Trilha Sonora escrita por LEvans


Capítulo 14
Capítulo 13 - Come back be here


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu sei que demorei. Me desculpem por isso. Falarei mais nas notas finais.
Muito obrigada pelo carinho, pelos comentários, por tudo, pessoal!! Vocês são demais e merecem uma autora mais responsável do que eu!!
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Saibam que esse cap não foi betado.
Beijos e até daqui a pouco!



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Haviam algumas diferenças entre a Ginny de 15 anos e eu. Parece estranho, pois somos a mesma pessoa, tendo como diferença apenas alguns traços físicos e a idade. Mas, quando eu desci as escadas a alguns anos atrás, me deparei com um completo estranho na minha cozinha, fazendo companhia para o meu irmão e recebendo mimos da minha mãe. Eu sabia quem ele era, mas eu não o conhecia de fato.

A verdade era que, mesmo conhecendo Harry naquele momento, ao vê-lo novamente próximo a Rony e na minha cozinha, eu me perguntei se o fato de conhecê-lo havia mudado alguma coisa, pois eu me sentia exatamente como a Ginny de 15 anos, embora eu reconhecesse que eu aprendera a controlar melhor minhas reações.

Porém, ao ver os olhos de Harry me analisarem da mesma forma que ele fizera a anos atrás, notei que uma coisa havia sim mudado: eu não sentia vergonha. Ao contrário da Ginny de 15 anos, eu não senti vontade de correr escada acima e me trancar no meu quarto para começar a planejar o assassinato do meu irmão. Ao vê-lo finalizar seu estudo pelas partes que minha camisola não escondia, Harry me lançou outro sorriso que, se não fosse por Rony, certamente teria me feito ir até ele e repetido a dose do que acontecera na sua cozinha, na última vez que nos encontramos pessoalmente.

O sorrisinho de lado estampado no seu rosto me dizia que ele aprovaria a ideia.

—Você realmente dorme muito, Sapinha. Eu podia ouvir seus roncos daqui. -falou Harry, e eu ri, cruzando o pouco espaço que nos separava.

—Sapinha? Que diabos de apelido é esse? -Quis saber Rony. Ele estava em pé ao lado do amigo, apoiado igualmente na bancada da cozinha.

—Eu me faço essa pergunta todos os dias. -Completei, parando mais próximo a eles. Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, Harry segurou uma de minhas mãos e me puxou para um abraço. Eu não hesitei em retribuir e sorri satisfeita com seu gesto. Eu poderia ficar ali pelo resto do dia, sentindo seu corpo levemente encostado ao meu e seu perfume que reconheci rapidamente assim que fiquei na posta dos pés para apoiar meus braços em seus ombros, mas não estávamos sozinhos ali. Segundos depois, eu já estava parada novamente a sua frente, mas com o cabelo ligeiramente bagunçado pois Harry fizera questão de embaraçá-los.

—Você cresceu, Gin. -Comentou ele, e rolei os olhos ao notar seu tom irônico. Demorou algum tempo até que eu aceitasse que eu não passaria dos 1,59 de altura.

—Digo o mesmo dessa sua cabeça oca -Briquei, usando o seu mesmo tom irônico. -Como foi a viagem?

—Dolorida. -Respondeu ele, e Rony e eu franzimos o cenho. -Eu não aguentava mais ficar sentado, meu traseiro estava quase entrando vocês sabem onde.

Rony revirou os olhos enquanto eu ria de suas palavras. Eram horas sentado numa poltrona que eu sabia não ser das mais confortáveis, então eu não precisava fazer esforço para entendê-lo. Eu sentia o mesmo após longas horas na frente do computador no trabalho.

—Por que você não respondeu as minhas mensagens ontem, cara? -Perguntou Rony, mas a indagação poderia ter saído facilmente da minha boca.

—E estragar a surpresa? Além do mais, a dona Lily me alugou. Se eu tentasse pular a janela, ela daria um jeito de me matar antes que eu me quebrasse no chão.

—Você nem gostou de ser mimado. -Ironizei, cruzando os braços e me apoiando na mesa de modo que eu ficasse de frente para eles. Os olhos de Harry voltaram novamente para a minha camisola. -Deixa só a mamãe te ver, ela não vai ser muito diferente da Lily.

Rony bufou.

—Ela já viu. Arrastou o papai para um supermercado, porque ela vai fazer aquele prato que o Harry gosta. -Falou meu irmão, parecendo entediado.

—Não tenho culpa se sou querido. -Comentou Harry, levantando as duas mãos. -E quando eu vou conhecer a Hermione?

—Você já conhece ela, idiota. -Disse meu irmão, dando um soquinho no braço do amigo.

—Não como sua namorada oficial.

Rony bufou, mas acabou dando um sorriso divertido na direção do amigo.

—Ela vem mais tarde.

Harry deu tapinhas no ombro de Rony. Eu sabia que estava diante de um daqueles típico momento entre dois amigos que equivalia aos beijos e a abraços que grande parte do sexo oposto não se incomodava em poupar. Mas a verdade era que eles não enganavam a ninguém. Eles poderiam não aparentar ser sentimentais e todas aquelas coisas que homens idiotas julgam como sensíveis demais, mas eu sabia que eles eram bem mais do que demonstravam pelo modo que se tratavam e pelos anos de companheirismo.

Observando Harry e Rony trocarem mais soquinhos no braço um do outro, me dei conta de que quando se tratava de saudade, eu só lembrava da minha, mas eu não fui a única a ficar distante de um amigo. Meu irmão havia sentido tanta a falta de Harry quanto eu, não havia dúvidas diante da felicidade esplanada naqueles gestos totalmente deles. Se Rony matasse alguém, Harry com certeza seria a pessoa que ele chamaria para lhe ajudar a carregar o cadáver.

—E enquanto ao Dino? - A pergunta feita por Harry me trouxe de volta das minhas divagações, me fazendo arquear as sobrancelhas. -Quando vou conhecer ele também?

—O cara com quem a Gin estava saindo? -Indagou Rony, cruzando imediatamente os braços e olhando para o outro lado da cozinha, como se aquele assunto fosse letal aos seus ouvidos

—Não sei, e embora esse mundo seja pequeno, eu posso facilitar as coisas pra você. -Falei, levantando um pouco mais o rosto para demonstrar que aquele assunto não me incomodava em nada.

—Vai ligar pra ele vir mais tarde aqui também? -Quis saber ele. Notei que não havia humor nenhum em seu tom de voz. Ao seu lado, Rony coçava a própria nuca e olhava para o céu, talvez buscando alguma ajuda divina.  

—Não, você vai poder fazer isso quando eu te passar o número dele. -Declarei.

—Eles não estão mais namorando, cara. - Falou Rony, por fim. - Você está um pouco desatualizado.

—Ele não era meu namorado.-Respondi, mas tudo o que saiu da boca de Harry foi:

—É, a sua irmã gosta de me manter desinformado.

Franzi o cenho em sua direção, mas não pude controlar o sorriso que voltou a reinar em meus lábios assim que vi o seu crescer, tão inocente quanto Rony. Quase um anjo.

De vermelho.

Eu não sabia bem o que ele queria dizer com aquilo, ou se ele queria chegar a algum lugar. Em todas as nossas conversas, relacionamentos amorosos nunca nos parecem interessantes o suficientes para serem objeto das nossas mensagens. Mas sua interação com Rony apenas me confirmou a suspeita de que meu irmão havia passado algumas informações sobre o assunto para seu melhor amigo.

Não era como se eu me sentisse culpada por não ter contado sobre meu desfecho com Dino, no entanto. O assunto não era dos meus preferidos, eu ainda me lembrava do olhar decepcionado que Dino havia me lançado na última vez em que nos vimos. Tudo aquilo passava longe de combinar com as minhas conversas discontraídas com Harry. As horas que passavámos trocando mensagem eram as que eu me desligava do mundo real, esquecia meus problemas do trabalho que se resumia aos olhares ácidos de Cho Chang e as tarefas árduas da faculdade. Porque, naquelas horas, não havia nenhum irmão com um péssimo hábito de nos interromper, tampouco o som alto de uma festa ao nosso redor. Eram somente Harry e Ginny que não se preocupavam com um oceano de distância.

—Vocês vão fazer algo hoje a tarde? -Perguntou Harry, a atenção se alternando entre mim e Rony.

—Você quer nos alugar por acaso? -Brincou meu irmão.

—Mas que pergunta, cara. Tá pensando que eu senti saudade, é?

—Onde mais você encontraria cabelos ruivos como o meu? -Ri alto quando Rony levou uma das mãos em direção a sua cabeça e bagunçou alguns fios rubros ali.

O olhar de Harry imediatamente parou sobre mim e dessa vez contive a risada diante de seu olhar nas mechas rubras que caiam sob meu ombro e terminavam em minhas costelas. Foram segundos para eu notar que sua análise estava, na verdade, sob outra parte do meu corpo que já havia tido toda a atenção de uma de suas mãos.

Não pude deixar de me surpreender com a indiscrição de Harry e de como ele não se importava com a presença do amigo. Seus olhos demoraram tanto ali -bem, mais do que era “apropriado” estando no meio de uma conversa- que não apenas me fizeram ter certeza de que compartilhávamos a mesma lembrança, mas também me lembrar que tudo o que cobria aparte superior do meu corpo era o tecido fino da camisola que eu trajava, a qual, por acaso, não era uma das peças que Harry já havia visto por foto.  

—Tem esses daqui - Disse Harry, e suas mãos voaram para uma mecha do meu cabelo, roçando levemente os dedos pela pele do meu ombro.

Ao seu lado, Rony fechou a cara, enquanto eu buscava uma maneira de reaprender a falar. Aquele toque, ainda que leve e rápido demais, causou sensações opostas que me fizeram morder meu lábio inferior enquanto eu olhava diretamente para os dele. Se ele não se importava com a presença do meu irmão ali, eu muito menos.

—Ela é a cópia, eu sou o original -Bufou Rony.

Harry riu, desviando sua atenção do local próximo aonde seus dedos tocaram para olhar em direção ao amigo.

—Não, Rony. Você foi apenas um experimento e eu sou a versão com melhoras. -Falei, fazendo Harry gargalhar.

Rony preferiu ignorar o meu comentário e eu fiquei mais do que satisfeita por tê-lo deixado sem resposta, mas nenhuma palavra afiada minha seria capaz de abalar seu bom humor. Harry estava ali, afinal de contas, e ele tinha a imanzinha caçula durante todos os dias do ano para continuar com aquela discussão.

—O que acha de algumas geladas? -Sugeriu Rony.

—E uma partida de videogame?

—Parece que estamos falando a mesma língua, cara! -No minuto seguinte, Rony já caminhava em direção a dispensa em busca de algumas garrafas de cerveja.

Observei sorrindo toda a felicidade boba do meu irmão antes de voltar a atenção para quem estava na minha frente.

—A última tinha bem mais pano. -Disse Harry, e, a julgar pela direção de seu olhar, eu não precisava perguntar do que ele estava falando. Sua frase curta e direta me fez arquear as sobrancelhas ao perceber que ele queria falar aquilo fazia algum tempo.    

—Você parece não se importar, já que os seus olhos não passaram do meu pescoço até agora. -Acusei, cruzando os braços em frente ao meu peito não para me esconder, mas para fingir uma irritação. Eu estava me divertindo demais, curiosa para saber até onde aquilo iria.

—Ah, mas eu não estou reclamando.

Soltei uma lufada de ar pelo nariz, incapaz de segurar o sorriso em meus lábios e, no segundo seguinte, eu estava nos braços de Harry mais uma vez naquela manhã. Eu não sabia quem exatamente havia tido a iniciativa para aquele abraço, ou se agimos ao mesmo tempo, mas não me importei. Eu fiquei na ponta dos pés para descansar meu queixo em seu ombro e o senti sorrir no meu, onde ele tocou com os lábios. Ao longe, o barulho de garrafas se chocando anunciavam que Rony ainda estava na dispensa.  

Estando tão próxima, seu perfume encheu meus pulmões e meu cérebro pareceu vibrar em reconhecimento aquele cheiro.

—Você cresceu, Gin -Comentou ele, novamente, causando cócegas no ponto de meu ombro em que seus lábios encostavam.

Rolei os olhos com a sua afirmação, e me afastei para que ele pudesse ver meus olhos cerrados e o sorriso que denunciava minha felicidade em vê-lo ali.

—Você não é nenhuma muralha, sabia, Harry Potter?

—Mais fácil pra você, sapinha. -Ele me lançou uma piscadela e, embora tenha sido muito rápido, pude perceber seus olhos vacilarem e caírem sob meus lábios.

—Pronto para perder pra mim? -Perguntei, me referindo a rodada de videogame que compartilharíamos dali a pouco tempo.

—Você está sendo muito otimista, Gin. -Ele apertou minha cintura, como se estivesse me puliciando por ter pensamentos tão autoconfiantes. Seu gesto me causou um arrepio gostoso demais e que me fez desejar ser filha única. Mas, nada comparado ao o que ele me causou quando levou uma mecha de meu cabelo para trás da minha orelha e falou baixo demais, como se não estivéssemos sozinhos naquela cozinha, próximo ao meu ouvido: -Mas estou pronto para cumprir uma promessa.

Eu não tive tempo de responder, porque segundos depois Harry estava do outro lado do aposento, indo em direção a dispensa para ajudar Rony enquanto eu ficava ali, ainda extasiada com o seu toque, o aperto firme em minha cintura e suas palavras.

Não demorou muito para que meus pais chegassem e abordassem Harry, atraindo sua atenção e extraindo todas as experiências que ele tinha tido até então morando em outro país. Aproveitei a deixa e subi em direção ao meu quarto para finalmente tomar meu banho matinal e trocar de roupa. A sessão videogame ficaria para depois do almoço, já que mamãe obrigou Harry a passar o dia conoscoi.

—Lily não pode se importar em ficar um dia longe de você, querido. Diga que eu também fiquei mais de um ano sem meu filho. -Foi o que mamãe disse, cheia de mimos para cima do Harry enquanto fazia questão de o servir.

—Eu tô aqui, mãe. -Brincou Rony.

—Eu sei que você está aí, Rony. Por acaso sou cega?

—Acho que alguém está com ciúmes, Molly. -Comentou meu pai, trocando olhares cumplices comigo.

—É bom a Hermione vir correndo. -Disse Harry, fazendo todos rirem.

—Como está sendo sua estadia lá, Harry? -Continuou minha mãe, mas antes que Harry pudesse iniciar uma resposta, ela fez outra pergunta. -Alguma namorada?

Rony sorriu maliciosamente. Mamãe encarava a visita com expectativa e meu pai abria mais uma garrafa de cerveja. Mas Harry olhou pra mim. Aquilo me pegou de surpresa, mas não desviei o olhar. Tudo isso pareceu durar bem mais do que poucos segundos. Internamente, eu já amaldiçoava a indiscrição da minha mãe, mas a verdade era que eu estava ansiosa para aquela resposta. Digo, ele não seria capaz de mentir pra Molly Weasley, seria?

—Eu ainda sou muito novo para isso, Sra. Weasley. -Respondeu ele, com um sorriso brincalhão nos lábios. Mamãe balançou a cabeça e murmurou algo como “o que eu faço com esses meninos?” enquanto eu tentava ignorar a Gin curiosa dentro de mim que não havia obtido uma resposta suficientemente satisfatória para julgá-lo.

Em seguida, mamãe e papai o encheram de perguntas sobre sua rotina, a faculdade e sobre os americanos. Harry não pareceu incomodado em responder o interrogatório. Sua felicidade em estar vivendo toda aquela experiência era clara em cada linha do seu rosto e no brilho que seus olhos adquiriam toda vez que ele falava do estágio profissional que ele havia conseguido e que iniciaria após as férias.

Era impossível não sorrir frente a sua empolgação, porque eu sabia exatamente como era aquilo, se sentir cada vez mais independente. Claro que havia algo que causava certo receio; era como se fossemos bater as asas pela primeira vez sem ter alguém para nos amparar caso caíssemos. O medo estava lá, para nos fazer sentir tão imaturos quanto uma criancinha de 5 anos, mas a ansiedade e a excitação soprepunham qualquer sentimento que nos faria hesitar. E, assim, os nós que antes nos prendiam passam a ser apenas laços, fáceis de se desmanchar, mas que queremos manter.

Essa é a vida adulta.  

—Arthur e eu estávamos pensando em viajar final do ano, não é mesmo, querido? -Disse minha mãe. Rony e eu lenvantamos as sobrancelhas, deixando claro que aquilo era tão novidade para nós quanto para Harry.

—Oh, sim. O que acha de uma visita, filho?

—Seria ótimo ter com quem partilhar os chás das 17h, Sr. Weasley. -brincou ele, parecendo muito animado. Seu olhar foi de mim para Rony, como se quisesse ver nossa empolgação também.

—Não posso, cara. Não vou ter férias tão cedo. -respondeu Rony, cabisbaixo.

—E quanto a você, querida? -Quis saber minha mãe.

—Eu não sei. -Respondi com sinceridade. Eu não possuía tempo o suficiente na revista para ter direito a férias, mas também sabia que não faltavam tantos meses assim para elas. -Tenho que conversar sobre isso no RH.

Harry ficou mais algum tempo olhando para mim. Havia um meio sorriso em sua boca quando ele bebericou mais de sua bebida, mas eu não sabia exatamente o que aquilo significava. Senti uma vontade absurda de buscar meu celular em um dos bolsos do meu jeans, antes de lembrar que ele continuava em cima do meu criado mudo em meu quarto, somente para perguntar a ele o motivo daquele sorriso e pesquisar no google como não se afetar com ele.

—Bem, ainda tem tempo de resolver tudo. Ainda restam alguns meses até o Natal. -Disse meu pai.   

—Vale a pena tentar.-Disse minha mãe, servindo-se  mais de suco.  

Sorri, pois não tinha respostas para aquilo.   

Nossa conversa na cozinha durou mais do que esperávamos. Simplesmente não vimos a hora passar e continuamos ali, na mesma posição, ouvindo as histórias que Harry tinha pra contar. Várias eu já sabia, mas haviam outras que Rony sabia e eu não. Precisou minha mãe expulsar da cozinha após dar um abraço esmagador em Harry, alegando que meu pai lavaria a louça naquele dia, e que não precisávamos nos preocupar.

Não demorou muito para que meu irmão falasse a palavra mágica: videogame. Então os dois subiram parecendo duas crianças animadas atrás de pirulitos, e eu fui atrás. Talvez eu estivesse estragando o que era pra ser um momento entre dois amigos de infância com seu passatempo preferido, mas Rony pegou mais dois controles em seu armário, demonstrando que eu estava inclusa na programação.

—Faz tempo que não jogo. -comentei, arrumando um traveseiro em minhas costas. Eu dividia a cama com Rony enquanto Harry preferiu se acomodar no tapete, na frente da TV.

—A gente ainda nem começou e ela já ‘tá chorando. -zoou meu irmão, olhando para o amigo.

—Não, sou apenas eu fazendo a minha capa. A derrota é mais dolorida quando você não a espera. -Comentei, cruzando minhas pernas.

—Quem disse isso? -perguntou Harty, seu olhar agora me desafiando.

—Eu.

—Então você espera ganhar, Sapinha?

—Eu vou.

Harry riu, mas não me intimidei nem um pouco. Ele voltou a se virar em direção a TV, e relaxou os ombros. Antes do jogo iniciar, no entanto, Harry repetiu minhas palavras.

— A derrota é mais dolorida quando você não a espera. 

E começamos a jogar. 


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Notas finais do capítulo

Quem será que ganha?? hauahauahua
Queria dizer que o tamanho do capítulo não era pra ser esse, pois o final não seria assim. Tive que encurtar pois precisava postar. Já estava com saudades disso!!
A música tbm não era pra ser essa, mas combina com a fic.
Muito obrigada mais uma vez pelos comentários e espero a opinião de vocês, ok?
Um grande beijo! ♥