Um Anjo Em Minha Vida - Concluída escrita por Julie Kress


Capítulo 8
Joel, o caçador...


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Mil desculpas pela demora.

Estou postando o último capítulo do ano haha

Espero que gostem!!!

Boa leitura!!!



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P.O.V Do Jonas

Flashback on:

Era numa sexta-feira, meus amigos e eu combinamos de ir curtir a noite no Fliperama do Bob. Não havia ninguém em casa, meu pai havia saído com uma mulher, a vizinha que era viúva e minha irmã mais velha também tinha saído com alguns amigos para curtirem um Karaokê.

Steven, um dos meus amigos que tinha carro passou em casa para me pegar. Passamos na casa do Mike e do Jake, e chegamos no Fliperama por volta das 19h, Carter e Rick já estavam lá, eram nossos amigos mais velhos, eles compraram cervejas e as fichas.

Duas garotas se juntaram a nós, elas eram novas na cidade. Jake e Carter pagaram bebidas para elas, e não demorou muito para eles se afastarem com elas, indo para os fundos do estabelecimento.

Iniciamos a noite jogando sinuca, apostando é claro. Mike comprou duas latinhas de Coca e misturamos com Vodca. Depois Steven encerrou a partida ganhando e foi para uma das mesas de Poker, tentar a sorte.

Tinha uns caras do nosso colégio, principalmente os alunos do terceiro ano. Mike, Rick e eu continuamos jogando sinuca, ganhei duas vezes, faturando 25 doláres ao total.

Por voltas das 21h, chegou um trio de amigas. Eram lindas, Mike, Rick e eu ficamos de olho nelas. Eram com certeza mais velhas que a gente, com certeza já eram universitárias. Todas elas vestiam roupas pretas, calças, jaquetas e botas de couro sintético.

A que estava usando top não parava de me olhar, ela parecia um anjo e seu olhar estava me hipnotizando. Era alta, corpo de modelo, rosto angelical. Usava batom vermelho e o que mais me chamava atenção era o seu olhar, seus olhos eram grandes e eram dourados. Sim, dourados e brilhantes. Só podiam ser lentes de contato.

Me afastei da mesa de sinuca, e fui comprar uma Pepsi. E logo deu vontade de ir ao banheiro, eu precisava mesmo me aliviar. Rick e Mike foram jogar dardos, sempre apostando é claro e eles se juntaram com uns caras que faziam parte do time de Basquete do nosso colégio.

Fui ao banheiro, o fedor era horrível. Impregnado de urina e cigarros. Possuía apenas três cabines, e a parte do mictório estava deplorável, não dava para usar. Entrei numa das cabines, e me aliviei, saí o mais rápido possível e fui lavar as mãos.

Não tinha sabão e nem papel toalha, enxuguei as mãos na calça mesmo. E quando saí do banheiro, dei de cara com ela...

Lá estava ela, a garota de cabelos descoloridos com mechas rosas, encostada na parede fumando. O corredor era pouco iluminado, com um único bico de luz ainda por cima fosca.

Ela soltou uma baforada e sorriu, continuei parado, encarando-a.

— Olá. - Sua voz era como uma melodia, soou doce e aveludada.

— Oi. - Sorri sentindo minhas bochechas pegando fogo.

— Vou ser direta. Gostei de você, e quero saber se você quer ir comigo para um lugar mais calmo? - Perguntou me pegando de surpresa.

— Claro. Por quê não? - Por sorte não gaguejei.

— Então, vamos, gatinho... - Largou o cigarro e pisou em cima.

Em seguida, saiu me puxando. Fiquei tão animado. Qual é? Não é todo dia que uma baita gostosa convida um moleque de 16 anos para dar uns amassos, certo?

Passamos pelos meus amigos, eles estavam tão distraídos e se divertindo muito que nem me viram indo embora.

Saímos para a noite fria, não havia quase ninguém circulando pelo bairro. Era distante do centro da cidade, a deusa de olhos dourados me guiou até um carro preto. Parecia antigo, mas era bonito e um tanto exótico, como se o modelo tivesse saído de moda há muito tempo. Achei bem maneiro...

Entramos no automóvel, eu já estava bastante empolgado e fiquei mais ainda quando ela montou no meu colo e me beijou sem demora.

Puta merda... Que lábios eram aqueles? Doces, macios e quentes. Aprofundamos o beijo, os meus lábios ficaram dormentes e minha língua começou a formigar.

Paramos quando o ar ficou escasso, ela se livrou das nossas jaquetas e tirou a minha camisa. Ergueu os quadris e saiu do meu colo para se despir da cintura para baixo. Eu já estava ereto, apenas abri o zíper e abaixei minha cueca junto com a calça...

Ela subiu de novo em cima de mim, e guiou o meu "membro" para dentro de si, e eu a penetrei, indo fundo. Gemi de dor e agonia, como se meu corpo estivesse pegando fogo.

Era gostoso e ao mesmo tempo doloroso. Nunca tive aquela sensação antes... A garota arregalou os olhos parecendo assustada, e vi o tom dourado neles se acender, como se tivessem em chamas.

Ela gritou bem alto, seu corpo começou a tremer, mas eu não parei. Enterrei os dedos em sua cintura, e dei a primeira estocada, ela estava molhada e muito quente. Não parei, e ela não reclamou. Apenas tentou me acompanhar, quicando em meu colo. Aquela estava sendo a melhor transa que já tive.

— Ah... Ah... Os seus olhos... - Disse trêmula com a voz baixa.

E foi quando ouvimos um baque.

Algo pulou no teto do carro, amassando o mesmo. Paramos a transa e ela me olhou apavorada, e tentou sair de cima de mim, mas eu a detive agarrando-a pela cintura.

— EVE? - Ouvimos um berro.

Ouvimos as fortes batidas, os socos amassando o teto do carro cada vez mais.

— VADIA! - Berrou mais alto.

Levei um baita susto quando um marmanjo pulou contra o para-brisa, trincando o vidro.

Ela tremeu no meu colo, despida da cintura para baixo e sussurrou um "Me desculpe" com a voz trêmula.

Fudeu. Foi o que eu pensei...

— VOU MATAR VOCÊS! - O cara gritou furioso socando o vidro que quebrou.

Uma luz com um brilho azulado quase me cegou, fechei os olhos imediatamente.

— Fuja. - A voz dela saiu firme.

Não senti mais o seu peso e nem vi ela saindo de cima de mim. Abri os olhos e me vi sozinho dentro do carro...

A garota estava no meio da rua flutuando, e o cara estava fazendo o mesmo. Paralisei... Aquilo era real? Como era possível? E foi então que o dois começaram a brigar. Ela o empurrou, eu quase não conseguia enxergar direito por conta da luz azulada e prateada que os rodeavam.

— CORRA, SEU IDIOTA! - Ela berrou pra mim, desesperada.

Abri a porta do carro apressado e caí pra fora ainda com as calças abaixadas. Um alarme de carro foi acionado, espremi os olhos e vi o namorado dela em cima do capô de um carro prata.

Me levantei quase borrando as calças, ajeitando-as depressa e fiz o que ela tinha mandado. Corri, corri o mais rápido que pude de volta para o Fliperama.

E me arrepedi quando entrei no estabelecimento, aquilo ali estava um verdadeiro pandemônio.

Mesas viradas, cadeiras quebradas, máquinas de jogos eletrônicos danificadas e a gritaria se misturando com o som alto. Alguns corriam, tentavam se esconder e as garotas berravam e choravam. Estava rolando briga... Na verdade, parecia mais uma guerra.

Gritei por meus amigos, e nem sinal deles. Vi corpos no chão, e fiquei desesperado. Havia uns caras altos e fortes, eles não estavam ali antes. Todos usavam roupas escuras, estavam encapuzados e eram eles que estavam botando o terror.

Merda. Que porra era aquela?

Um casal que flutuavam estavam brigando lá fora e dentro do Fliperama, tinha uma gangue de arruaceiros? Seita? Culto? O que diabos eram eles?

Eles arremessavam pessoas contra parede com tanta facilidade, como se fossem bonecas de pano. Sinistro.

— PEGUEM ELE, TEM UM DELES ALI AO LADO DA ESCADA! - Um cara que usava botas com tachinhas apontou para mim.

Rostos medonhos e olhares brilhantes se viraram pra mim. Quase mijei nas calças, tremendo como vara verde.

Senti vontade de vomitar, o meu estômago embrulhou. Meus pés não obedeciam o meu comando, e três deles vieram correndo em minha direção...

Gritei apavorado, e me encolhi pondo as braços na frente do meu rosto. Uma dor se espalhou na região das costas, era horrível. Meu corpo e olhos ardiam, minha visão estava turva, avermelhada. Joguei as mãos pra frente, tentando empurrá-los quando estavam prestes a me tocar.

Não sei explicar o que havia acontecido, apenas vi os três caras caindo para trás do balcão.

Olhei para as minhas mãos, elas brilhavam e estavam azuis.

— Mas o quê? - Cambaleei me sentindo nauseado.

Tudo girava ao meu redor, e uma pancada forte na nuca me derrubou.

— Te peguei, meio-sangue. - Ouvi uma voz estridente e gargalhadas.

[...]

Abri os olhos, o vento gélido arrepiava a minha pele. Comecei a me rastejar, sentindo a areia embaixo dos meus dedos. Estava escuro, e quando tentei me levantar, alguém me chutou acertando minhas costas. Caí de cara no chão, gemi de dor...

Eu estava com tanto medo, minhas costas pareciam em brasas. Meu queixo tremia e eu não conseguia entender o que estava acontecendo.

Pensei no meu pai, e na minha irmã... Que horas eram? Por quê aquilo estava acontecendo comigo?

— DEIXEM ELE EM PAZ! - Ouvi uma voz conhecida.

Era ela... A garota de olhos dourados.

— Cai fora, Eve, o Kai já devia ter dado um jeito em você, vadia. - Rosnou um dos caras.

— Ele é só um garoto inocente, um mortal, Damian. - Disse ela me defendendo.

— Um mortal? - O cara gargalhou. - Tenho cara de otário, Eve? - O moleque tem sangue de descendentes. - Afirmou.

Senti um toque duro e gélido na nuca, estremeci sentindo calafrios.

— NÃO TOQUE NELE, DEMÔNIO! - Berrou furiosa.

— Matem essa vadia agora! - O homem com a voz sinistra ordenou.

— NÃO! - Gritei.

Ele me fez levantar e me virou para ver dois homens partindo pra cima da garota, a tal de Eve... Me segurou enquanto eu me debatia tentando me soltar, vi a garota de olhos dourados flutuando, o brilho azul banhando seu corpo.

Era linda, só podia ser um anjo. Seus cabelos descoloridos esvoaçavam, chicoteando o ar... Os caras vestidos de preto flutuaram até ela, e ambos a atacaram.

A garota tinha um belo par de asas, prestei atenção nelas naquele momento. Asas grandes, alvas e quase transparentes, eram delas que saía tanta luz.

Seus gritos de dor quase me deixaram surdo, não pude fazer nada. Assisti seu sofrimento, quando os malditos arrancaram suas asas. Ela desabou no chão sem luz.

— NÃO! - Berrei quando um deles enfiou um punhal prateado no meios de suas costas, matando-a.

— Ela era um anjo... - Sussurrei sentindo ódio.

Ódio deles.

— Sim, ela era o seu anjo da guarda. - O maldito que ainda me segurava gargalhou.

— Vou matar vocês! - Ameacei tremendo de raiva.

— Tente, meio-sangue. - Me empurrou.

Caí quase de cara... Afundei os dedos na areia e rosnei.

— Se ele foi beijado por ela, ele terá mais poderes que a gente? - Ouvi um deles cochichar.

— Ainda tem dúvida? Um beijo dela o transformaria em caçador. - Outro respondeu.

— Como vamos saber? - Alguém questionou, era uma voz feminina.

— Rasguem a camisa dele. - O líder deles mandou.

Um deles avançou em mim, afudando minha cara no chão e rasgou minha camisa.

— Infernos! - Ouvi um coro em cochichos, pareciam assustados.

— Ele foi marcado. Olhem, a marca do caçador. - O líder disse trêmulo.

Oh, ele estava com medo?

Minhas costas ainda ardiam em brasas...

E foi naquele dia que me transformei em caçador, e matei todos eles, e joguei seus corpos no lago.

Fui para casa, cheguei muito tarde. Já se passava das 03h da madrugada.

Meu pai e minha irmã estavam dormindo, me despedi primeiro dele, em silêncio e depois fiz o mesmo com a minha irmã.

Peguei uma camisa e um casaco, e saí de casa. Andei até a casa da Tori, melhor amiga da minha irmã, Jade. Subi numa árvore e de lá consegui chegar até a calha, a Tori nunca trancava a janela do quarto.

Invadi o mesmo cauteloso, ela estava num sono profundo. Tão linda e serena, toquei em seu rosto...

— Te amo... - Sussurrei aproximando nossos rostos.

Depositei um singelo selinho, ela sequer se mexeu.

— Adeus... - Me despedi, segurando as lágrimas.

Eu precisava partir, seu eu ficasse ali, com certeza colocaria todas as pessoas que eu amava em risco.

Saí de Boston aquela noite, pegando o primeiro ônibus noturno, com apenas a roupa do corpo e com 25 dólares no bolso.

Eu não sabia para onde ir, sabia apenas que devia ficar longe. Eu era algo perigoso, um caçador de demônios, e talvez de anjos ruins que vagassem pela Terra... Era melhor que minha família e amigos achassem que fui uma das vítimas do ataque em massa no Fliperama.

Jonas West havia sido morto aquela noite... E na mesma noite havia nascido o Joel, o caçador de anjos e demônios.

[...]

Tempos atuais...

— Cara, acho que ontem tinha alguém me seguindo. - Kevin meu único amigo em L.A disse afiando a adaga.

— Será que era um demônio? - Perguntei parando de fazer minha série de abdominais.

— Não faço ideia... - Respondeu.

— Hum... Toma cuidado. - Alertei.

Ele é um anjo caído, nos conhecemos em Nova Orleans. Viramos amigos e nunca nos separamos, sempre moramos juntos. Um ajuda o outro, a gente não vive, a gente sobrevive. Nossa vida é uma luta constante, e sempre estamos nos mudando, nos escondendo. Existe uma gangue, uma gangue com sangue de demônios correndo nas veias. Eles são meio-sangue, e estão nos caçando porque querem acabar com a raça Nephilim.

Eles são os Sirybbus e querem dominar o mundo junto com Lúcifer.


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Notas finais do capítulo

E aí??? O que acharam do capítulo???

Gostaram do POV do Jonas/Joel???

Comentem, gente!!! Bjs até 2018.



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