Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 112
Capítulo 112 - Iniciando Um Novo Ciclo


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas do meu coração, estou de volta!

Talvez um pouco atrasada, mas nem tanto quanto antes kkkk Eu pensei: Nossa, agora vou conseguir escrever já que não tem mais audiência ou julgamento para dificultar, então meu trabalho disse: nada disso, você tem avaliações para fazer dos seus alunos! Ou seja, entre uma avaliação e outra fui escrevendo um pouco do capítulo! xD Mas o que interessa é que o capítulo está aqui!!

Obrigada a todos que comentaram, favoritaram e ao pessoal que acompanha dentro e fora da moita!! Vamos meu povo, só mais cinco comentários para chegarmos aos mil!! o/

Boa leitura e divirtam-se!!



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— Então? – perguntou Emma ao ver Tamara entrar na sala de testemunhas Essa espera está angustiante! Quero ir para casa e ver meus filhos, dormir abraçada a minha morena e esquecer que esse dia! — Como estão as coisas?

Tamara sorriu – A parte do julgamento acabou agora. – respondeu assim que se aproximou das três mulheres. Dolores havia pedido para ir ao banheiro, e Will já havia voltado para a prisão – O júri está reunido na sala deles, para discutirem o veredito. O juiz deu um recesso de uma hora e meia, então voltaremos.

— Enquanto isso, nós teremos que ficar aqui? – perguntou Jane olhando para a promotora.

— Sim. – foi a resposta de Tamara – Mas não se preocupem, eu acredito e muito que o veredito seja a nosso favor. Principalmente depois que Lilith confessou tudo em seu depoimento.

— O que? – comentou Emma olhando surpresa.

— Claro que eu não poderia deixar Lilith de fora para depor. – Tamara sorriu de lado.

Regina sorriu também Com ela depondo as chances aumentam e muito para Lilith ser condenada! Sim mente, vamos torcer para que isso aconteça! — Acho que se nossos ramos fossem o mesmo, seria uma briga boa entre nós. – comentou.

Tamara olhou para a outra advogada – Com certeza seria, mas ainda bem que estamos em ramos diferentes do direito e não precisamos nos “digladiar”. – brincou. Regina apenas assentiu com a cabeça – Vocês foram muito bem lá. – então abriu um sorriso arteiro – Para ser sincera, o melhor foram os comentários obre o nariz de Robin. O que aconteceu?

Emma soltou uma risada Aposto que foi! — Aquele infeliz! – fechou a cara Devia ter dado mais coices nele! — Eu estava devendo alguns socos, principalmente pelo que ele havia feito a Henry. Mas então ontem quando vim buscar minha morena, ele estava segurando Regina pelo braço e aquilo fez meu sangue ferver e ver somente vermelho na frente.

— Ele veio novamente com a história de que tínhamos que conversar. – comentou Regina passando o braço pela cintura de sua esposa e se aconchegando no abraço protetor de sua loira Quero me aconchegar em seu abraço protetor, minha loira!

— Então eu dei alguns coices. – Emma sorriu novamente Aliás, uns belos coices isso sim! — Já que ele me chamou de cavala, eu mostrei para ele o quanto eu sou cavala. – agora seu sorriso era travesso Você pode ser cavala comigo na cama também, minha loira selvagem! Isso Regina, gosto de pensamentos assim!

Tamara riu – Se eu pudesse, eu também daria uns belos coices nele. – comentou arteira – Juro que eu tento entender como ele conseguiu se formar?

— Está aí uma boa pergunta. – concordou Jane, que assim como as outras mulheres tinha um sorriso nos lábios.

O silêncio que pairou durou apenas alguns segundos – Regina, ele fez mesmo seu filho de cinco anos chorar?

A morena apenas assentiu com a cabeça – Fez Tamara. – foi Emma quem respondeu – Ele ficou bravo porque Henry estava “mentindo” em sua resposta, então tomou o livro preferido das mãos e o rasgou depois que nosso garoto começou a implorar que o devolvesse. Isso me deixou muito enraivecida e parti para cima dele, mas só fui parada quando Regina me segurou.

— Ah com me arrependo agora de não ter deixado socar a cara dele. – resmungou Regina se aconchegando melhor no abraço de sua loira Mas a ideia da minha loira selvagem ser uma cavala comigo na cama ainda está de pé!

— Mas eu descontei ontem. – Emma sorriu toda convencida. Regina apenas sorriu, assim como as outras duas mulheres.

—SQ-

— Chegamos! – anunciou Frankie ao entrar acompanhado de Nina, Maura e Vince, com Lídia e Tommy logo atrás.

— Jane ainda não chegou? – Maura perguntou ao ver que sua noiva ainda não estava presente.

Kathryn olhou para a médica legista – O julgamento ainda não acabou. – respondeu e Maura assentiu indo depositar um beijo em Ângela, se sentando em uma cadeira vaga.

— Cora e os outros? – mais uma vez quis saber Maura olhando mais uma vez ao redor e ver que ainda faltava bastante gente.

— Vovó me disse que eles vêm apenas amanhã. – respondeu Ruby tomando um gole de suco.

— Chegamos! – anunciou Jane ao abrir a porta e entrar com Emma e Regina logo atrás.

— Não via a hora de voltar! – exclamou Emma cansada, mas um sorriso se abriu em seu rosto ao ver seus filhos Ah minhas crianças! O mesmo aconteceu com Regina Que saudades de vocês, meus amores!

— Mãe! Mamãe! – as três crianças exclamaram ao levantarem as cabeças assim que reconheceram a voz e imediatamente saíram correndo na direção das três mulheres.

Emma e Regina abriram os braços e se agacharam para receber os filhos em um abraço coletivo – Abraço família Swan-Mills. – disse Henry assim que foi envolvido pelos braços de suas mães Sim meu garoto, abraço estilo Swan-Mills!

— Sim, abraço Swan-Mills. – repetiu Tom todo feliz. Júlia apenas sorria, escondendo o rosto no pescoço de sua mãe loira Ah minha pequena morena, sei que não estou dando tanta atenção assim, mas agora com o fim dos julgamentos vocês terão minha atenção exclusiva!

— Ah minhas crianças, que saudades de vocês. – confidenciou Emma sorrindo amorosamente para todos e os apertando no grande abraço Muitas mesmo, nem parece que foram apenas algumas horas que ficamos longe!

— Saudades de vocês todos, meus filhos. – disse Regina feliz por ter os filhos em seus braços novamente Ainda bem que esse julgamento e a audiência terminaram, agora estou oficialmente em férias por tempo indeterminado e vou cuidar de vocês e do bebê!

Jane sorriu para a cena ao seu lado Será que Maura e eu teremos cenas assim? Bom, se depender da minha ma, com certeza teremos! então continuou caminhando até a mesa em que todos estavam sentados. A detetive cumprimentou todos, depois depositou um beijo na bochecha de sua mãe, e então um leve beijo nos lábios de sua noiva. Foi até a cozinha buscar uma cerveja para si e uma para Emma, uma vez que todos já tinham uma bebida, para depois sentar ao lado de sua noiva. Ângela aproveitou para ir buscar mais suco.

— Então como foi no julgamento? – quis saber Ângela olhando para sua filha assim que voltaram da cozinha, mas antes que Jane pudesse responder escutaram risadas e olharam para a porta, o pessoal da mesa também olhou para a porta.

Emma vinha carregando Júlia nas costas como se fosse uma mochila, enquanto em um braço tinha Thomaz, o segurava pelo abdômen, e no outro braço tinha Henry, que também estava do mesmo jeito. As crianças rindo sem parar. Regina logo atrás com um imenso sorriso nos lábios Logo teremos mais uma criança para se juntar a essa bagunça! Duas se depender da vontade de Emma! Ai, não importa quantas, o que importa é que logo teremos mais filhos!

— Pronto! Chegamos. – disse a loira colocando os dois meninos no chão com cuidado, e depois ajudou Júlia a descer de suas costas. Imediatamente os meninos saíram correndo até os outros dois amigos. Assim que se sentou, Júlia deu um beijo no rosto de suas mães e fora brincar com os irmãos e amigos também Ah minha doce menina!

— Era disso que eu precisava. – comentou Emma ao ver a cerveja que Jane tinha acabado de colocar a sua frente.

— Como foi no tribunal? – agora era Ruby quem estava curiosa para saber, depois que tomou um gole de seu suco Quero fazer muita farra com o monte de filhos que terei com a minha loira estonteante!

Jane, Emma e Regina apenas sorriram Senta que a história é longa! Sim Emma, longa!

—SQ-

— Caso número setecentos e vinte traço zero nove. – começou o assessor assim que recebeu um sinal do juiz para iniciar a sessão, depois que todos já estavam sentados. – Estado versus Lilith Page. A ré é acusada de assassinato qualificado, além de três tentativas de assassinato, assim como suborno e ameaças de morte. – fez uma pausa – Retomando e dando continuidade ao julgamento.

— Muito bem, o júri já tem um veredito? – perguntou o juiz ao olhar para a representante do júri.

— Sim, meritíssimo. O júri chegou a um veredito. – respondeu a representante assim que se levantou.

O juiz assentiu com um aceno – Então qual é?

A mulher fez um meneio e pegou o papel com o veredito e começou a lê-lo – O júri, em unanimidade, chegou ao veredito de que a ré Lilith Page é culpada pelo assassinato de Fiona Murray. O qual decreta pena máxima para esse crime, sem direito a liberdade condicional, uma vez que ela apresenta perigo a sociedade. – fez uma pausa – Chegamos também ao veredito de que a ré Lilith Page é culpada pelas tentativas de assassinado de Emma Swan-Mills, e decretamos, pelo menos, dois terços da pena máxima para esse caso, também sem direito a liberdade condicional, uma vez que ela poderá voltar a fazer algum dano a vítima ou mesmo a sua família. Além de pedirmos acompanhamento psicológico a ré em todo o tempo em que estiver presa. – terminou e logo em seguida se sentou. O assessor do juiz se levantou e foi buscar o papel com o veredito e o entregou para o juiz.

Robin fechou os olhos em derrota diante do veredito final. Lilith imediatamente se levantou olhando enraivecida para o júri, apontando o dedo para cada membro – Vocês todos não sabem com quem se meteram, eu irei acabar com cada um de vocês. – falou.

— Contenha sua cliente senhor Hood Gold. – pediu o juiz severamente – Ou então irei acrescentar mais um crime na sentença.

— Lilith senta e fique calada, mulher! – Robin a puxou violentamente contra a cadeira – Não adianta fazer ameaças, que isso só irá piorar ainda mais sua situação. – fez uma pausa ao ver os olhos da mulher se encher de lágrimas – Ah ótimo, agora vai chorar.

— Eu quero o meu pai. – murmurou entre um soluço e outro – Eu sinto a falta dele.

— Infelizmente não poderei te ajudar com isso. – comentou Robin sem nenhum sentimento.

O silêncio que pairou no tribunal foi quebrado em instantes depois assim que a representante do júri decretou a pena. O burburinho era imenso.

— Silêncio! – pediu o juiz batendo o martelo em sua mesa – Façam silêncio! – ordenou mais uma vez batendo seu martelo sem interrupção. Aos poucos o silêncio foi voltando – A sorte de vocês, que o julgamento está no fim. – disse – Se não colocaria todos para fora neste momento.

— Ah meu caro Olsen, isso foi maravilhoso. – disse Sidney para seu fotógrafo – Já até imagino a edição que farei com toda essa história, tanto do pai quanto da filha. Só sinto por Glinda e Zelena. - comentou.

— Também sinto por elas, mas acho que elas preferem assim, pois terão paz pela primeira vez em suas vidas. – falou o rapaz tirando muitas fotos.

— Nisso você tem razão. – concordou Sidney – Tire muitas fotos. – pediu com os olhos e ouvidos atentos a tudo.

— Silêncio. – pediu o juiz uma última vez – A ré Lilith Page é culpada pelos crimes de assassinado de Fiona Murray e pelas tentativas de assassinato de Emma Swn-Mills. Sua pena é de quarenta e cinco anos, pelo assassinato, e mais trinta anos e cinquenta e sete dias pelas tentativas de assassinato. Total reclusão, sem direito a liberdade condicional. – decretou o juiz – Além de ser acompanhada por um psicólogo e um guarda durante sua pena, dentro da prisão, o mesmo será responsável por saber qual o tratamento necessário a ser feito na ré. – fez uma pausa – Julgamento encerrado. – decretou assim que bateu o martelo na mesa depois de assinar a sentença de Lilith. Levantou-se e saiu pela porta de costume.

—SQ-

— Lilith irá mofar na cadeia. – comemorou Kathryn ao saber a sentença da mulher. Assim como todos a mesa também comemoraram com a notícia.

— Assim espero. – comentou Emma depois de tomar outro gole de sua cerveja Que apodreça na cadeia!

— Teremos um pouco de paz... – disse Regina assim que tomou um gole do suco que Ângela havia preparado É o que estamos precisando! Paz! Sim e teremos e muita depois de hoje!

Um sorriso malandro surgiu nos lábios de Emma – Mas vocês não sabem a melhor parte. – parou Agora todo mundo vai pirar! — Acho que a continuação da melhor parte. – riu.

— Qual? – Maura perguntou curiosa depois de tomar um gole de seu vinho.

Emma riu mais uma vez – Robin. – foi apenas o que respondeu Será que vão adivinhar? Acho que sim Emma, depois de tudo que já aconteceu nesses dias! Talvez você tenha razão mente!

— Não me diga que... – falou Zelena já imaginando o que poderia ser – Mesmo destino de Leopold?

Emma apenas assentiu com a cabeça Bingo! Uma pequena euforia tomou conta da mesa novamente.

—SQ-

Robin viu Lilith ser levada por dois guardas. A expressão da mulher era de serenidade, pois ela acreditava piamente que seu pai iria tirá-la da cadeia em pouco tempo. O advogado soltou uma longa respiração – O que eu vou dizer para Leopold? – perguntou para si em tom baixo.

— Senhor Hood Gold, por hoje o senhor ainda irá precisar de mim? – perguntou o assessor assim que se viu somente os dois.

— Não! – foi seco na resposta e nem olhando para o homem ao seu lado enquanto guardava suas coisas. Sem dizer mais nada o assessor juntou suas coisas e saiu dali o mais rápido possível.

Sem pressa Robin começou a caminhar para fora do tribunal até avistar uma figura conhecida perto da porta – O que você está fazendo aqui? – perguntou ao ver Robert o olhando – Veio ver a minha derrota?

— Eu só queria saber se você conseguiria reverter a situação da senhorita Page... – comentou Robert após um longo suspiro – Porém a promotora se armou perfeitamente e não lhe deu nenhuma chance.

— Como se eu precisasse escutar o que você está falando. – rebateu Robin com sarcasmo – Afinal eu estava ali nesse momento.

Robert soltou uma longa respiração – Sabe Robin, eu errei em muitas coisas com você...

— Não me venha com esse papo de pai a essa altura da minha vida! – exclamou cansado – Você já me deserdou mesmo, então não chegue perto de mim. – fez uma pausa – Você não é mais meu pai.

O homem mais velho apenas olhou para seu filho – Espero que um dia você me perdoe por todas as coisas erradas que eu fiz na sua criação. – comentou por fim Robert e começou a caminhar para fora do tribunal.

Robin apenas soltou uma longa respiração também – Era o que me faltava a essa altura do dia... – resmungou, voltando a caminhar para fora do tribunal. Assim que deu um passo para dentro do corredor, viu Tamara, Emma com o braço ao redor dos ombros de Regina, e a morena com o braço ao redor da cintura de sua esposa e Jane conversando no corredor frente a porta que dava na sala das testemunhas – Ainda isso! – rosnou já sem paciência, então se virou para o lado oposto e viu seu pai ainda caminhando tranquilamente para a porta do prédio. Seus olhos brilharam ao avistar a conhecida figura caminhando de encontro a si – Amber! – disse alto o suficiente para chamar a atenção das quatro mulheres que ainda conversavam a porta da sala – Que bela visão para o terrível dia que tive. – galanteou descaradamente – Você não quer tomar uma bebida comigo agora?

O sorriso nos lábios da ruiva era imenso – Ah senhor Hood Gold, eu adoraria, mas estou a trabalho no momento. – respondeu assim que se aproximou do homem Isso será interessante! Com certeza será Emma! — Mas quem sabe assim que meu turno acabar, provavelmente irei tomar uma bebida.

— Turno? – perguntou Robin confuso – Achei que você havia pedido demissão do seu emprego. – comentou com o cenho franzido. Então viu dois homens parar atrás da ruiva – Quem são esses dois?

— Esses são meus parceiros. – respondeu a ruiva, então abriu mais ainda seu sorriso – Senhor Hood Gold... Você está preso. – anunciou. Imediatamente os olhos das quatro mulheres se arregalaram diante da cena Oh realmente ficou muito interessante tudo isso! Emma é babado puro isso! Então vamos ver de camarote! Só faltará a pipoca!

Uma sonora gargalhada ecoou no corredor – Ai Amber, que piada mais engraçada essa a sua. – disse Robin dando um passo a frente na intenção de passar por ela – Vem, vamos beber que eu estou merecendo. – falou.

Então a mão da mulher em seu peito interrompeu seu caminhar – FBI. – ela mostrou a sua insígnia com a mão livre – Robin Hood Gold, você está preso por formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsificação e mais alguns crimes.

Os olhos de Robin se arregalaram surpresos – Mas o que? – deu um passo para trás, em uma tentativa de se afastar da ruiva, mas ela fora mais rápida e o segurou pelo braço – Tire suas mãos de mim! – falou alto.

O sorriso que Amber tinha nos lábios se tornou travesso – Oras, mas não era você que estava todo assanhado para cima de mim até ontem? – zombou.

— Eu não fiz nada! – Robin ainda teve a pachorra de se considerar inocente.

Agora foi a vez de Amber gargalhar – E ainda tem a coragem de falar que não fez nada? – zombou mais uma vez, em um movimento rápido acabou atrás de Robin, imobilizando o braço que segurava. No momento seguinte colocou a algema.

— Me solta! Tire suas mãos de mim! – gritou Robin tentando se soltar, mas com seu braço imobilizado estava difícil – Eu não fiz nada.

— É o que todos dizem nesse momento. – Amber conseguiu algemar o outro braço do advogado – Robin Hood Gold, você está preso por corrupção e organização criminosa. – anunciou mais uma vez a agente do FBI – Além falsificação e lavagem de dinheiro, corrida ilegal de carros e outros crimes menores. Você tem o direito de ficar calado, tudo que disser pode e será usado contra você no tribunal. Você tem direito a um advogado, caso não tenha condições de arcar com um, o estado lhe enviará um advogado. – assim que terminou de falar os direitos do seu prisioneiro, Amber começou a andar enquanto o conduzia para fora do prédio.

— Você não pode fazer isso comigo! – disse Robin tentando se livrar das mãos da mulher, mas então sentiu seu outro braço ser segurado por um dos parceiros da ruiva – Tire suas mãos de mim, seu boçal. – rosnou Robin.

Amber tinha um sorriso de satisfação – Tanto posso que estou fazendo. – informou enquanto caminhavam. Robert havia parado assim que escutou Robin levantar a voz. Ali ele presenciou toda a cena.

— Pai, me ajuda! – pediu Robin assim que passou pelo homem parado, seu semblante triste – Me ajuda! – pediu Robin desesperado.

Robert soltou uma longa respiração – Sinto muito meu filho, mas você precisa pagar pelos seus crimes, e eu pelos meus erros. – falou com pesar.

— Seu velho inútil! Você não é mais o meu pai! – Robin rosnou enfurecido, com o olhar cheio de raiva – Eu não quero nunca mais saber de você.

— Ok! Agora chega de falar e vamos andando, pois têm alguns colegas seus loucos para te reencontrar. – disse Amber com um sorriso sarcástico nos lábios. Imediatamente flashes foram disparados quando as portas dos tribunais se abriram e os três agentes e Robin colocaram os pés para fora do prédio. Uma vez dentro do carro do FBI, o mesmo saiu em disparada na direção do prédio central do serviço federal.

— Por meu chapéu! – disse Emma estarrecida O caldo entornou para o lado daquele paspalho! Acho é pouco! Que ele apodreça na cadeia também! — Parecia cena de filme.

Regina viu Robert parado ainda no mesmo lugar, mesmo depois que Robin já não estava mais ali Robert não merecia, mas é inevitável! Sim Regina, mas ele terá um neto e poderá corrigir os erros que cometeu com o filho! Espero que sim! — Será que devemos ir conversar com ele? – perguntou ao apontar o pai de Robin.

Emma soltou um longo suspiro Se fosse eu, não gostaria de conversa com ninguém no momento! — Acho melhor deixá-lo sozinho, morena. – aconselhou – Quando a poeira abaixar você pode ligar para ele.

— Acho que esse é um sábio conselho. – comentou Tamara. Regina apenas assentiu com a cabeça Outra hora eu ligo para ele! Então viram Robert voltar a caminhar, enquanto as quatro mulheres em uma silenciosa conversa também resolveram caminhar para fora do prédio.

Quando finalmente estavam fora do prédio Tamara se despediu as três mulheres e tomou o rumo de seu carro, enquanto Emma, Regina e Jane caminhavam na direção da pick-up da loira.

— Regina! – a advogada escutou a chamarem a poucos metros do veículo. Então se virou e viu Robert, acompanhado de uma mulher mais nova, grávida Acho que deva ser a mãe do neto de Robert! Eu acho também mente!

— Oi Robert! – ela disse assim que reconheceu a figura do homem. Emma também tinha para e se virado, uma vez que ela estava de mãos dadas com sua esposa. Jane apenas acompanhava a distância.

— Como vai? – perguntou depois de cumprimentar Emma com um aceno de cabeça.

— Feliz, pois agora teremos paz. A senhorita Page não nos atormentará mais. – respondeu Regina, então puxou uma profunda respiração – Eu sinto muito pelo seu filho...

Robert ergueu a mão a interrompendo – Não precisa se desculpar Regina. – falou – Ele irá pagar pelos erros que cometeu. E eu pelos meus. – então olhou para a mãe de seu neto – Deixe-me apresentar a vocês, essa é Marian, é a mãe do meu neto Roland. – fez uma pausa Não disse? É a mãe do neto do Robert! Tomara que esse neto o faça feliz! — Essas são Regina e sua esposa Emma.

A mulher ao lado de Robert se inseriu na conversa, depois de trocar um aceno com as duas mulheres – Por falar em erros... – se pronunciou olhando para Regina – Eu quero me desculpar. – começou. Regina a olhou confusa Pelo o que? Acho que eu sei Regina! Pelo que mente! Espere! — Eu era a amante de Robin quando vocês estavam noivos. – esclareceu então uma sobrancelha no rosto de Regina se ergueu Sabia! Mente astuta você! Eu sei! — Sei que o que eu fiz não tem desculpas, e agora estou pagando pelos meus erros também... – acariciou seu avantajado abdômen – Nesses meses eu andei pensando e muito sobre isso... Pois eu acabei sendo traída por Robin quando disse que esperava um filho dele e ele negou o próprio filho. – soltou um profundo suspiro – Espero que no futuro você possa me perdoar. – falou com tom de derrota na voz.

Os olhos de Regina se abriram surpreendidos – Eu... – ela estava sem palavras, pois fora pega de surpresa com aquilo tudo Cadê as câmeras? Isso só pode ser alguma pegadinha! Calma mulher, a tal Marian reconheceu que errou, apenas isso! Respirou fundo – Olhe, realmente o que vocês fizeram pelas minhas costas não foi certo, mas isso é passado, eu continuei em frente... – olhou para sua esposa e sorriu apaixonada Minha felicidade! — Não guardo rancor, pois isso não me afeta mais. – voltou a falar quando sua atenção caiu sobre a mulher a sua frente mais uma vez Mas provavelmente se eu estivesse solteira isso ainda estaria me atormentando! — Eu sinto pela criança por Robin ser o pai. – soltou – Mas por outro lado, fico feliz que a criança terá um avô coruja como Robert e espero que ele supra em muitos aspectos possíveis a ausência do pai. – terminou Que atitude louvável! Marian apenas sorriu entendendo.

Robert sorriu – Eu farei de tudo para isso. Bom, vamos que está ficando tarde. – comentou – Prazer em revê-las. – se despediram.

Sem dizerem mais nada as três mulheres entraram no veículo e se encaminharam para o restaurante da mãe de Jane, pois sabia que todos estariam ali esperando por elas.

—SQ-

— Ah como eu queria ter visto a prisão de Robin. – disse Kathryn fingindo estar triste – Aquele traste teve o que mereceu. – sorriu por fim.

— Sim. – concordou Regina – Mas o que interessa é que tudo isso acabou e agora podemos continuar as nossas vidas. – tomou um gole de seu suco de maçã Já sem tempo! Quero me dedicar a minha família agora!

— Isso é o que importa agora. – Emma também concordou assim que tomou um gole de sua cerveja Nossa família é o que importa!

— Amanhã teremos um jantar especial. – disse Ruby olhando para sua amiga de infância, com um sorriso amoroso em seus lábios.

Emma olhou para a veterinária – Só espero que você não invente nada, sua loba. – riu Mas com esse sorriso sapeca não duvido que ela apronte alguma coisa! Nem eu, Emma!

Ruby apenas sorriu enigmaticamente – Eu não prometo nada. – gargalhou com a cara que Emma fez – Ah vocês sabem o que acabaram de perder enquanto estavam no tribunal? – mudou o foco da conversa.

— O que perdemos? – questionou Jane curiosa, assim que terminou a sua cerveja.

— Meu ilustríssimo pai pedindo Glinda em namoro. – respondeu Kathryn com um sorriso feliz nos lábios, enquanto John e Glinda estavam vermelhos de vergonha.

Os olhos de Emma e Regina se arregalaram em surpresa – Mas que coisa maravilhosa! – exclamou a loira feliz.

— Sim, tio que coisa boa. – concordou Regina ao se levantar e dar um abraço em seu tio e na mulher ruiva mais velha, depois voltou para seu lugar.

— Como estão as crianças? – quis saber Lídia olhando para Ruby e Regina.

— Nosso baby está indo bem. – comentou Ruby colocando sobre seu ventre – Acho que mais uma semana ou duas, a minha barriga começará a aparecer. – sorriu feliz.

Regina sorriu também – Nosso bebê também está bem. – respondeu Mas a minha barriga irá demorar um pouco mais para começar a aparecer!

— Bebês. – disse Emma com um amplo sorriso. O pessoal da mesa olhou para a loira e seu amplo sorriso – Eu tenho certeza de que serão gêmeos. – explicou Não sei como dizer, mas sinto que serão gêmeos!

— Mas não se decepcione se vier apenas um bebê. – comentou Elsa que até então estava apenas ouvindo a conversa, mas sorria feliz pelas amigas.

— De modo algum. – disse Emma sorrindo para sua esposa – Um, dois ou três, não importam. O que importa é que vamos amar muito assim como já amamos nossos três filhos. – terminou de falar e se inclinou para depositar um beijo na bochecha de Regina que tinha um largo sorriso Mas ainda acho que serão gêmeos!

 A conversa seguiu até finalmente Ângela colocar uma imensa travessa de macarronada ao sugo, no centro da mesa. Logo em seguida mais uma travessa com a massa também fora colocada a mesa. Então um assado para acompanhar. Vinho para quem estava bebendo, e muito suco para as mulheres grávidas e as crianças. Que foram chamadas para jantarem. Emma e Regina ajudaram seus filhos a colocar comida no prato. Tommy ajudou TJ a comer. Glinda ajudou Violet, pois a menina havia pedido para sua avó ajudá-la.

Nesse clima de festa o jantar ocorreu tranquilamente. Depois que terminaram a sobremesa, sorvete de chocolate, que a criançada pediu, a conversa continuou. As crianças foram brincar novamente no lugar de costume, enquanto os adultos meio que se dispersaram formando alguns grupos.

Muito discretamente Emma puxou Ruby pela manga para um canto mais calmo – Eita Loirão, o que aconteceu? – perguntou a veterinária.

— Eu que pergunto. – brincou a loira – Como foi no orfanato? – quis saber Quero saber de tudo!

Ruby abriu um sorriso pequeno – Ah Ems, não aconteceu muita coisa. – respondeu Ruby ao se sentar na mureta que havia ali. Emma se sentou ao seu lado – Nos aproximamos com cuidado e conversamos cosas aleatórias. – disse soltando um longo suspiro – Mas foi bom o nosso primeiro contato. Rimos bastante e descobrimos que ela quer ser veterinária também. Ama cachorros. – fez uma pequena pausa – Está feliz por Jú e Tom terem sido adotados, mas sente muita falta dos dois.

— Imagino. – comentou Emma olhando os dois brincando juntamente com TJ, Violet e Henry. Risadas era a marca registrada deles naquele momento – O que mais aconteceu? – quis saber a loira percebendo que Ruby tinha mais coisas para contar Não esconda nada!

Um imenso sorriso surgiu em seus lábios – Ela nos convidou para voltarmos amanhã e conhecer a biblioteca e seus livros preferidos. – finalmente contou.

Os olhos de Emma se arregalaram surpresos – Que coisa maravilhosa, Rubs. – comentou feliz pela amiga – Vocês vão, não é?

— Claro! – Ruby respondeu imediatamente – Estaremos amanhã no primeiro minuto do horário de visitas. – então soltou um longo suspiro.

— O que foi? – perguntou Emma ao ver a expressão mudar no rosto da morena Não crie problemas onde não tem!

Ruby suspirou mais uma vez – E se depois de amanhã ela não quiser mais conversar conosco? – o medo se abateu na veterinária – Ainda teve uma pequena conversa com Úrsula. Ela sabe ser intimidadora quando quer.

— Quanto a Úrsula, ela apenas está protegendo as crianças. É o trabalho dela. – comentou Emma – Ela também nos deu um sermão.

— Ela comentou. – acrescentou Ruby com um pequeno sorriso, que não durou muito.

Emma soltou um longo suspiro Ah minha irmã, calma que eu sei o que está passando nessa sua cabeça exatamente agora! — Quanto ao seu medo, eu entendo perfeitamente Rubs... Quando estávamos na fase da conversa com os dois, esse medo também tomou conta de mim: E se eles não quiserem mais nos ver! E se eles acharem alguém melhor que nós? E se eles não quiserem vir conosco? É um monte de “E se” Rubs, e no fim eu apenas tive a esperança que se for realmente para eles serem nossos filhos, eu iria lutar com tudo que tinha.

— Quando você soube que eram eles? – perguntou olhando para sua amiga.

O sorriso que surgiu nos lábios da loira era lindo – Eu apenas soube! – foi a resposta de Emma O momento te diz! — Seu coração te diz que é para ser e nada lhe dirá o contrário.

As duas mulheres ficaram alguns segundos em silêncio – O que você está sentindo no momento?

Ruby soltou uma longa respiração – Eu ainda estou uma confusão que só, pois são tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo. – fez uma pequena pausa – Não conversamos sobre o acidente dos pais. Também não conversamos sobre o baby que estou esperando. Além de que também não dissemos que Katy e eu somos casadas. Não sabemos qual vai ser a reação dela diante de tudo isso.

— Entendo. – comentou Emma depois de analisar tudo Mas se Meghan for um pouquinho como a Jú, metade desses seus medos já caem por terra! — Vá com calma. Tenha cada conversa em seu tempo. Fale coisas de menor importância até o assunto de maior importância no seu ponto de vista. Dê tempo para que ela assimile tudo. – aconselhou Como eu disse, se ela for um pouco parecida com a Jú, Meghan irá entender tudo e aceitará sem o menor problema!

Ruby apenas assentiu com um aceno de cabeça – Sabe, agora estou nervosa quanto a esse encontro amanhã. – riu.

— Você sabe que não precisa ficar assim. – acalmou Emma – Afinal, você é você e saberá o que conversar e quando conversar com a menina, sem falar que terá Katy ao seu lado para lhe ajudar nestas questões.

Ruby olhou agradecida para sua amiga e inesperadamente a envolveu em um forte abraço – Obrigada minha irmã. – murmurou ainda no abraço.

— Eu que agradeço sua amizade e cumplicidade Rubs. – disse Emma retribuindo o abraço Você é a irmã que me mandaram!

— Ainda bem que não tenho ciúmes da Ruby. – brincou Regina assim que se aproximou com Kathryn ao seu lado. As duas mulheres tinham sorrisos adornando seus lábios.

— E nem precisa Rê. – disse Ruby ao soltar Emma do abraço – Pois a única loira que eu tenho olhos é a minha loira estonteante. – piscou para Kathryn.

O sorriso de Kathryn se tornou malicioso – Mas uma pergunta que não quer calar, aliás, isso é uma curiosidade minha. – olhou para as duas amigas – Vocês já se pegaram alguma vez? - imediatamente as duas mulheres ficaram vermelha – Sério? Quero saber tudo. – pediu a loira, enquanto Regina soltou uma risada gostosa Quem diria não Regina? Não é mente!

Emma coçou atrás da cabeça desconcertada Ah droga já tinha até esquecido dessa história! — Na realidade aconteceu apenas um beijo. – respondeu por fim.

— Como foi? – agora a curiosidade bateu em Regina Tem certeza que você quer saber Regina? Ai mente aposto que não aconteceu nada além de um beijo como a minha loira disse! Está bem!

— Éramos adolescentes, talvez uns quatorze, quinze anos? – perguntou para olhando para Ruby Não muito mais que isso!

— Dezesseis. – afirmou Ruby – Bem naquela fase de descobertas e tudo que era relacionado.

Emma riu afirmando com a cabeça Eita fase difícil, e pensar que passarei com todos os meus filhos por ela! Calma loira, não sofra por antecipação! Quando chegar o momento aí você sofre! Tem razão! — Então em uma noite que estávamos conversando sobre isso, o beijo aconteceu.

Era uma noite de verão, a lua brilhava alto no céu. Emma estava sentada na cadeira em frente a sua casa, com Ruby ao seu lado. O sono ainda não tinha dado sinal de que iria aparecer tão cedo. Além de que eram férias.

— Rubs, como saber o que você sente por outra pessoa é amizade mesmo, ou é amor? – Emma soltou a pergunta. Fazia algum tempo que a loira tinha essa dúvida com relação a sua amiga. Ela não sabia se o que sentia por Ruby era apenas uma grande amizade ou se estava evoluindo para algo mais sério.

Ruby olhou para sua amiga – Boa pergunta Loirão. – disse a morena – Sinceramente eu não sei te responder. – falou – Mas porque está perguntando isso? – retrucou, mas Ruby também tinha essa mesma dúvida.

Emma suspirou – Eu estou uma confusão de sentimentos, por isso eu perguntei.

— Quer falar sobre? – sugeriu Ruby.

— Acho melhor não. – respondeu sem jeito ao olhar para Ruby – Porque isso pode causar problemas.

Ruby olhou fixamente para a loira – Ah não, você não pode fazer isso comigo. Agora que começou pode continuar. Me deixar nessa angústia é muita sacanagem, não se faz isso com a amiga do peito, praticamente sua irmã.

Emma soltou outro suspiro – É o que eu disse, se eu fizer pode causar problemas. – argumentou novamente.

— O que está te deixando confusa? – Ruby mudou a estratégia.

— O que sinto por uma pessoa. – respondeu Emma cautelosamente – Eu não sei se é amor ou apenas uma grande amizade.

— Você já tentou conversar com essa pessoa? – questionou Ruby com o coração apertado.

— Em partes. – murmurou. Então o silêncio pairou sobre as duas.

— Já sei! – disse Ruby assim que surgiu uma ideia que ela achou ser brilhante – Tasca um beijo nessa pessoa!

Emma caiu na gargalhada – Está ficando louca, loba? Acha que vou fazer isso? E outra, como terei certeza com um beijo?

— Ai Loirão, as vezes a cor de seu cabelo realmente prevalece e não te deixa pensar direito. – brincou Ruby – Bom, seguinte, você tasca o beijo na pessoa que você está confusa com esses sentimentos e se o beijo continuar e for bom ou qualquer outra coisa que faça você querer mais, então é amor. – fez uma pausa para Emma acompanhar o raciocínio – Mas assim que você tascar o beijo e no meio dele perceber que não era nada disso ou era errado, ou que não vai evoluir nada além daquele contato inicial, então é amizade mesmo. – terminou de explicar.

— Entendi. – comentou Emma pensativa ainda depois da explicação da amiga – Faz sentindo. – concluiu.

— Então você irá tascar o beijo na pessoa? – perguntou ansiosa.

Emma olhou para Ruby – Mas se a pessoa que você tascou o beijo nunca mais olhar na sua cara depois que você perceber que é apenas amizade?

— Aí é outro patamar, tem que ser passo a passo. – explicou Ruby – Se ela não olhar mais na sua cara, dê tempo para essa pessoa, e depois tenta se aproximar e explicar o que aconteceu.

Os olhos verdes de Emma fixos no chão a sua frente analisando todas as possibilidades – Você está certa. – disse por fim, mas sem nenhuma coragem para agir.

Ruby abriu um sorriso – Por isso que sou sua amiga. – piscou. Mais uma vez o silêncio pairou sobre elas por algum tempo – Ah que tudo se dane! – exclamou a morena quebrando o silêncio, fazendo Emma a olhar, curiosa – Vou seguir o meu próprio conselho. – soltou ao olhar para Emma.

— O que você está dizen... – Emma foi interrompida pelos lábios de Ruby nos seus. As mãos da amiga em seu rosto o segurando no lugar. Em um primeiro instante a loira ficou surpresa, mas depois de realizar o que estava acontecendo aproveitou a oportunidade e retribuiu o beijo. Ruby assim que encostou os lábios nos de Emma, a sentiu paralisada e achou que tinha ido longe demais, então sentiu Emma retribuir o beijo. Segundos depois as duas se separaram com cara de interrogação uma para a outra – Não! – disseram ao mesmo tempo – É amizade mesmo! – concluiu a morena.

— Muita amizade mesmo! – concordou Emma.

Os olhos de Ruby se arregalaram – Quer dizer que a pessoa era eu? – Emma afirmou com a cabeça envergonhada e sem dizer nenhuma palavra – Tudo bem, tenho que confessar algo... – soltou e a loira apenas a olhava esperando pela continuação – Eu também estava com a mesma dúvida sua, com relação a você.

Sonoras gargalhadas ecoaram das duas mulheres – Amigas? – ofereceu Emma assim que se recuperou da risada.

— Com muita certeza. Amigas. – Ruby concordou – E somente amigas, praticamente irmãs.

— Sim. – falou Emma.

— Nossa, eu não acredito! – disse Kathryn limpando os olhos com as lágrimas da risada que tinha acabado de dar.

Regina também estava com os olhos cheios de lágrimas devido a risada – Por essa eu não esperava. – concordou Não falei mente, foi apenas um beijo para sanar a dúvida que tinham, coisa que é normal nessa idade ou em qualquer outra! Você tinha razão Regina! — Ainda bem que é apenas amizade.

— Mãe! Mamãe! – disse Tom aparecendo perto delas, esfregando o olho, em claro sinal de sono Acho que alguém já não tem mais energia para ficar acordado! Esse já está em contagem regressiva para a dormir Regina! — Quando vamos embora? – perguntou soltando um bocejo.

— Podemos ir agora. – Emma se antecipou e pegou o menino no colo, que imediatamente escondeu seu rosto no vão do pescoço de sua mãe loira e caiu no sono Era apenas questão de segundos até ele apagar de vez com sono! Logo termos mais dois assim também, Emma! Pode contar com isso mente!

— Acho que não temos outra escolha. – concordou Regina sorrindo enquanto acariciava os cabelos loiros do menino – Eu vou chamar Henry e Jú, e então vamos embora. – anunciou e Emma assentiu com a cabeça. A morena se afastou indo na direção das outras crianças.

Minutos depois e muitas despedidas, além de tudo combinado para amanhã, as duas mulheres estavam dentro do veículo e se encaminhando para o apartamento da morena. Uma vez dentro do apartamento as duas mulheres colocaram seus filhos na cama da vovó Cora e não demorou muito para se aprontarem para irem dormir também.

Assim que Regina se deitou, imediatamente Emma a abraçou por trás Não via a hora de ficarmos assim, ainda mais depois de tudo que passamos no tribunal! Todas as lembranças que retornaram! Sim, Emma! Remédio melhor que esse não há! — Quero dormir abraçada a você hoje. – murmurou a loira. Regina sorriu e se virou para ficar de frente para sua esposa.

— Eu também, principalmente depois desse longo dia. – sussurrou a morena fechando os olhos e se deixando ser embalada pelas batidas do coração e respiração de sua loira Que leve todo aquele sentimento ruim embora que as lembranças do dia de hoje trouxeram!

—SQ-

Kathryn estava sentada em sua cadeira olhando a vista noturna da cidade Boston, pensando em tudo que havia acontecido naquele dia. Ruby já havia se recolhido, assim como Glinda, Zelena e todos. Ela e Ruby conseguiram ajeitar todos no apartamento.

— Aqui. – disse John entregando uma caneca com café para sua filha – Não é igual ao de Eugênia, mas acho que também não é de todo ruim. – brincou ao puxar a cadeira para mais perto de sua filha e também se sentar. Olhou através da janela para apreciar a vista da cidade.

A loira se assustou a princípio, pois não havia escutado a máquina de café fazer barulho e nem a aproximação de seu pai – Obrigada. – agradeceu ao pegar a xícara – Estava pensando e estava longe, não escutei você se aproximar, desculpe.

John sorriu - Eu que peço desculpas. – disse e o silêncio se fez presente.

— Você tem razão. – comentou Kathryn com um sorriso sapeca nos lábios. John apenas a olhou esperando a continuação – O café não é de todo ruim. – brincou e tomou outro gole da bebida preta. O homem soltou uma pequena risada e novamente o silêncio caiu sobre eles.

— Ângela me contou onde você e Ruby foram hoje. – John resolveu ser direto no assunto – Mas não foi culpa dela, eu usei de minhas armas e a fiz confessar. – já adiantou. Kathryn apenas o olhou com um sorriso de lado nos lábios – Você quer me contar sobre isso?

— Senhor John, eu não sei o quanto o senhor sabe, mas o que eu for contar, no momento não pode sair daqui. – começou Kathryn olhando novamente para a vista, depois voltou seu olhar para seu pai.

— Prometo que não sairá desses lábios até eu poder falar. – disse John cruzando dos dedos indicadores a frente dos lábios em sinal de promessa.

Kathryn tomou uma longa respiração – Bom... Ontem Emma e Ruby foram ao orfanato convidar Úrsula e Ezequiel para o aniversario... Então uma menina chamou a atenção de Ruby. Essa menina se chama Meghan... – fez uma pequena pausa – Provavelmente você deva se lembrar de quando Emma e Regina conheceram Jú e Tom, não?

— Sim.

— Que Jú estava triste porque sua melhor amiga tinha sido adotada? – continuou Kathryn. John assentiu com a cabeça – Meghan é a melhor amiga de Jú. Por isso que você não pode falar nada disso ainda, principalmente porque Emma e a Rê não conversaram com a Jú sobre isso ainda.

— Entendi. – comentou John – Pode deixar que eu não vou contar nada sobre isso, foi como eu disse, só falarei algo sobre isso quando me deixarem. – confirmou – Mas se Meghan havia sido adotada, porque ela estava de volta ao orfanato? – questionou curioso.

— Os pais adotivos dela morreram em um acidente de carro. – explicou a loira – A avó paterna falou que não iria assumir a menina porque não tinham o mesmo sangue e por isso não a considerava sua neta, e sem ninguém para cuidar dela, Meghan acabou voltando para o orfanato. – terminou de contar, assim como terminou de tomar um gole de seu café.

— Que coisa mais cruel que essa senhora fez. – comentou John abismado com a atitude da senhora – Mas porque vocês foram lá hoje? – quis saber.

Kathryn soltou um longo suspiro – Ruby também perdeu os pais em um acidente e ela sentiu que precisava conversar com a menina.

— Ela conversou? – perguntou surpreso.

— Nós conversamos, mas não tocamos nos assunto do acidente ainda. – respondeu Kathryn – Aliás, não tocamos em muitos assuntos ainda.

— Como Meghan é? – perguntou ele curioso.

Kathryn abriu um sorriso – Uma criança sapeca, que tem um amor incondicional por cachorros, e quer ser veterinária quando crescer. – explicou – Mas vamos com calma que nós não vamos adotá-la logo amanhã. – se adiantou em dizer – Mas quem sabe mais para frente. – piscou.

John soltou uma risada baixa para não acordar o pessoal que já havia se recolhido – É o que vocês querem?

Kathryn encolheu os ombros – Eu não sei, mas eu gostei dela. Acho que Ruby também, se não ela não iria querer voltar hoje para conversar com a menina. Amanhã iremos novamente ao orfanato para passar a manhã com ela. Meghan nos convidou para voltarmos, pois ela quer nos apresentar a biblioteca e os seus livros preferidos.

— Então vocês já tem um encontro. – afirmou John, mas seu tom tinha satisfação. Kathryn apenas assentiu com a cabeça e o silêncio pairou novamente no ambiente. Suas atenções se voltaram para a vista da cidade.

— Eu preciso te falar uma coisa. – John quebrou o silêncio minutos depois – E sinceramente espero que você não fique brava comigo. – olhou para sua filha, com uma pequena aflição nos olhos – Mas também se ficar será direito seu.

Kathryn olhou para seu pai – Pelo visto é algo muito importante.

— Sim. – concordou – Mas eu não sei o quanto isso afetará sua vida, ou se ainda tem alguma importância para você. – fez uma pausa – Eu nem sei como começar.

— Pelo começo. – brincou Kathryn, fazendo seu pai rir e diminuir a tensão que pairou ali – Mas você já começou bem, é só continuar. – acrescentou.

— Eu escondi algo de você por muito tempo, e acho que agora é hora de você saber. – John respirou fundo – É sobre a sua mãe. – disse. Kathryn não demonstrou nenhuma reação a informação.

— O que tem? – apenas perguntou por perguntar.

— Lembra quando eu te contei que nós éramos divorciados? – perguntou.

— Sim.

Soltou uma longa respiração – Naquela carta que ela havia mandado os papéis do divórcio... – fez uma pausa olhando para sua filha – Ela também mandou outro documento junto. – soltou. Kathryn apenas ficou olhando para seu pai, esperando que ele continuasse – Era outro documento... Um documento abrindo mão dos direitos dela sobre você, assim me dando custódia e guarda total de você. – soltou por fim e esperou pela reação de sua filha, que não veio como ele esperava. A loira voltou sua atenção para a vista da cidade, ficando alguns segundos em silêncio. Deixando John angustiado com a revelação que tinha feito – Você não irá falar nada? – perguntou angustiado.

— Eu já sabia. – murmurou Kathryn depois de mais algum tempo em silêncio. Seu semblante neutro ao dizer aquilo. Aquele assunto já não a afetava mais.

— Como? – perguntou John surpreso.

Kathryn soltou uma longa respiração e voltou sua atenção para seu pai, que a olhava intensamente – Eu era adolescente ainda, e em um dia de revolta eu aproveitei que você não estava em casa, e fui ao seu quarto procurar alguma resposta da minha... – parou e respirou fundo mais uma vez – Fui procurar alguma resposta, alguma coisa de Abigail que me falasse porque ela tinha ido embora e nunca quis saber de mim ou por nunca ter voltado ou me procurado. – confessou – E nessa buscar por respostas, acabei encontrando os documentos do divórcio e junto esse documento que ela abria mão dos direitos sobre mim. – seus olhos se umedeceram. John queria abraçar sua filha, mas acabou segurando apenas sua mão – Então quando eu entendi o que aquele papel dizia... – Kathryn voltou a falar – Eu percebi que não valia mais a pena procurar ou querer saber mais sobre ela. – limpou os olhos úmidos com a outra mão.

— Por que você não veio brigar comigo assim que você soube desse papel? – perguntou John confuso.

A loira abriu um sorriso mesmo em meio as lágrimas que teimaram em voltar a seus olhos – Tia Cora aconteceu. – respondeu – Quando vi que a minha mãe tinha desistido de mim naquele papel, em desespero eu saí correndo e fui a casa da Rê. – falou com o tom baixo – Ela tinha aula do clube de leitura e por isso só estava a tia Cora. – respirou fundo – Eu contei tudo para tia Cora, e ela sabiamente me explicou o motivo por você nunca ter me dito nada sobre aquele documento. Então daquele dia em diante eu mudei a minha postura com relação a isso. – explicou, seus olhos marejados – Porque esse assuntou passou não ter mais importância para mim, o que realmente importava para mim era você, tia Cora e a Rê, que era a minha família de verdade.

John analisou toda aquela informação – Agora entendo a sua mudança brusca de comportamento. - comentou – Você não está brava comigo?

— Confesso que logo no começo eu fiquei. Mas depois que conversei com a tia Cora não mais. – disse Kathryn sorrindo, mesmo com os olhos úmidos – Mas então a tia Cora me disse que você não me disse nada sobre aquilo, porque queria me proteger de algo que me faria mais mal ainda se soubesse. E ela tinha razão. Aquilo realmente acabou comigo, e por isso que tomei a decisão de que isso não era mais importante para mim e não me afetaria mais. E decidir me preocupar com as pessoas que eu achava que eram a minha família. – assim que terminou uma teimosa lágrima rolou por sua bochecha – E agora quase mãe, eu entendo mais ainda a sua atitude em me proteger de algo tão cruel como aquele documento.

Não se aguentando mais John se levantou de sua cadeira e envolveu sua filha em um abraço carinhoso – Ah minha princesa. – murmurou ao sentir sua filha tremer em seus braços – Sshh está tudo bem, o papai está aqui e nada deixará lhe fazer mal. – disse como se eles tivessem voltado no tempo. Ele mais novo e sua filha com no máximo cinco anos de idade. Ele a pegava no colo e a embalava. Kathryn não se importou e envolveu seus braços ao redor de seu pai como sempre fez quando ralava os joelhos, ou quando fazia algum outro tipo de machucado quando criança.

— Eu te amo pai. – disse Kathryn muitos minutos depois, quando finalmente havia parado de chorar e se soltou do abraço acolhedor de seu pai. John limpou os vestígios de lágrimas do rosto de sua filha com os polegares, e depositou um terno beijo na testa da mesma.

— Eu também, minha princesa. – John disse de volta – Estamos bem? – perguntou colocando uma mecha de cabelo loiro atrás da orelha de sua filha, a olhando fixamente.

— Sim, estamos. – sorriu para seu pai, depois depositou um beijo carinho na bochecha dele.

— Ótimo! – concordou ele – Mas acho que agora está na hora de irmos dormir, pois amanhã cedo você e minha nora tem um importante compromisso com uma certa garotinha, que ainda não conheço, mas sinto que logo irei conhecê-la e ela será tão importante quanto as pessoas da nossa família. – piscou.

Kathryn apenas assentiu com a cabeça e se levantou, mas imediatamente passou seu braço ao redor da cintura de seu pai. John passou seu braço por cima dos ombros da filha e assim caminharam na direção dos respectivos quartos.

—SQ-

O dia tinha mal começado quando o carro de Kathryn parou em frente ao orfanato. Dele desceram Ruby e sua esposa – Não precisa ficar nervosa, minha morena rebelde. É como a Emma disse, vamos passo a passo. – disse ao segurar a mão de sua esposa e apertá-la passando confiança.

— Eu sei. – disse Ruby ao sorrir para sua loira – Bom dia seu Ezequiel. – cumprimentou assim que se aproximou do portão.

— Bom dia meninas. – o porteiro cumprimentou de volta – Fico feliz que voltaram. – falou abrindo o portão – Acho que o café está quase no fim, mas se quiserem conversar com Úrsula. Ela está em sua sala.

— Obrigada. – Ruby agradeceu e o homem apenas sorriu encorajando as duas mulheres. Ele fechou o portão e elas caminharam para a porta. Soltaram uma longa respiração assim que fecharam a porta e lentamente começaram a caminhar na direção da sala de Úrsula.

 


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Notas finais do capítulo

Tadá! Sim, 75 quase 76 anos de prisão para Lilith, ainda acho que é pouco. Pois terá acompanhamento psicológico. E Robin, só rolando na lama. Foi maravilhosa a queda dele!

Emma e Regina com os filhos, coisa mais linda! Agora com o fim dessa parte dos tribunais, essas cenas serão rotina novamente! Eu escutei um OBA?

Robin e Robert conversando, então Robin sendo preso por Amber, que foi tudo. Ele fazendo papel de palhaço ao descobrir que a ruiva é do FBI. Depois Marian e Robert se encontrando com Regina, e a amante de Robin se desculpando por tudo que fez. Regina superior mostrando que aquilo já não tinha mais importância.

Jantar com quase todo mundo, mas calma que logo estarão quase todos presentes huhuhu Emma e Ruby conversando sobre a ida da veterinária ao orfanato. Depois elas desenterrando uma história de suas adolescências. E por fim tivemos um momento emoção de John e Katy!!

Ah já aviso que essa semana será corrida e cansativa para mim, pois terei apresentação para os pais dos meu alunos no trabalho, então isso talvez isso atrase a minha escrita. E para completar ainda vou para a casa de mamis no fim de semana agora xD .... Mas não se preocupem, acho que voltando com o cotidiano do pessoal, a escrita acaba ficando mais rápida, pelo menos eu espero que sim xD... Mas em um balanço geral, acho que essa parte dos tribunais foi satisfatória xD...

Até a próxima!