E se fosse diferente...? escrita por Klara Valdez


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!
Tá aqui mais um cap pra vcs.
Sabe... eu tô sentindo falta dos comentários, apenas a Dany comentou. E eu sei que muitas pessoas acompanhando a fic. Não sei se vocês sabem, mas eu consego ver a visualizações, sabe?
Então, pequeno fantasminha, revele-se.
Apenas fale se gostou ou quer que eu continue.
Talvez eu poste o capítulo mais cedo...



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Um ano se passou. Eu vou tentar resumir o máximo que eu posso, ok?
Bem, eu fui estudar num internato perto do Olimpo, como vocês já devem saber. Nas férias de inverno, eu aluguei um apartamento com a ajuda do meu pai bem perto do Empire State. Quando as férias acabaram, voltei ao internato. Em um ano deu tempo de reconstruir o Olimpo e ainda deu pra fazer as estátuas extras que alguns deuses pediram deles mesmos.
E agora eu estava voltando para o acampamento. Eu sentia muitas saudades desse lugar.
Pedi ao táxi que parace no meio da estrada e, como sempre, ele achou estranho. Deu uma desculpa qualquer e o paguei.
Entrei na floresta e comecei a caminhar com a minha mochila nas costa. Desde a guerra contra Cronos, tudo anda meio calmo em relação aos monstros. Menos uma coisa que eu tive que me preocupar nesse ano que passou.
Vejo o pinheiro de Thalia na Colina Meio-Sangue e Peleu cuidando do velocino de ouro. As vezes me pergunto como ele consegue ficar ali sem fazer absolutamente nada o dia todo. Acho que eu só penso isso por causa da minha hiperatividade. Subo na colina e olho em volta.
Nada parecia ter mudado muito, exceto... era impressão minha ou tinha mais chalés esse verão? Ao lado do "U" formado pelos chalés abituais, tinham mais alguns chalés bem ao lado. Eu perguntaria a Quiron depois.
Desci a colina e foi direto para o meu chalé.
Não tinha muita gente no acampamento ainda, geralmente as pessoas chegam um pouco depois das férias começarem.
Abro a porta do chalé e vejo apenas uma pessoa lá dentro. Ela estava de costas para a porta, lá no fundo do chalé mexendo em alguns papéis na mesa. Ando devagar até ela e cubro seus olhos.
— Seja quem for, tira as mãos dos meus olhos! — eu tiro e começo a rir — Annie! — Alice larga os papéis e me abraça — Pensei que você não viria.
— Eu passei o ano todo projetando o Olimpo — jogo minha mochila na minha cama e me sento nela — Eu nunca pensei que diria isso mas... Não vou desenhar mais nada por um bom tempo.
Ela ri e se senta do meu lado. Ficamos por umas duas horas apenas conversando e atualizando a outra sobre a sua vida, até que eu me lembrei dos chalés lá fora.
— Ally, o que são aqueles chalés novos? — pergunto e ela fica meio inquieta.
— Err... Os chalés? Bem... acharam que os filhos dos deuses menores também mereciam chalés próprios em vez de ficar no de Hermes.
— Mas assim? Do nada? — isso não parecia obra de Quiron, se fosse, ele já teria feito isso a séculos. Literalmente — Quem quis fazer isso?
Ela de repente acha que balançar os pés é algo bem mais interessante.
Eu já saquei. Ela lembra da Annabeth do ano passado e acha que é ela que está do seu lado agora, mas ela morreu assim que eu sai do acampamento.
— Eu lembro que Percy comentou isso comigo alguma vez... foi ideia dele? — sinceramente, eu não ligava mais para o que aconteceu ano passado. Eu não sou uma criança pra ficar desviando de um assunto só porque ele está no meio. Mas isso também não significa que eu esteja 100% bem em relação a isso. Ainda machuca, e muito, relembrar tudo isso.
— Sim... foi dele — ela fala com cautela, ela espera alguma reação minha, mas eu só espero ela continuar — Ele não achava justo para os outros semideuses...
Alguns dos meus irmãos entram no chalé conversando alto. Uns falam comigo e outros me dão um aceno. Alice levanta e volta a mexer nos papéis e eu começo a desfazer minha mochila.
...
Passei a tarde treinado na arena com alguns semideuses e eu estava morta de cansaço. Eu só queria tomar um banho e comer, comer muito.
Depois do banho, fui ao pavilhão e me sentei na minha mesa. Estava tudo muito silencioso, silencioso demais, apenas o barulho dos talheres batendo no prato e duas filhas de Afrodite cochichando. Então escutei uma delas falar:
— Eu soube que ele ficou com o pai esse tempo todo, mas ele já tá chegando, parece que vai vir para o jantar...
Eu parei de prestar atenção e continuei comendo. Não sabia de quem estavam falando e nao queria saber. Quando dei a última garfada, ele entrou no pavilhão. Agora eu sabia de quem estavam falando.
Os cabelos negros pareciam mais brilhantes, a pele parecia mais bronzeada, ele vestia uma calça jeans escura e uma blusa azul, e tinha os seus olhos... Os olhos verde-mar pareciam mais vivos do que da última vez que eu vi.
Ele olha diretamente pra mim, sustento seu olhar e ele não desvia nem por um segundo. Ele senta a mesa ainda olhando pra mim. Ele me olhava de um jeito estranho, como se ele pudesse ver tudo dentro de mim, como se soubesse o que eu estava pensando. Seu olhar era frio e duro como o de um deus. Me levanto da mesa satisfeita com o jantar e vou embora ainda sentindo o seu olhar nas minhas costas.
...
Eu estava atrasada! Muito atrasada! Completamente atrasada!
Eu corria para o meu chalé. Precisava pegar o livro de grego antigo na estante. Eu iria substituir minha irmã que dava aula de grego antigo aos semideuses de 12 e 13 anos. Corria com tanta pressa que não deu tempo de parar quando uma pessoa surgiu na minha frente. E quando eu falo "surgiu", é porque ela literalmente surgiu na minha frente.
Eu derrubo a pessoa no chão e caiu em cima dela. Fico meio atordoada até que eu vejo olhos verdes me olhando e eles estavam bem perto dos meus. Ele franzi a testa e me empurra de cima dele.
— Você não olha por onde anda não? — ele se levanta e limpa a terra da sua roupa.
Parecia que eu tinha esbarrado no todo poderoso Zeus e não em um adolescente que já foi meu amigo.
— Oh, me desculpe Lorde Percy — levanto falando com deboche — Eu lhe machuquei? Ah, claro que não! Você é um deus!
Ele revira os olhos.
— Para com essa palhaçada Annabeth!
— Oh, me perdoe senhor! Não me transforme em cinzas, eu lhe imploro — entrelaço as minhas mãos encenando um pedido desesperado de desculpas.
— Você tá parecendo uma criança — ele cruza os braços.
— E você parece um deus arrogante e ignorante — coloco as mãos na minha cintura. Já era a terceira vez que brigamos essa semana...
— Arrogante? Você acabou de me derrubar! — ele da um passo na minha direção.
— Eu não podia adivinhar que iria surgir alguém na minha frente!
— Você não deveria ficar correndo pelo acampamento! — mais um passo.
— Eu não correria se não estivesse atrasada. Da licença — tento passar, mas ele segunda meu pulso e aproxima seu rosto bem perto do meu.
— Você não deveria falar comigo desse jeito, eu posso fazer qualquer coisa com você — ele me olha de um jeito ameaçador, mas a última coisa que eu iria sentir dele é medo.
— Eu não ligo para o que você pode fazer — puxo meu braço e continuo a correr para o meu chalé. Eu sabia que não iria chegar na hora de qualquer jeito.
Entro no chalé e vou até a estante cheia de livros. Procuro o livro por alguns minutos e quando acho, um outro livro cai no chão do lado do meu pé.
Me abaixo para pega-ló e vejo que é um livro que falava sobre os animais sagrados dos deuses. O livro tinha caído aberto numa página e me espanto ao ver de que animal se tratava.
Contava sobre o mito da corça de cerineia. Nesse ano que passou ando tendo sonhos com essa corça. Eu não me lembrava quem ela era, mas vendo a imagem dela no livro eu a reconheci.
Essa corça era consagrada a Ártemis, se não me engano ela era originalmente uma ninfa que fugia de Zeus e foi transformada numa corça que tinha uma velocidade incrível e nunca se sentia cansada de correr.
Então me dei conta de algo. Algo tão óbvio, bem de baixo do meu nariz. Ela queria me dizer algo, queria me mostrar um outro caminho que eu poderia traçar.
Largo o livro de grego antigo. Precisava mandar uma Mensagem se Iris. Eu já estava atrasada demais para aula, ja devem ter desistido de mim.
Saio do chalé e vou correndo até o bosque, até uma pequena cascata perfeita para o que eu estava precisando. Eu sempre vinha aqui quando precisava mandar uma Mensagem de Iris.
— Oh deusa, aceite minha oferenda — joguei um dracma na água e ele desaparece — Mostre-me Thalia Grace 
Uma imagem começou a surgir. Era a clareira de uma floresta, meninas de casacos prateados andavam no fundo e apenas uma delas estava perto o suficientes para me ouvir.
— Thalia! — ela olha na minha direção e abre um sorriso.
— Annabeth! Que surpresa — ela se próxima da minha imagem.
— Oi Thals. Onde vocês estão dessa vez?
— Algum lugar no sul do Canadá. Então... acho que você não me mandou uma Mensagem de Iris só para conversar comigo, estou certa?
— Está, eu decidi entrar para a caçada.


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Notas finais do capítulo

Vejo vocês semana que vem ^^



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