Here's Lucille escrita por Lady


Capítulo 1
Prólogo




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— Prólogo-

— ANDA LOGO, ACELERA!

Ao redor eu ouvia gritos. A julgar pelo constante balanço embriagante, eu deveria estar dentro de um carro ou automóvel espaçoso.

Minha cabeça latejou e eu senti uma pontada forte de dor no meu ombro, junto de uma queimação horrível em minha costela.

— DWIGHT, PORRA! – uma voz gritou perto de mim. Virei a cabeça, mas tudo ao meu redor pareceu ficar confuso. Como um vidro embaçado pelo vapor d’água – ACELERA ESTA MERDA!

“Acelerar? Por que? Pra que?”

Parecia um sonho, sendo eu uma expectadora.  Eu pensava em palavras para dizer, mas minha boca não se abria e minhas cordas vocais não pareciam aptas a trabalhar. Meu corpo navegava embriagado e meus olhos pareciam pesados.

Senti uma mão segurar a minha.

— Ei, Lucille – um rosto conhecido apareceu no meu campo de visão, mas na hora eu não consegui reconhecê-lo – Você vai ficar bem cara. Sério, você vai ficar bem. Você é... muito...

A voz dele aparecia e sumia, mas apesar disso ela era calma, tranquilizante. Meus olhos começaram a pesar, e a ideia de tirar um cochilo parecia perfeita. A única coisa que me atrapalhava eram as leves mexidas em meu corpo.

“Me larga, quero dormir.”

— Lucille, não feche os olhos – a voz parecia desesperada – A gente ‘tá chegando. Você aguenta, vamos...

Minha cabeça latejou novamente. Por que tudo estava em câmera lenta?

— DWIGHT, EU JURO QUE VOU ARRANCAR A PORRA DOS SEUS OLHOS E DAR PARA A SHERRY COMER SE...

Por um momento parei de entender os gritos. Por que meu ombro doía tanto? Eu deveria olhá-lo? Mas meu corpo estava tão pesado, eu estava com tanto sono. Mas ele me disse para ficar acordada. Se me disseram para permanecer acordada era por algum motivo, certo?

“O que está acontecendo?”

Barulho de portas abrindo. Pessoas falando, outras gritando. Meu corpo foi suspenso.

E do nada, o pequeno incomodo em minha cabeça virou uma martelação insuportável. A dor em meu ombro irradiou pelo corpo. Minha costela ardeu em chamas. E em um breve momento de lucidez, minha cabeça entendeu o que estava acontecendo. Minhas cordas vocais funcionaram, admitindo por meio de poucas palavras sussurradas algo que eu nunca fui capaz durante todo aquele tempo.

Vi o céu escuro, lotado de estrelas. A Lua cheia iluminava a noite. Uma mão apertando firmemente a minha enquanto eu era carregada.

A escuridão começou a me abraçar. Cedi ao impulso de dormir, e senti meu corpo mole enquanto eu vagarosamente perdia a consciência e desmaiava


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Notas finais do capítulo

Hey, não se assustem! Vai ficar tudo bem!
Não esqueçam de comentar e até o próximo!