Obliviate - Dramione escrita por Bruna Fernandes


Capítulo 14
Apenas uma noite de bebedeira?


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaa! Adivinha quem já está morrendo devido a escola? Euzinha! Mas hoje, tentei escrever um pouquinho, para não deixar vocês na mão.
Não tá muito bom, porque estou super sem tempo para escrever. O cansaço está me matando ( Fico das 7 ás 18 na escola todos os dias).
Espero que vocês entendam e gostem mesmo assim.
As cenas do final, eu fiquei com muito nojo de escrever, então se forem rápidas é porque eu ficava torcendo para que acabasse.
Vou calar minha boquinha! Espero que gostem!



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— Hermione, nós podemos conversar a sós por um minuto? – A morena ouviu a voz de Draco assim que se aproximara da porta. Rosa ainda tremia enquanto caminhava lentamente até o carro e seu rosto era marcado pelas lagrimas que insistiam em permanecer ali.

Hermione não acreditara que a menina havia recebido bem a notícia. É claro que ficou nervosa e confusa, mas abraçou o pai e mostrou que o receberia a partir dali. Hermione não podia estar mais orgulhosa e aliviada.

Assentiu com a cabeça seguindo o loiro até o escritório dele. Não havia nada que se destacasse naquele cômodo, e talvez essa tenha sido a intenção da decoração. Uma janela imensa cobria a parede atrás da mesa, no entanto era coberta por uma pesada cortina cinza. Os acolchoados eram em um tom escuro de verde, Hermione supôs que seria para lembrar de sua sala comunal na escola.

Hermione pensou em se sentar, mas quando percebeu que ele não se sentaria, permaneceu de pé.

— Eu... – Ele tentou começar sem olhar para ela. Respirava profundamente enquanto tentava organizar os pensamentos – Obrigada por contar para a Rosa.

Suspirou ao fim da frase. Não era o que ele planejava dizer.

— Era o certo a fazer – Ela disse somente. Por que estava tão desconfortável com aquela conversa? Porque talvez tudo estivesse muito errado, tudo desde o dia daquele sonho. Deus, como uma vida pode mudar tanto tão rápido.

Ou talvez seu desconforto se desse pelo fato de não conseguir formar frases coerentes enquanto era observava por aqueles olhos cinzas.

— Dra...

— Hermi... – Ambos falaram juntos se interrompendo. Suspiraram cansados, ou melhor, exaustos.

— Hermione – Ele resolveu continuar. Ela apenas ficou em silencio, na verdade não havia planejado dizer nada. — Sobre tudo que aconteceu com a gente em Hogwarts naquele ano...

— Eu sei que eu não lembrava, Draco. Mas não foi uma noite de bebedeira para que você precisasse explicar, se ficamos juntos foi porque eu também quis. – Ela disse o encarando. Eles pareciam adolescentes que dormiram juntos depois de uma noite regada de bebidas e hoje estavam tentando entender o que havia acontecido. Eles eram adultos, Droga!

—Droga! – Ele disse se virando na direção da janela. Bufou passando os dedos pelos fios do cabelo, bagunçou-os. – Eu não me arrependo, droga! Eu queria, para você se sentir melhor, mas eu não consigo!

Hermione não deixou de o encarrar enquanto ele voltava sua atenção para ela. Uma nuvem escura cobria sua íris. Ela respirou fundo fechando os olhos antes de assumir:

— Eu também não me arrependo.

O que poderia dizer? Mentir?

É claro, se não tivesse se envolvido com ele naquele ano, nada disso teria acontecido. Porém, não teria tido sua filha. Não teria provado o que era uma verdadeira paixão. E aquele sentimento... Deus, não trocava o prazer de ter sabido o sabor por nada nesse mundo.

Há quem diz que esse sabor só pode ser provado uma vez. Hermione tendia a concordar.

Os olhos dele clarearam. Era como se uma tempestade se desfizesse no céu. Ele caminhou rapidamente na direção dela, fazendo com que Hermione só percebesse quando começasse a sentir a respiração quente dele em sua pele.

Deus, ele estava próximo demais! O que poderia fazer agora? Se afastar? Sim, se afastar! Mas por que os pés dela não se mexiam? Por que o corpo dela se inclinava cada vez mais na direção dele?

Não! Se afasta! Não, não ... O que ela estava dizendo mesmo? Sim, Por favor, sim.

Foi naquele momento que sentiu os lábios quentes dele sobre os dela. Seus braços fortes puxaram a cintura da morena para mais perto dele a fazendo suspirar no meio do beijo. Deus, como podia sentir tanta falta? Não era possível que um simples beijo pudesse despertar nela mais sentimentos do que ela achava que existia.

Foi um beijo ansioso, cheio de saudades, mas extremamente delicado. Hermione não queria sair dos braços dele, queria ficar naquela posição para sempre. Queria sentir cada pedaço dele próximo a ela, sentir a queimação da pele dele ao tocar a dela, queria sentir os lábios quentes percorrendo o pescoço dela, queria...

Não! Não! Merda, ela era uma mulher casada! Era fiel! Droga, o que estava acontecendo. Ela não era esse tipo de pessoa! Ela não traía! Essa palavra não existia no vocabulário dela.

Se afastou de Draco se soltando de seus braços. Um vazio invadiu seu ser.

— Eu não posso! – Afirmou olhando para o chão enquanto balançava a cabeça esperando que a consciência a impedisse de o beijar novamente. Cadê o anjinho do seu ombro direito que lhe daria a voz da razão?

­— Hermione... – Ele tentou se aproximando dela.  Hermione deu mais um passo para trás.

— Não, Draco. Eu não posso. Eu sou casada, eu tenho filhos!

***

— Pai! – Rosa exclamou abraçando Rony assim que as duas voltaram para casa. Hermione apenas encostou as costas na porta assim que a fechou.  — Não importa que eu tenha outro pai. Não importa! Você sempre vai ser o meu pai.

Com os olhos arregalados, Rony mudou o olhar que estava na filha filha, que ainda o abraçava na cintura, até a esposa. Franziu a testa. Se a vida fosse como em um desenho animado, Hermione podia dizer que viu fogo em seus olhos.

Afastou Rosa com as mãos recebendo olhares interrogativos da menina. Balançou a cabeça em negativa para Hermione, e deixou a casa sem dizer uma palavra.

***

Enquanto penteava os fios negros em frente ao espelho, se preparando para dormir, Hermione se deixou se perder em seus pensamentos: Ela havia traído o marido, mas um beijo pode ser considerado uma grande traição?

Se você correspondeu, sim!

Droga, ela havia correspondido. E como havia! Ela não sentia aquilo em muitos anos, acredita que nunca sentiu com Rony. Era como se todo seu corpo formigasse, como se as borboletas do estomago resolvessem dançar salsa, como se a respiração decidisse que não era mais necessária, como se o mundo parasse e nada existisse. Era uma paixão que por muito tempo duvidou da existência.

Você sempre duvida de paixão extremas, duvida de mera ilusão para vender livros. Até você mesmo sentir.

A porta do quarto abriu com força, batendo contra a parede. Hermione deu um pulo involuntário.

Era Rony. Bem, lembrava Rony. Seus olhos azuis estavam negros devido a pupila dilatada, seus fios ruivos estavam molhados e seu cheiro... seu cheiro era de puro álcool. Muito álcool.

— O que houve? – Hermione perguntou se aproximando dele, com a mão levantada preparada para tocar no rosto dele, foi impedida quando ele a segurou com força.

— MERDA! EU MANDEI VOCÊ NÃO CONTAR PARA ELA! – Ele exclamou apertando o pulso da morena com mais força.

— Rony, se acalma. Amanhã a gente conversa... – Ela tentou com um tom de voz mais calmo do que o possível.

— ACALMAR? MINHA ESPOSA É UMA VADIA QUE FICOU COM O FILHO DA MÃE DO MALFOY E VOCÊ AINDA ME PEDE CALMA! SE TOCA HERMIONE!

Hermione arregalou os olhos e tentou soltar seu pulso ainda preso na mão dele. Sua pele perdia a tonalidade devido a força que era pressionada.

— Rony, vamos conversar quando não houver tanto álcool no seu corpo.

— CONVERSAR! VOCÊ ME TRAIU SUA VADIA! DEU PARA O PRIMEIRO QUE ENCONTROU QUANDO EU NÃO ESTAVA NA ESCOLA!

Hermione respirou fundo algumas vezes, ele estava bêbedo, não iria valer a pena discutir. Deixa ele falar o que quiser. Ela acreditava que merecia ouvir alguma daquelas coisas. Não pensava, que ninguém merecia ouvir aquele tipo de coisa.

— TALVEZ VOCÊ SÓ SIRVA PARA ISSO MESMO, UM BOM SEXO! É UMA VERDADEIRA VADIA! POR ISSO ELE TE LARGOU E EU FIQUEI COM A SOBRA! – Ele disse pegando o outro pulso dela com força. A empurrou contra a parede. Hermione fechou os olhos quando sua cabeça bateu nela, uma leve tontura a abalou.

— PELO MENOS PRA ISSO VOCÊ SERVE! – Ele disse beijando seu pescoço enquanto a pressionava, ainda mais, contra a parede. Hermione sentiu nojo, odiava o cheiro do álcool, odiava o que essa substancia fazia com as pessoas. Odiava o jeito que Rony a estava tratando. Se sentiu um objeto, um pedaço de carne, algo sujo.

— Rony, me larga! – Ela exclamou tentando sair de perto dele. Ele era mais forte, nem ao menos alcançava a varinha.

— VOCÊ FICA COM QUALQUER UM! PELO MENOS SIRVA AO SEU MARIDO! EU SOU A MERDA DO SEU MARIDO! – Ele exclamou a segurando pelo pescoço. Ela sentiu uma pontada de dor.

— Rony, me larga agora! – Tentou gritar, mas ele estava alterado demais para ouvir.

Foi quando ele colocou a mão nos cabelos escuros dela. Apertou com mais força a cada segundo. A puxou pelo cabelo a empurrando contra o chão. Despreparada, Hermione chocou contra o chão batendo o rosto nas pernas da penteadeira. O canto direito do seu rosto começou a arder.

— É ISSO QUE VADIAS, COMO VOCÊ, MERECEM! – Ele disse a encarrando com aquele olhar negro. — AGORA VAI APRENDER A ME TRATAR COM RESPEITO.

Quando ele voltou a ir na direção dela. Hermione buscou a varinha o mais rápido o possível.

— Expelliarmus!


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Notas finais do capítulo

AHHHH
Gente, odiei muito escrever o fim desse capitulo, meu coraçãozinho está doendo! Sei que muitas de vocês não gostam do Ron ( eu também não), mas acho que exagerei.
Ahhh.
Espero que me perdoem!
Enfim, espero que tenham gostado e quero ver os comentários de vocês! Uma pergunta: De que casas vocês são?

Desculpa pela demora. To perdoada? Beijocas e até os comentários que estou mega ansiosa para ler!



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