Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 113
Capítulo 113 - Feliz Aniversário, Emma!


Notas iniciais do capítulo

Pessoas linda do meu coração! Estou de volta!

Sei que um pouco atrasada, mas como disse nas notas finais do capítulo anterior, a semana foi corrida e cansativa devido as apresentações para os pais dos meus alunos, mas dei um gás final e consegui terminar o capítulo (escutei um OBA?)

Obrigada a todos que comentaram, favoritaram e acompanham dentro e fora da moita!! Vocês me fizeram muito feliz quando vi que havíamos chegado aos mil comentários!!

Divirtam-se com a leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/724796/chapter/113

A luz da manhã entrava lentamente através das frestas da cortina. Emma estava deitada de barriga para baixo, seu rosto voltado para o lado de sua esposa, enquanto seu braço esquerdo estava debaixo do travesseiro, enquanto que o direito estava envolto na cintura de sua morena. Já Regina estava deitada de lado, virada de costas para sua loira, mas seus corpos juntos.

Lentamente a morena abriu os olhos ao escutar murmurinhos a porta do quarto – Será que elas estão acordadas? – era Tom perguntando preocupado.

— Mas é surpresa! – fora Henry que disse agora.

— Essa é a intenção! – disse Jú – É fazer surpresa para a mãe enquanto ela está dormindo. – fez uma pausa – Queria que a mamãe pudesse nos ajudar.  – falou frustrada.

Regina sorriu Ah essas minhas crianças! Melhor ir ver o que está acontecendo antes que elas acordem a minha loira e estrague a surpresa! se mexeu, saindo com cuidado do abraço de sua esposa sem acordá-la, conseguindo com êxito. Emma resmungou algo inaudível e se virou para o outro lado da cama, deitando na posição fetal. A morena olhou mais uma vez por sobre seu ombro para ter certeza que sua esposa não havia acordado, e ainda com cuidado se levantou e caminhou até a porta – Olha, por se tratar de uma surpresa, vocês são bem barulhentos. Sabiam? – sussurrou assim que abriu a porta e pegou seus três filhos a encarando assustados Ai como eu queria tirar uma foto de vocês agora!

— Ufa! – foi Tom que disse ao perceber que era a mãe morena e não a mãe loira Meu pequeno sapeca! Regina sorriu e saiu do quarto fechando a porta trás de si.

— Para que vocês precisam da minha ajuda? – quis saber Regina olhando ansiosa para seus três filhos Sim, porque sobre a surpresa em acordar a loira ela sabia, mas não sei para que querem a minha ajuda!

— É que queremos fazer um café especial para a mãe e então entregarmos o nosso presente para ela. – respondeu Henry abrindo um sorriso encantador Ah esse meu filho do meio!

Regina apenas ergueu a sobrancelha em seu característico gesto – Mas porque não me falaram isso ontem, assim já teríamos o café pronto.

— É que só pensamos em fazer isso agora de manhã, quando acordamos. – respondeu Júlia envergonhada Quero ter abraçar fortemente, minha filha!

Regina sorriu – Então vamos preparar o café para a mãe de vocês, então vocês podem acordá-la. O que acham? – sugeriu já levando seus filhos para a sala, pois sabia que eles fariam barulho na comemoração.

— Sim! – disseram os três completamente empolgados. Em poucos muitos Regina tinha feito torradas, panquecas, bacon, ovo mexido, além de suco e café – Acho que terminamos. – anunciou assim que colocou a jarra de suco na mesa, que fora preparada pelas crianças.

— Podemos ir chamar a mãe? – Tom estava ansioso. Regina apenas assentiu com a cabeça e no segundo seguinte estava sozinha na cozinha Mas é assim que eles me retribuem? Me deixando sozinha aqui? Não comece com drama Regina, é só andar até o quarto! Credo mente, estou apenas comentando! Sei sei!

Ela abriu um sorriso – Esses meus filhos... – disse para si, então colocou a mão sobre seu ventre – Logo você, ou vocês, segundo sua mãe loira também se juntarão a essa bagunça que é a família Swan-Mills. – brincou e caminhou na direção do quarto Não vejo a hora disso acontecer!

— Calma! – pediu Júlia ao parar a frente da porta fechada do quarto – Como vamos fazer? – quis saber.

— Podemos abrir a porta devagar e ver se ela ainda está dormindo. – sugeriu Tom, estava muito ansioso para acordar sua mãe loira.

— Sim, mas e depois? O que vamos fazer? – perguntou a menina mais uma vez. Regina estava perto e tinha um sorriso nos lábios ao ver seus filhos confabulando o que fariam Ah esses três quando se juntam para algo, são terríveis!

— Essa é fácil. – disse Henry abrindo os braços como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – Pulamos na cama e começando a cantar parabéns.

— Isso! – concordou Thomaz.

Júlia olhou para seus irmão assentindo, então viu sua mãe morena – Será que a mãe acordou?

Regina negou com a cabeça Regina essas suas crianças são uma organização “criminosa” qualificada! Nem me fale mente! — Acho um pouco difícil, afinal quando ela tem a oportunidade em dormir até mais tarde ela não perde. – abriu lentamente a porta e constatou que a loira ainda dormia tranquilamente Mais que comprovada a sua teoria! — Vão. – falou para seus filhos abrindo totalmente a porta.

No segundo seguinte as três crianças estavam pulando na cama – Acorda, mãe! – pediu Henry que pulava perto dos travesseiros.

— É! Acorda mãe! – foi Tom quem disse pulando perto do pé da cama.

— Acorda que hoje é um dia especial. – disse Júlia com um imenso sorriso, pulando no meio da cama.

Depois de passado o susto inicial, travessamente Emma puxou a coberta para cima de sua cabeça, e começou a fingir que estava dormindo ainda quando começou a fazer barulhos de roncos iguais aos de desenho animado Claro que você tem que ser mais crianças que eles três juntos! Ah mente, essa é a graça de ser adulto!

— Acho que a mãe de vocês ainda está dormindo. – falou Regina assim que se aproximou da cama Essa é a minha criança crescida! As crianças já haviam parado de pular na cama, levemente decepcionadas – Mas eu acho que sei um jeito de acordá-la.

— Qual? – quis saber Tom, pronto para qualquer bagunça que pudesse acontecer.

Um sorriso sapeca surgiu nos lábios de Regina ao mesmo tempo em que ela segurou fortemente a coberta Quem é a criança crescida agora Regina? Ah mente eu tenho os meus momentos infantis também! — Cócegas! – respondeu e travessamente puxou a coberta, deixando Emma totalmente “desprotegida” Nossa, agora você usou de golpe baixo Regina! Só usando as armas que eu tenho! Então não reclame se Emma revidar na mesma moeda! Não irei reclamar! — Atacar! – bradou.

No segundo seguinte as três crianças estavam em cima da loira e a atacando com pequenas mãos ágeis nos pontos que Emma sentia cócegas. Uma sonora gargalhada ecoou no quarto assim que Emma fora atacada por seus filhos – Nã-não consi-go res-pi-rar. – disse entrecortada depois de algum tempo sofrendo com as cócegas. Imediatamente os dedos pararam com as cócegas e a loira conseguiu voltar a respirar normalmente, então um sorriso sapeca surgiu em seus lábios Agora vamos fazer a maior bagunça! — Vocês acordaram o monstro das cócegas. – ela disse imitando uma voz de monstro, olhando para cada filho ao se sentar vagarosamente Como gosto desses momentos! Os meninos a olharam surpresos, mas tinham sorrisos arteiros nos lábio – Vocês irão pagar por isso. – anunciou e imediatamente as três crianças saíram correndo da cama, mas Emma estava logo atrás de sua primeira vítima.

Júlia até tentou ser rápida, mas sua mãe loira foi mais que ela – Peguei! - Emma a colocou sobre o seu ombro e caminhou de volta para a cama, a menina ria e tentava sair do agarre de sua mãe Isso mesmo Jú ria sem preocupação e feliz como uma criança tem que rir! Assim que deitou sua filha sobre o colchão imediatamente os dedos começaram a fazer cócegas nas sensíveis costelas da menina. Júlia se desmanchou em uma gargalhada feliz – Isso é por ter acordado o monstro das cócegas. – disse ainda imitando a voz de monstro.

— E-eu não ti-tive cul-culpa. – disse entre uma gargalhada e outra. Segundos depois Emma sorrindo parou as cócegas e depositou um beijo nos cabelos, agora suados da menina e levantou seu olhar e avistou sua segunda vítima Próximo!

Henry estava escondido atrás de uma poltrona, mas sua risada e cabeça o denunciavam. Seus olhos imediatamente se arregalaram quando viu sua mãe vindo em sua direção. Ele soltou um grito infantil voltando a se esconder atrás da poltrona, e decidiu ir pelo outro lado. A loira previu os passos do filho e quando Henry foi sair de trás da poltrona deu de cara com sua mãe – Peguei! – disse Emma colocando seu filho sobre o ombro novamente, enquanto Henry ria e tentava se livrar do agarre de sua mãe, mas em vão Não será tão fácil assim, meu garoto! Thomaz apenas ria, escondido atrás das pernas de Regina. Já a morena estava cada vez mais derretida pela visão de sua esposa brincando com seus filhos, e conscientemente colocou suas mãos sobre seu ventre Logo será você brincando junto! Ou vocês, se depender da intuição e vontade de Emma! Sim mente!

Emma deitou Henry com cuidado na cama, ao lado de Júlia que permaneceu deitada, e tinha um largo sorriso nos lábios. Uma sonora gargalhada eclodiu no quarto quando a loira começou a fazer cócegas no seu filho do meio Quero você rindo feliz também, meu garoto! — Você também está recebendo as cócegas do monstro por tê-lo acordado. – falou com a voz monstruosa.

— Tam-também não te-tenho culpa. – falou Henry rindo sem parar – Eu vo-vou fazer xi-xixi nas cal-calças... Pa-para ma-mãe. – anunciou. Emma parou as cócegas e deu um beijo nos cabelos suados do menino, que imediatamente se levantou e saiu correndo para o banheiro que tinha adjunto ao quarto. A loira sorriu quando viu Henry voltar para seu lugar na cama segundos depois. Então levantou seu rosto e avistou sua terceira vítima Esse já está rindo sem eu fazer cócegas!

— Você é o próximo! – disse em sua voz monstruosa e apontou para Thomaz, que rindo se agarrou mais ainda nas pernas de sua mãe morena – Não adianta se esconder. – falou novamente Vou deixá-lo correr um pouco! lentamente Emma se levantou da cama e foi caminhando na direção do filho mais novo.

Thomaz ria esperando sua mãe se aproximar – Você também irá pagar por acordar o monstro das cócegas. – disse Emma bem próxima. Antes que ela pudesse segurar seu filho, o menino soltou uma risada infantil e saiu correndo pelo quarto. Emma havia deixado o menino escapar – Você não escapará! – disse aumentando a velocidade de seus passos atrás do filho. O menino saiu correndo até a poltrona e esperou por sua mãe. Ali eles brincaram por alguns segundos. Até que Thomaz resolveu sair de trás do móvel e foi tirado do chão quando a sua mãe o segurou, colocando-o sobre o seu ombro também, igual aos irmãos – Peguei! – riu enquanto Tom mais ria do que se debatia. Assim que se aproximou da cama o deitou com cuidado também e imediatamente o atacou com cócegas – Isso é para aprender a não acordar o monstro das cócegas. – disse em sua usual voz de monstro Adoro quando meus filhos riem sem preocupação ou medo! Quero mais risadas felizes!

— Ma-mas a culpa... – uma gargalhada – Nã-não é no-nossa. – disse rindo sem parar.

— De quem é então? – perguntou Emma depois mais algumas cócegas e um beijo nos suados cabelos loiros do menino.

Assim que Tom se sentou as três crianças imediatamente apontaram para Regina – Da mamãe. – disse ao mesmo tempo Que organização “criminosa” esses meus três filhos! Os olhos de Emma se arregalaram surpresos, assim como os de Regina. A loira imediatamente olhou para sua esposa com um sorriso travesso nos lábios Mas eu não posso deixar a culpada impune!

— Nem vem! – disse rindo erguendo sua mão em um claro sinal de não Eu disse que sua loira iria pagar na mesma moeda, Regina! Não tem problema, mas esses meus filhos são terroristas mesmo! Emma não ligou e saiu da cama, caminhando até sua esposa – Eu disse não. – Regina falou indo para trás da poltrona, mas seu sorriso a contradizia.

— Você também pagará por ter acordado o monstro das cócegas. – Emma brincou com sua voz monstruosa e saiu correndo atrás de sua morena Vamos nos divertir! Regina soltou um grito de surpresa quando Emma a alcançou e a pegou no colo antes dela chegar até a poltrona. Um braço debaixo dos joelhos e outro em suas costas Ela não posso colocar no ombro como as crianças! Isso mesmo tem que ser com cuidado! Com um imenso sorriso vitorioso nos lábios Emma caminhou na direção da cama onde seus filhos estavam sentados agora e rindo de suas mães. Cuidadosamente deitou Regina na cama e em seguida a atacou com cócegas – Você também não escapará da punição. – brincou Emma. Gargalhadas preenchiam o ambiente O que eu faço para que minha família sempre ria sem preocupação ou medo? O que posso fazer para que eles sejam felizes? É fazer o que você tem feito, Emma, os amando incondicionalmente! Isso eu já faço mente, e vou fazer mais ainda!

— Pa-para. – pediu a morena não se aguentando e tentando parar as ágeis mãos de sua loira, mas em vão Golpe baixo minha loira! Eu disse que ela revidaria na mesma moeda, então aguente firme! Satisfeita Emma parou as cócegas e depositou um beijo nos cabelos castanhos de sua esposa, que com dificuldade respirava no momento.

Emma olhou para seus filhos e então sacudiu a própria cabeça Hora de voltar ao normal! — Oi meu amores. – disse com sua voz habitual.

— O monstro das cócegas foi embora! – comemorou Tom ao ficar em pé na cama e comemorar dando alguns pulos.

— Sim, meu pequeno garoto. – disse Emma abraçando o menino pela cintura e o puxando para seu colo e o abraçando feliz Ah seu danadinho! — Depois que o monstro se vinga por tê-lo acordado ele vai embora. – explicou.

— Ah esqueci! – disse Júlia e saiu correndo porta a fora. Na brincadeira toda a menina havia esquecido o presente de aniversário para sua mãe. Segundos depois estava de volta com uma caixa retangular em mãos. Subiu novamente na cama e indicou para seus irmãos também segurarem o presente – Feliz aniversário, mãe. – eles disseram junto entregando o presente a loira, depois de cantarem parabéns.

Emma sorriu amorosamente para seus filhos, seus olhos já úmidos pela emoção – Obrigada. – disse com a voz embargada. Então recebeu um beijo de cada filho.

— Abre! – pediu Tom ansioso.

— Sim, meu amor, abra. – pediu Regina sorrindo – Depois vamos tomar café, que provavelmente já esfriou.

— Nós que fizemos o café. – disse Henry sorrindo e olhando em expectativa para sua mãe abrir o presente.

Emma enxugou uma lágrima que acumulou no canto do olho – Ah meus amores, muito obrigada. – agradeceu novamente Vocês me fazem muito feliz! — Não tem problema se estiver esfriado, será o meu melhor café da manhã com muita certeza. – disse sorrindo.

Regina se inclinou e depositou um selinho nos lábios de sua esposa – Feliz aniversário. – disse – Agora abra o presente, senão seus filhos terão um ataque do coração a qualquer segundo. – brincou.

Emma deu uma risada e apenas assentiu com a cabeça e tirou a tampa da caixa para ver seu presente. Seus olhos brilharam assim que avistou o presente Que lindo!

—SQ-

 - Entre! – pediu Úrsula ao escutar batidas a sua porta.

— Bom dia. – cumprimentou Ruby e Kathryn assim que entraram na sala.

— Bom dia. – cumprimentou de volta e ofereceu as cadeiras a sua frente – Sinceramente fico feliz que voltaram... – fez uma pequena pausa – Olha, eu sei que fui um pouco dura ontem...

— Úrsula! – interrompeu Ruby, com a postura completamente diferente de ontem, sendo mais comunicativa – Nós entendemos, então não se preocupe quanto a isso, e também não precisa pedir desculpas ou qualquer outra coisa do tipo. Nós sabemos que é o seu trabalho e que você está apenas protegendo as crianças de serem magoadas ou mesmo machucadas. – explicou.

A agente social apenas abriu um sorriso – Então presumo que vieram conhecer a biblioteca e os livros preferidos de Meghan. – afirmou.

— Sim. – respondeu Kathryn – Claro se for possível. – emendou imediatamente.

Úrsula riu ao se levantar – Quem sou eu para negar um pedido de Meghan? – brincou ao ver as duas mulheres também se levantarem – Mas lembrem o que conversamos ontem.

— Não se preocupe Úrsula. – disse Ruby – Eu serei a primeira a vir conversar com você quanto a isso.

A agente social assentiu com um aceno de cabeça e as três mulheres estavam caminhando pelo corredor, agora o pátio estava cheio de criança e o barulho de vozes e risadas se faziam presentes.

— Vocês estão atrasadas. – veio a firme voz detrás das três mulheres assim que elas pararam para procurar pela menina. Ruby olhou para a menina surpresa, assim como Kathryn – Vocês falaram que estariam aqui no primeiro minuto do horário de visita, e já se passaram cinco minutos.

A veterinária ia abrir a boca para responder, mas Úrsula se adiantou olhando para a menina – Então eu peço desculpas pelo atraso delas, pois estávamos conversando em minha sala. – olhou para as duas mulheres mais velhas, piscou e depois voltou a olhar para Meghan – Elas chegaram antes do horário de visitas.

— Oh! – foi tudo que Meghan disse depois da explicação de Úrsula – Bom, então se é assim, estão desculpadas do atraso. – disse depois de alguns segundos, abrindo um imenso sorriso.

— Bom, vou deixá-las sozinhas, qualquer coisa estarei em minha sala. – anunciou Úrsula saindo após um aceno de cabeça das duas mulheres.

Meghan olhou para as duas mulheres, ansiosa – Vamos conhecer a biblioteca? – perguntou por fim.

— Claro. – Ruby respondeu prontamente abrindo um sorriso.

— Achei que não ia perguntar. – acrescentou Kathryn, também abrindo um sorriso amoroso para a menina.

— Vamos! – pediu se virando para caminhar na direção do local, então olhou por cima de seu ombro – Mas aviso que o lugar não é muito grande.

— Mas aposto que é o seu lugar preferido. – disse a loira instintivamente entrelaçando seus dedos com os de Ruby. Ato que não passou despercebido por Meghan, mas a menina não disse nada.

— Sim, é. – respondeu continuando a caminhada – Chegamos! – disse ao abrir a porta do lugar – Mas agora não podemos falar alto. - sussurrou – Aqui só pode falar baixo.

— Tudo bem. – concordou Ruby e olhou para a sala a sua frente. O espaço era uma ampla sala bem iluminada por grandes janelas, porém para uma biblioteca era pequena. Tinha duas fileiras de cinco estantes cada, cheias de livros dos mais variados assuntos. Em duas paredes tinham também estantes, repletas de livros, perto das janelas uma longa mesa com cadeiras para se sentarem. E no outro canto perto da porta tinha algumas cadeirinhas para as crianças, um tapete e um sofá grande.

— Ali os monitores usam para contar histórias. – Meghan apontou o canto com o sofá – Aí temos essa mesa para usarmos também, e as estantes com monte de livros. – fez uma pausa – Tem livro sobre tudo.

— Qual a parte da biblioteca você costuma ficar para ler os livros que gosta? – perguntou Ruby olhando tudo.

— Ali. – Meghan apontou para o final da mesa – Porque ali fica a parte dos livros de histórias. – explicou com um imenso sorriso.

— Vamos nos sentar ali, assim você nos mostra os seus livros favoritos e depois damos uma olhada pelos livros. O que acha? – sugeriu Kathryn mantendo o tom baixo de sua voz. A menina apenas assentiu e caminhou para o lugar de costume.

— Esperem aqui que vou pegar os livros. – a menina disse empolgada. As duas mulheres sorriram da empolgação da menina e se sentaram uma do lado da outra e ficaram esperando por Meghan. Minutos depois a menina voltou com uma pequena pilha de livros – Abram espaço. - pediu se postando entre as duas mulheres. Assim que Ruby e Kathryn afastaram as cadeiras, a menina colocou uma cadeira entre elas e se sentou. A veterinária apenas olhou para sua esposa e as duas mulheres sorriram.

— Quantos livros! – exclamou Ruby surpresa.

— Sim, eu gosto de livros. – respondeu Meghan orgulhosa da pequena coleção que tinha a sua frente – Esse é sobre um cachorro que se perde no dia da mudança de sua família, então ele vive muitas aventuras até finalmente encontrar a sua família de novo. – começou a explicar seus livros favoritos.

— Grandes aventuras de um cãozinho perdido. – Kathryn leu o título da história.

— Henry é fascinado por histórias sobre cavalos. – comentou Ruby olhando o livro também – Ele tem um monte de livros com histórias de cavalos.

Meghan olhou para a morena – Quem é Henry? – perguntou curiosa.

— É o filho de Regina e Emma, elas são donas da fazenda que você viu as fotos ontem. – respondeu Kathryn, e Meghan apenas assentiu satisfeita com a resposta e voltou sua atenção para os livros a sua frente. As duas mulheres apenas trocaram um olhar e voltaram suas atenções para a menina e seus livros.   

— Esse aqui conta a história de uma cachorra viajante no tempo. – riu infantilmente – Sei que isso não existe, mas é bem divertida a história, pois conta a história de Molly que viaja no tempo e vive algumas aventuras.

— Molly, a cachorrinha viajante do tempo. – Ruby leu o título da história e folhearam o livro como haviam feito com o anterior – Deve ser divertido mesmo esse livro.

— Sim, cada capítulo é uma aventura de Molly. – explicou Meghan com um sorriso – Ai esse fala sobre Toby e seu amigo Sam. Dois cachorrinhos de rua que tentam achar um novo lar para morarem. No começo é um pouco triste, mas ele tem um final feliz. – sorriu com tom de tristeza.

— Toby e Sam, dois amigos para cachorro. – Kathryn leu o título. E o silêncio pairou ali por alguns segundos até ser quebrado por Meghan.

— As aventuras de Safira no campo. – leu o título – Esse fala de Safira, uma cachorrinha valente que vive no campo e que ajuda sua dona a cuidar da casa onde mora. – explicou voltando com um sorriso no rosto novamente.

— Esse lembra Emma e Lola. – brincou Ruby rindo baixo. Meghan a olhou curiosa mais uma vez – Lembra da cachorra que te mostrei ontem?

— A mãe dos filhotinhos? – perguntou interessada.

— Essa mesma, antes dela ter os filhotinhos, Lola, que é o nome dela, andava por toda a fazenda ao lado de Emma. – explicou Ruby com um sorriso nos lábios vendo os desenhos no livro e imaginando serem Emma e Lola.

— Agora elas não fazem mais isso? – perguntou Meghan mais uma vez.

— Esses tempos atrás não. – respondeu Ruby – Emma estava se recuperando de um acidente, enquanto Lola se recuperava da gravidez, mas acho que essa semana ou na outra elas voltem a fazer isso pela fazenda.

— Tomara mesmo que elas voltem, deve ser divertido ter um cachorro ao seu lado para todos os lugares que você vai. – abriu um sorriso cheio de brilho.

— Sim. – concordou a veterinária Saudades da Luna!

— Quais mais histórias que tem? – perguntou Kathryn interessada.

Meghan abriu outro sorriso – Nossa, esse livro conta a história de Lizzy e seu cachorrinho Pimpim, desde quando ela ganhou ele e cresceu até ficarem velhinhos.

— A amizade de Lizzy e Pimpim. – Ruby leu o título do livro, ela tinha um sorriso no rosto – Hey, Pimpim parece a Luna. – comentou fazendo a associação com sua cachorrinha.

— Verdade. – confirmou Kathryn.

— Será? – Meghan franziu a testa.

Ruby pescou seu celular do bolso e procurou por uma foto de sua cachorra – Veja se não aprece? – mostrou ao aproximar o celular do livro.

Os olhos de Meghan se arregalaram diante da grande semelhança – Parece mesmo. – comentou sorrindo – Ela faz muita bagunça? Pois o Pimpim só faz bagunça.

Ruby riu – Como faz bagunça, aí ela se junta aos irmãos e vira uma grande bagunça. – respondeu. A menina assentiu com a cabeça, em seus lábios tinha um sorriso discreto.

— Sério que você gosta deste livro? – perguntou Kathryn surpresa vendo o próximo livro que Meghan iria falar – Eu adorava esse quando criança.

— Verdade? – perguntou Meghan surpresa – Você tinha o livro Minha vida de cachorro?

— Sim, eu tinha e gostava muito. – confirmou Kathryn abrindo um sorriso nostálgico – Porque ensinava a não maltratar os animais. Ele conta a história de Max que judiava dos cachorros e gatos, então em uma noite uma fada cansada dos maus tratos do menino com os animais o fez virar um cachorro. – começou e Ruby apenas olhava maravilhada para sua esposa, e Meghan olhava curiosa – Então no dia seguinte ele acordou e se viu como um cachorro. Passou muitas situações complicadas e algumas felizes também, então quando a fada achou que ele já tinha aprendido a lição conversou com ele e Max entendeu que não deveria mais maltratar os animais e ela o fez voltar a ser criança novamente. Desse dia em diante Max nunca mais maltratou qualquer animal.

— Isso mesmo. – confirmou Meghan surpresa pela loira realmente saber a história – O que aconteceu com o seu livro?

Kathryn franziu o cenho, pensativa – Sabe que eu não sei? Vou perguntar para o meu pai se ele sabe desse livro.

— Esse deve ser engraçado. – comentou Ruby lendo o título – O cão Cristoffer e o gato Louis.

Meghan riu – Sim, ele é muito divertido também. Conta a história desses dois que sempre foram vizinhos e viviam brigando. O cachorro sempre tentando ser amigo do gato, mas Louis não queria saber da amizade do cachorro, até que Cristoffer se muda com sua família e o Louis percebe como eles eram muitos amigos. Quando eles acham que nunca mais iriam se ver a família de Louis se muda para a casa ao lado da casa do Cristoffer e as brigas voltam, mas Louis acaba falando que ficou muito feliz por ter de volta o amigo cão.

— Ai que história mais legal. – comentou Kathryn sorrindo enquanto folheavam o livro.

— E esse é o último livro que eu gosto. – mostrou.

— A dama e o vagabundo. – Ruby abriu um sorriso – Mas esse é um clássico.

— Eu sei que tem desenho dele, mas eu gosto mais do livro. – disse passando a ponta do dedo pelos contornos dos desenhos dos cachorros na capa.

— Esse é a nossa cara, Katy. – brincou Ruby rindo.

— Óbvio que eu sou a dama. – a loira brincou de volta. Ruby apenas mostrou a língua para sua esposa.

— Tudo bem, que de certa forma eu sou o vagabundo. – brincou Ruby rindo.

Meghan apenas olhava a interação das duas mulheres, então algo brilhante chamou a atenção da menina que olhou para o objeto brilhante na mão da loira e depois na mão de Ruby – Vocês são namoradas? – soltou a pergunta olhando para uma mulher então para a outra.

Imediatamente a risada cessou, e as duas mulheres não sabiam o que responder. Ruby soltou um longo suspiro – Na verdade nós somos casadas. – soltou por fim, pois achava que esconder ou mudar de assunto não iria resolver a questão – Isso é um problema para você? – quis saber, mas tinha um nó em sua garganta.

— Suas amigas, donas da fazenda, também são casadas? – mais uma pergunta.

— Sim, elas são também. – foi a vez de Kathryn responder.

— Teve festa? – a menina perguntou empolgada.

Ruby e Kathryn se olharam não esperando por aquela pergunta – Sim, teve uma grande festa. – respondeu a loira por fim.

— Eu nunca fui em uma festa de casamento. – comentou Meghan soltando um suspiro – Mas quem sabe um dia eu vou, não é?

— Com certeza você irá a muitas festas. – confirmou Kathryn Principalmente se Emma e Regina tiverem um batalhão de filhos, com muita certeza você irá a muitas festas de casamento, sem contar a sua própria. De onde saiu esse pensamento? Oras Katy, isso quer dizer que vocês pretendem adotar a menina! Segura a carroça mente, estamos apenas conversando com a Meghan! Ahã, fala isso para a sua esposa, aposto que ela quer adotar a menina! Como disse, vamos passo por passo, afinal Meghan ainda está fragilizada com tudo que aconteceu e eu não quero a ira de Úrsula para cima de mim! A mente soltou um suspiro: O pior cego é aquele que não quer ver! Como? ~ silêncio ~ Muito engraçadinha você mente!

Então o silêncio pairou por alguns segundos – Meghan, o fato de Kathryn e eu sermos casadas não é um problema? – perguntou Ruby ainda com um nó em sua garganta.

A menina olhou confusa para a veterinária – Por que seria? Amor é amor. – respondeu simplesmente. Então fixou seu olhar nos livros abertos a sua frente – O casal que me adotou tinha dois amigos que eram como vocês, casados. – soltou em um sussurro – E um dia me fizeram essa mesma pergunta.

— O que você respondeu? – questionou Kathryn curiosa.

A menina encolheu os ombros – Que não tinha problema, que a minha amiga Jú falou que o que importa é amar e ser feliz.

— Você concorda com o que a Jú disse ou apena concorda porque foi a Jú quem disse isso? – Ruby perguntou querendo saber, mas o nó em sua garganta ainda estava ali.

A menina soltou um suspiro – Eu concordo com o que a Jú disse, para mim de verdade não importa quem as pessoas amam, o que importa é que elas sejam felizes. – olhou para as duas mulheres. Imediatamente Meghan foi abraçada por Ruby. A menina soltou um grito infantil de surpresa, mas depois começou a rir. Kathryn acabou se juntando a elas no abraço.

— Fico feliz que você não ache errado eu ser casada com a minha loira. – disse Ruby ainda abraçada a menina.

— Vocês até que formam um casal bonitinho. – brincou a menina rindo. Então escutaram um shiu vindo da porta.

— Desculpa, nós vamos fazer silêncio. – disse Kathryn sorrindo ao se soltar do abraço coletivo.

O silêncio pairou no ar – Como é ter um cachorro? – Meghan murmurou a pergunta, olhando para os livros a sua frente, mas em específico o que tinha a história de Lizzy e Pimpim.

Ruby olhou para sua esposa, seu semblante triste. Kathryn não estava diferente – É divertido. – respondeu depois de soltar uma longa respiração – Quando filhote ele faz muita bagunça, depois quando grande fica um pouco mais comportado, mas continua bagunceiro. – abriu um pequeno sorriso ao ver um pequeno sorriso também se abrir nos lábios da menina – Tem a parte da responsabilidade de alimentá-lo, dar banho e cuidar dele quando fica doente também. E claro, arrumar a bagunça feita por ele.

Meghan ficou alguns segundos, pensativa, e o silêncio pairou novamente sobre elas – Sabe, eu ia ter um cachorro... – disse em um fio de voz. Seus olhos rapidamente se umedeceram – Eles disseram que quando voltassem da viagem poderíamos ir atrás de um cachorro... – sua voz embargou e uma solitária lágrima desceu por sua bochecha.

Instintivamente Ruby colocou a menina em seu colo e se levantou para não fazerem mais barulho na biblioteca. Meghan abraçou fortemente o pescoço da veterinária escondendo seu rosto no vão do pescoço, ao mesmo tempo em que envolveu suas pernas na cintura da mulher. No segundo seguinte as três estavam caminhando para fora da biblioteca, e meio sem rumo Ruby acabou indo para o canto que havia visto Meghan pela primeira vez. Com cuidado e ajuda de Kathryn, a morena se sentou no chão com a menina ainda em seu colo, tremendo e deixando o choro tomar conta de seu ser. Kathryn com os olhos úmidos acariciava os cabelos castanhos da menina, enquanto Ruby ninava passando a mão nas pequenas costas.

— Você quer falar sobre isso? – perguntou Ruby com os olhos lacrimejantes também. Meghan apenas negou com a cabeça e continuou escondida no pescoço da veterinária. Em uma silenciosa comunicação Kathryn e Ruby decidiram deixar a menina colocar para fora toda a angústia que estava sentindo no choro e que quando a menina estivesse pronta, elas iriam conversar sobre qualquer outra coisa.

Em outro canto Úrsula apenas olhava a interação das três, ela estava indo para a cozinha quando foi surpreendida com Ruby saindo as pressas da biblioteca com Meghan no colo e Kathryn logo atrás. Pensou em ir até elas e saber o que tinha acontecido, mas sua intuição pediu para que as deixassem que elas iriam se entender e depois poderia perguntar sobre isso. Ficou ali mais alguns segundos, então resolveu continuar seu caminho até a cozinha.

—SQ-

O par de olhos verdes estava fixo no conteúdo da caixa. Com cuidado a loira tirou um livro retangular e o colocou sobre seu colo. Lembrava muito aqueles livros de histórias infantis Que lindo! Era todo marrom, cheio de detalhes em preto e dourado, e no centro estava escrito Once Upon a Time— Um livro de histórias infantis? – perguntou a loira passando a ponta dos dedos sobre os escritos.

— Quase. – disse Júlia sorrindo travessamente – Abre. – pediu agora ansiosa também – Foi ideia nossa, mas a mamãe e avó Cora ajudou. Mas todos os outros também ajudaram.

Emma olhou mais uma vez para a capa do livro, assentiu em um aceno, então abriu. Seus olhos se arregalaram surpresos – Oh! – foi o que disse ao ver a primeira página Um álbum de fotografia estilizado na forma de uma livro de história infantil! Que coisa mais linda! Era uma vez... A história de uma menina muito especial... Seu nome era Emma... — ela leu. A letra era toda rebuscada. Logo a baixo tinha o desenho em aquarela de um cesto e um bebê dentro, ao lado de uma enorme porta de madeira. Virou a página – E numa terra não muito distante dali havia outra menina muito especial...— leu e desceu seus olhos e viu uma foto de Regina bebê no colo de Cora com Henry ao seu lado – Seus pais lhe deram o nome de Regina...— olhou para a página ao lado – Emma foi crescendo ao lado de bons amigos que ajudavam a superar os problemas enfrentados naqueles primeiros anos...— seus olhos se encheram de lágrimas ao ver a foto que havia mostrado para Júlia quando se conheceram, continuou seu olhar para baixo – Regina também tinha bons amigos...— uma foto de Regina criança com Kathryn ao seu lado, no primeiro dia de aula das duas. Emma limpou a lágrima que desceu por sua bochecha – Que coisa mais fofa você criança, morena. – disse abrindo um sorriso Como não vi essa foto antes?

— Acha que é só você que tem fotos quando criança? – brincou Regina, com os olhos úmidos, cheios de emoção ao ver sua esposa toda emocionada só no começo do álbum Ai minha loira, segura que a emoção irá correr solta ainda nas páginas seguintes!

— Continue. – pediram Tom e Henry adorando ver a mãe loira contar a história, se acomodando melhor ao lado de Emma para poderem ver as fotos também.

Emma assentiu com a cabeça, virando a página – Então um casal, vindos da mesma terra que Regina havia nascido, encontrou a pequena Emma e imediatamente caíram de amores...— uma foto de Emma no colo de George e Ingrid brincando com a loirinha que sorria feliz – Com eles a pequena Emma ganhou uma família... Pais, uma avó e uma irmã... — outra foto com Eugenia, Ruby, George, Ingrid e no meio Emma sorrindo – Essa foto quem tirou seu pai, morena. – comentou – Ele queria registrar o momento. Ele disse...

— Vamos! Quero todos juntos! – disse Henry gesticulando com as mãos para todos se juntarem – Aqui eu irei registrar o momento em que está nascendo uma linda família. – posicionou a máquina fotográfica no rosto – Uma família que é unida pelo mais forte sentimento, o amor. – continuou – Digam “xis”... – pediu e sorriu quando todos disseram “xis” e bateu a foto – Eu posso garantir que de hoje em diante teremos muitas fotos. – sorriu feliz olhando para todos.

— Então vamos que você também faz parte dessa família, meu velho amigo. – disse George indo até o amigo – você também tem que sair na foto. – ele e Henry trocaram de lugar e mais uma foto fora tirada.

— Ah morena, pena que não te conheci naquele momento da minha vida. – olhou para sua esposa que tinha lágrimas nos olhos agora com a lembrança da loira. Instintivamente Emma limpou os vestígios que ficaram na bochecha Não chore! Quero te ver sorrindo!

— Só penso que não tinha que ser naquele momento. – respondeu Regina sorrindo Como não chorar com essa linda lembrança, minha loira! — Nosso encontro só poderia ter sido muitos anos depois e do jeito que foi. – riu, enquanto Emma gargalhou.

A loira olhou para seus filhos que estavam rindo – Vocês sabem dessa história?

— A mamãe nos contou. – respondeu Júlia sorrindo – Coisa de filme.

— Sim. – concordou Emma com um aceno de cabeça então voltou sua atenção para o álbum a sua frente – Em uma terra muito distante dali, Regina também ganhou mais uma família, um tio e uma irmã... — então tinha uma foto de Regina ainda criança com Kathryn ao seu lado e ao fundo John e Cora – O tempo foi passando para as para as duas meninas que foram crescendo...— já na outra página, uma foto de Emma e Ruby adolescentes, as duas estavam usando vestidos todo cheio de babados e rendas, todo rodado. Também tinha uma de Regina com Kathryn usando os uniformes de líderes de torcida do colégio – Não acredito que meu pai lhe deu essa foto? – disse Emma envergonhada.

— Ah Emma, seu pai disse que você só colocou esse vestido por causa de sua mãe que passou um ano insistindo para você usar.

— Foi. – confirmou Emma se perdendo nas lembranças Ah dona Ingrid, só você para me fazer usar um vestido naquela época! — Ela queria tanto me ver em um vestido, pois quando criança ela colocava e eu em seguida ia correndo para a lama e assim ela era obrigada a tirá-lo de mim. – riu – Então ela acabou desistindo disso, até quando eu tinha uns quinze, dezesseis anos, ela voltou com essa história novamente, então em um acordo eu disse que colocaria o vestido e ela nunca mais me pediria. – riu e seus olhos se encheram de lágrimas – Meu pai muito do picareta, tirou essa foto e jurou que não iria mostrar nunca para ninguém, pois era o tesouro da minha mãe. – soltou um suspiro e fez silêncio por alguns segundos para acalmar seu coração disparado, então um sorriso sapeca surgiu em seus lábios Seu George cheio dos truques também! — Eu não sabia que vocês tinham feito parte da equipe de líderes de torcida, morena.

Regina soltou uma gargalhada – Isso foi apenas no primeiro dia, no dia seguinte tanto eu quanto Katy acabamos desistindo.

— Por que? – a curiosidade bateu na loira Será que um dia ela se veste de líder torcida só para mim novamente? Não custa pedir, Emma! Outro dia eu converso com ela sobre isso!

— Ah ficar torcendo na beira do campo e ser cobiçada por aqueles rapazes sem cérebro não era o meu feitio. – respondeu Regina Principalmente depois de saber da história da minha mãe! — Eu gostava mais de ficar na biblioteca lendo. – então piscou para Júlia. Seus olhos brilharam diante da revelação – Mas não muda de assunto, continua vendo o seu presente.

— Com todo prazer. – disse Emma e voltou sua atenção para o álbum – Quis a vida que a nossa pequena Emma perdesse alguém que era muito importante em sua vida... — uma foto de Ingrid sentada na cadeira em frente a casa delas, com uma Emma criança no colo, dormindo. Ingrid a olhava feliz. Uma lágrima desceu pelo rosto de Emma novamente, Júlia foi quem limpou o vestígio deixado por essa lágrima, emocionada, a loira depositou um beijo no topo da cabeça da filha que sorriu para sua mãe, então olhou para a outra página – Aquelas adolescentes cresceram e viraram belas mulheres cada qual ao seu modo... — uma foto de Emma já adulta em seus trajes típicos de fazenda, seu chapéu na cabeça, estava montada em um lindo cavalo. Outra foto de Regina abraçada a sua mãe e seu pai quando se formou na universidade – Mas Regina sentia que faltava algo, então seu coração lhe disse que o que lhe faltava era um filho... Dali surgiu o pequeno Henry...— uma foto de Regina grávida com uma barriga imensa.

— É o Henwy na sua barriga, mamãe? – Tom quis saber curioso.

— Sim, meu lindo, é o Henry aí dentro. – respondeu acariciando os cabelos loiros do menino.

— Como ele foi parar aí dentro? – quis saber novamente A curiosidade dessas crianças!

Regina riu – Do mesmo jeito que esse aqui. – respondeu colocando a mão sobre seu ventre – O médico que colocou dentro da minha barriga. Ele coloca o bebê bem, mas bem pequenininho, então com o tempo ele vai crescendo até ficar desse tamanho. – apontou para a foto – Então ele nasce como um bebê.

Os olhos de Tom se arregalaram surpresos – Aí depois vai quecendo como a gente? – abriu os braços.

— Sim. Exatamente assim. – concordou Regina sorrindo, então olhou para sua esposa – Continua a história, por favor.

Emma apenas olhava maravilhada para sua esposa, e sua única reação foi assentir com a cabeça Faço tudo que você quiser, minha morena! Olhou para a outra página – Henry avô não se continha em alegria em ter Henry neto em seus braços... — uma foto do pai de Regina com o neto recém-nascido, seu sorriso era imenso – Assim eles foram virando grandes amigos...— uma foto do pequeno Henry dormindo com o pai de Regina na cama do avô nas poucas vezes que foram na fazenda. Outra deles brincando na varanda – Mas uma fatalidade aconteceu e Regina perdeu seu querido pai... — Emma suspirou fundo e virou mais uma página Todos perdemos um grande amigo! Mal sabiam essas duas mulheres que suas vidas estavam perto de se encontrarem... — uma foto da pick-up vermelha e uma do carro de Regina – O contato inicial foi explosivo...— um desenho feito em aquarela da loira brigando com a morena – Mas mesmo nesse clima de guerra, uma pequena amizade nasceu, seu nome é Henry...— uma foto de Emma sentada na escada da varanda com Henry ao seu lado, os dois de costas para a porta principal e para a fotógrafa – Quando que você tirou essa foto, morena? – Emma perguntou – Pois não me lembro. 

— Foi nos primeiros dias que me mudei com Henry para a fazenda. – respondeu Regina – Eu sei que tivemos nossas brigas iniciais, mas quando vi você e Henry sentados ali conversando tranquilamente, eu não resisti e bati a foto, e eu não iria contar a ninguém, mas acho que não deu muito certo. – piscou Ainda bem que não deu certo!

Emma abriu um sorriso – Ainda bem que você mudou de ideia. – disse.

— Continua mãe. – pediu Tom ansioso para ver a continuação da história, pois estava adorando escutar.

— Claro, meu amor. – passou a mão nos cabelos do menino e voltou sua atenção para o álbum – Uma dança muito especial arrebatou de vez o pequeno coração de Henry...— em baixo uma foto de Emma na primeira vez que ela dançou com o Bonitão – E a amizade entre as duas mulheres começou e envolveu mais pessoas...— em seguida uma foto do grupo todo no primeiro churrasco que fizeram – Claro que não poderia faltar a hora da diversão...— muitas fotos do dia em que foram ao parque de diversão.

— A gente pode ir num desses qualquer dia? – pediu Júlia olhando, entusiasmada, as fotos.

Emma olhou para sua filha e sorriu - Claro, só vamos combinar com os vovôs e as vovós. Porque com certeza dessa vez eles irão querer ir junto.

— Oba! – as três crianças comemoraram felizes Será que a morena irá querer ir na montanha russa novamente? Definitivamente não! Mas iremos no carrinho bate-bate! Esse com certeza ela irá, principalmente se for desafiada mais uma vez! Pode deixar que eu a desafio!

A loira riu e voltou sua atenção – O parque foi um dia especial, principalmente para Regina e Henry que nunca tinham ido a um...— tinha uma foto dos dois sentados no banco olhando para algum brinquedo a frente – Assim como também nunca tinham ido a uma quermesse...— mais fotos de todos no evento que aconteceu na cidade.

— Nesse a gente pode ir também? – perguntou Tom olhando, animado, as fotos.

Regina abriu um sorriso vendo seu filho mais novo – Podemos também, Tom. Vamos procurar uma quermesse para irmos. – respondeu olhando para a felicidade dos filhos Porque com certeza eles não irão aguentar esperar até o ano que vem para a quermesse da cidade! Não mesmo Regina!

— Então vieram as aulas de montaria... — Emma continuou a ler a história, e viu as três fotos que tinha logo abaixo. Uma dela com Regina e Henry, a loira parecia explicando alguma coisa. Outra com Henry em cima do cavalo e Emma ao seu lado, o acompanhando. E a terceira com Regina em cima do cavalo e Emma a acompanhando também – O que era medo passou a ser paixão...— uma foto a advogada fazendo afagos e olhando carinhosamente para o Bonitão... – Nisso veio a roupa que Regina disse que nunca usaria...— tinha a foto que Kathryn havia tirado. Regina estava toda country e Henry, um mini cowboy.

— Sério que essa é você mamãe? – perguntou Júlia com os olhos arregalados em surpresa.

— Sim Jú, essa sou eu. – confirmou a morena mais velha.

Thomaz olhou confuso para sua mãe morena – Mas acho que nunca te vimos assim. – comentou tentando buscar na lembrança.

Regina riu – É que eu não uso tão frequente quanto Emma. – explicou – Mas agora que terei férias, será mais comum me ver com essas roupas.

— Uma nova integrante apareceu para se juntar a família...— a loira continuou assim que quatro pares de olhos se fixaram nela – Lola passou a fazer parte da vida de Emma e Regina.— uma foto de Emma e Regina sentadas na escada em frente a casa, como Lola entre elas – E não muito tempo depois mais três pequenas fofuras se juntaram a sua mãe... — a foto era Lola deitada com seus filhotes, e ainda tinha apenas os rostos de Henry, Emma e Regina em volta da cachorra que tinha um brilho feliz em seu olhar. Emma virou a página mais uma vez – Em meio a essa alegria, inesperadamente Emma pediu Regina em casamento, pegando todos de surpresa, inclusive a noiva...— uma foto de todos sentados a mesa quando souberam do pedido – Amigos de terras distantes vieram visitar Emma e Regina... — uma foto da imensa pegando praticamente a página toda, ali tinha o pessoal da fazenda, Zelena, Elsa e famílias, além do pessoal da construtora e a família Rizzoli – Eles vieram para festejar o aniversário de Henry que estava próximo... Quando o grande dia chegou a fazenda estava em festa... — muitas fotos do aniversário do menino preenchiam algumas páginas. Ali Emma e Regina explicaram tudo que tinha acontecido na festa.

— Eu vou ter uma festa grande assim também, quando eu fizer aniversário? – perguntou Tom olhando as fotos.

— Sim, você e Jú terão uma grande festa quando o aniversário de vocês chegarem. – confirmou Regina Faço questão de vocês terem grandes festas também!

— Oba!! – comemorou o menino – Essa será a minha primeira festa de aniversário sem ser no orfanato.

Emma sorriu – Essa será a primeira de muitas, meu pequeno garoto. – informou – Pois você pode ter certeza, mesmo quando você tiver cinquenta anos nós iremos fazer festa.

— Eu vou querer festa mesmo quando estiver velhinho. – afirmou o menino com um aceno de cabeça, e acabou ganhando um beijo de sua mãe morena.

A loira assentiu e voltou sua atenção para a história – Muito felizes Emma e Regina, queriam ampliar a família e foram em busca disso. Elas queriam dividir com mais pessoas, e um dia resolveram visitar o lugar que Emma havia crescido. Ali elas encontraram duas pequenas crianças que ganharam o coração delas no primeiro olhar... — uma foto de Regina e Emma sentadas no canto costumeiro, com Júlia sentada entre elas e Tom deitado no colo da morena. Outra foto de Emma e as duas crianças sentadas no sofá jogando vídeo game, e mais uma das crianças comendo bolo de chocolate. Quando Emma ia recomeçar a história escutou um suspiro, que mais lembrava um choro. Tanto a loira quanto Regina olharam para a filha. Júlia tinha os olhos úmidos e lágrimas desciam por sua bochecha.

— O que foi Jú? – perguntou Regina preocupada, assim como Emma.

A menina apenas balançou a cabeça negativamente – Nada não... Apenas que esse dia que vocês foram ao orfanato mudou muito a minha vida, mesmo se vocês não tivessem nos adotado, já seria importante. – respondeu, deixando mais algumas lágrimas descerem por sua bochecha.

Emma abraçou a filha, assim como Regina – Jú, depois que vimos você e Tom, não tinha como não adotá-los, vocês preencheram uma parte de nossos corações que eram reservados para vocês. – falou – Vocês já faziam parte de nossa família. – deu um beijo nos cabelos da menina Era para vocês serem nosso filhos!

— Vocês tinham que ser nossos filhos. – afirmou Regina também depois de dar um beijo nos cabelos da filha Não tinha como ser diferente! Júlia emocionada apenas sorriu para suas mães, limpando os vestígios de lágrimas.

— Continua, por favor. – ela pediu já mais recuperada.

— É para já! – disse Emma pegando o álbum e o colocando sobre seu colo novamente e retomou a leitura – O pequeno Henry ansioso para conhecer os novos irmãos... Quando finalmente os conheceu foi uma imensa alegria... — uma foto das três crianças abraçadas no primeiro abraço de trocaram – E desse dia em diante os cinco sempre andavam juntos... — fotos de todos no aquário, depois deles no zoológico, e fotos deles no apartamento. Elas preenchiam muitas páginas do álbum – Então para que as duas crianças fizessem parte definitivo da família, Emma e Regina se casaram as pressas...— foto das duas se beijando assim que assinaram os papéis da união, assim como fotos de Kathryn e Ruby e claro, fotos das crianças com as quatro mulheres. Emma fez uma pequena pausa e olhou para a sua família e sorriu emocionada, com os olhos úmidos, e recebeu de volta sorrisos felizes. Respirou fundo e continuou a história – Quando finalmente conseguiram juntar as crianças a família era hora de voltar para casa... — uma foto dos cinco sentados na escada a frente da casa principal – E uma festa foi realizada para a recepção dos novos moradores da fazenda...— mais algumas fotos do churrasco e uma imensa com todos e mais Thomaz e Júlia, e os cachorros – Mesmo tendo já oficializado o casamento, houve reclamações por parte de alguns amigos que não estavam presentes no evento... Para solucionar o problema, Regina e Emma resolveram fazer outro casamento, mas agora com direito a festa e muitos convidados...— muitas fotos do casamento foram inseridas nas páginas do álbum – E como forma de agradecimento por tudo, as duas mulheres resolveram dar o casamento surpresa para suas amigas...— Então fotos de Ruby e Emma, assim como os padrinhos, todos de chapéu. Os cachorros elegantemente vestidos para a ocasião. Fotos de todos os convidados, e claro, a foto das mulheres “solteiras” depois da disputa pelo segundo buquê.

— Juro que eu não esperava por isso. – comentou Regina rindo ao se lembrar da cena toda Isso ficará marcado para sempre!

— Eu não achei que elas seriam capazes de brigar desse jeito pelo buquê. – concordou Emma rindo também Precisamos reunir todos e passar o vídeo do casamento! — Mas sinceramente, eu adorei, pois assim temos muitas histórias para contar e relembrar.

— Sim. – disse Regina ainda com um sorriso nos lábios.

— Depois do casamento a família passou a ser Swan-Mills, mas ainda nem todos tinham o sobrenome até que um dia todos passaram a serem Swan-Mills...— desenhos pequenos em aquarela das certidões das crianças e em destaque os nomes deles com o sobrenome.

— Fiquei tão feliz nesse dia. – comentou Regina Ainda estou muito feliz com tudo! — Porque finalmente vocês não seriam nunca mais separados de nós.

— É! – concordou Henry – Eu também, pois não queria que vocês fossem embora e deixassem de serem meus irmãos.

— Mas se eu e Jú fossemos embora, a gente ia fugir e voltar para vocês. – disse Thomaz com uma convicção ímpar em sua voz e em seu olhar – Porque família é para ficar junto.

— Você tem toda a razão meu pequeno garoto. – concordou a loira com a voz embargada, mas um imenso sorriso estampado nos lábios Família é para ficar junta!

— Mais um integrante a família dos cachorros chegou e foi logo adotada por Lola... Seu nome é Luna... – uma foto da cachorra da Ruby junto com a Lola, e outra junto com sua mãe e seus irmãos. Emma sorriu ao ver as fotos e continuou a história – Era desejo das duas mulheres terem mais filhos... E com a ajuda do médico foi possível...— uma cópia do primeiro ultrassom ocupava um pedaço da página – Ruby e Kathryn também estão esperando o primeiro filho... — uma foto de Ruby, sendo abraçada por trás pela esposa, enquanto as mãos da morena segura a foto do ultrassom sobre seu útero. Imensos e felizes sorrisos estampavam seus rostos. Outra foto com todos os avós juntos e segurando uma foto do ultrassom de Regina e o ultrassom de Ruby. Aquela foto poderia ter a legenda: felicidade e orgulho. Virou a página e continuou lendo – A história da família Swan-Mills não acaba aqui, pois ainda tem muitas páginas para serem preenchidas...— Emma terminou de ler, e sem conseguir segurar as lágrimas pela emoção que estava sentindo, as deixou descerem por seu rosto – Vocês não sabem o quanto eu estou feliz por ter a minha família... – disse com a voz embargada Estou muito feliz mesmo! — Eu adorei o presente de vocês. É lindo. E com muita certeza ainda teremos mais páginas preenchidas ainda. – limpou os vestígios das lágrimas, mas logo mais lágrimas desceram novamente – Eu amo muitos vocês, meus amores.

Sem pensarem duas vezes as três crianças abraçaram a loira, assim também como Regina – Abaço família Swan-Mills. – anunciou Tom com sua voz abafada Ah meu pequeno garoto!

— Sim, meu lindo, abraço da família Swan-Mills. – confirmou Regina depositando um breve beijo nos lábios de sua esposa, que ainda estava muito emocionada Amo tanto vocês, que chega a doer!

Depois de alguns segundos eles se soltaram do abraço – Eu realmente adorei o presente de vocês... – disse Emma passando a mão sobre a capa do álbum que lembrava muito um livro, então olhou para sua família – Mas nesse exato momento eu estou doida para experimentar o delicioso café que vocês prepararam. – falou e no instante seguinte seu estômago deu sinal de vida. Aquilo tirou muitas gargalhadas de seus filhos Ah seu traíra, fazia tempo que não se manifestava assim, não é?

— Então vamos fazer o seguinte... – disse Regina rindo também – Vamos para a mesa e esperar por sua mãe, enquanto ela se troca e depois nos encontra para tomarmos café. O que acham? – sugeriu.

Imediatamente as três crianças saíram correndo do quarto em direção a sala de jantar, deixando as duas mulheres surpresas com a rapidez Essa organização “criminosa” infantil! Ah Regina se acostume, que logo terá mais um se juntando a eles! No vejo a hora disso acontecer! — Eu te encontro daqui alguns minutos. – falou Regina dando um beijo apaixonado nos lábios de sua esposa, e antes que as coisas esquentassem a advogada se separou A noite! — Você tem três crianças a sua espera para tomar café, minha loira, além de sua grávida esposa. – sorriu arteiramente enquanto se levantava da cama – Não vamos começar algo que não poderemos acabar no momento... – sorriu novamente – Mas quem sabe o que a noite esconde. – piscou Como dizem, a noite todos os gatos são pardos!

— Não demorarei mais que cinco minutos. – anunciou Emma praticamente voando para o banheiro. Regina sorriu, mas não perdeu a oportunidade de dar uma boa conferida na figura de sua esposa trajando apenas uma calcinha box e uma camiseta de manga curta. A morena balançou a cabeça brevemente e retomou seu caminho até seus filhos já sentados a mesa para tomarem café. E foi com Emma disse, em menos de cinco minutos ela apareceu usando uma calça de moletom e se sentou no lugar que seus filhos indicaram e assim começaram a tomar o café.

—SQ-

Quando o choro já não era mais presente Meghan ainda manteve a posição em que estava. Ruby e Kathryn faziam carinhos na menina. A veterinária com a mão sobre as costas da menina, enquanto a advogada nos cabelos castanhos de Meghan.

Ruby sorriu ao sentir o dedo de Meghan começar a brincar com os botões de sua camisa – Hey! – chamou abaixando seu rosto – Está tudo bem agora? – a menina apenas assentiu com a cabeça ainda mantendo a sua posição. Ruby soltou uma risada, e Kathryn apenas abriu um sorriso – Sabe Katy... – começou a morena olhando para sua esposa – Eu fiquei sabendo que aqui tem um vídeo game, e tem corrida de carrinho...

— Sério? Nossa, eu amo jogar corrida de carrinho. – disse a advogada mesmo não sabendo nem segurar o controle – Eu sou imbatível nesse jogo. – informou.

Aquilo fez a menina levantar o rosto do vão do pescoço e olhar incrédula para a loira ao seu lado – Você joga vídeo game? Você não tem cara de quem faz isso.

— Claro que eu faço, quer comprovar? – atiçou Kathryn olhando para a menina.

Imediatamente o sentimento de competição da menina acendeu – Claro que eu quero comprovar! – disse já se levantando do colo de Ruby – Quero ver se você consegue ganhar de mim! – falou colocando as mãos na cintura.

— Rá! Eu vou te dar uma surra na corrida! – Kathryn disse estendendo a mão para a menina que a segurou e estendeu a pequena mão para Ruby. Com um sorriso a veterinária segurou a pequena mão oferecida e assim as três caminharam na direção da sala de tv que tinha o vídeo game.

— Então? – perguntou Ezequiel ao se aproximar de Úrsula. Os dois tinham visto o que tinha acontecido segundos atrás.

— É tão bom ver Meghan sorrindo de novo. – comentou a agente social com um pequeno sorriso nos lábios – Mas tenho tanto medo que isso seja apenas um sentimento passageiro e as duas mulheres percam o interesse na menina.

Ezequiel pousou sua mão sobre o ombro da amiga de tantos anos e a olhou – Úrsula... – chamou fazendo a mulher virar o rosto e o olhar – Quantas vezes você viu essa interação acontecer e a criança não ter sido adotada? – perguntou.

— Essa ligação imediata foi rara, meu amigo. – respondeu Úrsula soltando uma longa respiração – Aconteceu com George, Ingrid e Emma... – começou enumerar – Então Jú, Tom, Emma e Regina... – disse – E agora com Ruby, Katy e a Meggie. – terminou e olhou para o amigo que tinha um grande sorriso nos lábios.

— Acho que não preciso dizer mais nada, não é? – ele disse travessamente – Essa família é especial. Só acredite! – pediu com convicção – Apenas acredite que tudo dará certo para elas. – deu um leve aperto no ombro e tirou sua mão – Ah tem um homem no portão querendo falar com você. – informou. A mulher assentiu e os dois caminharam na direção do portão, mas não sem antes darem uma última olhada na direção que as duas mulheres e a menina foram.

—SQ-

— Chegamos! – anunciou Cora ao abrir a porta do apartamento de Regina e entrar seguida de George, Eugenia e Péppe.

— Vovós! Vovôs! – as três crianças disseram animadas correndo para recepcionar os avós.

— Oi meus queridos. – Cora respondeu de volta abraçando as crianças, assim como os outros três adultos.

George sorriu e envolveu sua filha em um abraço amoroso – Feliz Aniversário, minha menina. – disse emocionado.

— Obrigada. – agradeceu com a voz embargada. Instintivamente seus olhos se encheram de lágrimas – Obrigada por tudo. – murmurou ainda abraçada ao seu pai Por tudo mesmo!

George apenas sorriu e deu um ultimo abraço e soltou sua filha – Emma, minha querida. – disse Cora a abraçando também – Feliz aniversário. – desejou e depositou um beijo carinhoso na bochecha da nora.

— Obrigada. – agradeceu retribuindo o abraço.

Depois foi Eugenia que deu um abraço na loira – Ah minha querida, desejo tudo de bom para você. – disse a cozinheira.

— Obrigada Bah. – agradeceu Emma recebendo um beijo na bochecha da mulher mias velha e por fim Giuseppe deu um abraço na loira.

— Que seus sonhos se realizem, minha querida. – Péppe desejou.

— Muitos deles estão sendo realizados nesse momento. – disse a loira feliz assim que se soltou do marceneiro – Estou realizando o sonho de ter a minha família... – olhou para sua esposa e filhos Acho que esse é o principal!— E vocês como parte dela também. – completou limpando as lágrimas que desceram por seu rosto – Mas chega de me fazerem chorar, estávamos indo tomar café, nos acompanham?

— É! Vovós tomem café com a gente. – pediu Tom com um sorriso aberto.

— Sim, nós que fizemos. – anunciou Júlia toda orgulhosa.

— Então não podemos perder esse café. – disse George com o braço ao redor dos ombros da filha.

Regina sorriu de lado – Só tem um pequeno detalhe, talvez o café esteja frio já, pois o fizemos a quase duas horas atrás. – explicou assim que os quatro mais velhos a olharam.

— Como eu disse, será o melhor café da manhã que irei provar. – Emma falou sorrindo feliz – Porque foi meus filho e esposa que prepararam com tanto carinho.

— Então vamos saborear para termos a confirmação disso. – concordou Péppe sorrindo. Sem mais todos foram para a mesa.

—SQ-

— Eu não acredito! – disse Meghan incrédula, enquanto Kathryn comemorava sua vitória.

— Eu falei que era imbatível. – brincou a loira piscando para a menina.

— Você nem sabia segurar o controle? Eu que te falei o que cada botão fazia! – falou levemente indignada – Quero revanche! – disse dando os comandos para uma nova corrida.

— Preparada para perder novamente? – brincou Kathryn.

— Isso nós vamos ver. – disse a menina concentrada na tela a sua frente. Kathryn apenas riu e olhou para sua esposa que se divertia com tudo aquilo. Novamente Meghan perdeu para a loira que entregou o controle para sua esposa.

— Agora a disputa é comigo! – disse Ruby se sentando no lugar de sua esposa – E diferente de Katy eu sei jogar. – olhou para Meghan.

— Você irá comer poeira. – Meghan disse convicta pronta para iniciar a partida mais uma vez.

— Então vamos! – disse Ruby e a menina deu início a partida.

— Sim! Coma poeira! – disse a menina comemorando a segunda vitória sobre Ruby que tinha um bico infantil nos lábios, enquanto Kathryn gargalhava.

O momento fora interrompido pelo sinal que anunciava a hora do almoço – Mas já? – disse Meghan com um suspiro triste. Olhou para as duas mulheres – Vocês vão voltar hoje a tarde? – perguntou esperançosa.

Ruby olhou para Kathryn, que apenas assentiu com um sorriso – Sim, minha querida, nós iremos voltar. – respondeu Ruby olhando para a menina que pulou em comemoração.

— Vejo vocês mais tarde. – disse Meghan assim que terminou de desligar o vídeo game – Até. – saiu em disparada na direção do refeitório.

Ruby e Kathryn entrelaçaram seus dedos e caminharam na direção da saída, e no meio do caminho encontraram Úrsula e avisaram que voltariam no período da tarde. Ezequiel sorriu satisfeito assim que soube que elas voltariam logo mais a tarde também.

— Agora é questão de tempo para elas adotarem a nossa pequena Meggie. – ele disse para si assim que se viu sozinho em seu lugar de costume na portaria.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

As crianças fazendo surpresa para a mãe loira, eles que acabaram sendo surpreendidos com a brincadeira da loira, e nem Regina saiu impune do monstro das cócegas. E esse presente que Emma ganhou dos filhos? (sim, ele foi todo baseado no livro do seriado), já o presente de Regina será dado mais tarde huhuhu...

Ruby e Katy tendo as orelhas puxadas por Meggie . Todo o momento ternura e descontração delas conhecendo os livros favoritos da menina na biblioteca, e Kathryn relembrando um livro de sua infância. Momento importante com Meghan dizendo que não se importa quem ama quem, e sim que importa é o amor. Então momento emoção ao relembrar um fato do passado recente da menina, para finalmente se divertirem jogando vídeo game, assim como a promessa de uma tarde cheia de momentos deliciosos no retorno delas ao orfanato.

Finalmente Cora e cia chegaram para a festa da loira, logo mais a noite.

Bom, pelas minhas contas faltam apenas mais dois capítulos para voltar a fazenda e o cotidiano. Sim, eu estou com saudades de escrever cenas na fazenda.

Até a próxima! E se tudo der certo, sem tanto atraso na atualização!