Obliviate - Dramione escrita por Bruna Fernandes


Capítulo 13
Pai?


Notas iniciais do capítulo

Olha quem ainda tá viva? Gente, mil desculpas!!!
Mas eu tenho um motivo: Muitos me perguntaram e eu estou no terceiro ano do ensino médio. Ou seja, o ano mais tenso de todos da escola. Eu não tenho tempo de postar mais todos os dias, mas prometo que pelo menos terá um por semana. Como esse fim de semana está tranquilo, vou tentar postar amanhã, sábado e domingo. Mas nada garantido, ok? Vou garantir pelo menos um por semana. Não vou abandonar vocês, prometo!!



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Rosa estranhou quando a mãe decidiu que iriam sair somente as duas naquela tarde. Não fazia ideia de quem iriam encontrar, quem seria as pessoas importantes? Por que a mãe estava batendo as unhas no volante como fazia sempre que estava prestes a surtar?

A menina resolveu se deixar levar pela música do rádio, enquanto observava o caminho sem prestar muita atenção. Se afastaram do bairro que moravam e o atual era como o bairro que sua tia Gina morava: Casas de extremo luxo com uma distância enorme entre elas. O que Rosa morava possuía muitos prédios e as poucas casas eram bem grudadas, até se podia ouvir a conversa do vizinho. Eles moravam na Londres Trouxa, perto dos avós maternos.

Sua mãe parou aguardando o portão se abrir. Rosa focou o olhar enquanto tentava decifrar onde estavam. Notou a mansão escura com paredes de pedra e incontáveis torres, onde o teto parecia alfinetar o céu.

A menina se lembrou de uma foto que o primo tirou naquele mesmo lugar no ano passado: Era a casa de Escórpio.

— Mãe, o que estamos fazendo aqui? – Perguntou se virando para a mãe que parava o carro. Hermione nada disse, apenas saiu do veículo, fechando a porta atrás de si. Rosa fez o mesmo.

— Mãe! – A menina chamou, mas a mãe continuava seu caminho até a casa. Rosa a seguiu correndo. 

O que diabos estavam fazendo na casa de Escórpio? Por que ela tinha que ir junto? O que a mãe queria com eles? Seu pai só sabia os insultar!

Hermione bateu na porta respirando fundo e rapidamente ela se abriu os fazendo deparar com um  elfo, na verdade era uma elfo doméstica.

— Visitas? Não acredito! Já estava de saída! O Senhor Malfoy terá que me pagar hora extra- Ela reclamou se afastando da porta. Rosa a acompanhou com o olhar.

Ela recebia? O pai de Escórpio pagava os elfos? Isso era muito raro, mesmo em pleno século XXI! Sua mãe com certeza gostara disso, porque trabalhou muito pelos direitos dos elfos domésticos quando era mais nova, em seus primeiros anos no ministério.

—Venha, Rosa – Sua mãe disse com um tom de voz impessoal seguindo a elfo.

— Esperem aqui na sala com a Senhora Malfoy e o menino. Vou chamar o Senhor Malfoy – Ela disse saltitando pela escada.

Senhora Malfoy? Mas a mãe de Escórpio não morreu?

Continuou seguindo sua mãe até a sala de estar, enquanto tentava observar tudo a sua volta. Tudo dentro da casa também possuía um tom escuro. O alto pé direito surpreendia a menina, além das pilastras gregas e dos lustres gigantes.

Ao chegar na sala, também com a decoração característica, acrescentando vários quadros que cobriam boa parte da parede e uma lareira que era responsável pela claridade do ambiente, encontrou Escórpio e uma senhora de idade elevada  sentados no chão jogando um jogo de tabuleiro – Depois Rosa descobriu se tratar de um jogo trouxa chamado Scotland Yard.

A Senhora foi a primeira a virar o olhar na direção das visitas.  Seu rosto era muito bem marcado, seus traços eram firmes e seus fios brancos devido à idade. Rosa não sabia ao certo quem ela era, mas imaginou – devido a seu porte intimidante- que se tratava de alguém de grande importância.

— Narcisa – Hermione saudou lentamente, somente acenando com a cabeça. Era a avó de Escórpio.

Esse rapidamente se virou para elas ao ouvir a voz de Hermione. Seu rosto ficou mais branco, se isso fosse possível.

— Rosa? – Ele disse assustado para a menina. Em seguida, olhou para si mesmo de baixo para cima, se assustando ao notar que vestia pijamas. Rapidamente saiu correndo, assim como a elfo pelas escadas. Rosa se permitiu rir.

— Mãe, espero que tenha recebido as visitas, porque... – A voz de Draco Malfoy foi se aproximando da sala até que ele pudesse ser visto.

Rosa não se lembrava dele, o havia visto algumas vezes, mas não gravara sua aparência. Na verdade, nem precisara: Para sua aparência era só imaginar Escórpio mais velho, e para sua personalidade... Bem, seu pai já falava mal dele o suficiente.

Mas a menina não pôde dizer com certeza, mas não achava que aquele homem fosse mal. Mas, nem o conhecia.

— Rosa – Ele disse em direção da menina e ela o encarrou confusa. Ele a conhecia? Por que se referira a ela primeiro?

Olhou para a mãe. Hermione acabara de fechar os olhos controlando a respiração.

— Eu preciso te contar uma coisa, filha. – Hermione disse abrindo os olhos para a menina. Rosa franziu a testa, não parecia nada bom o que estava prestes a acontecer.

— Eu só preciso... – Draco parecia muito perdido com as próprias palavras e a sua respiração – Mãe, onde está Escórpio?

— Lá em cima – A mulher disse ainda sentada no chão próximo ao jogo. – Ele saiu correndo quando viu que tinha visitas.

— Escórpio! – Draco gritou e o filho rapidamente correu pelas escadas ainda abotoando a blusa.

— Nós precisamos conversar – Ele disse apontando com a cabeça para o menino se sentar. Rosa percebeu que ele se forçava para falar, o que a deixou ainda mais confusa. Deus, para que tanto mistério?

O menino obedeceu o pai.

­— Você também, Rosa. Sente-se.

A menina encarrou a mãe exigindo explicações. Como não as conseguiu, resolveu obedecer.

— Hermione – Draco pediu que ela começasse enquanto a mulher soltava o ar lentamente. Rosa nunca vira a mãe sem palavras.

Hermione se aproximou do sofá e se ajoelhou na frente da filha pegando suas mãos. Rosa tentou se afastar, estava muito assustada. Deus, alguém explica o que estava acontecendo? Seu coração batia acelerado fazendo seu peito reclamar de dor.

— Filha, eu sinto muito te contar isso assim, mas eu não encontrei outra maneira. – Sua mãe começou enquanto Rosa olhava em volta em busca de ajuda. Escórpio mantinha o olhar fixo em Hermione, enquanto Draco virava para a parede buscando apoio. Rosa estava prestes a surtar.

— Há muito tempo, eu sofri um feitiço que me fez esquecer de muita coisa que ocorrera em meu último ano de escola. – Hermione resolveu começar do começo para não gerar confusões.

— Um Obliviate? – Foi Escórpio que perguntou. Hermione concordou com a cabeça.

— Um pouco depois da formatura, eu me descobri gravida de você filha, e Ronald havia sido meu único namorado, a única pessoa que eu havia me envolvido. – Ela continuou fechando os olhos. A pulmão de Rosa clamava por ajuda, já que a menina sem perceber havia prendido a respiração.  — Mas, filha, eu havia esquecido. Ronald não foi meu único envolvimento naquele período, eu sinto muito por ter te enganado todo esse tempo.

—O que... o que você está dizendo? – Rosa tentou construir uma frase. Estava nervosa demais, tentava entender o que a mãe falava, mas todas suas teorias pareciam surreais demais.

— O Ronald não é seu pai, querida – Hermione disse apertando os olhos com mais força. Rosa abriu a boca prendendo o pouco de ar que ainda lhe restava.

— O que? – praticamente gritou se afastando da mãe. Lagrimas começaram a cair rapidamente pelo seu rosto. Seu coração parecia querer saltar de seu peito. Deus, precisava de ar. O que estava acontecendo? Não podia ser verdade, não é? Por que sua mãe quis lhe contar desse jeito? Por que aqui? Por que não com sua família? — Por que está me contando isso aqui? Não é justo!

— Por que seu pai está aqui, filha. O Draco é o seu pai! – Contou fazendo a menina arregalar ainda mais o olho. Rosa se levantou bruscamente. Suas pernas estavam bambas, seu peito doía, assim como sua cabeça.

— Não é verdade, não é? Isso é alguma espécie de brincadeira? – Ela exclamou indo até o pai do Escórpio. Quer dizer, o seu pai? Não!

Ele apenas negou com a cabeça a encarrando com calma, mas seus olhos eram suplicantes. Ele parecia estar passando pelos mesmos conflitos que ela.

Ela se permitiu chorar, chorar o máximo que podia. Aquilo não podia estar acontecendo! Ele não podia ser o pai dela? Ela não podia ter sido enganada toda sua vida. Se sentou no sofá tampando o rosto com as mãos. Soluçava a cada meio segundo.

Ao lado dela, Escórpio somente estava em choque, demoraria para digerir aquela conversa. Ele parecia estar prestes a desmaiar de tão branco que estava.

Rosa então, bruscamente se levantou e caminhou em passos largos até chegar no... pai.  O olhou com os seus olhos acinzentados, ainda marejados. Deus, ali estava! Ela nunca achou que os olhos fossem azuis, como todo mundo sempre dizia, creia que fosse uma cor diferente, especial. Não era como de Hugo... Era único, era igual aos do pai.

Então fez algo que nem ela mesmo havia pensado, o abraçou com toda a força e ali sentiu, que o amava, mesmo sem nem ao menos o conhecer antes. Era seu pai e deus, ela sentia isso.

Mas ainda amava Rony, e isso não mudaria.


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Notas finais do capítulo

O que acharam desse capitulo? Não consegui aprofundar tanto quanto eu queria, porque realmente está corrido as coisas aqui. Mas, espero que tenham gostado. Fiquei sem ar escrevendo, e acho que o próximo vai ser bem parecido. O próximo será um divisor de águas aqui na fic e espero que gostem.
Então, é isso! Espero ver vocês nos comentários!! Estou amando ler e me dá ainda mais empolgação para escrever, isso aconteceu hoje mesmo!
Enfim, beijocas e até os comentários!



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