P.O.V. Elijah.

Eu tinha uma filha. Eu tinha uma filha.

Ainda parecia surreal, muito surreal.

Eu a peguei no colo e seus olhos mudaram de cor novamente, voltaram á aquele tom de azul incomum que com certeza, sem a menor sombra de dúvida era sobrenatural.

—Olá Sophie. Seja bem vinda minha filha.

Os olhos dela ficaram assim até que eu a devolvesse para os braços da mãe. Foi ela ser colocada nos braços de Renesmee que seus olhos voltaram ao normal.

—Porque os olhos dela mudam quando eu a seguro?

—Você é um predador. Um puro sangue, cem por cento vampiro e ela sente isso.

—Ela não sabe que é minha filha?

—Sabe, mas acima de tudo e de todos você é um predador. Você é do tipo que fala de paz e mata porque acha graça. Mas, não se preocupe o seu ego será a sua ruína.

Renesmee deu risada.

—Porque está rindo?

—O verdadeiro amor prevalece e fodam-se vocês seus Originais metidos a besta. 

Elas logo receberam alta do hospital e foram para casa. A casa onde elas moravam era uma baita mansão, uma mansão enorme que ficava no meio do nada.

Bem no meio de quatrocentos e cinquenta acres de floresta e guardando a casa haviam três dragões enormes. Eles dividiam o território com um clã de lobisomens o que não era muito comum.

E os lobisomens se davam bem com eles, iam a sua casa e eram bem recebidos.

Pude ouvir um deles falando:

—Esse é um bebê muito esquisito. Dá uma olhada nos olhos dele.

—Dela. É uma menina Seth.

—Uma menina?

—Ela tá de rosa imbecil. E tá deitada num bercinho com fronha cor de rosa.

—Ai Leah como você é grossa.

—Caramba! Os olhos dela mudaram de cor.

—Ela acaba de notar que vocês não são ameaça.

—Esse é com certeza um bebê muito esquisito.

—Ela é um ser sobrenatural, você queria o que?! E chame minha filha de esquisita mais uma vez, mais uma única vez e a sua matilha vai ter que vir aqui pra limpar o seu sangue das paredes! Sua vadia ladra de namorado.

—Você ainda não esqueceu isso?

—Nunca. Você devia saber melhor do que ninguém como é ser traída. Afinal, o Sam trocou você pela Emily.

P.O.V. Seth.

A minha irmã sempre foi uma provocadora e dessa vez ela tomou. E tomou feio.

Ela saiu correndo e chorando.

—Querida você...

—Eu fiz o que eu tinha que fazer. Ninguém chama o meu bebê de esquisito muito menos uma vagabunda como a Leah Clearwater.

Renesmee pegou o bebê no colo, olhou pra mim e disse:

—Não é nada pessoal Seth, não tenho nada contra você. Mas, a sua irmã me tira do sério e ela tava pedindo pra levar.

—A Leah consegue ser... difícil as vezes.

—Eu sei. Sei disso melhor do que ninguém.

—Eu sinto muito pelo que Jacob e Leah fizeram com você. Eu realmente sinto muito, nunca pensei que eles fossem capazes de algo tão... terrível.

—Eu sei. Deixa pra lá Seth, eu vou encontrar um cara legal que me mereça.

P.O.V. Elijah.

Vi-a colocar Sophie no carro, o carrinho no porta malas e sair dirigindo em direção á cidade.

Elas caminharam pela cidade e fizeram compras.

—Eu sei que está ai Elijah. Seja homem e apareça.

Eu apareci.

—Pensou que eu não sabia que está rondando a minha casa? Que está me seguindo? Mas, é muito convencido mesmo.

Ela chegou bem perto de mim, meteu o dedo no meu peito e disse pausadamente:

—Fica longe da minha filha, abominação!

—Sophie é minha filha também! Tenho o direito de estar com ela.

—Tem se olhado no espelho? Olha no que você se transformou! Um assassino, que arranca corações. Você matou uma velhinha! Dentro de uma igreja! O que tem de nobre nisso?! Você mata mulheres e crianças! O que há de nobre nisso?! Em 1492 você caçou Katherine pela floresta como se ela fosse um bicho! Eu não vou permitir que a minha filha fique igual a você. Você era um homem e agora você é um monstro.

—Eu não sou um monstro.

O tom que eu usei...

—Tem certeza? Não salvou nem a si mesmo, como espera educar uma filha? Você não a merece e ela merece algo melhor do que você teve, merece uma família que a apoie e não que tente assassiná-la quando ela discorda de vocês. Porque você é mais monstro do que o Klaus e o Mikael juntos. Devia ter vergonha.

Ela saiu empurrando o carrinho e entrou numa loja de brinquedos. E saiu com Sophie no colo e no colo de Sophie um urso de pelúcia que ela abraçava com toda a sua força que não era pouca não.

—Que nome você vai dar para o ursinho querida?

Para minha total surpresa ela respondeu:

—Ness.

Renesmee perguntou divertida:

—Ness? Porque Ness?

—Por causa de você mamãe.

—Own! Obrigado querida.

Ela beijou a cabecinha de Sophie. Então a minha filha perguntou:

—Porque o papai é tão malvado?

—Porque o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente.

—Mas, você é mais poderosa do que ele e você não é ruim.

—Cada um é um. Eu tive uma base sólida, ele não.