Chances. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 14
Capítulo 14 - Carlie Biers.


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo só porque estou ansiosa para o ENEM!
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/721365/chapter/14

      Ponto de vista: Edward Cullen.

Era assustador, como mesmo depois de tanto tempo, aquele lugar pudesse parecer tão igual. No carro, a caminho da fazenda, só conseguia observar as florestas ao meu redor, que pavimentavam as estradas tão vividas em minha mente, afinal eram por elas que a Swan e eu chegávamos  onde Bella dizia ser seu lugar especial. Quase dei um sorriso, mas, me contive ao lembrar que Tânya estava ao meu lado e poderia estranhar isso, por fim continuei a dirigir com atenção dessa vez a minha frente.

                A entrada da fazenda  Cullen logo surgiu em  nossas vistas, senti minha esposa se animar ao cantarolar uma música, e Jane que estava no banco de trás junto com Alec e Bree soltar um resmungo, como se dissesse que estava odiando essas férias, antes mesmo delas começarem.

     Baixei o vidro da janela, quando parei o carro na porteira da divisa, e me deparei com a uma Alice Brandon mais velha me encarando de lá, a mesma acenou discretamente e eu me limitei a  balançar a cabeça, enquanto acelerava rumo a casa no centro do lugar.

            Assim, estacionei em frente a mansão de Forks dos Cullen e todos começaram a sair do veículo. Fui o último a fazer isso, e logo reparei em Alec, que olhava tudo a sua volta com curiosidade, apertei seu ombro, o incitando a seguir sua avó, que já estava entrando dentro da casa.

—O lugar é interessante. — admite de um jeito sério antes de ir, e eu concordo sorrindo. De repente, olho em volta também e encaro a majestosa mansão Biers em frente a nossa. Franzi as sobrancelhas, quando notei que ela havia triplicado de tamanho desde nossa última visita, e a fazenda em si tinha muito mais hectares.

                     Tal gesto fez com que meu pai se aproximasse de mim, com uma explicação já pronta.

—Caius deixou de administrar a fazenda, seu filho passou a tomar conta diretamente de New York e fez terra se transformar em ouro. Todos do mundo empresarial comentam sobre quão competente Jasper é na área. — não sei porque, mas, sinto aquilo como uma alfinetada, então me limito a suspirar.

—Bom, alguma coisa tinha que mudar, não seria nada interessante se as coisas permanecessem do mesmo jeito. — comento, observando agora os trabalhadores de nossa própria fazenda se dispersarem pelas proximidades, executando cada qual suas tarefas.

—Não foi só uma coisa que mudou. Tudo mudou em Forks. — Alice surge, falando aquilo de modo enigmático, vindo do lugar que antes se encontrava com uma agilidade impressionante.

   —Sim. Agora você manda na fazenda, não só treina os cavalos. — digo, me lembrando do posto que Carlisle a colocou há algum tempo. A Brandon, sorri concordando.

—Se fiz isso, é porque sei o quão competente Alice é.  — meu pai a comunica disso.

             Tânya se aproxima de nós, com o sorriso que reconheço ser o seu mais forçado e encara nossa funcionária com certo desdém, como se esperasse ser apresentada imediatamente.

—Essa Alice, a melhor domadora de cavalos que conheço. — a apresento com certo graça, e minha esposa faz uma pequena careta antes de a cumprimentar com dois beijos no rosto.

—Já deixei de ser isso há anos, Edward. Há alguém em Forks que o controla bem melhor do que eu. — comenta de forma leve.

—Uau, isso deve ser um saco. — noto e ela ri levemente.

—Você não faz ideia do quanto. — continua com os mistérios.

                  Após isso, decido que quero visitar o estábulo o mais rápido possível, pois se tem uma coisa que não consigo controlar é minha saudade de Leal, preciso ver como o amigo que tive nas melhores férias da minha vida estava. Pedi a Alice que me acompanhasse, e para minha surpresa, Tânya se ofereceu para ir conosco também, alegando que quanto mais partes da fazenda conhecesse mais satisfeita ficaria, mesmo a contragosto aceitei que ela fosse, e a próxima a se candidatar foi mamãe, que surgiu de dentro da casa rapidamente, contando que os mais novos estavam almoçando aquela altura.

                   Concordei e agradeci por ao menos meu pai me poupar de sua presença, afinal este disse que precisava ir ao escritório da fazenda checar alguns papéis para negociações de vendas de cavalo.

                  No caminho até o estábulo Alice me informou sobre algumas das tais mudanças de Forks; Uma família intitulada Volturi fundou um Haras que era sinônimo de elegância na região, e proporcionava competições de equitações quase mensais. A pousada dos Hale havia se tornado oficialmente o melhor lugar para diversão desde que Rosalie assumiu sua liderança e mais algumas famílias influentes haviam comprado fazendas por aqui.

               Minha mãe apreciou as informações, e pontuou sobre como seria bom poder conviver com pessoas da sua classe enquanto estivesse aqui e assim continuou divagando sobre como agora considerava que a ideia de Carlisle de comprar aquela fazenda tanto tempo atrás foi ótima.

                  Nada daquilo me interessava, a única coisa da qual eu queria saber a respeito de Forks era de uma pessoa, que Alice nem ousou mencionar, mas, pelos olhares sérios que ela me enviava, eu podia supor que a mesma tinha conhecimento de que Bella Swan ainda frequentava meus pensamentos.

         No entanto meus pensamento em relação a Swan se acalmaram um pouco quando avistei um ser enorme e negro no centro do estábulo. Leal estava realmente igual a última vez que o vi. E eu que desconfiava que não tinha nem mais um coração batendo aqui dentro, senti meus olhos marejarem de emoção ao encontrar a criatura.

Então, quando ele também notou minha presença se agitou de um jeito que fez com que eu percebesse que o mesmo não sentiu a mesma falta que eu, mas, não pude realmente me focar nele, não quando a pessoa próxima ao animal chamou toda minha atenção. A garota que antes parecia controlar tão bem Leal, me fitou parecendo assustada e todo meu fôlego se escapou ao vê-la de perto.

           Isso porque me lembrei da última vez que conheci uma garota nesse estábulo, e não, fisicamente essa garota nada tinha a ver com Isabella, mas, a chama que eu via quando olhava para Bella também estava nos olhos dela, nos olhos verdes que se refletiam nos meus.

    Todos a olhavam, mas, nenhum tão intensamente quanto eu. Simplesmente reconhecia algo nela, uma coisa que eu não podia explicar, mas, que estava lá.

            Então ela falou, sua voz era mansa, mas, ainda sim havia um rastro de deboche lá, esse que só se intensificou com o tempo. Quando mamãe a criticou, não sei o que aconteceu, eu simplesmente me afetei, quis defendê-la, o que era surpreendente pois em outras ocasiões dar minha atenção a uma mulher cuja as roupas estavam um trapo não seria do meu feitio, e quando ela falou sobre Leal, a forma como os olhos dela brilharam mais, e o orgulho se fez presente, quase reconheci a mim mesmo vinte anos atrás feliz por ter domado ele.

              Para completar toda montanha-russa de emoções ela disse a frase. Aquela que um dia eu havia recitado para Bella, e pelos céus ela parecia acreditar nisso tanto quanto eu e ai ela seguiu imitando mesmo sem saber a cena de anos atrás contando que morava logo ao lado na fazenda dos Biers, como Bella um dia fez.

Quando Alice a incitou a ir embora, achei que a mesma iria de cabeça baixa e obedeceria de forma pacífica, mas, ela me surpreendeu ao nos desafiar de forma tão natural que fez com que um sorriso surgisse em meu rosto quando ela realmente foi. Aquele olhar desafiador e feroz, eu já havia o visto muitas vezes no rosto de minha mãe, e foi uma honra ver de camarote, ele sendo retribuído.

—Ela parece ser uma boa garota. — surpreendi a todos com aquela frase, Tânya me olhou incrédula, e minha mãe furiosa, no entanto continuei sorrindo.

                    Alice olhou na direção que a tal Carlie foi e riu com escárnio antes de se virar para nós.

—Não se engane. — aconselhou de modo que franzi as sobrancelhas. — A garota é o diabo disfarçado. — me conta como se não fosse importante, ao passo que vai em busca de Leal, para tentar com muito esforço o recolocar em sua cabine.

               Com toda minha saudade, eu poderia muito bem me oferecer para ajudá-la, mas, depois de sua última frase estanquei no lugar e me perguntei como alguém que parecia tão justa poderia ser má em alguma circunstância.

            [...]

 Depois de um banho gelado, e com uma toalha na cintura me encontrava parado em frente a janela do meu quarto, observando a movimentação de fora da fazenda, tendo mais e mais lembranças.

Senti alguém me abraçar por trás e não precisei de muito para adivinhar de quem se trata. Me viro e dou de cara com Tânya que me fita com um sorriso que quase era sensual.

—Você está tão tenso, amor...Vejo agora que a ideia de relaxarmos aqui foi ótima. — comenta, apertando os músculos dos meus braços. A olho sério.

—O motivo de eu estar tenso, é inteiramente relacionado ao fato de termos vindo passar as férias aqui. — repito e ela revira os olhos antes de se afastar.

—É. Eu já decorei o discurso Edward, mas, por favor, que mal estamos fazendo ao respeitar uma vontade da sua mãe? Esmee, queria tanto vir para cá. — me lembra e é minha vez de revirar os olhos para ela.

—É. Porque agora é conveniente para ela. Não há mais riscos. Me diga, Tânya, se você é tão amiga da mamãe ela já te contou o que aconteceu da última vez que estivemos aqui? — indago a desafiando a responder.

—Ela disse que houve um problema. Pequeno. E que os Cullen logo trataram de resolver. — solto uma risada cheia de escárnio com essa.

—Claro que ela classificaria o fato de eu amar alguém que ela não queria como problema. — debocho, e minha mulher arregala seus olhos azuis para mim, não surpresa por eu destrinchar o que aconteceu, mas, sim por minha audácia ao admitir.

—Edward, isso não importa. — quando se recupera me diz, e eu me afasto dela indo em direção ao closet para buscar uma roupa. — Foi há muito tempo, você não é o mesmo rapaz, Esmee não é a mesma mulher. Você se casou comigo, construiu uma linda família feliz, sua mãe sabia que você já tinha superado isso, por essa razão propôs essa viagem. — chega mais perto de mim de novo e agarra meus ombros.

Sim, era uma vez universal que eu não era apaixonado por Tânya, mas, a mesma com certeza devia ser por mim, porque nenhuma outra aceitaria tanta frieza da parte do marido por tanto tempo.

—Bom, se ela acha isso, está enganada. — revelo para minha esposa com sinceridade, e ela engole a seco.

—Você deve estar cansado da viagem, por isso diz besteiras, vou descer e espero lá em baixo para que possamos almoçar. — ai está o truque mais sórdido dos Cullen; Jogar a sujeira para debaixo do tapete e não aceitar a verdade.

[...]

                   Quando cheguei ao andar de baixo, trajando roupas casuais avistei Alec e Bree no sofá conversando sobre algo animadamente. Sabia que ele gostava dela, digo, Bree tinha os mesmos gostos que ele; Livros, direito e calma, mas, namoravam há mais de um ano, e meu filho já chegou a me dizer que pensava em pedi-la em casamento logo mais, decisão que eu me limitei a pedir que ele tivesse certeza quando tomasse.

         A verdade é que eu não apoiava essa ideia. Porque como disse; Alec gosta dela. Ele não a ama, só sente confortável com os momentos que tem com ela, porque toda sua vida passou ao redor da confusão dos Cullen. Eu sei que ele só queria fugir de nós, mas, se chegar a se casar por essa razão, só estará indo em direção a prisão que permaneço por anos; Aquela de viver com uma mulher pelo qual não é apaixonado.

              Passei por eles sem falar nada, nem mesmo me interessei em perguntar por Jane, conhecia a garota o suficiente para saber que deveria estar com a mãe reclamando de algo da fazenda. Como não apresentava fome, mesmo depois dessas horas desgastantes, decidi que seria bom cavalgar um pouco.

                 Escolhi um cavalo qualquer, sabendo que a essa altura, por estar cansado não aguentaria tentar domar Leal. Ao que parece sou ótimo nisso de desistir das pessoas ou coisas que amo.

              Os campos de Forks continuavam os mesmos, e a sensação de liberdade ao correr fez com que uma parte do meu ser que estava a muito tempo adormecida acordasse. Fazia anos que eu não me sentia assim; Em paz.

                Acelerei mais, sabendo que o quão mais rápido eu fosse, mas, rápido os pensamentos iriam. Aqueles que eram cheio de culpa e amargura. Estava tão distraído com isso, que só percebi uma presença ao meu lado, quando o cavalo que eu montava se agitou. Virei para o lado e me surpreendi ao encontrar a garota que eu conheci mais cedo cavalgando em um puro sangue lusitano branco.

                Mal tive tempo de piscar, e essa passou por mim como um flash, guiando o que agora reconheci sendo uma égua com uma agilidade fora do normal. Arregalei os olhos ao observar que ela praticamente voava em cima dela, e que além disso, não parecia com medo de cair, ela confiava inteiramente no animal. Tanto que só parecia tocar as rédeas ao invés de agarrá-las.

               Tentei a acompanhar, mas, era difícil, tanto pelo fato de ter anos que não cavalgo quanto pelo fato da mesma ser a melhor amazona que já vi na vida.

                 Ela me dá vantagem, ao parar a égua no meio do caminho, e quando me aproximo vejo seu sorriso presunçoso, e me pergunto como a mesma parece tão bem desde o ocorrido de mais cedo. De repente, a descrição de Alice finamente faz sentido; Cinismo. Essa era a maldade dela.

—Não acredito que tentou competir comigo. Ninguém em Forks se arrisca. — comenta e em um salto digno de uma ginasta a mesma sai de cima da égua e segura seu cabestro.

—Eu já fui muito bom nisso. — lhe conto e de modo menos gracioso desci do meu cavalo também.

                A mesma ainda veste aqueles trajes, mas, não parece se preocupar.

—É um belo animal. — comento alisando a crina da égua dela. Carlie se limita a me fitar de forma calma.

—É! Penélope é incrível. — me diz de modo que dou um sorriso pelo nome dela. — Precisei dela depois da ceninha que protagonizei no seu estábulo. Quando me enraiveço preciso correr para me acalmar. E hoje, eu realmente tinha que me acalmar, tenho alguns furacões para enfrentar. — não sei porque desabafa comigo, mas, eu gosto disso.

—Sinto muito pelo que minha mãe disse...e... — ia continuar com o pedido, o referindo a mim próprio e Tânya, quando Carlie me interrompeu.

—Quantos anos você tem? Uns trinta e pouco, não é? Não peça desculpas pela mamãe é patético, e cá para nós, eu duvido que ela tenha se arrependido do que disse, e eu tão pouco me sinto mal por retrucá-la. Quer ouvir algo surpreendente? Eu gostei dela. — conta com um sorriso de lado, e eu a olho incrédulo.

—Como é? — depois daquela ameaça ela era realmente capaz de dizer uma coisa dessas?

—Não precisa parecer tão chocado. Aposto que sua mãe é daquelas que nunca foi enfrentada por ninguém...Acontece que eu também sou assim, e eu adorei a sensação de poder provar do meu próprio veneno. — aquela menina era uma figura.

—Está se auto intitulando um ser venenoso? — questiono curioso.

—Olhe ao redor senhor Cullen, sabe o que acontece com os ingênuos em Forks? Eles acabam com um coração partido e uma má reputação, só estou me poupando disso. — suas palavras me fazem fitá-la com seriedade. De repente, lembrei-me de Bella, podendo supor que foi aquilo que ela recebeu de mim. — É só fazer a reflexão básica, Forks cresceu, está cheia de novos ricos por ai, principalmente playboys, junte isso a moças puras em busca de um grande amor. Desastre na certa. — me explica de forma sucinta, como se não fosse nada.

             Estou realmente surpreso com sua inteligência, e de certa forma envergonhado por me reconhecer em um desses homens.

                      Coragem e vergonha. Conhecia aquela garota há poucas horas e ela já me despertara isso.

—Então, você é a exceção? — quis entender sua lógica, e ela sorriu por eu tentar acompanhar seu raciocínio.

—De forma alguma, também me envolvi com um desses playboys. — me conta de forma leve, dando um salto e se sentando na cerca. De modo curioso, me sentei ao seu lado, afim de saber mais sobre isso.

—Ele partiu seu coração, e você deu inicio a sua super ideologia? — tento adivinhar e Carlie gargalha, olhando para o campo ao redor.

                   Como aquela garota podia rir para um desconhecido tão facilmente?.

—Não! Ele me deu algo melhor que uma decepção, me deu um anel cravejado de diamantes. — me surpreende com isso, e é ai que eu descubro a segunda característica que a faz aparentemente má; É ambiciosa.

—Depois de partir seu coração? — tento de novo, e ela ri ainda mais.

—Não. Eu nunca o dei o meu coração para que ele quebrasse, senhor Cullen. É isso que me faz diferente. — me diz e eu a olho com diversão.

—Nunca nem cogitou? — indago arqueando uma sobrancelha.

—Nunca daria meu coração a uma pessoa que não cometeu uma loucura por mim. É isso que quero, sabe? Alguém que enfrente tudo por mim, que vá contra quem é, e que nos piores momentos me faça feliz, que me enlouqueça e que me faça melhor do que eu sou. — descreve e quase consigo pensar que um dia mesmo sem saber eu quis aquilo.

—Então, recusou o anel. — chego a essa conclusão.

—Não. Eu aceitei. E junto a ele lhe respondi um belo sim ao pedido do casamento. — dessa vez arregalo os olhos.

—Se não o ama, por que aceitou casar-se com ele? — eu devia ter feito aquela pergunta a mim mesmo antes de me casar com Tânya.

—Eu amo ele. Sou não estou apaixonada. Ele faz com que eu me sinta desejada, entende? Importante. Ele me exibe como se eu fosse um troféu, e minha parte vaidosa gosta disso. Enquanto não sou a garota com grande amor, quero ser a garota que todas as outras garotas queriam ser. E se eu me casar com ele, todos os outros homens vão invejá-lo e as mulheres ao seu redor me odiarem.  — discursa para mim. E no meu papel de amargurado do século não tenho argumentos para julgá-la.

—Seguindo essa lógica, você não é domadora de cavalos mesmo. — quando chego  a essa conclusão ela ri.

—Bem, no tempo livre sim...Na maior parte de tempo gosto de me classificar como herdeira. — franzo as sobrancelhas por sua fala, e a mesma ri ainda mais. — Carlie Biers. Ao seu dispor. — é minha vez de rir.

                           Então, novamente pela lógica a garota era filha de Jasper. Só pude pensar no quão sortudo ele era por isso.

—Acho que tenho que te agradecer por cuidar de Leal para mim, Carlie Biers. — finalmente noto e a comunico disso.

                  Carlie dá outro salto, dessa vez saindo da cerca e me olha com diversão.

—Está agradecendo por cuidar do meu cavalo? — questiona me provocando, e faz uma cara de chocada quando vê minha confusão. —Você não sabia que o Leal foi vendido? Qual é! Fazem dois anos. — me diz isso com calma.

—Isso não... — eu nunca fui comunicado que ele havia sido vendido. Meus pais me traíram mais uma vez. — Espera...Se ele é seu, por que ainda está na propriedade dos Cullen? — tenho que saber.

—Porque o estábulo Cullen é o lar dele. Não tiraria o lar de ninguém. — mostra seriedade ao dizer isso. — E com a idade dele, se ele fosse para o Haras, o mesmo seria sacrificado. — aquilo só fica mais louco.

—Haras? — quero que faça sentido.

—Minha mãe é sócia do Haras, foi ela que comprou Leal e me presenteou, o normal seria que depois do pagamento ele tivesse sido enviado para o Haras, mas, eu não deixei. — explica.

—Qual é o sentido de pagar por um cavalo do qual não vai usufruir? — acho que eu não devia ter pedido por aquela resposta.

—Queria que ele tivesse um dono que não o abandonasse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Chances." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.