Amizade Colorida escrita por Witchqueen


Capítulo 6
Ichiraku


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas lindas do meu core! Demorei?

Não vou enrolar muito aqui, então se quiserem, leiam as notas finais!!

Boa leitura.



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Estávamos perto da minha casa quando ouvi a voz de Sasuke Uchiha a poucos metros, caminhando a passos duros até nós. Sua expressão era de indiferença, o que era normal vindo dele. Ainda lembro da minha infância que eu ficava mais ao lado de Sasuke, e que eu o conhecia tão bem. Quando ficava com ciúmes de alguma coisa, ele enrugava a testa e ficava roendo as unhas. E era exatamente isso que Sasuke estava fazendo agora.

— Vamos embora, Sakura – Sasuke falou quando chegou até nós, me agarrando pelo braço e me forçando a começar a caminhar junto dele. Sasori arqueou as sobrancelhas, nitidamente não entendo nada. Bom, Sasuke é difícil de entender mesmo.

— O que você pensa que está fazendo, Sasuke? – falei irritada, soltando-me de seu agarre. Por sorte não foi tão forte assim.

— Vou te levar pra casa, oras – respondeu revirando os olhos.

— Você é idiota, sabia? – provoquei, indo para o lado de Sasori novamente, que permanecia em silêncio.

Sasori colocou uma mão em meu ombro, e me encarou com o rosto levemente corado.

— Escuta, eu não quero te causa problemas, Sakura – disse cauteloso – Pode ir com o seu namorado, eu não me importo – O que? – E aliás, já estou perto da minha casa mesmo – Sasori murmurou, dando um meio sorriso.

Não acredito que ele pensa que eu e Sasuke estamos namorando! Preciso falar alguma coisa antes que ele pense coisas erradas sobre mim. Na verdade, nunca namorei na vida!

— Só pra saber, Sasori – comecei – Sasuke não é e nunca foi o meu namorado – Eu sorri nervosamente. Essa era a verdade – Não quero que pense isso de mim...

— Então quer dizer que vocês não estão namorando? – Me interrompeu, parecendo realmente feliz com isso. Achei meio estranho, mas preferi não comentar.

— Sim, nunca namoramos e nem quero que isso aconteça! – murmurei meio constrangida.

Sasuke parou no meio de nós, cruzando os braços em frente ao corpo.

— Não sei se vocês perceberam, mas eu estou bem aqui! – bradou. Eu comecei a rir baixinho.

— É, já vimos.

— Bom, eu vou indo pra casa – Sasori disse – Obrigado por sua companhia, Sakura – agradeceu me dando um beijinho na bochecha, me fazendo corar dos pés a cabeça. Não sei por que – Até mais, Uchiha – E saiu.

Assim que Sasori se distanciou o suficiente, comecei a estapear Sasuke sem parar. Meu rosto estava vermelho de vergonha e de raiva. Tamanho foi o meu constrangimento por Sasori me “beijar” no meio da rua, e Sasuke se intrometer na conversa sem mais nem menos e querer me levar embora assim. Que raiva!

Não parei de estapeá-lo até Sasuke me segurar firmemente pelos pulsos, sem me machucar é óbvio. O olhei com os olhos fulminantes.

— O que você quer, Sasuke? – falei irritada – Por que apareceu assim? – perguntei, me acalmando aos poucos.

Sasuke não respondeu, só ficou me encarando com o cenho franzido, ora ou outra ele virava o rosto para o outro lado e dava bufadas irritantes.

— Eu não quero nada. Só queria ir embora com você, só isso – respondeu revirando os olhos negros – Não gostei daquele cara, Sakura.

Eu o olhei irritada.

— E quem é você para dizer o que eu devo ou não fazer? Ele é o meu amigo e foi super legal comigo, diferente de você! – Me soltei de seus braços, me afastando um pouco para olhar para os seus olhos. Quem dera eu fosse mais alta.

— Eu estou sendo legal com você! – Sasuke falou, aumentando mais o tom de voz.

— Sim está Sasuke, agora que voltou – Eu disse revirando os olhos – Mas antes você só me ignorava, por que mudou agora?

Sasuke suspirou derrotado, mas não parou de me encarar. Ele começou a andar e eu o segui. Como nos velhos tempos.

— Nunca tive nada contra você, Sakura – bufou – Só não gostava quando ficava no meu pé o tempo inteiro, era irritante – Me olhou – E hoje... voltei com a minha família e eu quero voltar a ter a minha amizade com você, como era antes. Só que... não quero mais ignora-la, percebi o quanto você ficava magoada com isso e, não quero que aconteça de novo. Eu amadureci e sei que não se pode magoar uma garota, ainda mais se for a minha melhor amiga – murmurou com o seu habitual sorriso de canto. Eu arqueei as sobrancelhas – Só me desculpe por tudo que fiz a você, sério.

De fato essas palavras me pegaram de surpresa. Depois que Sasuke foi embora eu decidi esquece-lo, foi fácil. Descobri que aquela paixão de infância que eu tive por ele, não era verdadeira. Eu acho que, eu gostava de Sasuke só porque era bonito. Mas agora só o quero como amigo e nada mais. Quero viver outras aventuras, mas não com ele.

— Tudo bem, eu te perdôo – Eu disse por fim, quando chegamos á frente da minha casa. Sasuke levantou o dedo indicador e polegar para me dar um peteleco na testa, como o seu irmão fazia quando eram mais novos. Ele deu um sorrisinho pra mim.

— Que bom – Sasuke disse – E só pra saber, não fui muito com a cara desse Sasori.

Antes que eu dissesse alguma coisa, Sasuke já havia partido para a sua casa ao lado.

(...)

— Sakura! – senti-me sendo chacoalhada por um ser do inferno que não me deixa dormir em paz pela tarde. Eu reconheci a voz irritante de Ino, portanto não quis dar nem sinal de que estava acordada ou algo do tipo. Não queria levantar, ainda mais quando o sono estava tão bom e a cama tão quentinha. É a melhor coisa do mundo! Ainda mais quando os pais não estão em casa. Podemos fazer o que bem entender á tarde inteira.

— Sakura, acorda! – A não, outra diaba!

Eu não respondi. Peguei o travesseiro embaixo da cabeça e tapei a minha cara com ele. Só para prevenir que algo ruim aconteça vindo dessas duas.

— Tenten, você pega os pés e eu pego os braços – ouvi Ino murmurar. O QUE?

Não tive tempo de falar ou questionar nada. Só abri os meus olhos quando ouvi o forte impacto na minha bunda dolorida, quando eu já estava jogada no chão do quarto, de coberta e tudo. Essas pragas!

Resmunguei vários palavrões antes de levantar do chão e encara-las com um olhar irritado, muito irritado.

— O que vocês estão fazendo aqui, suas loucas?! – gritei enquanto pegava o meu cobertor e os travesseiros do chão.

Ino e Tenten deram um sorrisinho cúmplice.

— E o seu novo amigo, como vai? – Ino perguntou, cheio de malicia. Tenten também tinha o mesmo sorriso no rosto, mas um pouco mais inocente, um pouco.

Eu levantei as sobrancelhas, confusa.

— Como assim? – perguntei com quem não quer nada. Ino me encarou com o cenho franzido e entortou os lábios, descrente no que acabara de ouvir.

— Como assim? Ele gostou de você, Sakura! – berrou nos meus ouvidos. No mesmo instante parei em sua frente e tapei a sua boca com uma mão, a fazendo se aquietar. É impossível quando se trata de Ino Yamanaka, a amiga mais escandalosa que tenho. Nem sei por que fiz amizades assim!

Não que eu me arrependa, é claro. Isso não.

— Ino, a gente acabou de se conhecer, por favor! – respondi indignada. Essa doida não pode ver um garoto e uma garota andando juntos que já pensa besteira! Como tanta merda pode caber na mente de uma só pessoa, senhor?

— É Ino, deixa a Sakura – Tenten interveio, para a minha salvação. Ás vezes agradeço por ter amigas mais normais nessa vida – Mas falando sério, como se conheceram? – Ela perguntou, dessa vez mais séria. É, finalmente uma conversa decente hoje.

Gosto de falar sobre garotos, na verdade. Mas não como ficantes ou pra namorar, mas como arrumo novos amigos, sem segundas intenções. Isso é bom.

— Conheci ele na sala de aula, oras – falei como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – Ele é aluno novo, e como não conhece absolutamente ninguém, decidi ajuda-lo a conhecer gente nova, por exemplo, oferecendo-lhe a minha bela e doce companhia – Tenten e Ino começaram a rir, revirando os olhos – Ele é um garoto legal, foi gentil comigo. Meu contou as suas coisas e eu as minhas. Gostei dele, sem segundas intenções – enfatizei essa última parte, só para Ino entender o que é não ter segundas intenções.

Tenten balançou a cabeça para cima e para baixo, como um “sim”.

— Também gostei dele, não me parece ser uma má pessoa, pelo contrário.

— Então somos três, ele parece ser legal – Ino falando sério? Só posso estar sonhando.

Tenten e eu a olhamos com os olhos arregalados, e Ino também nos olhou.

— O que foi? Falei alguma coisa errada?

— Não é que, você falando que uma pessoa é legal, sem outras intenções. Essa não é você – Eu disse rindo junto de Tenten.

— Sou eu gente, estou falando sério. Se a pessoa parecer boa para mim, com certeza será boa para a Sakura – deu um sorrisinho de lado. Cerrei os olhos. Devo acreditar nela ou não?

Antes que alguém pudesse falar mais alguma coisa, Tenten levantou-se da cama e parou em nossa frente, cruzando os braços em frente ao corpo.

— Bom, nós viemos aqui não só para falar sobre Sasori, como também levar você para sair um pouco. Não sei como você agüenta Sakura, só fica trancada nesse quarto abafado – Tenten disse abanando-se com a mão. Aliás, estava bem calor mesmo. E olha que o ar condicionado estava ligado.

— Eu gosto, ta bom? – respondi, fingindo irritação. Mas as duas retardadas só riram da minha cara – Pra onde vamos? – perguntei suspirando pesadamente, dando-me por vencida sem muita insistência. Essa sou eu quando estou com as minhas amigas, simplesmente faço o que elas querem ser dar opinião própria. É.

— Não sabemos ainda – Ino pos o dedo indicador no queixo, pensativa. Então uma lâmpada surgiu em sua cabeça oca, o que é raríssimo – Que tal irmos ao Ichiraku? Eu adoro o rámen de lá! – sugeriu, dando pulinhos e batendo palminhas pelo quarto. Parecia uma criança irritante.

— Tanto faz – respondi revirando os olhos.

— Qual é Sakura, vai dizer que não gosta do rámen de lá? – perguntou Tenten, com os olhos brilhantes – É tudo de bom!

— Você tem razão, é muito bom mesmo – sorri. Levantei da cama e fui ao guarda roupa, puxei de lá uma calcinha e um sutiã e parti diretamente para o banheiro, sem questionamentos. Felizmente. Bati a porta e me despi em frente ao espelho, podendo ver completamente o meu belo e perfeito corpo nu. Eu sou muita linda tenho que admitir.

Sorri feito uma retardada enquanto apertava os meus seios, sonhando acordada em como eles poderiam ser um pouco maiores. Sou linda mas não tenho corpo de mis não, sou reta feito uma tábua. Mas tenho orgulho de ser como sou, isso é o que importa.

Parei de agir feito louca e liguei o chuveiro na água fria, entrando rapidamente embaixo d’água. Nada como um banho gelado nesse calor dos infernos. Ensaboei o corpo todo e logo em seguida peguei o shampoo, enxaguei os cabelos e passei o condicionador, dando o "toque final". Desliguei o chuveiro assim que terminei de tomar banho. Exatamente, durou nada mais nada menos do que uns dois minutos. Sou ninja!

Me enrolei numa toalha e comecei a cantarolar baixinho, pegando a pasta de dente e pondo na escova, para escovar os dentes.

Saí do banheiro já vestida com as roupas íntimas, e, encontrei Ino e Tenten mexendo como se fossem donas, nos meus lindos e maravilhosos livros.

— O que vocês duas pensam que estão fazendo? – berrei tomando um livro da mão de Ino, que me olhei indignada, como se eu tivesse feito um crime horrível – Ninguém mexe nos meus bebês!

Tenten franziu o cenho e cruzou os braços abaixo dos seios, me olhando muito, muito séria.

— Ninguém? Nós somos as suas melhores amigas! – disse – Nós temos direito! Tudo o que é seu, também é nosso, e o que é nosso, também é seu. Pronto!

Como se fosse simples. Hum. Meus livros são preciosos, não arrisco entregar eles nas mãos de qualquer um não. Ou seja, nas mãos de Tenten e Ino, eles podem ser rasgados, molhados, amassados, sujados, ou até mesmo perdidos. Não posso por os meus livros em risco nas mãos dessas duas sem noção.

— Acontece que os livros são caso a parte, são meus e de mais ninguém! – abracei todos eles, fazendo bico.

— Como quiser – falaram em coro, levantando as mãos em rendição.

Dei de ombros e abri as portas do guarda roupa novamente, olhando todos os meus looks de passeio. Optei por uma blusinha regata preta, uma corsária e as minhas sapatilhas. To pronta!

— Como estou? – perguntei, vendo as duas me encararem em um silêncio mortal. Tenho quase certeza que fiz algo de errado – O que foi?

— Sakura, deixa eu escolher a sua roupa, não ficou completamente bom – Ino falou já abrindo as portas do guarda roupa e mexendo nas minhas roupas. Uni as sobrancelhas – Coloca esse vestidinho rosa, combina mais com você e esse seu cabelo anormal – falou me atirando a peça de roupa – Mas fica com essas sapatilhas, ficará ótimo!

Nunca poderei negar as sugestões de Ino para roupas, nunca me arrependi uma única vez, sempre ficam ótimos e combinam comigo, e dão um caimento perfeito no meu corpo, realçando todas as minhas curvas e aumentando um pouco o volume dos meus seios. Ino tem realmente um gosto maravilhoso para roupas, isso eu não posso negar.

— Pronto, podemos ir – Antes que eu ou Ino falássemos mais alguma coisa, Tenten nos puxou para fora do quarto e quando fui ver, já estávamos na porta da frente de casa.

Começamos a andar pela calçada, nos afastando aos poucos afim de não poder mais ver a minha casa. Ino e Tenten tagarelavam sobre algo e eu só ria de vez em quando ou acenava positivamente com a cabeça, concordando com o quer que seja que elas tenham falado. O clima estava ótimo, calor, mas agradável para uma caminhada. O céu estava com poucas nuvens e o sol brilhava forte. Nunca fui muito do verão, mas gosto de sentir o calor as vezes, poder sair e correr até suar, tomar um sorvete no final da tarde com os amigos, sempre gostei disso. Não que fosse muito diferente no inverno, nos reuníamos em minha casa para olhar filmes, tomar chocolate quente e jogar conversa fora. É bom demais quando se tem amigos para passar o tempo.

Paramos em frente ao Ichiraku e sentamos lado a lado nas cadeiras, cruzando os braços no balcão. Ayame foi quem nos atendeu.

— Olá, garotas! – sorriu – Faz um tempo que não aparecem aqui, senti falta de vocês – disse enquanto secava as mãos em um pano de prato.

— Desculpe, não tivemos tempo por causa da escola, essas coisas – Ino respondeu dando um sorriso sincero.

— Fico feliz que tenham voltado aqui – Ayame disse dando um sorrisinho – O que vão querer hoje?

Tenten se animou ao meu lado, se remexendo sem parar na cadeira.

— O de sempre, Ayame – Tenten falou batendo palminhas e sorrindo de orelha a orelha – Queremos o tão belo e delicioso rámen!

Ino e eu concordamos com a cabeça, dando um sorriso abertamente para Ayame. Ela é a nossa velha amiga que trabalha no Ichiraku junto de seu pai, sempre vínhamos aqui para saborear o rámen quando crianças, e não é agora que crescemos que iríamos abandona-los, não é? Ayame é tão gentil conosco que vez ou outra nos dá um desconto, só por sermos clientes fieis. Eu adoro essa garota.

— Podem deixar, logo estará na mesa – Ela assentiu com a cabeça, nos dando um sorriso alegre antes de sair para a cozinha. Pude ouvir o seu pai falando com ela, pela voz, ele parecia feliz também.

Nós três ficamos sozinhas sentadas em silêncio, olhando para as mãos vazias. Tenten sorria sozinha parecendo uma louca, provavelmente sonhando com o seu glorioso rámen na mesa, e os Hashis nas mãos. Ino parecia pensar a mesma coisa, pois estava prestes a babar pelo canto da boca cheia de gloss.

— Sabe – comecei – Não seria injustiça não convidar o Naruto para vir comer conosco? Ele ama o rámen daqui, ficaria chateado se soubesse que viemos sem ele.

— Você tem razão, Sakura – Tenten concordou – O que acha Ino, de ligarmos para ele? – perguntou virando-se para a loira que nos encarava em silêncio.

— Tudo bem – sorriu.

Tenten acenou com a cabeça e levantou indo para fora, com o celular na mão digitando o número de Naruto.

— Você vai vir? – Ouvi Tenten falando do lado de fora, com Naruto berrando do outro lado do telefone. Sempre tão escandaloso — Ótimo, traga Hinata também, então. Tchau – E desligou.

Tenten veio até nós e sentou-se novamente na cadeira ao meu lado, guardando o celular no bolso.

— Ele vai vir, Hinata também – Tenten falou abrindo um sorriso malicioso – Ainda acho que esses dois estão tendo um caso... – comentou.

— Também acho, andam sempre juntos – Ino concordou com a cabeça.

— Só porque andam juntos não quer dizer que estejam namorando – Eu falei, balançando a cabeça. Essas duas não tem jeito.

— Deixa disso, Sakura – Ino disse – Não acha que eles andam muito estranhos ultimamente? É porque aí tem coisa.

— Não acho – respondi calmamente.

Nesse mesmo momento Ayame apareceu carregando uma bandeja com três deliciosas tigelas de rámen, para a nossa alegria. A fumaça da minha tigela saía livremente, e o cheiro só me deixava com água na boca. Preparei os meus hashis para começar a comer, assim como as meninas também fizeram. No momento em que eu ia levar o conteúdo a boca, Naruto chegou me abraçando e gritando nos meus ouvidos, pondo a minha felicidade por água a baixo. Meu rámen...

 

Nossa, acho que não faz nem dois minutos que Tenten havia ligado pra ele, como pôde ser tão rápido?!

— E aí, garotas – Naruto disse abraçando Ino e Tenten também, quando ambas iam começar a comer. Não me sinto tão sozinha agora – Vocês não iam nos esperar para comer? – perguntou indignado, sentando-se com Hinata ao meu lado – Traição!

— Calma lá, nós tínhamos pedido antes de ligarmos pra você! – Ino se defendeu, olhando com brilho nos olhos para o rámen na tigela. Tão suculento...

— Então esperem até o nosso pedido chegar – falou, gritando para Ayame que estava na cozinha e apareceu correndo com os olhos arregalados, limpando as mãos em um pano de prato, como sempre que fazia quando a chamávamos – Ayame, dois rámen, por favor! – Naruto pediu, sorrindo abertamente para ela.

— Pode deixar, Naruto! – Ayame respondeu com um sorriso, levantando o dedo polegar em sinal positivo.

Me virei para Hinata, que ouvia tudo em silêncio, sem dizer uma só palavra.

— Oi, Hinata, andando muito com esse loiro idiota? – Eu perguntei a olhando maliciosa. Hinata corou feito um pimentão e começou a balançar a cabeça freneticamente para os lados, completamente envergonhada. Vou parar de constrange-la em publico assim, ela pode desmaiar qualquer dia desses.

— O que? Não é nada disso – Hinata gaguejou, ainda vermelha. Eu comecei a rir.

— Não se preocupe, só estou brincando – falei, a deixando mais aliviada, pelo que percebi – Mas me conta, nenhum garoto por quem se interessou? – Certo, eu deveria parar mesmo. A coitada estava tão vermelha, quase indo pro roxo. Chega Sakura, deu por hoje.

— Não, não – respondeu balançando as mãos em frente ao corpo, parecendo desesperada – Sakura, para com isso! – pediu, me encarando com os olhos arregalados. Nossa, o que falei pra deixa-la tão assustada? Não foi nada demais.

Dei de ombros.

— Desculpe – sorri amarelo.

Naruto tocou os meus ombros, ficando em nosso meio.

— Sakura-chan, para de constranger a Hinata assim! – Naruto disse com reprovação, mas eu ri.

— Só estou brincando, calma – murmurei, levantando as mãos em rendição – Sem brincadeira agora, Hinata – A olhei – Que tal você ir lá pra casa esse final de semana? E fazermos uma maratona de séries? Podemos colocar a fofoca em dia, sabe... – Ino me interrompeu.

— E eu? Já está me excluindo, Sakura Haruno?

— É mesmo, e eu? – Tenten concordou, unindo as sobrancelhas.

— Calma – pedi – Todas podem ir lá pra casa, uma noite só de meninas, que tal? – sugeri, abraçando Hinata pelos ombros. Essa sorria.

— Ótimo, esse final de semana? – Ino perguntou.

— Claro.

— Então está marcado – Tenten concordou, acenando com a cabeça e sorrindo.

Naruto nos ouvia com atenção, sabia que estava se sentindo excluído da conversa. Mas eu o abracei pelos ombros, sorrindo para ele.

— Podemos marcar com vocês garotos também, outro dia – Eu disse, e ele acenou com a cabeça, parecendo feliz com a notícia.

Ayame apareceu com duas tigelas de rámen na mão, estendendo ambas para Naruto e Hinata. Naruto pegou os seus hashis e nos olhou com as sobrancelhas arqueadas.

— Vamos comer agora! – Ele disse, como se fosse uma ordem. Peguei os meus hashis e peguei um pouco de massa da tigela. Já estava até fria pelo tempo que já estava ali, infelizmente.

(...)

Quando todos nós terminamos de comer, ficamos conversando mais um pouco com Ayame antes de irmos embora. Já tinha escurecido, e o clima estava um pouco mais frio, mas agradável. As ruas estavam bem iluminadas e parecia seguro para ir pra casa, sem qualquer problema.

— Bom, nós já vamos indo embora, Ayame – falei – Foi bom conversar com você – acenei para ela, e saímos do Ichiraku, todos nós com um sorriso satisfeito nos lábios.

Ino largou o seu cabelo loiro e o deixou solto por uns segundos, antes de arrumar e ata-los novamente.

— Vocês tem que concordar comigo, o rámen hoje estava muito bom – comentou, enquanto caminhava ao meu lado. Não estávamos nem um pouquinho longe do Ichiraku, e avistei Sasori um pouco mais longe. Assim que me viu, veio em nossa direção.

— Verdade, estava bom pra caralho! – Naruto respondeu, parando ao lado de Hinata. Certeza que esses dois ainda tem um caso...

 

Ta certo que eu acho que um garoto e uma garota andando juntos não quer dizer que estejam namorando, mas Naruto e Hinata são outro caso. Por exemplo, as vezes flagro o loiro abraçado em Hinata, ou quando falo sobre eles namorarem, ambos mudam de assunto e ficam vermelhos feito tomates. Não é estranho?

Sasori chegou até nós, e parou a minha frente com um sorriso meio envergonhado nos lábios, me encarando.

— Oi.

 — Oi – sorri – O que está fazendo aqui? – perguntei, começando a andar ao seu lado.

— Decidi andar um pouco. E você? – respondeu enquanto nos afastávamos um pouco mais dos outros.

— Estava no Ichiraku. Está indo pra casa agora? – Eu perguntei.

Sasori suspirou e levantou o rosto para o céu escuro, pensativo. Eu estranhei.

— O que aconteceu? Você está estranho – comentei o encarando nos olhos. Sasori parecia triste — Sabe que pode me contar, não sabe?

— Sei – sorriu minimamente – Sabe, estou morando com a minha avó há um tempo, mas as coisas não estão dando certo como eu esperava que dessem – bufou.

Sasori mora com a avó desde que seus pais morreram em um acidente de carro, quando ele a inda era pequeno, tinha uns nove anos naquela época - pelo que me contou -, o seu relacionamento com ela era bom até, só que uns tempos pra cá eles começaram a brigar muito, por causa de Sasori frequentar muitas festas e essas coisas. Ou seja, ela não aprova isso, simplesmente não aceita que é normal um adolescente fazer esse tipo de coisa. E também, por causa dela ele nunca teve uma namorada, apenas ficantes que a avó nem sabia. 

— Como assim? – perguntei sem entender.

— Esses dias ela anda muito pra baixo, acho que está doente e não quer me contar – percebi a sua decepção. Fiquei triste por ele.

Eu coloquei uma mão em seu ombro, querendo o confortar. Mas sabia que não seria possível. Eu queria fazer alguma coisa para ajuda-lo, mas não não conseguiria fazer algo para que ele se sentisse melhor, não sou boa nessas coisas. Não tem nada que eu possa fazer...

— Tem algo que eu possa fazer pra te ajudar?

— Não muito – Sasori respondeu, dando um meio sorriso – Mas se puder me ajudar a convence-la a consultar um médico, sei lá – fez uma pausa, e continuou – Sei que ela não está bem – Sasori parecia estar prestes a chorar. Sem pensar, eu o abracei para conforta-lo. Eu conhecia Sasori há pouco tempo, mas sei que ele não merece passar por isso.

— Pode deixar que eu te ajudo – respondi.

— Obrigado.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Nesse capítulo eu quis focar mais na Sakura e os amigos. Pois é, Sasuke não apareceu muito, mas nos próximo com certeza!
Pergunta: Vocês estão shippando Sasori e a Sakura? Gostaria de saber o que vocês pensam sobre esses dois juntos *-*.

O próximo talvez não demore, então até mais!!



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