(ANTIGA VERSÃO) - Antes do Imprinting escrita por thaisdowattpad


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Personagens:
* Annasophia Robb como Sarah Hart
* Taylor Lautner como Jacob Black
* Gil Birmingham como Billy Black
* Julie Walters como Vovó Hart



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"Aprendi que amar não significa
estar junto, mas sim querer ver a
pessoa feliz , mesmo que isso custe
a sua felicidade."
Nicholas Sparks

Sarah trajava uma capa de chuva, apesar do sol tímido surgindo no céu conforme o avançar as horas. Não dava para confiar na previsão do tempo vivendo em Forks, aquele lugar era totalmente diferente de Paradise. Ali era típico o frio, a neblina e a chuva. O sol era um mero visitante que aparecia vez ou outra.
Enquanto a chuva não a surpreendia, a garota aproveitou para encapar também sua câmera. Não havia quase vendido um rim no mercado negro para conseguir compra-la para então perde-la para uma chuva inesperada. Sendo assim, era preferível se precaver.
Tudo pronto, Sarah moveu seu corpo para entrar na floresta.
Enquanto caminhava, ela começou a cantarolar qualquer música que aprendeu na época em que era escoteira. Parecia uma retardada, mas era uma retardada feliz, mesmo se havia grandes encrencas a esperando em casa. Retardada também por estar caminhando sozinha reserva de La Push, onde poderia surgir algum bicho e “adeus sua vida”. Outro fato é por estar tão, aparentemente, tranquila apesar de ter matado aula para estar ali e assim não perder o tempo bom outra vez para poder tirar suas fotografias. Por suas fotografias, valia a pena correr o risco em andar sozinha por uma floresta, além de tomar uma bronca na escola e em casa, fora o castigo em ambos os lugares.
Deixando os problemas posteriores de lado, Sarah ligou sua câmera e começou a registrar tudo o que lhe chamou atenção. Alguma planta com formato diferente, algum inseto que passeava pelas plantas ou árvores, alguma pedrinha no chão com algum formato ou cor interessante… Cada lugar que ela olhava, um novo registro. Em cada registro, seu coração se enchia de admiração.
Estava tudo divertido demais para ser verdade, até que a chuva, que ela já esperava, desabou. Mas tal acontecimento não a abalou, levando em consideração que as gotas deixavam um detalhe interessante nas plantas e digno em ser registrado. Só era ruim o fato de seu tênis, apesar de ser apropriado para trilhas, começar a escorregar na terra molhada. Mas o desafio a divertia e não a impedia em continuar. Então, ela caminhou mais à diante.

xXx

As frases nem precisaram ser lidas com total atenção para causar o estrago. Os olhos negros de Jacob rapidamente se inundaram de lágrimas, mas que ele tratou de não deixá-las cair por extremo orgulho. Não queria dar esse gosto à eles, que obviamente riram às suas costas enquanto imaginavam como seria sua reação ao receber o inconveniente convite.
No lugar da tristeza, a raiva tomou conto de cada parte de seu corpo, começando a causar tremores. Notando que perderia o controle, o rapaz tratou de correr para fora de casa, ainda em mãos o convite que encontrou na caixa de correio minutos atrás.
Assim que passou pela porta, a chuva o encontrou. Jacob caminhou alguns passos e então soltou o convite no chão molhado. Pouco se importava em estraga-lo, afinal, não fazia questão nenhuma em ir na maldita festividade. Ele moveu sua camiseta com violência por cima da cabeça e também a jogou para longe de si, logo começando a correr.
— Jacob! — Billy o chamou enquanto guiava sua cadeira de rodas para fora — Jacob! — voltou a chamar, quando o filho o ignorou.
Jacob correu mais rápido, com os dentes trincando de raiva, e segundos depois o par de pernas se transformou em patas assim que ele se transformou em lobisomem. O rapaz, agora lobo, desapareceu floresta à dentro, deixando seu pai à porta preocupado.
Sem entender a reação do filho, Billy encarou o caminho em que ele desaparecera e logo em seguida para seu lado, onde um pequeno papel branco lhe chamou a atenção. Devagar, ela encurvou o corpo e o pegou, logo começando a ler as linhas borradas pela chuva:

"Isabella Swan
&
Edward Cullen

Se sentirão honrados
com sua presença em
seu casamento."

xXx

Sarah continuou a andar, tomando cuidado a cada passo, e registrando mais coisas que surgiam em seu campo de visão. Então algo passou rápido demais por suas costas, grudando mais ainda a capa de chuva à sua pele. Assustada, a garota virou para olhar, mas nada viu. Ela começou a rir em seguida ao entender que tudo não passava de um vento forte típico de chuva.
Outra vez, Sarah prosseguiu seu caminho.
Mais alguns passos e mirou a lente da câmera em uma folha seca no chão, onde foi inclinando seu corpo devagar até chegar à uma posição perfeita para registrar a imagem.
E outra vez, o vento forte passou por ela.
Dessa vez com mais intensidade, fazendo-a perder o equilíbrio e cair, mas sem antes mover seu braço na direção oposta no último segundo para proteger a câmera do tombo. Como essa tentativa, a garota teve a sensação de ouvir seu ombro estralando e logo uma dor aguda se espalhou pelo mesmo, fazendo-a soltar um gemido de dor seguido de alguns palavrões.
— Bem que vovó disse... que estou magra… nem um vento estou aguentando… — refletiu alto, ofegante de dor — Ótimo, Sarah Hart! Maravilha! Você mata aula e a vida conspira para te dar um castigo além do que você já tem para receber ao voltar para casa! — resmungou por sua imensa sorte.
Decidida em se levantar do chão molhado, Sarah colocou a alça da câmera em seu pescoço e com o braço sadio apoiou no chão para tentar tomar algum impulso ali. Conseguindo isso, ela ficou de joelhos e tocou na árvore próxima para tomar apoio e buscar fôlego para o próximo passo para conseguir ficar de pé.
Sarah estava prestes a se esforçar para se levantar, quando ouviu passos se aproximando dali e ficou em alerta. Mas logo tudo ficou silencioso outra vez. Insegura, ela esperou um tempo para ver se realmente não havia ninguém por ali, e crendo que estava realmente só, ela voltou a focar em se levantar do chão.
Assim que Sarah tocou no tronco da árvore e impulsionou os joelhos, o som de passos surgiram outra vez, porém passando a iniciar uma corrida. Assustada, a garota caiu de joelhos outra vez, mas logo juntou ar nos pulmões e preparou seu psicológico antes de usar também o braço machucado para se levantar do chão mais rápido e sair logo dali. Foi obrigada a apertar os lábios com força e trincar os dentes para evitar de deixar escapar um grito devido a dor que se intensificou em seu braço. Tudo o que ela menos precisava era avisar, para sabe-se lá quem que estivesse correndo para lá, que ela estava ali, sozinha e indefesa.
De pé, Sarah decidiu andar de volta para a estrada, dessa vez com cuidado para não cair outra vez. Olhou de relance para o caminho que seguiria, então teve que repetir o olhar ao ter impressão de ter visto alguém parado ali. E suas suspeitas estavam certas, pois havia um homem extremamente pálido e de olhos escuros a encarando. Na verdade, ela poderia jurar que os olhos dele estavam vermelhos, se ela não estivesse tonta de dor.
— A chuva também o pegou desprevenido? — Sarah perguntou, começando a sentir uma pontada de medo, mas tentando controlar; o homem não respondeu — Você devia estar caçando, não é? Pelo seu tamanho, só pode ser caçador! — olhou para o lado antes de encara-lo outra vez.
— Sim! — o homem respondeu; quando a garota voltou a olha-lo, ele estava mais perto e um sorriso frio se formava em seus lábios.
Assustada e temendo o pior, Sarah passou a analisa-lo melhor. Cada detalhe da altura, o corte de cabelo, o formato do rosto, a cor do cabelo e até procurou algum sinal de nascença... Tudo por imaginar que seria molestada e torcia para sair viva e ter de montar o retrato falado de seu agressor.
Sabendo que sua memória era ruim, a garota girou com precaução o botão da câmera para a opção de filmagem e iniciei uma, logo voltando a encarar aquele desconhecido. Com o braço sadio, ela passou a alça da câmera por cima da cabeça e a segurou na mão, deixando-a em frente ao corpo e mirada em direção ao homem.
Outra vez, ele estava perto rápido demais.
— Algum problema? — perguntou Sarah, a voz trêmula com um pânico que tentou disfarçar até onde pôde.
A dor e o medo deveriam estar em níveis elevados a ponto de começar a deixar sua mente confusa, pois acabou tendo a impressão de ter ouvido o desconhecido rosnar enquanto olhava fixamente para seu pescoço quase totalmente escondido pela capa de chuva e o cabelo. A garota acabou arfando de susto com aquele olhar.
— Preciso ir andando agora. Então... Passar bem! — falou rapidamente enquanto desviava do homem e saia andando apressadamente.
Não! — ele grunhiu alto e em seguida Sarah pôde sentir as enormes mãos tocando suas costas; ela se virou para encará-lo e então sofreu um empurrão para trás.
Um simples toque fez o miúdo corpo da garota voar e cair a dezenas de metros de distância de onde antes estava. Outra vez ela protegeu sua câmera, já que seria inútil tentar proteger seu corpo. Com o impacto contra uma árvore, ela foi obrigada a soltar a câmera ao lado de seu corpo caído. A dor foi tão intensa que ela não conseguiu prender os gemidos e gritou enquanto lágrimas começaram a rolar de seus olhos. A floresta pareceu começar a girar e ela percebeu que a inconsciência estava vindo lhe buscar.
Tossindo enquanto tentava recuperar o fôlego perdido pelo forte impacto em suas costas, Sarah levou seu braço sadio até sua nuca, onde ardia e latejava ao mesmo tempo, e gritou outra vez ao sofrer com a dor daquele toque. Ela encarou sua mão e estremeceu ao ver a quantidade de sangue espelhado por seus dedos e escorrendo para a palma da mão. Ela ficou tonta e enjoada imaginando a quantidade de pontos que tomaria caso sobrevivesse para contar história.
Apesar da distância em que foi jogada, o homem já estava caminhando cada vez mais perto de Sarah; ela pôde o ver, mesmo com a visão turva. Ele parou por um momento antes de chegar mais perto e abriu um sorriso arrepiante. Outra vez a dor ajudou a garota a fantasiar coisas que só se via em livros ou filmes de fantasia, onde ela jurou ter visto um par de presas pontiagudas como de um vampiro.
Sem ter coragem para encarar sua morte, Sarah fechou os olhos com força e começou a soluçar e tremer. Ouviu os pés do homem esmagando algumas folhas enquanto se aproximava para atacar. Então um rosnado semelhante ao de um lobo cortou o silêncio e em seguida um som que parecia ser de dentes mastigando pedaços de gelo. O homem gritou parecendo horrorizado, em seguida pareceu ser degolado e seu grito se calou.
Sarah ouviu quatro patas caminhando em sua direção e outra vez começou a tremer, ainda sem coragem de abrir os olhos. Mas os passos aparentemente de animal se silenciaram, para logo em seguida dar lugar ao som de um par de pés humanos esmagando as folhas secas caídas pelo chão. Outra vez ela entrou em pânico imaginando que o homem estava de volta e continuaria o que começou.
— Não... Por favor... Não... — Sarah começou a chorar e soluçar, enquanto tentava, sem sucesso, se virar para tentar tomar impulso para ficar de pé e correr; mas uma vertigem veio sob ela e seu corpo ferido voltou para a terra fria e molhada.
— Shhhh... Fique calma, ele já foi embora, ninguém vai mais te fazer mal! — uma voz também masculina, porém um pouco mais jovem, tentou tranquiliza-la.
Ainda assustada apesar da "bandeira branca" erguida pelo novo desconhecido, Sarah abriu os olhos devagar e se deparou com um gentil e preocupado rosto com traços indígenas; a pele castanho-avermelhada e o cabelo escuro estavam ensopados e o rapaz parecia não se incomodar. Ela abaixou um pouco mais o olhar e reparou que ele estava sem camisa, apesar do frio sempre presente em Forks. O olhar desceu mais um pouco e ela o virou rapidamente, totalmente envergonhada, ao reparar que o desconhecido estava nu.
— Por favor, não... — ela se agitou para tentar se afastar do rapaz sem roupas; as dores voltaram a se intensificar em seu corpo e a tontura veio com força, lançando-a mais uma vez para a terra e a deixando imóvel.
— Ei, não durma. Você está com a cabeça ferida e apagar não vai te fazer bem! — o rapaz ergueu, com um distância segura, o corpo de Sarah e começou a balançar devagar o rosto dela para tentar deixá-la consciente.
Os olhos da garota continuaram pesados, apesar da tentativa do rapaz em despertá-la. Com tais movimentos tudo o que ele conseguiu foi deixá-la mais enjoada e mais tonta, até que os olhos ficaram mais pesados e ambos desistiram em relutar. A inconsciência a visitou para o desespero do rapaz.

xXx

Ao abrir os olhos, Sarah logo foi obrigada a fecha-los outra vez e voltar a abrir com cuidado; o lugar era claro demais e seus olhos não se acostumaram fácil. Assim que foi capaz de ficar de olhos abertos, ela encarou cada detalhe do ambiente e reparou ser um hospital. Outro detalhe que lhe chamou a atenção foi sua avó cochilando em um pequeno sofá aparentemente desconfortável num canto do quarto, e sentiu-se culpada por aquilo. Vovó Hart, como era conhecida, já passava dos 60 anos e não merecia sofrer as consequências em ter uma neta tão imprudente e cabeça oca.
Chateada e com as lembranças confusas, Sarah começou a chorar baixinho. Ela tentou mover os dois braços para secar o rosto molhado e gemeu alto de dor ao sentir uma forte dor em um de seus ombros; havia se esquecido da queda que levou na reserva.
— Querida! Oh, graças aos céus que você despertou! — vovó Hart suspirou aliviada e se levantou devagar do pequeno sofá para ir para perto da cama da neta.
— Vovó, eu sinto muito! Sinto tanto, de verdade! — Sarah começou a lamentar enquanto voltava a chorar.
— Shhh... Deixe isso para depois, pois agora você precisa se recuperar! — a senhora tocou o rosto da neta e secou as bochechas molhadas da mesma; em seguida arrumou o edredom e a encarou.
— Não mereço piedade, vovó. Vá em frente! Pode brigar comigo e já pode me avisar sobre o castigo que me espera em casa! — Sarah insistiu.
— Meu doce, por mais que você tenha errado, a parte pior não é essa. Eu nunca me perdoaria se você tivesse morrido... Se Jacob não estivesse caçando e não tivesse a encontrado logo após sua queda... E você está viva! Quer coisa melhor do que essa? Aliás, o castigo teu braço ferido já vai lhe dar por mim: vai ficar um bom tempo sem poder fotografar! — vovó Hart abriu um sorriso leve e secou rapidamente uma lágrima que escapou por seus olhos.
— Oh não... Droga! — Sarah resmungou; sua avó riu — Vovó, me diga... Quem é Jacob? — perguntou, encarando a mais velha.
— Jacob Black, um morador da Reserva de La Push. Ele estava caçando, quando ouviu seu grito e o barulho de seu corpo rolando por um barranco. Ele seguiu em direção ao som e então encontrou seu corpo ferido e desacordado. Um anjo esse menino, nem sei como agradece-lo! — outra vez vovó Hart sorriu, apesar de estremecer ao se lembrar da história contada pelo herói.
— Ah... — murmurou Sarah, enquanto esforçava sua mente a se lembrar daquela história, porém todos os flash's de lembranças que ela tinha não eram nada parecidas com aquela ou principalmente com a realidade; resolveu se apegar a versão contada por Jacob, afinal, ninguém acreditaria se ela tentasse contar a versão que pouco se lembrava.
— Vou pedir uma sopinha de legumes para você e já volto! — ao depositar um beijo delicado na testa da neta, vovó Hart saiu porta à fora.
Assim que ficou sozinha, Sarah voltou a desviar o olhar pelo quarto. Olhou cada detalhe por ali, até parar numa mesinha próxima ao sofá, onde estava sua câmera e sua mochila logo aos pés. Ela encarou sua companheira segurando o impulso em se levantar e ir até lá pegá-la para analisar o conteúdo, pois ainda se sentia fraca para se arriscar em andar sem ninguém para auxilia-la.
Ela virou o rosto para se livrar da tentação e então fechou os olhos para esperar vovó voltar com a sopa.

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