A Study in Words escrita por Raura


Capítulo 4
Elementar


Notas iniciais do capítulo

Capítulo com a palavra escolhida pela aniversariante sherlolly que encontrei perdida, mas já considero em demasia ♥
#happybdayriri
A palavra é #belstaff (aquele casaco maravilhoso que a gente respeita) escolhida pela Catarinne Alyce, parabéns mana!

Boa leitura!



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Ouvia a melodia enquanto subia as escadas, abriu a porta do 221B sem bater, afinal o degrau que rangia denunciou sua presença. Sherlock tocava com os olhos fechados, entrou no cômodo e foi até a cozinha deixar as amostras de pele na geladeira. Voltou à sala e sentou-se no braço da poltrona, acariciando os cabelos da nuca do detetive enquanto ele continuava a tocar.

— Está me desconcentrando. – alertou.

— Não estou fazendo nada. – disse inocentemente enquanto dava um leve puxão nos cachos da nuca. Com um rápido movimento, Molly foi puxada para o colo de Sherlock.

— Agradeço as amostras. – disse enquanto massageava as costas da legista.

— Sempre que precisar. – aconchegou seu corpo mais ao dele. Sentia os lábios dele em sua nuca, uma de suas mãos se infiltrou em seu cabelo, puxando sua cabeça para trás para poder beijar seus lábios; sua outra mão brincando com a bainha de sua blusa, os dedos roçando em sua pele.

— Devo lhe agradecer adequadamente, Hooper? – sugeriu maliciosamente com a voz baixa e rouca em seu ouvido.

— Certamente, Holmes.

Ambos celulares tocaram ao mesmo tempo, desviando a atenção que tinham um no outro. Com um suspiro de desagrado pela interrupção, pegaram os aparelhos para ler a mesma mensagem que receberam:

‘Mary entrou em trabalho de parto. St Barts. – JW’

— Devo guardar o agradecimento para depois, certo? – indagou enquanto ela se levantava.

— Vamos logo, Sherlock.

Desceram as escadas e saíram do 221B, aguardaram na calçada um taxi passar, já era tarde da e uma neblina começava a se formar deixando a noite mais fria. Molly sentiu algo pesado em seus ombros – era Sherlock lhe entregando seu casaco, o olhou de relance e ele deu de ombros.

Conseguiram um taxi e foram direto para o Barts, entraram no hospital e foram direto para a ala de cirurgias. Enquanto Sherlock aguardava sentado em um banquinho, Molly foi buscar informações.

— Trouxe café. – o detetive estava sentado com as mãos embaixo do queixo, entregou um copo para ele e sentou-se ao seu lado. — Eles entraram na sala de cirurgia faz quase meia hora, John entrou para assistir o parto, se tivéssemos chego alguns minutos antes eu entraria na sala... – comentou. — Quer seu casaco de volta?

— Pode ficar. – deixou seus dedos da mão livre acariciarem as costas da mão dela. — Aqui não tem duas colheres de açúcar. – reclamou.

— Uma e meia, optei por algo mais forte. – deixou que um bocejo escapasse. — Importa-se? – perguntou enquanto fechava os olhos e deitava a cabeça no ombro de Sherlock.

— Fique a vontade.

Molly nem teve tempo de entrar no modo cochilo profundo, pouco tempo depois ouviram passos no corredor e viram John andando na direção de onde estavam sentados, ainda vestindo as roupas da sala cirúrgica, com um sorriso no rosto maior que o do Gato de Cheshire.

— Vocês precisam conhecer minha filha, ela é linda! – disse animado.

— Meus parabéns, John! – Sherlock cumprimentou amigo.

— Parabéns John! Tudo correu bem?

— Sim Molly, vão transferir Mary para o quarto, se quiserem podem ir ver nossa Rosie no berçário, é a bebê mais linda! Preciso tirar essa roupa, nos vemos depois.

— Vou até lá conhecê-la Sherlock, você vem? – disse andando na direção oposta por onde John tinha ido.

— Não vejo graça em olhar bebês através de um vidro, como se estivessem expostos em uma vitrine de loja.

— Sherlock!

— Não tenho pressa em conhecer minha futura afilhada. – disse se sentando novamente com as pernas esticadas.

— Aposto que consigo reconhecê-la mais rápido que você...

Levantou-se em um pulo e rapidamente alcançou Molly. Observavam todos os recém-nascidos do outro lado do vidro, a maioria dormia, alguns choravam e se remexiam em suas pequenas camas.

— Segunda fileira, quinta criança da esquerda para direita. – disseram ao mesmo tempo.

— Linda não é? – John disse parando ao lado de seus amigos, uma enfermeira pegava a pequena Rosie nos braços. — Venham comigo.

Acompanharam o amigo até o quarto, Mary Watson embalava a filha quando entraram, sorriu quando viu os amigos entrando. John se aproximou da cama e acariciou o rosto da mulher, depois as pequenas bochechas da filha.

— Acho que precisa de um café querido. – Mary comentou.

— Preciso mesmo.

— Vá buscar um enquanto Sherlock e Molly me fazem companhia. – esperou o marido sair para enfim falar o que queria desde que viu os amigos entrando no quarto. — Então... Tem algo a me dizer sobre isso? – olhou de um para outro.

— O que seria ‘isso’?

— Não tente bancar o desentendido Sherlock Holmes, sabe perfeitamente que precisa de muito para tentar me enganar.

— Mary, você está cansada...

— Molly Hooper, você também nem tente! Sei que vocês dois estão juntos. – Sherlock e Molly se olharam, mas nenhum dos dois abriu a boca para contradizer a senhora Watson.

— Desde quando?

— Acho que desde o começo, Molly. Vocês realmente conseguiram ser meticulosos na maioria das situações, mas uma olhada aqui, outra lá. Seria capaz de apostar que chegaram juntos aqui, inclusive, você ainda está vestindo o casaco de Sherlock. Não deve ter pego a peça de roupa emprestada, até porque isso faz parte da armadura dele, ele não deixaria outra pessoa usar em vão.

— Muito bom, Mary Watson. – Sherlock parabenizou-a.

— É elementar, Sherlock Holmes.


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Notas finais do capítulo

como sempre, opinem sobre xD



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