Filha de um pirata... e uma princesa?! escrita por Melissa Potter


Capítulo 15
O dia em que não estávamos mais seguros


Notas iniciais do capítulo

oi oi pessoal como é que vcs estão? um mês sem postar nada vcs devem ter sentido saudades, me desculpem pela a demora pessoal eu tive um final de ano muito complicado cheio de coisa para resolver e quase não tive tempo para outras coisas só deu para atualizar a fic agora me desculpem mesmo :/ mais enfim demorou mais o capitulo chegou e ele ta grandinho :3 espero que gostem bastante e que aproveitem ao máximo....boa leitura ;)



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Quando completei treze anos aconteceu um ataque na Jolly Roger, foi muito assustador quando fui descoberta pelos os piratas inimigos, todos eles vieram só para a minha direção…

Era um dia claro e até bonito, Charlotte tinha completado seus treze anos no dia anterior e agora estavam vivendo um dia normal, ou era o que pretendiam.

O mar estava calmo e belo – como sempre na opinião de Charlotte – Lottie estava sentada na beira do navio olhando o oceano, sempre fazia isso quando tinha um tempo livre.

— Está bonito hoje, não é? – Miguel falou sentando-se ao seu lado e também contemplando o mar.

— Está maravilhoso. – Charlotte o respondeu com um pequeno sorriso. – Não há lugar melhor para se viver não acha?

— Verdade, é maravilhoso viver no mar, viajando para vários reinos com a Jolly… mas, tenho confessar que as vezes eu ainda sinto falta de morar em terra firme, em uma casa que não tenha o balanço do mar. – Miguel riu com a última frase.

— Você ainda se lembra? De como era quando seu pai e você eram camponeses? – Charlotte indagou curiosa como sempre.

— Muito pouco. Éramos pobres, portanto tínhamos muito pouco, mas lembro que éramos felizes. – Miguel a respondeu. – Mas, nada se compara ao dia em que seu pai nos trouxe para cá, por isso eu sempre deixo esse assunto para lá, porque é maravilhoso viver no mar.

Charlotte sorriu.

— Eu já me imaginei sabe? Em terra firme, morando em uma casa, vivendo feliz com papai e… mamãe. – Charlotte se inclinou sobre ele como se fosse contar um segredo. – Devo admitir que era sempre sem graça.

Miguel riu.

— É claro, você ama tudo isso! – Miguel falou gesticulando com as mãos para o mar. - Se não tivesse pernas seria uma sereia.

Foi a vez de Charlotte rir.

— Do que iria me servir uma cauda de sereia? – Charlotte disse ainda aos risos – Não dá para lutar com ela.

Miguel a acompanhou nos risos.

— Verdade, eu tinha me esquecido desse detalhe gigante, que Charlotte Jones não pode viver sem seus treinos de luta de espadas… e pensar que você é a princesa de um reino.

Charlotte soltou uma risada debochada pelo o nariz.

— Nunca fui princesa. Não conheço meu reino de origem, não sou princesa, sou pirata. – Charlotte o respondeu. Miguel iria falar algo mais um marujo o cortou gritando:

— Navio inimigo a vista!

Imediatamente todos entraram em alerta e muitos olharam para Killian entre eles Charlotte e Miguel.

— Qual inimigo? – Killian questionou.

— Barba negra! – O marujo gritou de volta.

— Marujos, preparem-se para um possível ataque! – Killian gritou para os marujos.

— Acho que é sua hora de provar de que é uma pirata e não uma princesa sem reino. – Miguel falou se levantando e a desafiando de brincadeira com o olhar, esse tipo de coisa era sempre frequente entre eles. Charlotte sorriu marota e cerrou os olhos para ele.

— Está me desafiando, marujo? – Charlotte disse pegando seu chapéu preto, típico de um pirata, que estava ao seu lado e o colocou na cabeça enquanto se levantava. Miguel também colocou um de seus chapéus, daquele jeito nenhum dos dois estavam reconhecíveis e se confundiam com os outros piratas.

— Com toda a certeza… Alteza. – Miguel respondeu com sorriso debochado, Charlotte permaneceu com o mesmo sorriso maroto.

— Então prepare-se para se surpreender bastante. – Ela colocou um fim na conversa.

Enquanto conversavam, o navio inimigo tinha se aproximado ainda mais e todos os marujos e Killian já estavam prontos caso o navio inimigo decidisse atacar. Só havia um pequeno problema, Killian pensava que a filha estava no quarto junto à Miguel, o qual ele mandara Smee trancar, para que nada lhe ocorresse. Charlotte suspeitava disso, por isso ela e Miguel cobriram o rosto da visão de qualquer marujo ou do capitão, dessa vez eles queriam participar do confronto, e para mais garantia, Charlotte colocou seu colar de cisne para dentro da blusa escondendo o brilho do pingente.

O navio de barba negra se aproximava cada vez mais e agora já estava lado a lado com a Jolly Roger. Killian se aproximou de onde os marujos se preparavam, não tirando os olhos do navio inimigo. Barba negra, com um sorriso maligno, desceu de seu próprio navio pulando direto para a Jolly Roger, alguns de seus marujos o acompanharam, ele dirigiu-se imediatamente para Killian, que já o esperava.

— Ora, ora, se não é o capitão Gancho? – Barba negra disse com desdenho.

— Não me chamam assim a muito tempo. – Killian replicou.

— É claro! Havia me esquecido que havia se casado com a princesinha pertinente…, agora é da nobreza, rei, se não me engano. – Barba negra disse em um tom falsamente cordial.

— O que quer, Barba negra? – Killian questionou já sem paciência.

— Soube que tem algo nesse navio que me interessa muito. – Barba negra o respondeu. Killian arqueou uma das sobrancelhas. “Havíamos roubado algo que interessava barba negra?”.

— Algo que lhe interessa no meu navio? O que é? – Killian indagou.

— Algo de muito valor para o senhor, capitão, a pequena Charlotte – O sorriso maligno de Barba negra aumentou.

Por um segundo Killian paralisou, “como ele sabe de Charlotte?”, mas logo se recompôs e deu-lhe um sorriso debochado.

— Não temos nenhuma mulher ou criança nesse navio. – Killian mentiu. – Se enganou de navio pirata, Barba negra.

— Ora, não tente me enganar, Jones, sei que teve uma filha com a loirinha. Descobri também que ela se chama Charlotte e não acho que iria mantê-la longe de você…, portanto, nada de viver fora desse navio para a menina. – Barba negra disse convencido.

— Já disse que não tem nenhuma mulher ou criança nesse navio. – Killian repetiu, agora muito sério.

— Está mentindo. – Barba negra olhou para os marujos que lhe acompanhava e também para os marujos em seu navio e gritou. – Vasculhem todo esse navio! Não deixem de procurar até achar a garota.

Killian e seus marujos imediatamente se preparam puxando suas espadas e apontando-as para os inimigos.

— Não tem permissão para isso, não irá vasculhar esse navio nem por cima de meu cadáver. – Killian o afrontou. Barba negra aumentou ainda mais o sorriso malvado.

— Isso é o que veremos. – Barba negra o desafiou e em seguida uma pequena batalha começou no deque da Jolly Roger.

Charlotte e Miguel estavam entre eles, os dois lutavam com bastante fervor. Charlotte estava mais concentrada nas lutas que o normal, era a sua primeira vez lutando de verdade, e o mais assustador, lutando para que ela sobrevivesse. “Todos estão lutando para me proteger”. Com aquele pensamento, ela sentiu mais amor por cada uma daquelas pessoas que lutavam contra Barba negra. Ela se distraiu com aquele pensamento e não conseguiu evitar que alguém trombasse com ela, fazendo com que ela fosse ao chão, o navio inteiro pareceu congelado quando o seu chapéu caiu e rolou para longe de sua cabeça, seu rosto e os cabelos loiros acima dos ombros ficaram completamente expostos.

— Ora, ora, acho que é você a Charlotte que estamos procurando. – Um dos piratas malvados se aproximava dela apontando-lhe a espada.

Pelo canto do olho Lottie viu pela primeira vez na vida o puro pavor nos olhos do pai, ele não poderia ajuda-la, Barba negra estava, literalmente, com uma espada no pescoço dele. Charlotte não pensou muito e, com um movimento de suas pernas, ela derrubou o pirata a sua frente e enquanto se levantava pegou a espada que ele segurava e em seguida cravou a espada no corpo do homem.

— Prazer. – Charlotte disse enquanto tirava a espada do corpo do homem e tirava os fios de cabelos loiros que haviam caído em seu rosto ao se levantar.

Tudo aquilo foi muito rápido, Charlotte nunca havia matado ninguém e se sentiu muito estranha quando se tocou do que fez, porém decidiu deixar esse pensamento de lado, pois havia sido descoberta e não tinha tempo a perder, todos os piratas inimigos estavam vindo em sua direção.

Antes deles se aproximarem muito, com um movimento displicente de uma de suas mãos, ela lançou Barba negra para longe de perto de seu pai e alguns piratas inimigos para longe de si.

Mesmo assim, os piratas inimigos viam aos montes para cima dela, eram tantos, que ela precisava da ajuda de alguns marujos para detê-los, no meio da confusão, Killian conseguiu chegar perto da filha. O rosto de Killian voltara a ficar sério e agora parecia até um pouco bravo, ele iria discutir com ela.

—  O que a senhorita pensa que está fazendo aqui? – Killian questionou enquanto a ajudava com os inimigos.

— Pai, agora não é hora. – Charlotte falou se defendendo com eficácia.

— Charlotte, não estou para brincadeira! Pegue Miguel e se tranque em seu quarto. Tenho certeza de que se você está aqui, ele também está… saiam daqui, nos cuidaremos do resto. – Killian mandou. Os dois agora lutavam de costas um para o outro. – Coloque feitiços de segurança, tenho certeza que já está boa neles.

— Pai, eu não vou sair daqui! Não vou deixá-los para trás de jeito nenhum! – Charlotte continuou insistindo. – Aliás, eu não tenho certeza se consigo fazer feitiços de segurança que funcionem.

— Charlotte, não discuta comigo! – Killian brigou.

— Papai, agora não é hora, por favor! Não se preocupe, eu sei me…

— Charlotte? – Killian estranhou o silêncio repentino da filha e olhou para trás e teve certeza que nunca esqueceria o que viu.

Um homem havia enfiou a espada no lado direito da barriga de Charlotte. Não a atravessou, mas foi o bastante para levar a menina ao chão com um grave ferimento. Killian perdeu o controle, matou muitos, inclusive o pirata que lutava antes e o que machucou sua filha, até chegar em Barba negra novamente. Ao se aproximar, Killian o segurou pelo pescoço e prensou no chão.

— Como soube dela?! Como soube dela?! – Killian questionou gritando furiosamente sem parar no rosto de Barba negra, que apensa ria. – Responda!

Rindo e com falta de ar, ele respondeu com dificuldade:

— Eu não tenho como responder… terá que descobrir… sozinho.

Killian enfiou-lhe a espada no mesmo lugar que a filha foi atingida. Sem dizer mais nada, levantou-se e voltou-se em direção a filha caída no chão. Os piratas inimigos perceberam o capitão deles caído e a batalha se encerrou com os inimigos rendidos. Killian se ajoelhou ao lado da filha e colocou a cabeça dela em seu colo.

— Porque não me obedece sem questionar?

— Sabe que eu sempre discuto. – Charlotte o respondeu com um leve sorriso. Ela mantinha as mãos em seu ferimento, que já manchava os arredores de sua blusa e sobretudo de sangue.

— Alguém tem que ajuda-la! – Killian falou alto para que todos ouvissem, ele já estava começando a entrar em desespero.

— Senhor, temos que leva-la para o quarto, Hermes irá cuidar dela. – Smee falou se aproximando dos dois, parecia muito preocupado.

Killian colocou a filha nos braços cuidadosamente, Charlotte gemeu com o movimento repentino.

— Vai ficar tudo bem, querida, você irá ficar bem. – Killian disse encaminhando-se para o quarto dela, porém, Charlotte o interrompeu.

— Não, papai… me leve para o leme do navio. – Charlotte pediu com dificuldade.

— O que está dizendo? Está ferida, tenho que leva-la para o quarto para que cuidem de você. – Killian discutiu.

— Papai…, por favor, eu tenho que fazer uma coisa. – Charlotte insistiu.

Em conflito consigo mesmo, Killian levou a filha até onde ela pedira. Devagar, Charlotte levou uma das mãos para o bolso interno de seu sobretudo e tirou de dentro um frasco com um pó azul escuro.

— Coloque um pouco em minha mão. – Charlotte pediu para ninguém em especifico, já que seu pai estava ocupado segurando-a. Smee se aproximou e colocou um pouco de pó na mão da menina. – Deixem apenas os piratas inimigos no deque. –Ela pediu e quando todos os marujos de Killian se dispensaram do deque, Charlotte aproximou a mão de sua boca e sussurrou:

— Que todas as lembranças sobre Charlotte Jones e tudo relacionado a ela sejam esquecidas, apagadas completamente de suas memorias.

Ao terminar, ela soprou o pó em sua mão e ele voou magicamente por todo o deque caindo por cima de todos os piratas inimigos ainda vivos, incluindo Barba negra.

— Me ajudem. – Charlotte pediu quando o pó se dissipou e, sem mais demora, Killian levou a filha para o quarto dela com Smee, Hermes, João e Miguel o seguindo.

— Tirem esses vermes de meu navio. – Killian gritou antes de entrar no quarto da menina.

— Como está Miguel? – Charlotte indagou quando seu pai a colocou em sua cama.

— Eu estou bem, agora fique quieta, já perdeu muito sangue. – Miguel falou se colocando na vista dela. Charlotte calou-se porque realmente estava se sentindo muito fraca.

— Preciso que me ajudem a tirar o sobretudo dela. – Hermes falou. Killian e João prontamente o ajudaram. Hermes levantou a blusa de Charlotte com calma e pôs-se a analisar o ferimento.

— Terei que costura-la para fechar o ferimento e irei precisar de algumas ervas para limpar a ferida. – Hermes constatou enquanto tirava as botas de Charlotte para deixar a menina mais confortável.

Smee puxou Killian para um canto quando Miguel e João foram pegar tudo do que Hermes iria precisar.

— Capitão… como Barba negra soube de Lottie? – Smee indagou mostrando muita preocupação. – Aliás, como ele passou pelo feitiço de proteção de Emma?

— Eu não faço a mínima ideia, não estamos tão seguros como pensávamos, Smee. – Killian o respondeu com muita seriedade.

— O que iremos fazer, capitão? – Smee questionou.

— Iremos para um lugar onde ninguém esteja nos procurando, onde seja difícil nos encontrar. – Killian o respondeu decidido.

— Onde? – Smee perguntou curioso, já que para ele, não tinha mais nenhum lugar seguro para ficarem.

— Para a terra do nunca. – Killian replicou.

Eu quase morri pela segunda vez. Fiquei de cama por quase um mês antes de me recuperar totalmente. Foi algo muito tedioso, odiava ficar na cama sem ter nada para fazer ao não ser dormir, comer e fazer minha higiene pessoal, mas isso não melhorou muito quando já recuperada… papai me colocou de castigo por ter me arriscado tanto, o pai de Miguel fez o mesmo com ele, demorou um bocadinho para que eu finalmente pudesse ver, mesmo que ainda dentro da Jolly, a ilha da terra do nunca.

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Enquanto isso em um reino distante…

Emma suspirou aliviada ao ver que sua menina estava realmente bem e já curada, foram momentos de tensão durante toda a recuperação de Lottie, nos quais Emma não saía de jeito nenhum do lado da imagem da filha. Muitas vezes ela passava um pouco de sua energia para a filha para que ela se recuperasse mais rápido e agora era Emma que precisava se recuperar.

— Mas valeu a pena, valeu muito a pena. – Emma falou consigo mesma.

Agora tanto ela quanto Killian teriam que se preocupar com outra coisa. Como Barba negra soube do nome de Charlotte? Como conseguiu entrar no navio com os feitiços de Emma?

Ele iriam descobrir tudo isso em breve...


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado ;) pf comentem oq acharam do capitulo isso me deixaria muito feliz de vdd eu amo os comentários de vcs e eu nunca mais recebi nenhuma noticia de vcs meus amados comentem eu quero saber oq estão achando ate aqui :) eu gostaria de agradecer a todas as pessoas que leram ao capitulo anterior muito obg por terem disponibilizado um tempo de suas vidas para lerem oq eu escrevo muito obg mesmo pessoal isso é muito importante para mim :D ♥ enfim vejo vcs no próximo capitulo ou nos comentários



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