White Room escrita por Kev1n


Capítulo 2
Reconhecimento de Área


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo pronto, espero que gostem :)



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Demorou muito para chegarmos ao nosso destino. Como não tenho muita noção de tempo, não sei se forma minutos ou horas, mas com certeza demorou bastante. O caminhão parou numa freada brusca, as portas traseiras foram abertas por um cara negro, corpo forte e careca usando um roupa preta, como se fosse um policial. 

Saímos do caminhão, o cenário era desértico... Literalmente. Onde se olhava tinha areia, pedras, areia, cactos e mais areia. O sol queimava aquela paisagem deixando minha visão um pouco turva. July começa a andar assim como os outros, sigo eles. Ao longe observo um casebre de madeira velha e rústica. July anda até a porta e a sigo. 

— Por que está me seguindo? — Ela pergunta. 

— Você é a única pessoa que eu conheço aqui, não sei o que eu faço. — Respondo. 

Ela ri depois se volta para a parede batendo numa sequências de vezes, às vezes com a mão fechada e às vezes com a mão aberta. Depois de um tempo batendo no mesmo lugar, a madeira é solta. No lugar do que antes era uma madeira, aparece um painel preto com linhas verdes horizontais e verticais cruzando-se. July coloca a palma de sua mão direita e o painel começa a escanear. 

— O que você fez? — Pergunto à July e olhando pra porta. 

— Código Morse na parede. — Começou ela. — Soco é ponto, palma é traço. Uma ordem de socos e palmas que forma a palavra "A.B.R.I.R" e o painel tem a digital de todos nós. 

— Entendi. — Respondi boquiaberto. 

O painel se fecha se tornando madeira de novo. O lugar que deveria ser um porta se abriu em uma escada enorme. Todos do Esquadrão 51 entraram e começaram a descer aquela escada, inclusive eu. No começo as paredes ao redor da grande escada era de terra, uma terra ressecada e escura, mas logo depois a terra começou a receber um aspecto metálico e logo adiante se tornando totalmente metal. 

Chegamos no final da escada em uma porta grande e metálica com as bordas em metal mais escuro. Um painel na parede igual a porta do início. Alguém que não era July se aproximou do painel e colocou a palma da mãe no leitor. O painel escaneou-a e a porta se abriu verticalmente dando acesso a um enorme salão com mesas e cadeiras, todos que estavam lá estavam comendo, conversando ou exibindo os poderes, o que eu achei mais incrível, eu não era o único que tinha poderes. 

— Vamos, você tem que ver alguém. — July disse e começou a andar 

— Quem? — Pergunto e corro um pouco, pois ela estava um pouco longe. 

— Os chefes de tudo isso. — Ela responde. 

— Chefes? — Pergunto confuso. 

July continua andando e não me responde. Ela começa a se dirigir por vários corredores e várias salas com vidros, enquanto passamos olho pelas vidraças e observo pessoas com poderes usando-os. July de repente para numa porta, esbarro nela sem querer e a mesma me olha de um jeito fuzilante. 

Ela abre a porta e no espaço há uma grande sala, com vários telões, livros, objetos, uma mesa muito larga e duas cadeiras confortáveis móveis. Elas estão viradas de costas. 

— Chegamos. — July fala. — Tchau. 

July dá as costas e me deixa sozinho. 

— Sente-se. — Diz uma das vozes. 

— Mas não tem cadeira. — Pisco e uma cadeira aparece no lado oposto da mesa. Fico admirado, mas não surpreso, andei até a cadeira e me sentei nela. 

As cadeiras se viraram e havia um casal. Ambos de cabelos castanhos escuros e curtos, mas o homem tinha o cabelo mais curto, quase raspado, eles tinham olhos castanhos escuros quase pretos, a mulher possuía um batom roxo escuro e o homem possuía lábios secos e ficava constantemente os lambendo. Os dois estavam usando roupas escuras, como dois policiais e igual aos motoristas dos caminhões. 

— Como foi a viagem Jake? — O homem me perguntou. 

— Foi bom... — Comecei. — Mas como você sabe o meu nome? 

— Assim como você Jake. — A mulher retrucou. — Temos poderes, mas não só nós, 90% dessa instalação tem poderes. Eu tenho o poder de criar coisas. 

— E eu. — O homem continuou. — Consigo ler mentes. Juntos, nós dois construímos essa instalação e recrutamos pessoas no mundo inteiro para nos ajudar, a maioria delas com poderes e dessa forma eles conseguem controlar seus poderes, evoluí-los e usando para o bem e para bens. 

— Assim como você Jake. — A mulher pegou a vez. — Muitos dos nossos meta-humanos estiveram no seu mesmo Centro de Pesquisas, por isso havia muitas salas, mas nós conseguimos resgatar todas. Porém, você foi o mais difícil, havia uma proteção maior para você e ficamos curiosos e daqui a pouco receberemos um relatório da missão de cada um e saberemos o porquê disso. Você tem alguma ideia? 

— Acho que não. — Dou de ombros. 

— Tudo bem. — O homem retruca. — Aqui está a chave do seu quarto e saberá como chegar lá. 

Uma chave aparece na minha frente, pego ela, me levanto da cadeira e saio da sala, e de repente sei como ir até meu quarto. Algo me diz que aquele homem está metido nisso, vou até meu quarto, é diferente, tem uma cama feita de metal e um colchão nela, do lado da cama há uma pequena cômoda com duas gavetas e um abajur em cima dele, no lado oposto à mesa há uma estante com vários livros muitos dos quais eu nunca li. Vou até minha cama, sorrio e deito nela, olho pros meus pés e percebo que há uma televisão e um aparelho de DVD, olho de relance para a estante e misturado com os livros também havia DVDs. Relaxo e tiro um cochilo, o primeiro fora daquele quarto branco. 

[...] 

Um barulho me acorda, ele apita três vezes e depois uma voz de mulher familiar fala a mesma coisa várias vezes. 

"Reunião no refeitório" 

Me dirijo até o refeitório, várias pessoas já estão lá e mais chegam a cada segundo. O casal com quem eu conversei mais cedo estava num pequeno palco com um microfone no meio deles. Após um tempo todos já tinham chegado ao refeitório. E a mulher começou. 

— Primeiramente queria dizer que nossa missão de número 237 foi um sucesso e conseguimos recuperar o Jake e explodir o Centro de Pesquisa do Sul. E de acordo com os relatórios da última missão, já está mais que claro que Jake está pronto para sair em sua própria missão. — Escuto tudo atentamente e percebo que July vem para o meu lado. — Nossa próxima missão será a CPA e juntos conseguiremos acabar de vez por todas com as crueldades que esses cientistas impõem em nós... meta-humanos. Todos nós, inclusive Jake, destruiremos aquele lugar e seremos livres, finalmente livres. — Nessa última frase o casal fala ao mesmo tempo e um grito de guerra é dito por todos no refeitório. 

— O que isso significa? — Pergunto para July. 

— Significa... — Ela começa.  — Que você vai para a sua primeira missão e nos ajudará a destruir os que começaram tudo isso.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar e acompanhar a fic ;)



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