Rolos da Vida escrita por camila_guime


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

EBAAA
voltamos para Belinha!!!
Acho que este capítulo vai agradar e deixar muuuitas suspeitas.
Quero só ver os reviews!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/72196/chapter/21

Isabella PDV

 

Foi rápido que Charlie e Sam, seu colega de caçada, arrancaram a parede falsa que dividia meu quarto ao meio. Eu fiquei no cantinho, observando tudo ser feito. Sentindo dó no coração. Eu já estava acostumada a ter essa parede ali, delimitando o espaço de Edward e o meu.

Edward...

Apesar de eu ainda me preocupar com o que fazer quanto a Jacob, era Edward o dono dos meus pensamentos. E, enquanto arrancavam a divisória já desnecessária, eu ficava lembrando do som que fazia a grafite no papel, quando Edward passava noites e noites desenhando até tarde. Eu senti falta da urgência com que ele amassava as páginas e atirava na lixeira perto da porta. No outro dia de manhã, ele não percebia, mas eu pegava os desenhos perfeitos que ele jogava fora, e os guardava debaixo do meu colchão. Dezenas deles eram retratos meus, onde havia algum traço fora do lugar, defeito que o exigente padrão de Edward não permitia que ele deixasse passar.

Várias vezes Charlie e Sam tiveram que chamar minha atenção, pois meus pensamentos estavam tão perdidos, que eu nem os ouvia pedindo minha ajuda.

Porém, quando o trabalho todo terminou e eu arrumei minhas coisas no lugar, o que eu senti foi um imenso vazio. Eu não queria me distanciar de Edward assim. Nossa antiga situação bizarra era confortável. Quando eu chorava por causa de alguma briga entre Charlie e Renné, era ele quem me ouvia e, do outro lado da parede, dizia pra eu descansar e ficar bem. Todavia, não era essa a lembrança que mais instigava meu coração. A lembrança que fazia meu coração doer era uma que, se Charlie ou Renné suspeitasse, eu seria morta, e Edward fuzilado por meu pai!

*Lembrança:

Numa noite, parecia que tudo estava muito bem. Mamãe estava sorrindo, Charlie assistindo a TV alegremente até que... Tudo destroçou.

Renné quis sair para jantar, mas Charlie preferiu pedir pizza. Renné começou a reclamar da ociosidade de meu pai. Ele, por sua fez, começou a reclamar da mania dela por querer extravasar sem necessidade. E aí, a briga começou.

Eu subi debilmente, pois na época eu ainda sentia as costelas. Entrei no quarto e tranquei a porta. Deitei na cama e foi impossível segurar o choro. Sem querer, acabei fazendo Edward sair de seu quarto e vir até mim: a perturbadora da paz dos outros!

- Bella... – Ele disse, sentido por mim.

- Volta Edward, isto não é problema seu! – Não queria ser grossa, mas precisava evitar que ele ficasse perdendo seu tempo comigo e minha tristeza de sempre.

- Mas... E se eu quiser que seja meu problema? Não é você quem vai me impedir de comprá-lo para mim! – Ele falou, dócil. - Mas se quiser brigar, por mim, eu brigo. Isto é, se você garantir levar um golpe de caratê nas costelas! – Ele brincou.

Ri, sem querer dar o braço a torcer, mas foi inevitável. Edward se sentou ao meu lado na cama e, quando meu riso acabou, a tristeza falou mais alto. Não suportei ouvia as vozes alteradas lá em baixo e acabei caindo no choro de novo, mais forte e mais doloroso.

Edward me abraçou e me arrumou em seu colo de modo que eu ficasse meio deitada, mas sem machucar as costelas. Ele me embalava e murmurava uma música que eu não conhecia, mas que tinha um estranho poder de me acalmar. Logo, meu choro cessou, sobrando apenas os humilhantes soluços.

E fiquei ali, em seus braços pela primeira vez. Sobre seu peito eu podia ouvir seu coração batendo forte. Edward emanava um perfume doce e suave. Acariciava meus cabelos de maneira carinhosa e tranquila. Não demorou muito, ele havia conseguido me amansar. Eu só não havia percebido quando peguei no sono. E depois, só me lembro de acordar bem, disposta e acalentada... Ainda sobre o peito de Edward!

O susto que eu tomei o fez acordar na hora.

- Desculpe Bella, eu não deveria ter ficado aqui! – Disse ele imediatamente se pondo de pé.

Se foi tão constrangedor para ele quanto foi para mim, eu não sei. Só sei que era bizarro e estranhamente bom acordar e ter, como primeira visão, o deslumbre que era aquele garoto. Nem com os olhos sonolentos e os cabelos bagunçados ele ficava feio! Porém, em contrapartida, eu deveria estar com o cabelo horrível e a pior cara inchada! Valha-me Deus!

- Eu... Vou para o meu quarto. Fique a vontade e desculpe mais uma vez! – Ele tagarelou perfeitamente sem jeito, mais lindo que nunca, e desapareceu pela parede divisória.

Ah! Como eu odiei aquela parede na hora!

 ***

Charlie havia voltado para sua delegacia e Renné ainda estava fora. E eu? Eu estava completamente perdida em meus pensamentos, lembrando o que foi e o que ainda poderia ter sido... Edward, Edward, Edward... Quem diria? Porém, quando eu já tinha perdido a conta das vezes que pensei no nome dele, no rosto dele (enfim, nele todo!), alguém resolveu buzinar na porta de casa. Foi estranho como meu coração se inflou na expectativa de ser ele, mas eu sabia que Edward estava sem condução.

Corri, assim mesmo, a casa toda até chega à porta da frente. Abri sem ter olhado antes quem era e...Tomei uma surpresa. Boa e ruim, mas ainda assim, agradável. O.K. só para ficar mais claro, era Jacob. Boa surpresa por que era ele, e Jake sempre é Jake. Uma má surpresa por que não era Edward, quem eu esperava. Mas sempre agradável por que... Era o meu Jacob!

- Jacob! Você por aqui, duas vezes seguida? Isso sim é que é milagre! – Falei cedendo (de bom grado) um abraço a ele.

Como sempre, Jake, bem maior que eu, só faltou me erguer do chão e me girar. Desta vez, contudo, ele foi mais tranquilo, apenas me abraçando.

- É, ver Bella sempre é bom! – Disse ele. Seu sorriso gaiato (LINDO) estava estampando seu rosto forte. - Na verdade, você faz falta lá na escola. E, aliás, vim entregar a você o novo horário de aulas do semestre. Tomei a liberdade de pegar o seu!

- Ah, estava achando bom demais você vir aqui só por mim... De qualquer forma, obrigada! – Brinquei.

Jake sorriu passando a mão pelos cabelos.

- Você sabe que não preciso de motivo maior pra ver você além de você mesma... Pegue. – Ele me entregou o papel que estava no bolso de sua jaqueta, mas... Ele tirou a jaqueta para fazer isso...

Nota: Ô cara perfeito... Meu Deus!

- Ah, desculpe, Jake, você quer entrar? – Perguntei me dando conta de que eu precisava parar de babar.

- Na verdade, a gente pode conversar aqui fora mesmo. Está um belo dia... – Ele admirou o céu.

Estava nublado, mas se ele estava dizendo... Eu não discordaria.

Fomos para a varanda. Estava chuviscando fininho e Jacob improvisou um toldo com uma velha armação de ferro (sucata que ficou por aqui depois da derrubada da parede do quarto) e um tecido plástico da garagem. Fez tudo habilidosamente e surpreendentemente rápido.

- Obrigada! Charlie vai gostar disto aqui. É ele quem gosta de ficar apreciando a chuva... Quando não está na TV!

Nos sentamos debaixo do brilhante toldo improvisado, que não era grande, então, acabamos ficando consideravelmente próximos. Isso não me desagradou, exatamente, mas fez despontar uma pequena pontada de culpa.

- Então... Como estão indo as coisas lá na escola? – Perguntei.

- Hum... Bem. Exceto por que eu não ando com tempo para estudar tudo o que preciso. O nado e o trabalho com meu pai andam me consumindo... – Jake confessou passando a mão pelo rosto, que realmente parecia cansado.

- Ah, qualquer coisa, eu te dou uma força em qualquer matéria que precise! – Ofereci-me. Quer dizer, ofereci a ajuda.

- Obrigado, Bels! – Ele sorriu exclusivamente para mim, o que fez eu sentir meu rosto formigar. - Só que... Não é bem sobre o nado ou sobre meu trabalho que eu vim falar... Na verdade, não é nem sobre a escola ou sobre meu cansaço.

Estremeci com o rumo que esta conversa estava seguindo. Não sei se foi por que percebi o calor da pele de Jake, mesmo sem me encostar a ela, ou se foi por causa dos meus pensamentos culposos por estar com ele, lembrando de Edward.

- Então, fale, o que te trouxe aqui? – Dei de ombros.

- Vim, primeiramente, pedir desculpas por ter entrado sem bater no seu quarto hoje de manhã... Eu... Não quis interromper. É sério!

- Jake, olhar... Eu não...

- Calma Bels, eu não estou falando nada, nem pensando nada. Relaxe. – Disse ele e sorriu para mim, o que não diminuiu nada meu nervosismo. - Eu não sei qual a de vocês, mas quero dizer que respeito sua... Hum... Escolha. – NÃO! O que? Jacob achava que eu havia escolhido Edward, ou seja, descartado ele? Eu nem sabia que ele estava à minha disposição! - É de verdade. Nós somos amigos, de certa forma, desde sempre. Fico feliz por ver que você está gostando de alguém... Do bem.

Não, céus, alguém poderia me dar uma pancada agora que eu agradeceria!

- Jake... Eu nem sei o que te dizer exatamente. Eu nem sei o que foi aquilo! – Pronto. Falei.

Jacob olhou para mim um pouco surpreso. Sua mão desarrumou seus cabelos para trás, demonstrando desentendimento.

- Olha... – Recomecei. - Você sabe que eu... Bem... Gosto muito de você, mesmo. Mas... Assim...

- Bellinha, eu estou falando sério. Não precisa me explicar nada não, o.k.? – Ele disse, dando um beijo no topo da minha cabeça e me cedendo um abraço.

Enquanto eu abraçava Jacob, completamente incrédula sobre tudo isto, um motoqueiro idiota com uma garota imbecil na garupa subiu com tudo no canteiro e espirrou lama para cima da picape preta do Jake. Ele se afastou um pouco de mim para olhar a cena direito. Eu sequer soube o que fazer quando o motoqueiro tirou o capacete.

- Edward? – Perguntei embasbacada.

Sim, era ele. Mas, o que Edward estava fazendo aqui numa moto?

Edward pendurou o capacete no guidão da maravilhosa motocicleta e a colocou no pedal de descanso. A garota que vinha na garupa desceu e fez o mesmo com seu capacete. Porém, meu mundo simplesmente parou enquanto eu voava para a galáxia Cullen, ao deslumbrar aquela cena:

Edward abriu o zíper da jaqueta preta que usava e veio andando em minha direção. Está certo que a garota que estava com ele o seguia de perto, mas, para mim, ela nem estava ali naquele momento precioso. Era apenas Edward, em câmera lenta, andando compassadamente para mim, e só para mim!

Meu coração bombardeou o sangue com mais força, o que fez corar meu rosto todo, me fazendo sentir confortavelmente quente. Ao mesmo tempo em que parecia que eu estava flutuando, pois sequer percebi que andei em direção a ele também. A única coisa que eu conseguia perceber era seu sorriso... Bem perto de mim. E então, junto a mim.

Edward me abraçou pela cintura enquanto eu o enlaçava pelos ombros. Não sei o que me deu, mas retribui ao seu beijo como se não houvesse mais ninguém ali com a gente. Ele e eu bastávamos. Era a plenitude de uma boba e mirabolante felicidade inexplicável! Eu nem sabia que isso era possível, sequer achava que existia, no entanto...

 

Continua... :p


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários, Comentários, Comentários, Comentários, Comentários, Comentários, Comentários, Comentários, Comentários, Comentários, Comentários, Comentários!!!!!
Por favorzinho!!!
Pra quem comenta sempre, obrigada
pra quem chegou agora, se gostou, diz aí,
se não gostou, fala também!!!
ok?
Beijosss
não sei voces, mas eu to amando escrever
Bj
}Mila.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rolos da Vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.