.

Kathryn olhou para sua filha mais velha – Tudo bem, o que eu perdi?

— Eu me candidatei a uma vaga em uma conceituada clínica veterinária em Boston. – começou a quase formada veterinária – Eles acabaram de me ligar para confirmar a minha contratação. – fez uma pausa – Assim que eu me formar, irei para Boston. – sorriu abertamente.

Kathryn ficou um segundo em silêncio – Por que eu acho que tem algo a mais nessa sua ida para Boston?

— Porque tem... – Meghan confirmou assim que tomou um gole de seu suco – Eu quero reatar meu namoro com a Jú. Inclusive eu irei conversar com ela depois da formatura sobre isso e sobre a mudança.

— Você tem certeza? – perguntou Kathryn.

— Tenho mamãe, eu amo demais a Jú e não aguento mais ficar longe dela. – respondeu Meghan soltando um suspiro – Agora que eu acabei a universidade e ela ainda tem mais um ano e a residência, eu posso me mudar para perto dela e podemos reatar nosso namoro.

— Meggie, não querendo jogar um balde de água fria na sua empolgação... – começou Ruby – Mas você pensou na possibilidade de Jú não querer reatar o namoro, o que você irá fazer?

A garota soltou um longo suspiro – Sim, eu pensei nessa possibilidade... Caso ela não queira, eu continuo lá por causa do trabalho e vou procurar alguns cursos de especialização em animais domésticos para fazer e se precisar eu me mudo de Boston.

— Entendi... – comentou Ruby terminando seu café – Bom, já que você irá para Boston, podemos ir amanhã para lá e começar a procurar um lugar para você ficar. O que acha?

— Que eu vou adorar! – respondeu Meghan abrindo um sorriso.

— Então deixa eu mandar uma mensagem para Loirão avisando que ficarei mais uns dois dias longe da fazenda.

— Só não conte nada da minha mudança, pois eu quero conversar primeiro com a Jú antes de todos saberem que estou de mudança para Boston.

Ruby sorriu – Pode deixar filhotinha, não abrirei a boca, apenas avisarei que ficarei mais uns dois dias aqui.

— Você já convidou todo mundo para sua formatura? – Kathryn quis saber enquanto Ruby conversava com Emma.

— Sim, já convidei todo mundo, apenas falta confirmar a vinda de Hen e Tom, principalmente porque o Tom estará começando o treinamento no Red Sox. – respondeu Meghan terminando seu suco. Continuaram conversando mais um pouco e depois deixaram Meghan no dormitório da universidade enquanto elas foram para o hotel que estavam hospedadas, e no dia seguinte iriam para Boston atrás de um lugar para a filha poder morar.

—SQ-

O silêncio da madrugada era apenas dentro do apartamento, pois a cidade de Boston não parava e estava em constante burburinho. Emma se levantou para beber um pouco de água e se surpreendeu ao ver seu terceiro filho sentado em uma cadeira, colado na grande janela da sala, dando uma visão da cidade noturna.

— Hey! – chamou a loira a se aproximar de seu filho, um sorriso em seus lábios Quando foi que você cresceu e eu não percebi?

Tom não estava esperando e se assustou de leve – Oh mãe... Que susto. – murmurou.

— Desculpe. – pediu Emma e fez um carinho nos cabelos loiros do filho – Ansioso?

— Sim. – sorriu abertamente – Estou sem sono também.

Emma se abaixou na altura do filho – Não precisa ficar assim, eu sei que você fará muita história a partir do momento que pisar naquele campo para começar seu treinamento. – animou. Tom apenas sorriu abertamente – Tom, você sabe que eu e sua outra mãe fizemos tudo que estava ao nosso alcance para você ser um jogador...

— Sim, eu sei, e eu agradeço muito por isso. – falou Tom ainda sorrindo.

— E você sabe que se pudéssemos fazer mais com certeza faríamos... – comentou Emma Faríamos tudo por você e seus irmãos! — Mas agora é com você, e estaremos aqui sempre torcendo por você.

— Obrigado. – agradeceu mais uma vez – E com certeza eu darei tudo de mim para continuar e fazer tudo dar certo.

— Eu sei disso. – se levantou e deu um beijo nos cabelos do filho – Vamos para a cama que você precisa descansar que amanhã é um grande dia. – pediu e Tom assentiu e acompanhou sua mãe até a cozinha, tomaram água e então foram em definitivo cada um para seu quarto.

—SQ-

— Wow! – falaram as gêmeas assim que elas desceram do carro quando o mesmo estacionou na vaga perto do Fenway Park.

— É mesmo! Waw! – falaram os gêmeos também impressionados – É aqui que o Tom vai jogar?

— Sim! – Tom respondeu sorridente assim parou ao lado dos irmãos mais novos, colocando sua mochila nas costas.

— Vamos que não queremos que o Tom chegue atrasado no seu primeiro dia de treino, não? – falou Emma assim que trancou a pick-up. Todos assentiram enquanto Emma e Regina iam de mãos dadas com as gêmeas, Lucy se mantinha perto dos gêmeos e Tom caminhava entre suas mães e os irmãos.

Conversaram com Greg e com Chad, enquanto esperavam que Tom colocasse o uniforme para treinar. Elas pediram se teria a possibilidade de Tom de ausentar um dia do treino, para ele ir ver a prima se formar. Chad sorriu, principalmente depois de escutar a história deles três, e assentiu que Tom se ausentasse um dia de treino. Assim que ele chegou, um imenso sorriso estampado nos lábios.

— Esse momento precisa de uma foto... – falou Regina toda orgulhosa Temos que registrar! Tom merece esse momento! — Você se importa, senhor Malloy?

O diretor geral apenas sorriu e negou com a cabeça – Nem um pouco. – a família Swan-Mills tirou algumas fotos – Bom, agora vamos que vou te apresentar para os demais jogadores, e então começar seu treino.

Regina deu um último abraço no filho, assim como Emma – Bom, você tem uma chave do apartamento, e sabe como voltar, não? – questionou a loira depois de depositar um beijo nos cabelos do filho É definitivo, um a menos no ninho!

— Sim! – ele disse ainda mantendo o sorriso.

— Nós vamos ver alguns minutinhos do seu treino e depois voltaremos para a fazenda. – falou Regina Mãe coruja! Sempre mente, para todos os meus filhos! — Jane junto com os irmãos te ajudarão a escolher um carro, e no final de semana voltamos.

— Tudo bem. – concordou com um gesto de cabeça – Sentirei falta de vocês.

— Nós também, e já sabe que se precisar de alguma coisa é só ligar para nós, ou Jú...

— A vó Angie e os tios Jane, Frankie e Tommy. – ele completou, sorrindo para todos – Vejo vocês no sábado. – se postou ao lado de Chad e eles caminharam para o campo enquanto a família se ajeitou ali nas cadeiras para ver só uns minutos de treino.

— Pessoal... – chamou Chad assim que parou perto do técnico, enquanto trocou algumas palavras – Esse é o nosso mais novo jogador Thomaz... – apresentou – Como vocês sabem, ele infelizmente não pode ser inscrito na nessa temporada, porque já fechou o período, mas ele irá treinar com vocês, e assim ano que vem ele jogará com vocês.

Um coro de bem-vindo dos jogadores e comissão técnica – Muito bem Thomaz...

— Tom. – sorriu feliz.

O técnico apenas olhou, mas assentiu com um pequeno gesto de cabeça – Muito bem Tom, vamos ver do que você é capaz no treino de hoje. – deu algumas instruções e então voltaram para o campo – Você tem certeza disso? – perguntou o técnico para o diretor geral.

— Tenho! Apenas deixe Tom mostrar do que é capaz. – pediu Chad – Aposto que você gostará do que ele apresentará. Talvez hoje pela emoção não se saia bem, mas com os dias seguintes de treino, ele se acostumará e então começará a mostrar do que ele é capaz. – fez uma pausa – Você acompanhou os testes dele.

— Sim, eu acompanhei, mas já vi muitos jogadores empolgarem nos testes e então serem um desastre. – comentou – E sinceramente espero mesmo que você esteja certo, pois achei uma loucura você concordar com aquele contrato. – resmungou o técnico – Afinal sou eu quem decido quem joga e quando joga.

— Confie em mim, você não irá se arrepender. – colocou a mão no ombro do técnico – Apenas observe. – o técnico apenas soltou um suspiro longo – Algo me diz que ele será brilhante.

Tom estava em êxtase, pois ele estava treinando ao lado de David Ortiz, Mookie Bets, Andrew Benintendi, Xander Boagerts, Rafael Devers e tantos outros jogadores que ele costumava admirar jogando. Ele estava tão concentrado no treino que não viu sua família ir embora, e mesmo com um pouco de dificuldade no começo, ao longo do treino ele foi pegando prática e já no final do treino estava mais solto.

— Muito bom pessoal, por hoje deu. – falou o técnico – Amanhã tem mais... E Tom? – chamou, o rapaz o olhou – Você não foi de todo ruim hoje. – completou e saiu.

Tom apenas soltou um suspiro cansado, então sentiu um pequeno encontro no seu ombro esquerdo e olhou para ver que era Ortiz – Hey, não ligue para ele... Hoje está rabugento... – disse – Você mandou muito bem hoje garoto... – sorriu animadamente – E tenho uma sensação de que você irá muito longe ainda. – piscou.

— Obrigado. – agradeceu Tom se animando. Enquanto ele ia andando para o vestiário, o pessoal ia passando e elogiando Tom pelo treino.

— Tom, posso conversar com você? – pediu Chad ao ver o rapaz saindo do vestiário de banho tomado e pronto para ir para casa.

— Claro. – concordou enquanto caminhavam na direção do estacionamento.

— O que achou? – quis saber sorrindo.

Tom soltou um suspiro cansado – Eu gostei, apesar de ser bem mais puxado que os treinos que estava acostumado... E fora algumas pegações de pé do técnico. – riu.

Aquilo fez Chad rir também – Não ligue para ele, o Alex está apenas um pouco cético quanto ao seu talento, mas eu sei que você irá convence-lo do contrário... Então caso ele te fale algo que não está acostumado, apenas não leve para o lado pessoal, mas se te incomodar converse comigo, sim?

— Tudo bem. – concordou Tom começando a se encaminhar para o ponto de ônibus.

— Vem que hoje você merece uma carona de volta para casa. – ofereceu Chad.

— Obrigado. – agradeceu Tom assim que o carro parou na frente do seu prédio.

— Disponha. Até amanhã. – falou Chad.

— Até. – fechou a porta e entrou no prédio. Cumprimentou o porteiro e subiu para o apartamento. Deixou sua mochila perto da porta e foi direto para a cozinha procurar algo para comer. Assim que encontrou a vasilha com a lasanha, colocou para esquentar enquanto foi buscar seu celular e enquanto ia comendo ia conversando com sua família.

— Jú? – ele chamou assim que o outro lado atendeu.

— Tomzinho!— falou a irmã — Ai Tomzinho, desculpa por não pode ter ido hoje no seu primeiro dia de treino, mas hoje no hospital foi uma loucura, pois acabei de trocar de área de estágio. Agora estou no pronto atendimento emergencial, e te digo que aquilo é o caos.— riu — Mas eu gostei, mais do que pediatria e ortopedia. Nem preciso dizer que o meu preferido ainda é a neurologia, aquilo é lindo. Mas ainda tenho que passar pela cardiologia antes de escolher em definitivo uma área.

— Ah sem problema Jú, você disse que talvez não poderia mesmo, mas o pessoal estava lá... Eu me lembro que você disse que gostaria de fazer carreira na neurologia, não? – mudou o foco da conversa.

— Sim.— confirmou — Mas eu preciso passar por todas as áreas pelo currículo do programa da universidade.

— Ah Jú, então aproveite. – ele disse feliz – Mas quando você puder, você irá me ver, não?

— Com certeza, deixa eu pegar a minha primeira folga que com certeza estarei lá para te ver treinar, nem que seja por dois minutos.— respondeu a garota mais velha — Ah por falar nisso, mãe e mamãe conversaram com o diretor geral e ele autorizou a sua saída no dia da formatura da Meggie.— comentou – Você, o Hen e eu vamos juntos para lá, já que da fazenda para Ororo é outro caminho.

— Tudo bem, quando chegar mais perto a gente combina e vamos ver a Meggie se formar. – ele disse sorrindo feliz – Pensar que nem parece que faz tanto tempo que saímos daquele orfanato e olha onde estamos agora?

— Sim, tudo parecia que não iria dar certo, e por fim aqueles anjos disfarçados de nossas mães e tias mudaram nossa vida por completo.— comentou Júlia feliz — Mas me conta como foi o seu primeiro dia de treino.— pediu.

— Jú... Foi tão legal... – disse animado e então comentou como foi o treino naquele primeiro dia.

—SQ-

Era o terceiro dia que estavam procurando um pequeno apartamento para Meghan. Naquele telefonema Emma falou que Ruby não precisava se preocupar que poderia ficar quantos dias precisasse longe.

— Então, gente... E se não acharmos nada aqui perto da clínica? – perguntou Ruby. Meghan aproveitou que estava em Boston e foi conversar com o gerente da clínica.

— Partiremos para os bairros próximos, se precisar. – comentou Kathryn – Tem alguns bairros aqui perto que são bons para se morar. – olhou para janela – Acho que é aqui.

Pararam a frente de um pequeno prédio – Olha que de fora parece bom. – comentou Ruby olhando para o prédio que tinha o apartamento que iriam olhar.

— Vamos entrar, que por fora eu já gostei. – Meghan sorriu assim que fechou a porta traseira do carro.

— Sim, vamos dar uma olhada por dentro. – concordou Kathryn parando ao lado da filha. Ruby travou o carro e acompanhou esposa e filha para dentro do prédio.

— Ow! – exclamou Meghan assim que abriu a porta do apartamento – Olha que gostei dessa sala. – comentou olhando a janela, que era media – Gostei da vista. – disse olhando para a paisagem. Como ele era no segundo andar, não dava ter uma visão da cidade, mas dava para ver a vizinhança. Continuaram caminhando e explorando o apartamento até que se reuniram na sala novamente.

— Então? – Ruby quis saber olhando para as duas mulheres a sua frente.

— Eu adorei. – Meghan respondeu com um sorriso – Mamãe?

— Acho que está ótimo também. – concordou – Ele não é muito grande e nem muito grande, a cozinha é boa assim como todo restante. Ele é relativamente perto da clínica e perto de Harvard. – piscou para a filha.

— Então vamos fechar esse? – perguntou Ruby já sabendo a resposta.

— Sim, mas vamos negociar o aluguel. – falou Kathryn ligando seu modo advogada. Ruby e Meghan sorriram enquanto saiam do apartamento.

—SQ-

— Vamos Tom, se não chegaremos atrasados. Sem falar que temos que passar no aeroporto para pegar o Hen. – chamou Júlia na sala do apartamento. Era meio da tarde, Júlia havia conseguido trocar os plantões, e Tom havia sido liberado do treino mais cedo. Seria quase quatro horas de viagem para Ororo, e chegariam a noite no hotel que sua família estava hospedada para a formatura de Meghan no dia seguinte.

— Pronto! – ele respondeu assim que apareceu a sala terminando de arrumar sua roupa, segurando uma mochila com uma pequena muda de roupa para a grande ocasião – Eu não acredito que estamos indo para a formatura da Meggie. – sorriu feliz.

— Sim, e logo será a minha. – piscou esperando o irmão trancar a porta do apartamento.

— Eu não vejo a hora de ver você se formar. – ele comentou feliz.

— Você continuará morando aqui o apartamento? – quis saber quando chegaram a rua, e caminhavam na direção do fusca amarelo – Mesmo sendo bem longe do Fenway?

— Semana que vem a mãe e mamãe vem para oficializar a compra do meu carro, que eu finalmente achei com a ajuda dos tios Frankie, Tommy e Jane. – respondeu o rapaz entrando no carro – Ficará mais fácil ir para os treinos, mas nesse primeiro momento eu vou continuar aqui, até ter um pouco mais de estabilidade no meu salário e conseguir bancar um apê só para mim. – sorriu. Tommy havia arrumado uma bicicleta para ele, enquanto não tivesse o carro em mãos, e assim poder se deslocar pela cidade com mais facilidade.

— Tom, eu só queria saber, e se você quiser continuar no apartamento é todo direito seu... E pelo que eu conheço daquelas duas... – riu juntamente com o irmão – Elas não deixarão você sair tão cedo de lá. – piscou enquanto dirigia pelas ruas da cidade e tomando a direção do aeroporto.

— Também acho que elas não me deixarão sair tão cedo do apartamento. – riu – Ano que vem eu começo a jogar no profissional e então vou dando uma olhada apenas para fazer a coisas com calma.

Enquanto Júlia ia dirigindo a conversa nunca acabava, pois tanto Júlia quanto Tom sempre tinham algo para contar. Passaram no aeroporto exatamente na hora que Henry havia desembarcado.  Muitos abraços e beijos nos rostos e os três irmãos caminharam na direção do Valente, para então tomar a direção da rodovia que os levaria para Ororo. A conversa era infinita naquelas quatro horas de viagem. Fizeram apenas duas paradas para usar o banheiro e comer algo, já que Tom e Henry tinham o estômago furado igual a mãe loira deles. Assim que chegaram a cidade, foram direto para o hotel que ficariam hospedados até amanhã. Assim que viram sua família foi aquele monte de abraços e beijos cheios de saudades. A família Rizzoli havia sido convidada, mas infelizmente Jane e Frankie estavam envolvidos em um caso e não poderiam se ausentar. Apenas Ângela e Leonard poderiam comparecer, mas eles iriam apenas no dia seguinte, pois a matriarca Rizzoli precisava resolver alguns assuntos relacionados ao restaurante.

—SQ-

— Para onde vamos? – perguntou Emma olhando para Meghan. Quando Júlia viu Meghan, não pensou duas vezes e a envolveu em um abraço carinhoso e muitos beijos no rosto.

— Tem um restaurante muito bom no centro da cidade. – respondeu a futura formanda.

— É só mostrar o caminho. – Emma sorriu para a sobrinha. Meghan assentiu com a cabeça e entrou no carro de Jú, que fez questão que ela fosse juntamente com Henry e Tom no Valente. Como Meghan que conhecia o restaurante, Júlia a deixou ir dirigindo.

— Nossa, porque a Meggie pode dirigir o Valente e eu não? – perguntou Henry assim que ele segurou no encosto de cabeça do banco do passageiro dianteiro e colocou sua cabeça entre os bancos.

Júlia olhou para o irmão e riu – Porque ela conhece onde fica o restaurante e fica mais fácil assim.

— Ah quando puder eu quero dirigir o Valente também. – falou Tom imitando seu irmão, que ainda não havia voltado para o lugar, então tinham duas cabeças entre os bancos.

— Só quando vocês dois estiverem maiores. – brincou Júlia empurrando fracamente as duas cabeças para trás – Agora sentem certo, porque essas duas cabeçonas atrapalham o retrovisor. Os dois rapazes se sentaram, mas estavam rindo. A conversa acontecia leve dentro do veículo. O jantar foi animado com a imensa mesa que Meghan já havia ligado mais cedo e reservado. Eles só foram embora quando as crianças menores começaram a dar sinais de cansaço.

— Jú? – chamou Meghan assim que pararam a frente do hotel.

— Oi?

— Será que podemos conversar um minuto? – pediu a quase formada veterinária.

— Nós vamos subindo, as crianças não estão se aguentando de sono. – falou Emma sorrindo para a filha, e no segundo seguinte, havia somente as duas mulheres ali.

Júlia sorriu – Claro.

— Vamos caminhar? Está uma noite agradável. – sugeriu Meghan sorrindo, mesmo estando nervosa por dentro. Júlia apenas assentiu com um aceno de cabeça, e as duas mulheres tomaram a direção da praça que havia perto do hotel.

— Como você está se sentindo? – Júlia quis saber – Afinal você é praticamente uma médica veterinária agora.

— Ah sinto que com isso fecho mais um ciclo, e quede agora em diante será bem pior. – brincou. As duas mulheres riram – Mas estou feliz por estar me formando. Ano que vem é você.

— Sim, a parte da graduação, e ainda terei a parte da residência. – comentou a futura médica.

— Vai mesmo seguir na área de neurologia? – quis saber, enquanto davam a volta pela praça.

— Tenho ainda mais umas duas áreas para estagiar, mas quero sim seguir pela neurologia. – confirmou. Então o silêncio pairou sobre elas por alguns segundos – O que você quer conversar comigo, Meggie?

Um longo suspiro saiu dos lábios de Meghan – Jú, eu gostaria de reatar nosso namoro. – soltou sem rodeios – Esse tempo todo longe de você foi a coisa mais horrível.

— Para mim também... – comentou Júlia – Mas ainda temos a distância... Você tem um emprego aqui... Sua vida está aqui... – fez uma pausa – Como vamos administrar essa distância? – questionou frustrada – Eu ainda tenho pelo menos mais três anos de estudo em Boston? – quis saber, mas estava levemente desanimada em pensar na distância que as separavam.

Meghan sorriu – Jú, minha vida é você... Aqui foi apenas uma fase que precisava passar, e agora não preciso mais ficar aqui. – fez uma pausa, e Júlia a olhou confusa – Semana que vem eu me mudo para Boston. – soltou e esperou.

— E o seu emprego na clínica aqui? – questionou confusa.

— Era um emprego de estagiária... – respondeu Meghan – Eles até me ofereceram uma vaga efetiva... Por mais que eu goste da cidade, eu não aguento mais ficar longe de você... – soltou um suspiro – Eu me candidatei a uma vaga numa conceituada clínica em Boston, e eu consegui a vaga... Então assim que acabar a formatura eu vou para Boston e semana que vem eu começo no meu novo emprego. – sorriu radiante – E a distância? Será apenas entre meu apê e Harvard. – fez outra pausa – Você quer reatar o nosso namoro? – quis saber. Júlia ficou alguns segundos em silêncio apenas pensando naquelas informações – Olha se você precisar de um tempo para pensar... – começou Meghan ao ver a outra garota não dizer nada – Ou mesmo não querer mais reatar nosso na... – foi interrompida quando Júlia se jogou sobre Meghan, a abraçando fortemente e a beijando cheia de saudade – Isso quer dizer que voltamos a namorar? – questionou assim que o beijo terminou, mas a veterinária continuou com seus braços ao redor da cintura de Júlia.

A futura médica apenas ergueu uma sobrancelha, e Meghan tremeu brevemente, pois lembrou muito sua tia Regina quando brava e fazia isso – Você quer um termo assinado? – brincou Júlia – Porque só assim seria mais óbvio que o nosso beijo. – salpicou um selinho nos lábios da outra garota. Meghan apenas sorriu e beijou novamente os lábios de Júlia.

—SQ-

O sol brilhava no céu azul daquela manhã de sábado. O auditório do prédio central estava cheio de pessoas, formandos e seus familiares, e todos os professores do curso de medicina veterinária. Nas outras salas ao lado ocorriam a formatura dos outros cursos. Hoje era um dia importante para Meghan, que sorria bobamente, pois além de estar se formando, reatou seu namoro com Júlia e ainda iria começar um novo emprego em Boston, e assim pulverizando essa imensa distância entre elas. O pessoal todo da fazenda estava ali para prestigiar a formanda. Eugenia era a mais emotiva de todo mundo, pois estava muito feliz em ter a oportunidade de sua neta, e agora a sua bisneta formadas. Meghan estava usando sua beca preta, a faixa verde ao redor de sua cintura, e em seu rosto um imenso sorriso feliz. Muitas fotos foram tiradas dela sozinha, dela junto a Júlia, com suas famílias, com os irmãos, com os avós, com as madrinhas, primos, com as mães, uma em especial dela com Júlia e Tom, e claro, uma com toda a família junta. Claro que quando dava ela escutava comentários brincalhões e felizes de suas mães e tias sobre reatarem o namoro. Antes que pudessem continuar escutaram o reitor da universidade pedindo para os formandos tomarem seus lugares ao fundo do palco, e os familiares e amigos se sentassem nas cadeiras logo a frente do palco.

— Senhoras e senhores, familiares, corpo docente e formandos. – começou o reitor – Hoje é um dia de imensa alegria, afinal vocês estão se formando e realizando um sonho de muitos. Estão fechando um ciclo de uma época que mesmo entre seus tantos conflitos e festas, vocês terão saudades. E iniciando um novo ciclo na chamada vida adulta. Muitas amizades foram feitas ao longo desses cinco anos, e eu sei que muitos de vocês irão levar essa amizade para sempre. – fez uma breve pausa e sorriu abertamente. Então Meghan sorriu ao ver seu amigo Ryan em pé indicando que ele seria essa amizade. No começo os dois, meio que se estranharam, mas depois virou amizade e o resto é história – Hoje é o dia de vocês! Gostaria de chamar a paraninfa da turma para dizer algumas palavras.

A professora escolhida apenas se levantou, pegou o microfone que estava a mesa – Obrigada pela oportunidade por ser paraninfa dessa maravilhosa turma. A cada ano tenho a oportunidade de ver pessoas realizando seus sonhos, e com essa turma não será diferente, mas sinto que vocês são pessoas especiais que com certeza farão um trabalho especial aos animais. Parabenizo a todos por esse momento especial e desejo boa sorte no cumprimento de seu ofício. – terminou com um meneio com a cabeça e se sentou novamente.

— Obrigado. – agradeceu o reitor – Chamo agora a oradora da turma, Amanda Talbot, para prestar o juramento.

Amanda se levantou e caminhou até o microfone – Formandos, gostariam que levantassem a mão direita. – pediu e todos assim fizeram – E peço que repitam depois de mim... Sob a proteção de Deus, prometo que, no exercício da medicina veterinária... – fez uma pausa breve para que os outros formando pudessem repetir – Cumprirei os dispositivos legais e normativos, com especial respeito ao código de da profissão, sempre buscando uma harmonização entre ciência e arte e aplicando os meus conhecimentos para o desenvolvimento científico e tecnológico em benefício da sanidade e do bem-estar dos animais, da qualidade dos seus produtos e da prevenção de zoonoses, tendo como compromissos a promoção do desenvolvimento sustentado, a preservação da biodiversidade, a melhoria da qualidade de vida e o progresso justo e equilibrado da sociedade humana. E prometo tudo a isso fazer, com o máximo respeito à ordem pública e aos bons costumes. – terminou e esperou que repetissem. Sorriu e voltou para seu lugar.

Kathryn olhou para sua esposa, que tinha os olhos úmidos, de emoção – Você está bem? – perguntou em um murmuro.

— Ah sim... – respondeu Ruby limpando as lágrimas – Faz tanto tempo que fiz esse juramento, mas parece que foi ontem... – fez uma pausa – A emoção continua sendo a mesma, e eu sei que o momento não é meu e sim da nossa filhota, mas não tenho como me emocionar diante de tudo isso. – sorriu para sua esposa.

Kathryn retribuiu o sorriso – Eu entendo... Também estou emocionada e muito orgulhosa da nossa filhotinha. – terminou colocando a mão sobre a de sua esposa, e deu um leve aperto. Então voltaram suas atenções para o palco.

— Obrigado senhorita Talbot... – agradeceu o reitor – Sem mais delongas convidaremos os formandos a vir buscar seus certificados e voltarem para seus lugares. – pediu – Juntamente com o certificado de conclusão de curso, há um recibo com a data em que poderão retirar seus diplomas. – informou. Começou a chamar nome por nome, o formando descia do palanque ao qual estava, caminhava no palco, pegava o certificado fazia uma pose ou graça e então cumprimentava a mesa docente e voltava para o lugar no palanque – Convido a vir buscar seu certificado Meghan Lucas-Midas. – anunciou o diretor. Imediatamente toda a família dela começou a aplaudir e a assoviar em comemoração até ela voltar ao seu lugar no palanque, chamou mais alguns últimos formandos – Estou levemente triste porque sei do grande valor dessa turma em nossa universidade, porém estou imensamente feliz em vê-lo aqui nesse dia tão especial, e como me sentindo parte da família de vocês, só posso desejar a vocês muita sorte nesse novo caminho e que eu os guardarei em minha memória e na história da universidade. – sorriu abertamente – Eu declaro a turma de medicina veterinária da Universidade do Maine formada. – anunciou por fim e no segundo seguinte foi aquela chuva de capelo no ar pelos formandos.

Minutos mais tarde estavam todos do lado de fora do auditório conversando animadamente – Ah minha filhotinha, estou tão orgulhosa de você. – falou Ruby abraçando sua filha – Na hora do juramento foi tão emocionante.

— Sim. – falou Meghan sorrindo ainda abraçada sua mãe morena.

 - Sei que você não é muito de usar joias... – falou Kathryn tirando de dentro de sua bolsa uma caixinha de veludo preta – Mas acho que essa você irá gostar. – entregou para a filha.

Meghan pegou a caixinha – Ah mamãe não precisava... – murmurou abrindo a caixinha e no instante seguinte seus olhos se arregalaram.

— Acho que uma correntinha com a pedra do seu curso seria mais “usável” que um anel. – comentou Ruby sorrindo para a felicidade da filha.

— Obrigada. – agradeceu abrindo um sorriso feliz.

— Gostou? – Kathryn quis saber.

— Se eu gostei? – perguntou bobamente – Eu não gostei... Eu adorei. – sorriu e já colocou a correntinha no seu pescoço.

— Ae Meggie! – falou Ryan se aproximando e a envolveu em um abraço – Parabéns! Vou sentir a sua falta aqui. – comentou. O rapaz acabou pegando algumas dependências de algumas disciplinas e com isso atrasou seu curso.

— Eu também vou sentir a sua falta. – comentou assim que se separaram – Mas já deixei o meu endereço com você e quero você me visitando em Boston.

— Pode deixar que eu vou sim. – sorriu feliz, então ele a olhou melhor – Você está mais feliz... Creio que tenha tudo a ver com a Jú, não?

Meghan assentiu com um aceno de cabeça – Sim... Conversamos um pouco ontem a noite e eu pedi para reatarmos o namoro e ela...

— Aceitou! – concluiu Ryan – Está na cara de vocês duas, mó felicidade agora. – sorriu feliz para a amiga – Bom, agora vou deixar você com a sua família que eu preciso ir para o meu estágio. Se cuida e cuida bem da Jú.

— Ryan! – falou Júlia ao aparecer – Como você está?

— Jú! – exclamou ele feliz e envolveu a amiga em um abraço – Oh já tô sabendo das parada toda! E fico mó felizão com vocês juntas de novo.

— Obrigada. – agradeceu Júlia sorrindo – Meggie, eu preciso voltar para Boston...

— Eu sei. – olhou para a futura médica – Mas eu termino de fazer a minha mudança esse fim de semana.

Júlia assentiu com um aceno – Se quiser ajuda e eu não estiver de plantão me manda uma mensagem. – piscou travessamente.

— Não duvide que irei precisar de ajuda. – Meghan soltou uma risada, e Ryan apenas ria das amigas. Júlia deu um leve beijo nos lábios de sua namorada – Faça boa viagem e me mande mensagem quando chegar.

— Pode deixar que mando sim. – respondeu então deu um abraço em Ryan. Se afastou para procurar seus irmãos que voltariam com ela para Boston – Mães, estou voltando para Boston, já que Tom ainda tem treino e Hen precisa pegar o avião de volta para Nova Iorque.

 - Tudo bem, Jú... Tome cuidado na estrada e quando chegar manda mensagem. – pediu Regina olhando para a filha Tempo vai devagar, pois está passando muito rápido! — Você também Hen, quando chegar em Nova Iorque, por favor.

— Pode deixar mamãe, que eu mando. – Henry abraçou sua mãe morena, e o restante da família – Assim que eu tiver uma folga dos treinos e estágio eu apareço na fazenda.

— Estaremos esperando. – falou a loira de mão dada com Lana Praticamente três adultos! — Boa viagem para vocês três. Tom semana que vem vamos resolver a questão do seu carro.

— Sem pressa, mãe. – o rapaz sorriu.

— Eu sei, mas não acho seguro você ficar andando de bicicleta por Boston, principalmente a noite. – falou Emma sorrindo para o filho É apenas para sua segurança e nossa paz!

— Então vamos meus dois porquinhos. – brincou Júlia lembrando da época que a mãe loira brincava com eles os chamando de porquinhos para irem tomar banho. Então ela olhou na direção de sua namorada e a visão a fez fica chocada.

— Meghaaann! – chamou Justine surgindo das profundezas do inferno. Meghan até tentou se esconder, mas não conseguiu ver de a garota veio e quando a viu, só sentiu sendo segurada pela beca e uma boca que não era a da Júlia a beijando.

Júlia ficou sem reação – Vamos Jú! – chamou seus irmãos.

A garota balançou a cabeça e soltou suspiro – Só um segundo... – disse e deu um passo na direção de Meghan, mas parou assim que viu o desenrolar da cena.

— Está maluca? – gritou Meghan empurrando Justine com força.

— Sim, estou maluca... Fazia muito tempo que queria fazer isso. – respondeu a outra garota com um sorriso de lado.

— Ótimo, então continue querendo e se chegar perto de mim novamente eu te arrebento. – falou Meghan limpando seus lábios com a manga de sua beca e saindo dali.

— Meghan... – uma mão a parou – Mas o que? – olhou para ver Ryan.

— Agora estou sendo legal com você, esquece... – falou o rapaz – Estou te livrando de levar uma surra... Mas na próxima eu não a impedirei... – fez uma pausa e ele viu que ela ia abrir a boca – E outra Embustine, você nunca teve chance de ganhar, ela e Jú reataram o namoro. – aquela informação fez os olhos da garota se arregalarem – Eu esperava essa sua reação, agora volta pro buraco de onde você saiu.

Justine atordoada com a novidade não sabia o que fazer – Isso terá troco. – disse para Ryan.

— Nuss... Que medinho de você... – ele disse debochado, enquanto ela se afastava.

— Jú? – chamou Henry ao se aproximar – Está tudo bem? – ele havia percebido que a irmã havia mudado e seguiu seu olhar e também viu a cena.

Júlia assentiu com um aceno de cabeça – Vamos pegar estrada. – sorriu para o irmão.

 


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Notas finais do capítulo

Tadá!! Tivemos finalmente o Tom se apresentando ao Red Sox, e a formatura de Meghan, e para nossa alegria, Jú e Meggie voltando a namorar (eu escutei um amém?). Gente, a formatura da Meggie eu me baseei na formatura brasileira, eu não sei se nos EUA seria assim.

Até a próxima!!



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