Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 150
Capítulo 150 - Júlia e as Madrinhas


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas do meu coração! Estou de volta!! Sim, e trazendo mais um capítulo!!

Oh! Dessa vez nem demorei tanto assim!! ^^

Um mega obrigada a todos que comentaram, favoritaram e ao pessoal que acompanha fora e dentro da moita!! Muito obrigada seus lindos!!

Acho que não precisa, mas vai que kkkk

AVISO: “Este capítulo contém cenas em que você poderá querer chorar, evite ler em público se não quiser pagar mico!”

Chega de enrolação e vamos para o capítulo!

Boa leitura e divirtam-se!



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O cenário era sempre o mesmo, concreto e ferro para todos os lados. Guardas andando de um lado a outro. Presos conversando entre si dentro de suas celas. Uma parte desses presos tomando o banho de sol do dia. Entre eles estava Robin. Sentado no chão, e encostado contra a parede.

Ele suspirou ao ter seu sol encoberto por uma grande sombra – Dá para sair? Estou tentando tomar um pouco de sol. – resmungou sem olhar para quem tampava seu sol.

— Oh desculpe vossa majestade. – veio o deboche na voz de Leopold, e as risadas de seus novos amigos – Mas eu não irei sair.

Os olhos de Robin se arregalaram em surpresa – O que faz aqui? – perguntou se levantando rapidamente e tentando se afastar, mas foi barrado por um dos amigos do ex-prefeito – Não era para você estar aqui. – disse procurando por algum guarda, mas inutilmente.

Leopold soltou uma gargalhada – Não era, mas estou. Para a minha sorte e azar o teu também não tem nenhum guarda, apenas nós. – sorriu maliciosamente – Segurem-no. – ordenou ao ver que ele tentaria fugir.

— Me solta! – disse Robin tentando se soltar dos dois caras que o seguravam – Vocês irão se arrepender.

— Quem irá se arrepender será você, seu idiota. – esbravejou Leopold agora sério – Você irá se arrepender de não ter tirado a minha filha daquele maldito presídio. – fechou a mão e acertou em cheio o estômago de Robin – Você irá sofrer por cada dia que minha Lily ficará trancada naquela jaula de pedra. – mais um soco.

— Eu fiz... De tudo para... Para tentar... Tirá-la... – ia dizendo entre crises de tosse devido aos socos no estômago.

— Mas não foi o suficiente. – mais três socos seguidos – Então você irá pagar aqui comigo.

— Assim que os guardas souberem, eles irão te punir também. – disse Robin segurando o choro.

Imediatamente a mão direita do ex-prefeito foi direto na nuca de Robin, segurou um punhado de cabelo, fazendo com que o advogado o olhasse – Eles não irão saber se você não contar. – falou Leopold perto do rosto de Robin – Se eles souberem as consequências para você serão piores. – rosnou e sua mão esquerda pouso na testa de Robin no mesmo momento em que a direita soltou os cabelos. Ela empurrou a cabeça de Robin contra a parede atrás com extrema força. Não conseguindo segurar um gemido de dor e angustia – Você entendeu perfeitamente Robin? – perguntou Leopold, e quando não obteve resposta, bateu a cabeça de Robin contra a parede mais uma vez – Agora entendeu?

— Si-sim. – murmurou fraco.

— Não entendi. – Leopold falou cinicamente.

— Sim! – Robin falou com pouco mais de força – Sim, eu entendi.

Leopold olhou nos olhos de Robin – O que você entendeu?

— Que não vou contar nada para os guardas. – respondeu Robin, com a voz trêmula de medo.

Um sorriso se abriu nos lábios de Leopold. Tirou a mão esquerda e a sua direita deu três leves tapas na bochecha de Robin – Bom garoto. – olhou para seus amigos – Podem soltá-lo. – assim que fizeram, Robin se encostou na parede e apenas olhou para o homem a sua frente – Aproveite seu banho de sol. – falou debochadamente – Vamos rapazes. – sem dizer mais nada os quatro homens saíram andando como se nada tivesse acontecido.

Assim que Robin se viu novamente sem a presença de Leopold e seus capangas, se encostou a parede e lentamente foi escorregando pela mesma até voltar a se sentar no chão novamente. Puxou seus joelhos perto do peito, abraçando-os, escondeu seu rosto e ali se deixou chorar.

—SQ-

— Chegamos! – anunciou Cora assim que abriu a porta do apartamento de Regina na cidade de Boston. Júlia entrou com um pequeno sorriso no rosto – Está tudo bem, Jú? – perguntou assim que colocou sua mala no chão.

Júlia soltou um suspiro, e segurou mais forte as alças de sua mochila nas costas – Sim, vovó. – respondeu – Só aquele sentimento de novo. – completou e soltou outro suspiro.

— Você quer ligar para suas mães e saber que está tudo bem? – questionou George sendo o último a entrar, colocou sua mala junto a de Cora. Júlia apenas assentiu com a cabeça – Aqui. – entregou o celular que tirou do bolso – Ligue para elas. – sorriu encorajando a neta.

A menina pegou o aparelho e discou o número de sua mãe morena, pois sabia que sua mãe loira estaria pela fazenda trabalhando ainda. Colocou o aparelho no ouvido e esperou sua mãe atender – Mamãe? – perguntou genuinamente feliz – Sim mamãe, acabamos de chegar... Quer falar com ela? – perguntou – Estou bem só aquele sentimento de novo... Sim, eu sei, o vovô perguntou se eu queria ligar para vocês... Ela está aí?... – falou sorrindo feliz novamente – Oi mãe... Está sim... Tudo bem, eu ligarei quando eu quiser de novo, já estou com saudades de vocês e todos aí da fazenda... Tudo bem, vou passar para ele. Beijos e amo vocês. – se despediu e estendeu o aparelho para seu avô – A mãe quer falar com você, vovô. – explicou.

— Obrigado. – pegou o aparelho e sorriu ao ver sua neta ir sentar-se no sofá ao lado de sua avó, assim que tirou a mochila, e imediatamente foi acolhida em um abraço carinhoso – Oi? – disse ao colocar a ligação no viva-voz para todos escutarem — Vocês estão bem?— veio a pergunta na voz de Emma – Sim Emma, estamos, acabamos de chegar e Jú quis ligar para vocês. – respondeu — Cuidem de nossa filha mais velha.— veio a voz de Regina – Nós cuidaremos, minha filha. – foi a vez de Cora responder – E não se preocupem, que qualquer coisa nós ligaremos para vocês. – completou a morena mais velha — Sim, nos liguem e não importa a hora.— Emma respondeu — Saudades de você já, minha pequena morena.— a menina sorriu feliz — Sim Jú, já estamos sentindo a sua falta. — completou Regina – Amo vocês. – falou Júlia ainda abraçada a sua avó — Nós também te amamos.— falou Regina – Vamos que ainda temos que arrumar as coisas e ver o que iremos jantar. – disse Cora – Boa semana para vocês. – eles se despediram, e assim George encerrou a ligação.

— Melhor agora? – Cora quis saber, dando um beijo nos cabelos de sua neta.

— Sim. – respondeu soltou um pequeno suspiro de satisfação – Obrigada.

— Não precisa agradecer... – falou George, se inclinando e também dando um beijo nos cabelos da neta – Mas uma pergunta muito importante agora. – falou sério e as duas mulheres o olharam – O que iremos jantar? – brincou, fazendo Cora e Júlia rirem.

— Que tal pizza? – sugeriu a menina – Podemos pedir pizza?

— Você não quer ir ao restaurante de Ângela? – questionou Cora olhando para a menina em seu abraço.

— Hoje não, quero ficar aqui com vocês e comer pizza, podemos fazer isso? – questionou se aconchegando melhor em sua avó.

— Claro meu amor. – concordou Cora dando mais um beijo nos cabelos da neta – George, querido, leve nossas malas para o nosso quarto, por favor.

— Claro meu bem. – ele caminhou na direção das malas, assim que as tinha em mãos caminhou na direção do quarto que Cora ficava quando vinha para o apartamento da filha. No caminho acabou pegando a mochila da neta para deixar no quarto que era de Henry, mas que passou a ser de todas as crianças.

— Obrigada vovó. – murmurou Júlia fechando os olhos, e aproveitando o abraço de Cora, que se assemelhava ao de sua mãe morena, inclusive no cheiro. O abraço de seu avô George era muito parecido com o abraço de sua mãe Emma. Cora sorriu e abraçou mais forte a neta.

—SQ-

— Janie? – chamou Maura assim que desceu a escada e viu sua esposa, sentada de qualquer jeito no sofá, a tv ligada, mas sem a atenção da detetive – Janie? – chamou novamente e se sentou ao lado de sua esposa.

— Hum? – respondeu a morena voltando a realidade quando sentiu a mão de sua esposa em seu braço – Desculpa querida, o que você disse? – olhou para Maura.

A loira sorriu – Apenas te chamei... – respondeu.

— Você quer alguma coisa? – quis saber a detetive, a tv praticamente esquecida no limbo.

— Como você está? – Maura questionou depois de alguns segundos olhando atentamente para sua esposa – Você parece distante.

Jane suspirou – Apenas pensando... – soltou.

— Eu posso saber no que está pensando?

Mais um suspiro saiu dos lábios da detetive – Apenas pensando se conseguiremos passar uma semana com a Jú. – expôs. Maura apenas a olhou, confusa – Somente ela e nós... Sabe, não deixa de ser como se fosse nossa filha... – fez uma pausa – Então estava pensando se vamos conseguir fazer tudo certo.

Maura também soltou um suspiro – Eu entendi o que você quer dizer... – começou a médica – Mas creio que conseguiremos sim, e se surgir qualquer dificuldade iremos enfrentar juntas para resolver e faremos o nosso melhor. – sorriu animadamente.

— Em último caso teremos a minha mãe, Cora e George para corrermos se nada der certo. – Jane sorriu travessamente. Maura apenas soltou uma risada.

— Muito bem, vamos dormir que amanhã cedo iremos passar no apartamento de Regina para pegarmos Jú e então irmos trabalhar. – falou Maura se levantando e estendendo a mão para sua esposa.

Jane pegou o controle da tv e a desligou, se levantou e por fim segurou a mão de sua esposa, entrelaçando seus dedos – Sim vamos, que amanhã e os dias seguintes serão muito importantes para nós e nossa afilhada. – sorriu. Maura apenas assentiu com a cabeça, e sem dizerem mais nada as duas mulheres subiram as escadas e foram na direção do quarto principal da casa.

—SQ-

 - Sejam bem-vindos! – Emma apertou a mão de Carter e Russell – Regina, minha esposa e advogada da fazenda. – apresentou, enquanto a morena apertou a mão dos dois homens – Ruby, nossa veterinária chefe... – mais apertos de mãos – Whale, veterinário da equipe... – apertos de mãos novamente – David e Mary nossos técnicos principais da equipe. – últimos apertos de mãos – Por favor, vamos nos sentar.

— Esse espaço é novo, não? – perguntou Carter, que representava a Cavalgar Equipamentos.

— Sim, acho que a última reunião que tivemos acabamos fazendo no consultório de Ruby. – respondeu Emma tomando a cadeira a ponta da mesa, com Regina logo ao seu lado direito, Ruby ao seu esquerdo, um representante de cada lado, Whale ao lado de Carter, e por fim David e Mary ao lado de Russel, o representante da ração Raça Campeã.

— Ficou muito bom esse espaço. – comentou Russell olhando tudo, e por fim voltou sua atenção a todos a mesa.

— Sim, agora temos um ar mais profissional. – comentou Regina sorrindo cordialmente. Os dois homens assentiram com acenos de cabeça.

— Bom, vamos começar a reunião? – pediu Emma e olhou para seus dois técnicos Vamos começar! — David e Mary, por favor, querem começar?

— Sim. – respondeu David com seu notebook aberto e pronto – Como vocês podem ver nessas planilhas e gráficos, os resultados que obtivemos até a essa última competição... – todos olhando para a imagem projetada no fundo da sala – Como nota-se desde que começamos a registrar desempenho, colocação, resultados em si, foi-se tendo uma graduada elevação... – ele foi apontando – Isso competição por competição. Ressaltando apenas, no momento, Augusta com Augusta, Vermont com Vermont, Waterville, Indiana e Lowel, os resultados sempre subindo. – fez uma pausa para ver se todos estavam acompanhando – Agora em uma média geral de todas as competições por anos... – mostrou outra planilha e outros gráficos – Aí temos uma pequena oscilação, mas já explicando isso... – respirou fundo – Vocês sabem que temos algumas competições principais como Vermont e Indiana, que por mais que nossos atletas vão bem, o nível sempre é maior já que envolve o país todos. Por isso essa oscilação na média por ano.

Russell olhava tudo impressionado – Vou ser sincero, pelo pouco que já havia visto na reunião passada, que inclusive demos o aval para contratação de mais membros para a comissão técnica... – soltou um pequeno assobio – Esses números são impressionantes vindo de uma equipe pequena.

— Concordo com Russell. – disse Carter – Conheço equipes profissionais que não tem esses números. Por favor, tem como você me passar todos esses dados depois.

— Claro, quando terminarmos a reunião eu passo tudo que precisar. – concordou David.

— Emma... – Carter olhou diretamente para a loira – Eu tenho carta branca da empresa para fazer a negociação que eu achar melhor quando meu patrocinado mostra muita potencialidade, e é o que eu vejo aqui. Claro que antes de vir aqui, eu tive uma conversa inicial com meus superiores e eles me deram essa carta branca... – fez uma pausa – Eu não sei como é com o senhor Russell... – apontou para o homem a sua frente – Mas eu quero transformar a sua equipe amadora, com o tempo, em equipe profissional e daqui saírem exímios cavaleiros e amazonas para todo o país, além de ser centro de referência de formação para esse esporte. – fez uma pausa, fez um gesto ao ver que Emma iria falar algo, e continuou – Sei que talvez seu foco não seja a equipe, pelo pouco que vi da fazenda, mas lhe garanto que vocês tem uma mina de ouro nas mãos e sabendo trabalhar, vocês poderão crescer ainda mais.

— Senhor Carter, esse é o complemento do sonho de meu falecido sogro... – começou Emma Assim o sonho do Henry vai se tornando realidade! — E como estou a frente dos negócios agora, meu intuito é continuar e realizar mais esse sonho.

— Então podemos chegar a um pré-acordo? – perguntou Carter animado.

— Acho que poderemos... – Regina se inseriu na conversa Afinal se realmente for bom para a fazenda e para a equipe, porque não iremos fazer! Agora você está pensando como uma administradora! Pode até ser, mas ainda deixo isso para a minha loira! — Claro que os detalhes serão bem discutidos.

— Claro, sem sombra de dúvidas. – concordou Carter sorrindo animado.

Emma soltou um suspiro Mas vamos por partes e claro com calma! — O que iríamos precisar fazer de imediato e o que iremos precisar a médio e longo prazo para aos poucos irmos transformando a nossa equipe em uma equipe profissional?

Carter abriu sua pasta – Claro, que muito da base vocês já tem, e são melhores que eu para falar algo... – pegou uma folha em branco para anotar as coisas – Mas eu estou nesse ramo há muita tempo também, então uma ou outra coisa eu sei... – tirou a tampa da caneta – Acho que a primeira coisa iremos precisar é focar em quais modalidades iremos trabalhar.

— Isso nós já temos. – comentou David – Nosso foco é equitação e saltos, mas estamos engatinhando no Dressage, e estamos obtendo bons resultados até agora. Mas apenas estamos analisando se convém ou não continuarmos com essa modalidade.

— Ótimo! – Carter anotou no papel – Eu ainda não vi o local de treinamento detalhado, mas se vamos virar profissionais, precisaremos um local maior e mais equipado para os treinamentos. – escreveu novamente no papel, assim como Emma estava anotando tudo bem, mas em seu notebook Eles não sabem pensar pequeno! Nem um pouco Emma!

— No momento o único espaço que temos disponível para alguma construção é a parte mais ao norte da fazenda... – comentou a loira Espero que seja o suficiente para o momento! — Ano passado adquirimos a fazenda vizinha, e “sobrou” um bom pedaço de terra “inativa”. – fez uma pausa – Mas no momento a fazenda não disponibiliza uma quantia tão grande de dinheiro para começar alguma construção Sem falar que somente agora conseguimos pagar todo o investimento e estamos começando a ter retorno!

— Ah isso será pago em partes por nós, o patrocinador, afinal será investimento para a nossa equipe também. – comentou Carter – Claro que depois de tudo discutido e no contrato, iremos querer uma porcentagem de lucro em cima.

— Sem problema, como disse, isso tudo iremos discutir no contrato. – comentou Regina Tudo será documentado para não termos problemas! Está certíssima Regina! que apesar de não entender muito do assunto da equipe, ela vê que ali pode sair um bom negócio para a fazenda – O que mais precisamos?

Carter sorriu – Claro que com o tempo mais pessoas para a equipe técnica e vamos atrás de mais atletas também.

— Vocês farão o mesmo esquema que temos agora? – quis saber Emma Que por mais estejamos planejando o futuro, não podemos perder a essência do projeto! — Afinal nossos atletas tem bolsa, além do patrocínio.

— Acho que podemos manter assim. – respondeu Carter Porque se a resposta fosse outra iríamos encerrar aqui toda essa discussão! Isso aí Emma, vamos manter vivo o sonho do velho Henry!

— Com relação a construção do novo “centro de treinamento”, vamos assim dizer... – comentou Emma Olha que gostei desse nome! — Eu vou impor dois detalhes...

— Quais? – Carter quis saber.

— Eu escolho a construtora de minha confiança, e quero que David e Mary participem do projeto, afinal eles são os técnicos principais da equipe. – disse Emma sendo incisiva que ali não haveria brecha para negociação Disso eu não abro mão! — Sem falar que quando formos sentar para fazer o contrato mesmo, claro que teremos outras condições tanto do meu lado quanto do seu lado, que tenho certeza de que chegaremos a um acordo no final.

Carter olhou para a loira, pensativo – Tudo bem, aceito essas duas condições para a construção do centro de treinamento, gostei desse nome. – sorriu Concordamos nisso! — Agora é a minha impor um detalhe... – disse e Emma assentiu – Eu me encarregarei de fiscalizar toda a obra juntamente com vocês.

— Sem problema. – concordou a loira Não tenho nada a esconder e nunca terei!

— Por favor, não me entenda mal... – acrescentou Carter – Quando eu digo fiscalizar, quero dizer tudo, desde o dinheiro investido com comprovação de tudo, além da obra em si.

Emma olhou séria para Carter Foi o que eu entendi! — Como eu disse, sem problema, eu não tenho nada a esconder, inclusive se você quiser pode ir comigo falar com a construtora que irei contratar, e se quiser passar um tempo aqui na fazenda para acompanhar melhor, também não teremos problema.

— Senhor Russell? – perguntou Regina olhando para o homem que estava calado até agora, apenas escutando Quero saber o que ele acha disso tudo que estamos discutindo, afinal ele está muito calado! — O senhor quer dar a sua opinião, afinal, vocês também são um dos nossos patrocinadores.

O homem soltou um suspiro – Infelizmente não tenho essa carta branca para negociar como o senhor Carter, mas se depois que essa reunião acabar e eu puder ter tudo documentado, irei levar aos meus superiores e conversarei com eles, então darei uma resposta. – fez uma pausa – Mas assim como meu colega de profissão aqui... – apontou para o outro patrocinador – Eu também tenho alguns anos e experiência nesse ramo, e pelo que vejo isso será grandioso, mas como não sei o que meus superiores irão fazer a respeito, então só posso me calar e observar sem dar muita opinião no assunto, ao menos por agora.

— Entendi. – comentou Regina pensativa Cada empresa lida de um jeito! De certo modo gostei disso! — Mas ao final lhe entregaremos tudo documentado.

— Emma... – falou Ruby pela primeira vez.

— Sim?

— Posso falar uma coisa? – pediu a veterinária.

— Claro Ruby.

A veterinária sorriu – Assim, já que possivelmente vocês irão construir um centro de treinamento, com a ajuda de David e Mary, será que eu e Whale poderemos dar nossas opiniões sobre a parte que será reservada ao tratamento e cuidados médicos dos cavalos? – sugeriu – Como serão as acomodações, consultório e tudo que envolve essa parte.

Emma olhou para Carter Acabei me esquecendo disso! Acontece Emma! Mas não pode acontecer novamente! Eu tentarei te lembrar sempre! Obrigada mente! — Posso inserir essa parte também, afinal aqui ninguém sabe mais dos nossos cavalos que esses dois veterinários e sua equipe.

 Carter ficou pensativo – Pode! Se isso virá a ajudar, não vejo porque deles não participarem, afinal é o melhor para tornar a equipe a melhor.

Emma sorriu Esse homem em visão! Não duvido que dentro de algum tempo ele não seja promovido! — Esse é quase o lema da nossa fazenda, que é: Tudo do bom e do melhor para os nossos cavalos.

— Gostei disso. – sorriu novamente – Mas voltando, sei que ainda temos mais duas competições importantes, e uma terceira para encerrar. – comentou e David apenas assentiu com a cabeça – Gostaria de saber se posso acompanha-los em Indiana, se não me engano é a mais importante do calendário atual.

— Claro que pode. – concordou Mary – Sim, Indiana é nossa competição mais importante.

— Bom, com tudo acordado, o calendário de competições irá mudar com o tempo, mas quero inserir a equipe em mais campeonatos importantes, além de Indiana. Tudo isso aos poucos, não se preocupem. – falou Carter ainda animado – Afinal é para isso que iremos trabalhar, para que nossa equipe cresça e tome o mundo. – piscou animado. Emma e Regina apenas sorriram, continuaram a reunião, depois que acertaram os últimos detalhes tanto do acordo para a construção do novo centro de treinamento quanto das competições que Carter iria acompanhar. Regina e Carter discutiram todos os termos do pré-acordo, que fora assinado por todos. Russell como combinado recebeu tudo documentado, que mesmo se a Raça Campeã não quisesse fazer parte desse novo acordo, a Cavalgar Equipamentos estaria totalmente engajada nesse projeto.

— Agora que estamos apenas nós, quero saber a opinião de cada um. – falou Emma assim que voltou para seu lugar, depois que acompanhou os dois representantes de seus patrocinadores até seus carros Agora vem o que eu quero saber mesmo! Talvez essa seja a parte mais importante dessa reunião toda! Com certeza Emma!— E podem ser sinceros, quero muito saber o que cada um achou disso tudo. – fez uma pausa – Alguém quer começar?

— Eu começo... – falou David – Se tudo isso acontecer mesmo, será uma grande virada na vida da equipe... – fez uma pausa – Uma virada maravilhosa, mas prevejo que vou precisar de mais tempo para treiná-los. Isso se eu continuar sendo o técnico.

— David, eu não pretendo mudar o excelente técnico que tenho nem daqui a cinquenta anos. – falou Emma Você faz um excelente trabalho e de certa forma estamos nesse caminho devido ao seu trabalho! Emma, você seria muito louca se mudasse agora! Coisa que eu não irei fazer mente! — Quanto a essa mudança, não se preocupe, você deixa as aulas e fica exclusivo no treinamento se for preciso.

— Se conseguirmos manter a essência do projeto que temos hoje, só vejo maravilhas para esse novo projeto. – falou Mary.

— É o que eu pretendo fazer Mary, é tentar manter a essência do atual projeto, afinal essa essência veio do velho Henry. – falou Emma sorrindo amorosamente Ele com certeza não iria querer crescer caso isso mudasse! Não mesmo! — E acho que não deve se perder nunca.

Regina sorriu para sua esposa E não vamos perde-la! — E se um dia chegarmos a perdê-la, voltamos a estaca zero e recomeçamos de novo.

— Sempre. – falou Emma sorrindo também Te amo morena!

— Eu vejo a possibilidade de sermos vistos como referência para muitos, tanto na parte de treinamento quanto na parte a qual já somos referência. – falou Ruby sorrindo – Afinal a fazenda é referência em aulas e passeios equestres aqui na região e em boa parte do estado.

Whale sorriu – Mas sermos referência em uma nova área nos abrirá muitas portas também. – fez uma pausa – Tanto na parte de treinamento, como aumentar a parte de lazer da fazenda.

— Morena? Alguma opinião? – quis saber Emma Pois agora só falta a sua opinião quanto a isso!

A advogada suspirou O que eu posso falar? Ah não ser da parte burocrática? — Acho que todos já falaram tudo... – comentou – Mas do ponto de vista jurídico, por assim dizer que é o meu caso, vejo que isso será um excelente negócio para a fazenda e principalmente para a equipe. – fez uma pausa Mas acho importante um detalhe! — Só acho que quando formos fazer todo o contrato maior, devemos separar a equipe da fazenda.

— Como assim? – questionou Emma.

— Acho que devemos desvincular a equipe da fazenda. Não é mandar a equipe embora, não é isso. – Regina começou a explicar.

Emma pensou por alguns segundos Acho que entendi! — Como o Bosque. – falou e sua esposa a olhou – Ele faz parte da fazenda, mas tem sua própria “vida”, por assim dizer.

— Isso! – comentou Regina Minha loira não me decepciona! — A fazenda pode ser, não sei, talvez uma pequena patrocinadora. Ela manteria uma ligação com a equipe, mas não entraria nas contas da fazenda. Entendeu?

— Sim, entendi, e achei muito boa essa ideia. – comentou a loira Realmente não é bom misturar a equipe com as coisas da fazenda! Temos que aproveitar o momento mesmo e desvincular! — Creio que você sabe melhor do que qualquer um aqui o que é preciso para se fazer essa desvinculação. – completou Afinal você é a advogada famosa e fodástica de Boston! Emma! O que mente? Seu linguajar! Ah mente, mas é isso que minha morena é! Tudo bem, concordo com você! Regina assentiu com a cabeça – Ótimo! Então já comece ir atrás de tudo que precisa, e quando formos falar em definitivo para fazer o acordo e o contrato final já estaremos com tudo isso pronto. Amanhã eu ligo para Russell e Carter e comunico essa nova informação. – acrescentou olhando para sua papelada em cima da mesa e notebook.

— Isso irá atrapalhar alguma coisa no acordo? – David quis saber.

— Acho que não irá mudar em nada das decisões já tomadas e as que virão a ser tomadas. – comentou Regina Isso é apenas burocracia, que no final será a nossa melhor decisão! Principalmente pelas taxas e tudo o mais! — Pelo contrário, isso será até mais benéfico para conversarmos melhor sobre o contrato.

— Entendo. – comentou o loiro.

— Ah! – falou a advogada ao se lembrar de mais coisas – Se isso se formalizar mesmo os contratos de vocês terão que ser mudados também. – apontou a princípio para David, Mary e Whale.

— Por que? – o veterinário perguntou curioso.

— Se não me engano, vocês estão contratos como funcionários da fazenda, e se a equipe se desmembrar da fazenda, terá que ser feito novos contratos, já que serão pagos por outra empresa. – a morena usou de termos mais fáceis para eles entenderem – Com outras especificações, carga horária e tudo que está dentro do contrato.

— Entendi. – comentou Whale.

— Mas não se preocupem... – falou Emma Aqui o que é certo é certo! E não passamos a perna em ninguém, Emma! Também não temos porque fazer isso, afinal se fizermos isso estaremos nos sabotando também! — Nós iremos sentar com cada um e com quem mais precisar entrar na negociação e iremos conversar e com certeza iremos fazer em um acordo benéfico a todos. – sorriu por fim.

— Não tenho dúvida disso. – comentou David sorrindo para a amiga. Continuaram ali conversando por mais algum tempo, até Ruby, David, Mary e Whale se retirarem para seus serviços.

— Você irá chamar a construtora de Aurora? – Regina quis saber olhando para sua esposa.

— Não tem outra construtora que eu queira chamar. – sorriu – Não só por serem nossos amigos, mas eles prestam um excelente serviço. – fez uma pausa – O qual podemos comprovar pela expansão do Bosque e construção da Pousada. – explicou.

— Nisso você em razão. Eles fizeram um excelente serviço, sem falar que já conhecem todo o esquema de se trabalhar aqui na fazenda. – comentou Regina pensativa Isso é muito benéfico para todos!

— Exato! – concordou Emma Não convém querer mudar de construtora nesse momento! E nem em nenhum outro, não Emma? Sim mente! — Depois eu ligo para Aurora e vejo quando ela pode vir aqui, assim junto David, Mary, Ruby e Whale para conversarmos sobre o projeto e vejo se é possível usar aquela parte parada da fazenda.

— E o espaço de treinamento atual? – quis saber a morena Porque será um espaço ocioso quando o centro de treinamento estiver pronto! — O que será feito dele?

Emma se encostou a cadeira e suspirou – Não pensei nisso... – respondeu – Não sei, podemos deixar como formação de base para a equipe, ou então transformar em mais um espaço para as aulas... Ou qualquer outra coisa. O que vier a ser melhor. – respondeu – Mas isso podemos pensar mais para frente, quando o centro de treinamento estiver pronto.

— Ou então podemos construir uma pousada interna para nossas visitas, já que nossos cômodos estão cada vez mais cheios, e está ficando difícil de acomodar todos. – brincou Regina, mas com um fundo de verdade Nossa casa e a casa de Katy não estão mais dando conta de hospedar todo mundo!

— Essa ideia pode ser interessante! – a loira piscou para sua esposa Sabe que é uma excelente ideia isso! Bora planejar Emma! Calma mente, um planejamento de cada vez, e eu já tenho um em mente! Esse é maravilhoso! Ainda não é, mas se tudo der certo, com certeza será maravilhoso além de muito prazeroso! Adoro! Eu também! então olhou para o relógio na parede – Vamos fechar tudo e voltarmos para casa, pois está quase na hora do jantar, e aposto que temos uma horda para alimentar. – brincou fechando as janelas, enquanto Regina ia arrumando tudo no lugar.

— Uma horda com menos uma, já que Jú está em Boston com nossos pais. – falou Regina levemente triste Minha menina mais velha, espero que esteja tudo bem! Claro que está Regina! Verdade mente, se não já teriam ligado avisando! Sim! — Estou com saudades dela.

— Eu também. – comentou Emma fechando a porta principal e passando a chave Isso é só o começo, imagina quando ela for morar fora na época de faculdade, aliás, quando eles foram morar fora, Emma! Não quero pensar nisso nesse momento mente, eles todos ainda são crianças e quero aproveitar cada momento antes deles abandonarem o ninho! — Mas será bom para nós e para ela esse tempinho, separadas, sem falar que ela nos ligou ontem assim que chegaram em Boston. – segurou a mão de sua esposa, entrelaçando seus dedos.

— Eu sei. – sorriu se animando Mas vamos aproveitar que nenhum irá embora em definitivo por hora, já que são todos crianças! Sim, vamos aproveitar o momento! — Temos mais cinco ainda para cuidar. – riu. Emma soltou uma gargalhada enquanto caminhavam na direção da casa principal Mas iremos ter mais um pelo menos, e dois no máximo!

—SQ-

— Então Jú, gostou de passar o dia comigo? – Maura quis saber enquanto elas estavam indo na direção do elevador para subirem ao andar de Jane e então irem embora. No meio da tarde Júlia ligou para seus avós para dizer que estava tudo bem.

— Gostei. – a menina sorriu – Achei legal você vendo os corpos dos mortos e escrevendo tudo, pesando, medindo. – falou empolgada – Quando se estudo para ser médico faz isso também? – quis saber.

— De certo modo sim, afinal aulas de anatomia são obrigatórias... – respondeu Maura olhando para a afilhada – Mas algumas coisas que eu fiz, são específicos da minha área.

— Entendi. – falou a menina pensativa, então olhou para a loira – Por que você escolheu essa área?

Maura soltou um suspiro – Desde criança, eu nunca fui uma pessoa que conseguia me dar bem com as outras, tanto que na minha vida escolar eu nunca tive amigos... – soltou outro suspiro – Quando eu fui fazer estágio em diversas áreas para ver qual eu tinha mais afinidade, eu me encantei pelo que eu faço hoje e acabei me especializando. Pensei comigo: Eu vou ser a voz dessas pessoas que não podem mais falar e farei justiça por elas.

Os olhos de Júlia brilharam com a explicação – Que legal! – sorriu abertamente.

— Hey! – Jane falou assim que a porta do elevador se abriu e viu sua esposa e afilhada – Estava indo procura-las, que por hoje eu já encerrei. – disse entrando no elevador.

— Estávamos indo te procurar também para saber se poderíamos ir embora. – comentou Maura ao sorrir para sua esposa.

— O que conversavam? – quis saber a detetive.

— O porque da tia Maura ter escolhido a profissão dela. – respondeu Júlia sorrindo.

— E o que você achou? – Jane sorriu para a menina vendo a empolgação.

— Que foi muito legal! – então se virou para a médica – Não se preocupa, que agora você tem muitos amigos e uma grande família aqui e lá na fazenda. – segurou a mão da médica e a mão livre segurou a mão de Jane.

Um imenso sorriso se abriu nos lábios de Maura – Eu sei, minha querida. – depositou um beijo nos cabelos da afilhada enquanto saiam do elevador direto na entrada do prédio. Despediram-se do pessoal e caminharam na direção do carro da detetive.

— Você quer tomar banho agora, Jú? – perguntou Maura assim que entrou em casa, com a menina logo atrás, e por último Jane, fechando a porta.

— Posso? – respondeu com outra pergunta.

— Claro! – assentiu Jane – Vem, que vamos mostrar a casa, e então você poderá tomar seu banho.

As duas mulheres mostraram tudo – E aqui é o banheiro... – falou Maura – Aqui está a sua toalha, produtos de higiene e se precisar de mais alguma coisa, está aqui. – mostrou no armário debaixo da pia.

— Você precisa de ajuda? – questionou Jane.

A menina sorriu e negou com a cabeça – Não precisa. Eu tomo banho sozinha sem problema.

— Tudo bem, mas qualquer coisa é só nos chamar. – falou Jane já a porta.

— Sim, estaremos na cozinha preparando o jantar. – Maura sorriu e seguiu Jane para fora do banheiro, fechando a porta atrás de si.

Jane estava sentada no banquinho, com os braços apoiado no balcão, enquanto tomava uma cerveja e observava sua esposa cortando alguns legumes, já que ela iria fazer um cozido de carne com legumes. O silêncio pairava no ambiente, que era quebrado apenas pelo barulho da faca encostando na tábua de madeira – Pronto! – disse Júlia muitos minutos depois, assim que surgiu ao pé da escada, tomada banho e com sua mochila em mãos.

— Me dê a sua mochila que vou coloca-la no quarto que você ficará. – falou a detetive assim que se levantou e indicou a mochila. Júlia entregou para a mulher mais velha e no segundo seguinte estava subindo a escada de dois em dois degraus.

— Venha aqui. – falou Maura sorrindo para a menina.

— O que você irá fazer para o jantar? – perguntou ao se sentar no banquinho do lado que Jane estava sentada.

Maura se virou para o fogão para acrescentar os legumes na panela que já havia a carne cozinhando – Carne cozida com legumes. – sorriu ao escutar um gemido de aprovação – Você gosta?

— Bastante. – sorriu.

— Estou de volta. – anunciou Jane e voltou a se sentar no seu banquinho. As três engataram em uma conversa animada, até escutarem a parto da frente se abrir.

— Oi meninas! – falou Ângela sorrindo.

— Ah ma! O que está fazendo aqui? – perguntou Jane com um suspiro.

— Eu não resisti e vim dar um oi para Jú. – abraçou a menina, que retribuiu o abraço carinhosamente – Além de que eu vim oferece ajuda para o jantar. Qual o cardápio?

— Carne cozida com legumes. – respondeu Jane tomando o último gole de sua cerveja.

Os olhos de Ângela se arregalaram, surpresos – Eu achando que vocês iriam pedir pizza. – brincou.

— Eu até tentei, mas Jú disse que já comeram ontem quando chegaram. – respondeu Jane derrotada – Além de que Maura me proibiu de comer pizza hoje. – mais um suspiro de derrota.

Ângela olhou para Maura – Precisa de ajuda com alguma coisa?

— Acho que não Ângela... – a médica falou olhando tudo que estava fazendo de comida.

Então olhou para sua neta – Algum pedido especial? – piscou arteiramente.

Os olhos de Júlia se arregalaram com a sugestão – Posso? – olhou para Maura – Prometo que irei comer a carne com legume, que eu adoro... Mas eu queria outra coisa também. – falou sem jeito.

— Claro que pode. – falou Maura sorrindo amorosamente – Qual o seu pedido?

— Sim, o que você está querendo? – Ângela quis saber.

Júlia passou a língua pelos lábios já saboreando o prato – Aquele delicioso nhoque recheado com queijo.

— Pedido feito, pedido atendido. – falou Ângela já perambulando pela cozinha atrás das coisas para fazer o nhoque para sua neta.

— Você não é nem um pouco boba. – brincou Jane sorrindo para Júlia. A menina apenas sorria arteiramente – Quer jogar um pouco de vídeo game enquanto o jantar não fica pronto?

— Você tem vídeo game? – perguntou surpresa.

Jane se levantou e foi na direção da sala – Claro que tenho. – ligou a tv e o aparelho de game – O que você quer jogar?

— Tem de corrida? – perguntou a menina parando ao lado da detetive. Jane apenas assentiu com a cabeça – Vamos jogar esse? – pediu. Jane assentiu novamente e entregou o outro controle para a menina assim que se sentou ao lado dela no sofá, quando tudo estava pronto para jogarem. A menina comemorou todas as vitórias das partidas que jogaram. Jane de bico, que foi desfeito por sua esposa e o sorriso para a afilhada ao vê-la comemorar. Assim passou o tempo até o jantar ficar pronto. Ângela acabou jantando junto, e depois que lavou a louça sob protesto de Maura. A matriarca deu boa noite e foi embora.

— Agora é a nossa vez de dormir, pois amanhã vamos levantar cedo novamente. – falou Maura fechando seu notebook assim que terminou de ler um artigo que achou interessante. As duas haviam voltado para o jogo, assentiram e Jane desligou tudo. Júlia parecia apreensiva.

— O que foi Jú? – perguntou Jane vendo a mudança em sua afilhada. A menina apenas suspirou – Aconteceu alguma coisa? – Júlia negou com a cabeça – Alguma dor? – perguntou preocupada, e mais uma resposta negativa da menina. Olhou para Maura pedindo silenciosamente por ajuda.

— Jú, você pode nos contar qualquer coisa. – falou Maura e agachando a frente da menina e segurando a pequena mão – O que aconteceu?

— Vocês vão ficar brava se eu pedir uma coisa? – perguntou em um fio de voz.

Maura e Jane se entreolharam rapidamente – Claro que não Jú! Pode pedir.

A menina suspirou – Vocês podem ligar para minhas mães, por favor?

— Está tudo bem, Jú? – perguntou Jane começando a se desesperar achando que algo tinha acontecido com a afilhada.

— Não aconteceu nada... – sua voz ainda era baixa – Apenas essa sensação... – seus olhos umedeceram – Apenas isso... – disse tentando ser forte.

— Claro que podemos ligar. – falou Maura que passou rapidamente a mão em seu celular, procurou por Emma ou Regina em seus contatos, e no primeiro número que apareceu apertou para a ligação.

— Maura?— veio a voz de Regina, pequeno tom preocupado — Está tudo bem?

— Regina, boa noite! – falou a médica – Desculpe ligar a essa hora, mas Jú...

— Quer falar conosco por causa da sensação, não?— Emma cortou. A advogada havia colocado no viva-voz, já que ela e a esposa estavam amamentando os gêmeos Era de se esperar que Jú nos ligasse novamente! Mas ela está conseguindo administrar isso bem para uma primeira vez, não Emma? Sim mente, ela até que está indo muito bem!

— Sim. – Maura sorriu levemente aliviada – Sei que não é hora de se ligar.

— Hey Maura, não se preocupe quanto a isso.— falou Emma com Benjamin no colo – De certa forma estávamos esperando pela ligação.

— Mas garanto que Júlia está bem. – retrucou a Maura.

— Não se preocupa quanto a isso, sabemos que não aconteceu nada com Júlia...— falou a advogada soltando um suspiro — É a sensação de que Júlia irá nos perder, ou que nunca mais iremos vê-la.— falou Regina calmamente, tentando passar calma para a amiga Mesmo sendo a primeira vez que ela fica um tempo longe, está indo muito bem! Sim Regina, Júlia está conseguindo ir muito bem!

Maura suspirou aliviada por completo – Bom, vou passar o telefone para ela.

— Tudo bem.— falou Emma.

— Mães? – Júlia falou timidamente assim que colocou o celular no ouvido.

— Oi minha pequena morena, como você está?— Emma perguntou e podia-se notar felicidade em seu tom de voz Saudades e muitas de você, minha criança!

— Oi Jú, minha linda.— acrescentou Regina que também estava feliz em falar com sua filha Nossa, que saudades de você! Essa semana irá demorar para passar! Provavelmente Regina!

— Oi mães! – a menina sorriu por fim – Eu estou bem, apenas a sensação de novo.

— Nós entendemos Jú, não se preocupe que estamos aqui amamentando as praguinhas.— Emma falou rindo Mas são as minhas praguinhas esfomeadas que amo de montão!

— Emma! Não fale assim dos gêmeos.— Regina repreendeu e Júlia soltou um risinho Pelo menos Jú está rindo Regina! Sim mente! – Mas nos conte Jú, como foi o dia com suas madrinhas?

— Foi legal! – a menina agora mais contente contou tudo o que havia visto e feito com Maura, e um pouco com Jane naquele dia. As duas mulheres apenas sorriam para a felicidade da afilhada conversando com suas mães no celular. Alguns minutos depois se despediram, e Maura voltou a falar com Regina e Emma e por fim encerrou a ligação assim que se despediu.

— Melhor? – perguntou Jane sentada ao lado da afilhada, com seu braço rodeando os ombros da menina. Júlia apenas assentiu com a cabeça.

— Obrigada. – agradeceu e abriu um sorriso.

— Sempre que precisar. – falou Maura sorrindo para a menina – Mas agora está na hora de dormirmos.

Júlia assentiu novamente com a cabeça e se levantou juntamente com as duas mulheres e caminharam na direção do quarto que Júlia iria passar a noite. 

— Qualquer coisa, estaremos no último quarto do lado esquerdo. – Jane falou arrumando a coberta fina sobre sua afilhada.

— Tudo bem. – falou Júlia sorrindo – Boa noite. – desejou. As duas mulheres também retribuíram o desejo e cada uma depositou um beijo nos cabelos da menina e saíram do quarto deixando a porta entreaberta.

— Tia Jane? – chamou Júlia timidamente.

— Hum... Jú? – falou a detetive sonolenta – Aconteceu alguma coisa? – perguntou acendendo o abajur do seu lado da cama e vendo as horas. Eram duas da madrugada – O que foi? – se sentou olhando para menina em pé ao lado da cama.

— Jane? – falou Maura ao escutar vozes – Jú? Aconteceu algo? Pesadelo? – perguntou preocupada.

A menina negou com a cabeça – Apenas não consigo dormir... – falou timidamente – Acho que por não ser o meu quarto...

— Você quer que liguemos para suas mães de novo? – Maura ofereceu e Júlia negou com a cabeça – Quer dormir aqui conosco então? – ofereceu compadecida. A menina apenas assentiu com a cabeça. Maura sorriu para a menina e apenas fez um gesto com a cabeça a chamando.

Jane tirou a coberta de cima de si – Vem. – chamou e sorriu ao ver que no segundo seguinte a menina estava deitada entre elas. Puxou a coberta por cima delas novamente – Melhor? – perguntou assim que se deitou novamente.

— Sim! – respondeu Júlia suspirando satisfeita – Obrigada. – murmurou e no segundo seguinte estava dormindo tranquilamente.

Jane sorriu e olhou para sua esposa, que também sorria para a cena. Mais uma vez depositaram um beijo nos cabelos da menina, se acomodaram novamente. Jane apagou o abajur e no segundo seguinte o sono tomou conta das duas mulheres mais uma vez.

—SQ-

— Meu querido, quanto tempo que não o vejo! – falou Denis abraçando fortemente seu amigo de infância, depois que se soltaram ele indicou para que se sentassem na mesa da única lanchonete de Storybrooke.

— Sim Denis, faz muito tempo que não nos vemos. – falou Killian com um pequeno sorriso – Mas então me diga o que tem feito? Por onde tem andado?

— Ai menino nem te conto o que andei fazendo e por onde... – riu arteiramente – Lembra daquela senhora toda fogosa que conheci no bingo?

Os olhos de Killian se arregalaram – Lembro! – respondeu – O que tem ela?

Denis soltou uma gargalhada – Eu tirei a sorte grande com ela. – piscou. Aquilo fez Killian rir também.

— Tudo bem, conte-me mais. – pediu o rapaz moreno, enquanto tomava um gole de seu suco de laranja que havia acabado de chegar, assim como o milkshake de Denis.

— Então depois daquele bingo, eu acabei conhecendo melhor Melany... – começou – Em uma noite ela me contou toda a vida e depois de muitas doses do melhor whisky... – fechou os olhos lembrando – Ela me fez uma oferta irrecusável. – abriu os olhos novamente encarando Killian a sua frente.

— Gigolô de luxo? – Killian soltou junto com uma alta risada.

Denis riu também – Quase isso meu amigo. – disse assim que se recuperou da risada – Ela me propôs pagar pela minha companhia por um ano. Onde que ela fosse eu iria junto para lhe fazer companhia, independente de qual compromisso ela tivesse... – fez uma pausa – E estamos negociando por um novo acordo. – piscou.

— Certo! Mas com “favores” sexuais inclusos? – perguntou Killian surpreso. Denis apenas negou com a cabeça – Não? – perguntou novamente mais surpreso ainda.

— Não! Melany realmente queria a minha companhia para seus compromissos. – respondeu Denis sorrindo contente – E com isso me diverti e muito. – riu novamente.

— Pode contar tudo então. – disse Killian curioso para saber tudo que havia acontecido.

— Rapazes, o lanche de vocês. – disse Madison colocando os pratos com os pedidos – Mais alguma coisa?

— No momento não Mady, obrigado. – agradeceu Killian dando uma grande mordida em seu lanche em seguida. A garçonete acenou com a cabeça e foi atender outra mesa.

— Eu estou em Storybrooke, Aurora! – falou Daniel ao telefone, enquanto andava na rua – Não vou fazer nada imbecil... – fez uma pausa – Eu vou procurar Killian para conversarmos... Não!... Ele ficar me evitando não irá resolver nada... – outra pausa – Não se preocupe... Apenas quero conversar... Já dei o tempo suficiente... Tchau! – desligou a ligação e o celular, o guardando no bolso. Respirou fundo e continuou caminhando na direção da lanchonete.

— Estávamos tão bêbados, que Melany acabou esbarrando com o garçom que estava levando uma travessa de macarrão para uma mesa, e todo aquele macarrão caiu na cabeça dela. – Denis ia contando e rindo – Isso a fez parar de dançar? – perguntou e Killian negou com a cabeça – Claro que não! – continuou – Mesmo com muito espaguete nos cabelos, na roupa e pisoteados no chão Melany continuou dançando como se nada tivesse acontecido. O garçom não sabia o que fazia, se ele voltava para a cozinha pedir outra travessa de macarrão, se chamava a faxineira para limpar aquela lambança ou se chamava Melany para mostrar o que tinha acontecido.

— O que ele fez? – Killian quis saber terminando de comer seu lanche.

Denis terminou de tomar seu suco – Ele acabou chamando por Melany, que o olhou sorridente, tirou os macarrões do cabelo e colocou na cabeça do homem, e continuou dançando. – respondeu rindo juntamente com Killian – Por fim o garçom resolveu chamar a faxineira antes que aquela melequeira de massa e molho sujasse todo o navio.

— E você nisso tudo? – o moreno perguntou curioso.

— Eu? – riu novamente – Também estava bêbado, rindo feito uma hiena sentado na cadeira e vendo tudo aquilo acontecer. – riu mais uma vez – Depois disso levamos uma leve advertência da direção do cruzeiro e o restante de nossa viagem para a Itália foi mais comedida. – fez uma pausa e suspirou satisfeito – A Itália é linda, se um dia você puder ir vá com a certeza de que não irá se arrepender. Pelo contrário irá se encantar lá.

— Que bárbaro! – falou Killian rindo e terminando seu suco – Pode deixar que ir para a Itália está nos meus planos de viagens. Só não sei quando.

— Tempo para conversar comigo não tem... – falou Daniel assim que se aproximou – Mas ter encontrinho com qualquer um você tem. – debochou, ciúme era facilmente percebido no seu tom de voz.

Denis apenas olhou surpreso para Killian, então para Daniel – Desculpa? – falou incerto.

Killian apenas soltou um suspiro – O que você está fazendo aqui Daniel? – olhou bravo para o paisagista – Eu disse que precisava de um tempo.

— E eu te dei esse tempo! – Daniel se exasperou – Você não atende mais minhas ligações! Se recusa a marcar um horário para conversamos... – no segundo seguinte olhou para Denis – Agora vejo porque você não quer. – fechou a cara.

— Pare com o show de se fazer de vítima. – falou Killian bravo com a atitude de Daniel – E aqui não é o momento para termos essa conversa.

— Então me dê um horário para que possamos conversar! – Daniel estava levemente desesperado – Eu preciso conversar com você. – suplicou.

— Engraçado que quando eu queria conversar você não me levava muito a sério. – retrucou Killian visivelmente magoado – E agora que vossa majestade quer conversar tem que ser no momento que você quer.

— Killian, acho que vou indo, que pelo visto você tem assunto mais importante para tratar. – disse Denis se levantando.

— Não! – apontou o dedo para o amigo – Você fica. – olhou e apontou para Daniel – Você vai embora. – continuou – Eu estou aqui conversando com o meu amigo. – falou e viu Denis voltar a se sentar, levemente incomodado com a situação.

— Killian, se quiser podemos marcar outro dia...

— Não Denis! – falou Killian resoluto – Já deixei bem claro para Daniel que preciso de tempo para podermos conversar, e se ele quiser isso terá que esperar esse meu tempo. – falou olhando para Daniel – Então? – perguntou impaciente.

— Por favor Killian... – suplicou o paisagista.

Killian suspirou cansado – Por favor, Daniel, se realmente você gosta de mim como diz, irá respeitar o que eu pedi. – fez uma breve pausa – E pode ter certeza de que quando eu estiver pronto para conversar eu te ligarei e marcaremos.

— Olhe Killian, eu sei que te magoei...

— Sim, você me magoou e muito, e ainda não superei nossa discussão... – seus olhos se encheram de lágrimas – Então te peço encarecidamente, por favor, não insista, me deixe melhorar, que quando eu realmente estiver melhor eu te ligarei e marcaremos para conversar. – sua voz estava cansada – Por favor. – completou quando viu que Daniel iria falar alguma.

O paisagista apenas suspirou derrotado, mas assentiu com a cabeça – Eu vou esperar a sua ligação então.

— Pode esperar. – Killian falou baixo olhando para Daniel. O paisagista apenas assentiu com um aceno de cabeça e sem dizer mais nada, virou de costas e saiu da lanchonete sem dizer mais nenhuma palavra.

O silêncio pairou sobre os dois homens remanescentes, então toda a atividade da lanchonete voltou ao normal – Vem, vamos dar uma volta. – falou Denis deixando algumas notas sobre a mesa e estendeu a mão para o amigo – Vamos respirar um ar puro e se você quiser pode me contar o que acabou de acontecer.

Killian apenas assentiu com a cabeça e aceitou a mão oferecida – Obrigado. – agradeceu.

— Amigos são para isso. – piscou de forma carinhosa – Agora vamos passear e você irá me contar todo esse... – parou para pensar na palavra que geralmente o amigo usava – Ah! Todo esse babado com aquele bofe de olhos azuis e alto que acabou de dar um show de ciúmes da minha pessoa. – riu ao ver o amigo voltar a sorrir – Diga-se de passagem, desnecessário, já que você gosta de uma coisa e eu de outra. – riu.

— Mas ele não sabe disso. – Killian soltou uma risada, depois suspirou profundamente – Aquele, meu amigo, é o meu melhor e mais complicado caso de amor. – respondeu Killian, enquanto iam caminhando lado a lado, sem nenhum toque ou contato físico – Eu conheci Daniel em uma festa na fazenda... – comentou a contar tudo. Em um canto, escondido Daniel apenas olhava para Killian, então seus olhos se encheram de lágrimas, e antes que pudesse derramá-las, ele entrou em seu carro e saiu em disparada para a cidade de Boston.

—SQ-

Regina estava terminando de trocar o segundo bebê quando escutou seu celular apitar indicando mensagem Quem será? — Pronto Ben, você está limpinho e cheirosinho assim como seu irmão. – sorriu Espero que se mantenham assim por pelo menos algumas horas! deixou o menino dentro o berço e pegou seu celular.

2:13 pm: Hey morena, ocupada?

2:14 pm: Agora não, pois acabei de trocar os gêmeos que acabaram se sujando. – enviou a mensagem.

2:14 pm: Precisava da sua ajuda, tem como? – veio a mensagem quase que imediatamente.

Regina olhou para o filho que lhe sorria amorosamente, e acabou não resistindo e abrindo um imenso sorriso para o menino. Os dois bebês estavam cada dia mais loiros Cada vez mais parecidos com sua mãe loira para o meu deleite!

2:15 pm: Claro! Onde você está? — digitou de volta.

2:15 pm: Estou quase chegando ao celeiro, me encontre aqui, sim? — pediu Emma pela mensagem.

2:15 pm: Tudo bem, vou deixar os gêmeos com a Bah e já te encontro aí.— respondeu e deixou o celular de lado, pegando um filho de cada vez e o colocando no carrinho. Nesse entre tempo escutou o celular apitar novamente.

2:16 pm: Estarei esperando.— viu a mensagem, enfiou o celular no bolso traseiro da calça jeans e saiu do quarto dos filhos, com cuidado desceu as escadas e continuou caminhando até a cozinha.

— Bah? – chamou assim que entrou, mas não achou ninguém – Estranho... – murmurou – Ah esqueci que eles iriam para a casinha da árvore. – falou saindo pela porta do fundo e continuou seu caminho até o local, que ultimamente era o preferido das crianças – Achei vocês. – sorriu ao ver toda a bagunça que as crianças estavam fazendo – Bah, preciso de uma favor seu. – falou assim que parou o carrinho ao lado da senhora Sei que será puxado você olhar por tanta criança no momento, mas preciso ver o que minha loira quer!

— Sim menina Regina. – falou a cozinheira vendo os bisnetos brincarem felizes. Giuseppe do outro lado da mesa, apenas sorria também.

— Você pode olhar os gêmeos por um tempinho? – pediu a morena – Emma acabou de me mandar uma mensagem me pedindo ajuda.

Eugenia abriu mais ainda o sorriso – Claro que olho! Vá sem preocupação. – falou já brincando com os três bebês que estavam ali em seus carrinhos, já que Samuel também estava junto. Kathryn voltou a trabalhar no escritório e Ruby estava fazendo seus afazeres na fazenda.

— Prometo que assim que eu terminar de ajudar Emma, eu volto! – falou sorrindo para os filhos Vocês que não baguncem demais!

— Sem pressa Regina. – falou Giuseppe sorrindo e fazendo graça para Samuel, que ria.

A advogada abriu um sorriso – Eles já estão trocados e amamentados. – informou pouco antes de se virar para caminhar na direção do celeiro Melhor me apressar! — Até daqui a pouco. – os dois avós apenas assentiram com a cabeça e voltaram suas atenções para os netos e a bagunça que estavam fazendo no parquinho e nos carrinhos.

— Emma? – chamou assim que entrou no celeiro – Emma? – chamou novamente quando não obteve nenhuma resposta e foi andando para dentro do local – Cadê você? – olhou e não viu sua esposa em parte alguma Vou matar essa loira que me fez vir correndo e ainda não está aqui! Que sem noção!

No momento seguinte sentiu um par de braços envolver sua cintura, Regina se assustou brevemente O que? mas depois relaxou ao reconhecer o perfume de sua esposa Minha loira! depois sentiu lábios encostarem em seu ouvido – Agora você é minha, morena. – a loira sussurrou sedutoramente Conheço esse tom! Só pode significar sacanagem, Regina! Exato mente! fazendo o corpo todo de Regina tremer e se arrepiar em antecipação É o que vou verificar! virou-se no abraço de sua loira e a encontrou nua da cintura para cima, sua calça e botas no lugar, assim como seu tão odiado e amado chapéu em sua cabeça Bingo! Imediatamente as pernas da advogada se amoleceram quando sentiu os lábios que estavam em seu ouvido, agora estavam colados em seu pescoço Descarada essa minha loira! Mas você adora! Não nego!

— Sim, sou sua. – foi tudo que Regina conseguiu soltar antes de Emma colar seus lábios com os de Regina em um ardente beijo.

 

Cena extra 1:

Devaneios de uma mente doida em um futuro não muito distante

Júlia estava perambulando pela festa, com Meghan ao seu lado. Era festa de comemoração do novo consultório de Elsa. A médica estava radiante por finalmente conseguir abrir seu próprio consultório. Abriu um sorriso para Zelena, sua esposa, que ostentava orgulhosa sua protuberante barriga grávida.

Daniel e Killian sorriam felizes para a filha, Alice, que brincava com Lucy, Caleb e Ângela. O menino era filho de Rose e Aurora. E a menina era filha de Jane e Maura.

— Regina como você aguentou isso? – comentou Kathryn ao se sentar ao lado da amiga – Como você conseguiu levar a gravidez de gêmeos? – quis saber alisando sua enorme barriga grávida de seis meses – Porque eu não estou aguentou esses dois não. – suspirou cansada.

Regina sorriu para sua amiga – Aguentando. – falou sorrindo ao se lembrar daquela gravidez dupla – Assim como estou levando essa. – acariciou sua barriga grávida de gêmeos novamente.

— Só vou dizer uma coisa... – Kathryn respirou fundo – Depois desses eu não quero mais ter filhos. Isso é fato.

A advogada morena soltou uma risada – Calma que tudo será em dobro quando eles nascerem. – riu e viu Ben e George de mãos dadas com sua mãe morena, enquanto andavam pelo local.

— Chegamos! – falou Júlia sorrindo, com Meghan ao seu lado – Quando eu puder também quero ter um consultório, e ter um tipo de projeto para atender os mais necessitados sem cobrar, ou cobrar o mínimo possível.

— Que coisa mais linda, Jú! – falou Kathryn sorridente.

— Eu quero fazer a mesma coisa para os cachorrinhos e gatinhos de rua, assim como quem não tem dinheiro para pagar um veterinário. – falou Meghan sonhadoramente.

Kathryn sorriu orgulhosa para sua filha – Com certeza esse também é um gesto lindo Meggie. – falou Regina sorrindo para as duas adolescentes, então seu rosto se franziu.

— Mamãe, o que houve? – perguntou Júlia preocupada.

Regina respirou fundo e olhou para baixo de sua cadeira e viu uma pequena poça de água – Chame sua mãe e fale que a minha bolsa estourou, os bebês estão nascendo. – começou a respirar levemente ofegante.

Júlia ficou paralisada, pois já havia presenciado isso quase três, quatro anos atrás – Vai Jú! – Kathryn falou se levantando para ajudar sua amiga. Emilie percebeu um alvoroço e no segundo seguinte estava ao lado de Regina, e já ligando para o hospital informando o que estava acontecendo.

— Vamos Jú! – Meghan segurou sua amiga pelo braço, saiu puxando Júlia pelo braço a procura da mãe loira da menina.

— Mãe! – gritou Júlia assim que localizou sua mãe – Mãe! Corre, a bolsa da mamãe estourou. – falou ofegante. Os olhos de Emma se abriram imediatamente – Os bebês estão nascendo.

— Oh por meu chapéu! – exclamou em pânico – Segure aqui seus irmãos e vá procurar seus avós. – pediu e saiu correndo na direção da pequena multidão, onde sua esposa era o centro das atenções – Morena! – falou se embrenhando entre as pessoas – Estou aqui.

— Emma já avisei o hospital. – falou Emilie checando a advogada e os bebês – Vem que eu te ajudo a ir para o carro.

Sem dizer nada Emma, acabou pegando sua mulher em estilo de recém-casados e andou rapidamente na direção da saída – Abram caminho! – ia gritando, enquanto as pessoas abriam caminho – Pronto! Falou assim que colocou sua esposa sentada dentro da pick-up – Você para o banco de trás. – falou para Emilie, que pensou em argumentar contra, mas achou por bem não contrariar a outra loira e entrou no banco de trás do veículo. Assim que Emma se postou atrás do volante saiu em disparada na direção do hospital.

 

Cena extra 2: 

Devaneios de uma mente doida em um futuro não muito distante

— Rá! Eu passei no exame de motorista! – falou Júlia assim que entrou em casa, todo sorridente. Seus avós estavam sentados ali conversando tranquilamente.

— Parabéns Jú! – George, Cora e Eugenia cumprimentaram a menina. Ela sorriu e saiu em busca de suas mães.

— Adivinhem! – falou quando as achou na sala de estudos com George e Ben fazendo lição de casa.

— Isso mesmo, continue assim. – falou Regina sorrindo para os gêmeos.

Emma olhou para sua filha – Você ganhou na loteria? – brincou e depois apontou o que George tinha feito de errado.

— Quase! – falou a menina sorrindo abertamente.

Regina olhou para a filha – Então nos conte, pois minha bola de cristal está fora de sintonia hoje. – brincou e viu a menina revirar os olhos como suas mães. Aquilo fez as duas mulheres rirem.

— Eu passei no exame de motorista. – tirou do bolso sua habilitação – Olhem aqui! – mostrou orgulhosa.

— Por meu chapéu, quem em sã consciência lhe deu permissão para dirigir? – brincou Emma pegando a habilitação e a olhando – Ter certeza de que não é falsa? – olhou novamente para o documento.

— Ah mãe, pare de implicar. – Júlia riu com a brincadeira – E vocês pagaram por isso. – brincou e mostrou a língua arteiramente.

Emma riu e beijou a filha – Deixa-nos terminarmos aqui com os meninos que temos uma surpresa para você. – comentou a loira voltando sua atenção para a lição do filho.

— Tudo bem, vou esperar lá com os vovôs. – falou saindo da sala de estudos e voltando para a sala que seus avós estavam sentados.

— Vamos? – falou Emma assim que apareceu na sala acompanhada de Regina, minutos depois.

— Sim! – Júlia se levantou rapidamente.

— Todos os gêmeos? – questionou Cora.

Regina apontou para a sala de tv – Assistindo tv. – respondeu – Vocês os olham por alguns minutos, por favor?

Os três avós assentiram aos e levantarem e irem na direção da sala de tv – Qual a minha surpresa? – perguntou Júlia curiosa.

— Nos acompanhe. – falou Emma enigmaticamente. Elas saíram da casa e começaram a caminhar na direção do galpão onde guardavam os veículos que usavam – Escolha um. – mostrou tanto o fusca quanto a mercedes de Regina, quando se aproximaram dos veículos ao entrarem no local.

— Eu posso escolher qualquer um? – perguntou a adolescente incrédula.

— Sim Jú, essa é a nossa surpresa. – falou Emma sorrindo para a filha.

Júlia caminhou até os veículos e começou a olhá-los em todos os detalhes. Sentou atrás das duas direções. Olhou tudo que tinha direito – Acho que iremos ficar até todo mundo ter habilitação nessa família. – brincou a morena, e Júlia apenas olhou para sua mãe morena.

— Quanto exagero. – falou a menina ao se aproximar das duas mulheres.

— Então? – Emma quis saber.

A adolescente olhou novamente os dois carros – Mamãe, seu carro é clássico... – começou – Mas eu vou escolher o Valente.

Emma tirou a chave de dentro do seu bolso da calça jeans – Aqui! – entregou a chave para a sua filha, e seu chaveiro era um pequeno cavalo – Cuide bem dele. – sorriu.

— E tome cuidado. – falou Regina passando o braço pela cintura de sua esposa.

— Eu cuidarei dele, e tomarei cuidado. – falou vendo a chave em sua mão – Posso dar uma volta com ele aqui pela fazenda?

— Você pode dar uma voltar com ele por onde quiser. – falou a loira passando o braço por cima dos ombros de sua esposa – Ele agora é seu.

Júlia abraçou suas mães, as enchendo de beijos – Obrigada! Vou dar uma volta e logo estarei de volta! – saiu na direção do fusca, entrou e não demorou para sair do galpão dirigindo.

— Meggie! – chamou assim que parou na frente da casa da amiga.

— Jú? – falou a menina ao sair pela porta.

— Ganhei da minha mãe, vem que vamos dar uma volta e estrear a minha habilitação. – convidou Júlia animada.

— Mãe, vou sair com a Jú e daqui a pouco estou de volta. – avisou e nem esperou uma resposta de suas mães e entrou no carro. No segundo seguinte o fusca amarelo saiu na direção da entrada da fazenda.

 


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Notas finais do capítulo

Bom tivemos, um pouco de como as coisas estão caminhando no presídio. Júlia com as madrinhas. Jane e Maura conversando sobre a insegurança de cuidarem da afilhada por uma semana. Júlia mostrando ainda um pouco de seu trauma. Emma e o pessoal da fazenda reunidos com os patrocinadores e planejando um novo centro de treinamento. Killian se encontrando com seu amigo de infância e Daniel fazendo cena. E esse finalzinho foi pura maldade parar ali. Sim, eu sei (voltando a minha época de maldades kkkk). Mas para compensar duas cenas extras, onde uma com muito spoiler do futuro.

Até a próxima!