Just The Destiny escrita por Giii_Poynter
Jenny PDV
Eu já estava muito irritada com aquele chefe. Ele apertava o meu braço demais!
Percebi que ele iria me levar para um outro quarto isolado, então consegui me soltar dos seus braços e corri sem rumo.
Mas, como o mundo conspira contra mim e eu sou uma tremenda desastrada, acabei caindo em uma pequena mesa de vidro que não sei como foi parar ali.
- AAAAAI. – Gritei, ao perceber que havia feito um corte bem profundo na minha perna e no meu braço.
- Hmmm, fail. Achou que conseguiria fugir de nós, né? Nem o destino deixa isso. – Charlie disse, acariciando meu rosto.
- Você me da nojo. – Respondi.
- Ótimo. Assim que eu gosto. – Ele falou, e logo depois me puxou pelo braço. Eu mal conseguia andar por causa da minha perna e gritava de dor, mas ele me ignorava.
Praticamente me jogou em um quarto apenas com um colchão e falou:
- Você foi muito má, tentando fugir daquele jeito, então vai ficar sem comida hoje.
E foi embora, me deixando esfomeada.
Fiquei ali, tentando rasgar alguns pedaços da minha blusa para enrolar no meu braço e na minha perna. Estava doendo demais.
Quando ouvi uma batida forte na parede atrás de mim. Bati também e percebi que a parede era bem oca.
- Jenny? É você aí? – Ouvi bem baixo a voz de Zack.
- Zack! Sim, sou eu. – Gritei de volta.
- Nossa, que alívio. Como você ta? – Ele gritou.
Achei meio impossível a gente conseguir se comunicar por uma parede, então percebi que no fim da parede havia um pequeno buraco que dava para o quarto dele.
- Me machuquei, mas estou bem. – Eu disse. Então falei para o buraco: – Hey, siga a minha voz.
- Hã? – Ele olhou para o pequeno buraco na parede e me viu. – Ei! Nossa, pelo menos podemos nos comunicar por aqui.
- Que bom... Er, Zack, eu estou bastante cansada. Vou dormir. Boa noite.
- Ok, durma bem, meu amor. – Ele desejou.
Me deitei naquele colchão nada macio e tentei pegar no sono.
Acordei ouvindo passos se aproximando da porta do meu quarto. Pensando que era Charlie e seus capangas, ia fingir que estava dormindo, mas então vejo Zack e Mike entrarem no quarto.
Eles estavam todos sujos.
- Zack! – Gritei de felicidade. Fui correndo abraçá-lo, mas acabei esquecendo da minha perna e caí em seus braços.
- Hey, o que houve com você? – Ele me botou sentada no colchão e começou a tirar o pano para examinar a minha perna.
- Ah, eu caí e me machuquei, só isso.
- Só isso? Jenny, isso é um corte feio. A gente tem que te levar imediatamente para um hospital senão pode inflamar. Eu sou médico, sei que isso é bem perigoso. – Disse Mike.
- Então é melhor irmos logo. – Zack falou, me pegando no colo e indo embora.
Fomos caminhando com cuidado pelo imenso jardim da casa.
- Hey, me explique. Como vocês conseguiram fugir? – Perguntei.
- Bom... Mike arrombou a porta do nosso quarto e como tem só sequestrados nessa casa, ninguém ouviu. Fomos para a casa dos fundos - que é aonde Charlie e a maioria de seus capangas estão dormindo - e fomos surpreendidos por dois pitbulls, mas Mike conseguiu distraí-los – por isso que está todo arranhado e sujo desse jeito – enquanto eu pegava a chave do seu quarto no quarto de Charlie porque a sua porta é muito mais pesada, então não tinha como Mike arrombá-la. E aqui estamos nós. – Ele sorriu, glorioso.
- E aonde está o resto dos capangas? – Perguntei.
- Como assim?
- Você disse que a maioria está dormindo na casa dos fundos, então onde está o resto?
- Ah, eles estão em frente ao portão da entrada, assegurando para que ninguém fuja. – Ele respondeu, tranqüilamente.
- Então... como a gente vai fugir? – Perguntei, confusa.
- Ah, isso a gente vê na hora.
Revirei os olhos.
Chegamos ao imenso portão de entrada e nos deparamos com um dilema: E agora?
- O único jeito é escalar isso. – Zack falou.
- E eu? – Perguntei.
- Eu tenho uma idéia. Mike, segure Jenny. – Ele disse e começou a escalar o portão. Ao chegar do outro lado, ele parou no meio do caminho. – Pronto. Agora, Mike coloque Jenny deitada em seu ombro e suba até a ponta.
Mike fez isso e quando chegou no final, me passou para Zack que me colocou em seu ombro também.
- To me sentindo como uma mercadoria. – Bufei.
- Então você é a melhor mercadoria que eu já recebi. – Zack falou escalando para baixo.
- Isso era para ser romântico? – Perguntei.
- Aham. É o melhor que eu pude fazer em uma situação de perigo.
- Ok, então...
Chegamos no chão e esperamos Mike descer.
Depois nos escondemos atrás de uma moita e observamos.
Havia 3 capangas mais adiante. Um deles estava dormindo em uma cadeira e os outros dois conversavam entre si.
- Ok... Qual o plano, sr. Gênio? – Perguntei para Zack.
- Simples, você fica aqui enquanto eu e Mike lutamos com eles.
Eu encarei Zack.
- Zack, você é péssimo com planos.
- Ah é? E de quem você acha que foi a idéia de arrombar a porta? – Ele levantou a sobrancelha.
- Qualquer um teria essa idéia. – Mike falou e eu comecei a rir da cara de Mike.
- Ok, ok. Como ninguém tem um plano melhor, vão logo lá. E ganhem, por favor. – Falei.
Eles foram e eu fiquei assistindo.
Logo Mike derrubou 2 dos capangas mas eles levantaram.
A briga de Zack com o cara que tava dormindo estava igualada. Uma hora ele derrubava Zack e outra, Zack revidava.
Mike conseguiu deixar um capanga desmaiado e lutava bravamente com o outro que era bem forte.
Zack levou um chute... Bem, naquele lugar. E caiu morrendo de dor.
Arregalei os olhos quando o capanga começou a chutar suas costas aproveitando que ele estava caído no chão.
Zack gritava de dor e tentava se levantar, mas o capanga o chutou de novo, fazendo-o cair.
Sem agüentar ficar ali assistindo sem fazer nada, automaticamente corri mesmo com a minha perna machucada, peguei uma pedra e bati na cabeça do capanga, fazendo ele desmaiar imediatamente.
Sorri vitoriosa enquanto Zack me olhava. Mas depois seus olhos se arregalaram e imediatamente senti braços fortes e me jogarem nas plantas que tinha lá.
Ao me ajeitar senti que a minha perna estava doendo mais ainda.
Olhei para frente e vi que Zack já havia levantado e estava ajudando Mike à bater no capanga que havia me jogado.
Então ele caiu desmaiado.
Zack veio me ajudar a me levantar, depois me pegou no colo e fomos para a estrada ali perto.
Novamente, não passava nenhum carro.
Caminhamos quase 1 hora e meia até que encontramos um hospital e o começo de um pequeno bairro.
Zack me levou rapidamente para a enfermaria e lá, uma enfermeira cuidou dos meus ferimentos.
- Enquanto isso, vou usar o telefone público para ligar para a minha vó, ok? Vai ficar tudo bem, vamos conseguir ir para casa. – Zack me deu um beijo na testa e saiu da enfermaria.
Algumas horas depois, Zack acariciava a minha mão, quando Charlotte apareceu.
- Meus queridos! Que confusão vocês se meteram, hein... Mas, agora podemos ir para casa. – Ela falou.
No carro, Charlotte fez eu, Zack e Mike contarmos TUDO.
Ao chegarmos na nossa cidade, ela perguntou:
- Então Jenny, te deixo na sua casa?
- Ah, sim. Uma hora eu vou ter que enfrentar Brad, não posso ficar adiando isso.
Ao chegar em casa, Brad estava vendo TV, mas deu um pulo do sofá quando me viu:
- JENNIFER!!!! A SENHORITA PODE ME EXPLICAR ONDE ESTAVA?
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