Um Anjo Em Minha Vida - Concluída escrita por Julie Kress


Capítulo 13
De volta à Boston


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Esse capítulo fico grandinho haha

Amei escrevê-lo!!!

Boa leitura!!!



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P.O.V Do Jonas/Joel

Fechei as cortinas cobrindo as janelas, Kevin e eu havíamos alugado um Loft em Boston, saímos de Los Angeles às pressas, uma gangue formada por 8 membros da Sirybbus tinha migrado para lá. Eles eram fortes e bem treinados, pareciam até imbatíveis. Decidimos cair fora sem deixar rastros, logo seríamos caçados e as coisas iam ficar feias para o nosso lado.

Sangue Nephilim corria em minhas veias e era exatamente o que eles queriam. Os Sirybbus queriam derramar sangue Nephilim. Eles também odiavam anjos caídos que lutavam por sí, que não tinham um lado para seguir. Kevin era um desses anjos. Ele havia feito uma escolha antes de se jogar. Meu amigo não queria batalhar com nenhum dos lados. Ele apenas queria ser independente, livre...

Empurrei a bolsa de armas para debaixo da cama. A armação da cama era de latão, o colchão era fino e estava coberto por uma colcha verde-musgo. O Loft se encontrava num bairro de Classe baixa, o pequeno prédio possuía minúsculas instalações, algumas bastante precárias. E a nossa não era uma das melhores.

Havia apenas dois compartimentos se fosse contar apenas com o quarto e o banheiro. O banheiro era um cubículo dividido por uma cortina de plástico. E o quarto/cozinha era dividido por uma parede improvisada feita por PVC. O teto era de gesso e o piso de madeira enegrecida.

Kevin foi tomar banho primeiro. Foram longas horas de viagem de L.A até Boston. Viajamos de Classe enconômica. Melhor do que ir na parte cargueira de um caminhão de granja. Já tivemos essa experiência uma vez e não foi nada agradável.

Tirei meu agasalho de moletom com capuz, a camiseta surrada de banda, sentei na cama e retirei meus Coturnos, levantei e me despi da calça jeans.

Kevin saiu do banheiro com a toalha presa ao quadril e com sua mochila marrom de couro.

Seus olhos verdes-oliva desceram por meu corpo seminu e ele virou rapidamente o rosto. Seus cabelos acobreados estavam escuros, pingando. Ele era da minha altura, corpo definido e sua pele estava mais bronzeada que a minha. Ele tinha sardas nas costas e no peito, ele tinha só algumas pelo rosto.

Eu já sabia de sua bissexualidade, aquilo não me incomodava. Eu estava de boas. Kevin era meu melhor amigo e eu confiava nele, assim como ele confiava em mim. Ele nunca admitiu, mas eu já havia notado os seus olhares de cobiça...

— A água está boa? - Perguntei quebrando o silêncio.

— Está bem fria, mas não vai te matar congelado. - Brincou.

— É bom saber. - Peguei minha mochila que estava em cima da cama e rumei para o banheiro.

[...]

— Como está a sua comida? - Indaguei.

Estávamos jantando no restaurante tailandês que tinha ali perto, e na esquina tinha um restaurante chinês e um bar perto do prédio.

— Está ótima. - Enrolou mais macarrão com molho agridoce feito com laranja e ervas, e enguliu uma boa garfada.

Eu havia pedido um Satay, que era frango grelhado com molho de amendoim e arroz com legumes para acompanhar.

Tomei um pouco do meu suco de manga com hortelã e ele bebericou o dele de pêssego. Comida tailandesa era adocicada e algumas bem apimentadas. O misto de sabores era interessante.

— Como se sente estando mais perto de sua irmã? - Perguntou.

— Me sinto ansioso. Quero muito matar a saudade. - Respondi.

— Está louco para ver a garota chamada Tori também, não é? - Me encarou.

— Você nem imagina... - Sorri assentindo.

A pele levamente morena, os cabelos e os olhos castanhos surgiram em minha mente. Seu rosto delicado, seu sorriso e seu olhar doce. As maçãs marcantes do rosto, seus lábios macios... Eu seria capaz de tudo por aquela mulher.

Quando abri os olhos me deparei com os olhos verdes intensos e o rosto avermelhado de Kevin.

— Você devia ir visitar sua irmã. - Desviou o olhar.

— É o que eu mais quero, mas não posso... Não agora. Primeiro temos que ver se não há nenhum Sirybbus aqui em Boston. Ter certeza que a barra está limpa, não podemos nos descuidar. - Falei.

— É, você tem razão... - Concordou.

— Estão gostando da comida? - Uma voz melodiosa soou aos nossos ouvidos.

Olhei para frente e vi uma moça sorridente atrás do balcão de madeira. Ela era alta e estava usando um avental laranja.

Seus olhos amendoados estavam fixos no meu amigo. Cutuquei ele com o cotovelo.

— Ah, sim, estamos gostando. - Ele sorriu.

— Que bom. Minha tia é a melhor cozinheira. A sobremesa é por conta da casa! - Piscou para nós.

Ela era uma garota muito bonita, devia ter uns 18 anos. Era esguia e tinha um sorriso meigo. Seus cabelos negros estavam presos num coque. Sua pele era morena num tom café com leite.

— Kishia, você poderia nos servir mais suco? - Li seu nome no pequeno crachá.

— Claro. Só um minuto! - Ela assentiu e nos deu as costas.

— Se você não pedir o número dela, eu peço. - Brinquei batendo meu ombro no ombro do ruivo.

— Passo. Não estou interessado. - Comeu mais uma garfada de macarrão.

— Ah, qual é? A garota ficou encantada por você. - O cutuquei na costela.

— Mas eu não tô a fim de sair com ela. Que saco! - Bateu no balcão.

— Calminha aí... Relaxa! - Me ajeitei no banco e enfiei mais um pedaço de frango na boca.

— Foi mal... Mas você fica insistindo, tentando me empurrar pra cima de todas as garotas que se interessam por mim e isso me irrita! - Se desculpou e se justificou.

Kishia retornou trazendo uma jarra com suco de pêssego e encheu nossos copos.

Minutos depois...

— Ei, volta aqui, boneca, eu ainda não te dispensei. - Um dos caras que havia sentado à três bancos de distância já estava começando a encher o saco.

Eram três rapazes, um deles tinha uma garrafa de bebida barata. Ele estava tomando direto do gargalo.

A moça já estava nervosa e incomodada com a presença deles.

— Senta aqui com a gente, boneca! - O loiro era o mais insistente. Ele tinha estilo motoqueiro. O moreno parecia um Bad-boy de Classe média e o cara negro usava luvas de couro e bandana.

— Não posso, tenho que voltar ao serviço. - Kishia torcia o guardanapo sem parar.

Fiz menção de levantar, mas Kevin segurou o meu braço direito com força.

— Não faça nada ainda, eles vão parar, ela nem está dando mole. - Remexeu a sobremesa.

Assenti sem tirar os olhos daqueles inconvenientes.

— Quanto você quer para mostrar esses peitinhos? - O loiro perguntou tirando a carteira do bolso.

Os outros dois apenas riam, a pobre garota arregalou os olhos e recuou, constrangida.

— 20? 50? 70? - O filho da puta estava se divertindo contando a grana.

Kishia olhou para os lados, mas ninguém ali aparecia para acabar com aquilo. O som de talheres, conversas e risadas ecoavam pelo estabelecimento. Os clientes pareciam alheios, ou fingiam não se importar.

— Responde, cadelinha! - O moreno bateu no balcão e a morena sobressaltou com o susto.

O loiro a agarrou pelo avental e a puxou, Kishia gritou apavorada.

Desci do banco e avancei no filho da puta, derrubando-o com um soco. Seus amigos vieram pra cima de mim. Kevin veio me ajudar.

Usamos nossa habilidade em luta corpo à corpo. Acertei uma cotovelada na costela de um e meu amigo derrubou o outro. O loiro conseguiu me tirar de cima dele com um empurrão. Fui lançado por uma força inumana, caí por cima de uma das mesinhas redondas, quebrando-a.

Ele com certeza não era um humano comum. Ou sequer era humano.

A gritaria começou, as pessoas começaram a sair do restaurante às pressas.

Levantei e corri me jogando em cima dele. Rolamos pelo chão trocando socos. Eram dois contra o meu amigo. Os gritos de Kishia começaram a ecoar pelo estabelecimento.

— ELE É NEPHILIM! - O loiro abaixo de mim gritou para os amigos.

Meus olhos deviam estar cintilando, ou minha força havia me entregado. Ou as duas coisas.

Bati a cabeça dele contra o piso amadeirado. Uma. Duas. Três vezes antes de ser arremessado para longe. O moreno havia me empurrado. Kevin lutava com o rapaz negro que era muito veloz e bloqueava seus golpes.

Levantei zonzo, vi meu amigo sendo jogado contra a parede. Kishia não parava de chorar, encolhida contra a prateleira cheia de bebidas.

O moreno tentou me atingir um chute, mas desviei por pouco. Parti pra cima dele e lhe passei uma rasteira, o derrubando.

— Pode vir. - Chamei o loiro.

Ele abriu um sorriso malicioso e vi um brilho sádico em seu olhar. O maldito tirou a jaqueta e a jogou no chão. Lambeu o lábio inferior lentamente.

Foi então que vi a tatuagem em desenho tribal em seu pescoço. Era um símbolo antigo. Era a ave que representava o agouro na cultura antiga, antes de Cristo.

Em nossa língua, era a cabeça de uma Águia Mortalha. Representava a morte. Tragédia. Carnificina.

Eles faziam parte da Sirybbus.

O urro de dor do Kevin rompeu meus pensamentos. Meu amigo havia sido atingido.

— KEVIN! - Gritei desesperado quando ele desabou de joelhos, sua camiseta estava manchada de sangue.

O moreno jogou o canivete pra cima, fazendo-o girar no ar e o agarrou, e lambeu a lâmina.

Ele havia ferido o meu amigo na região do abdômen.

E tudo aconteceu tão rápido, ouvimos o som de um disparo e o corpo do rapaz moreno desabou no chão, ele fora atingido bem na cabeça.

Quase não acreditei quando vi a garota delicada e aparentemente frágil segurando uma espingarda caseira. Ela mirou no rapaz negro e ele desviou da mira saltando por cima de duas mesas, disparando para a porta, arrombando-a com um pisão.

Kishia nem sequer chegou a mirar no loiro. Ele fugiu tão veloz quanto o outro.

A morena exclamou algo em outra língua e largou a espingarda no chão. Ela tremia da cabeça aos pés, chorando descontrolada.

Olhei para moreno imóvel no chão, uma poça de sangue se formava abaixo de sua cabeça.

Ela e eu corremos para socorrer o Kevin.

— Ele vai morrer? - Kishia perguntou para mim tocando a camiseta do meu amigo que estava ficando empapada de sangue.

— Não... - Kevin abriu um pequeno sorriso escondendo uma careta de dor.

— Não se preocupe, vaso ruim não quebra! - A tranquilizei falando em tom brincalhão.

Ouvimos as sirenes. Alguém havia chamado a polícia.

— Venham comigo, vocês precisam sair pelas portas dos fundos! - Disse apressada.

Levantei puxando meu amigo e o apoiei em mim. O filho da mãe tinha sorte de ser um anjo caído. Apenas uma arma celestial ou punhais antigos acabariam com ele.

A morena nos conduziu para a cozinha.

— Obrigada, Kishia. Seremos eternamente gratos! - Agradeci sem poder dar um abraço nela.

— Fiz o que era certo, eu acho... Minha nossa! Eu matei aquele rapaz! - Tapou a boca.

— Ele não era um bom sujeito, se te serve de consolo, eu e o ruivo aqui já derramamos muito sangue! - Pisquei pra ela.

— Obrigada por me defenderem. Se cuidem! - Ela disse quando estávamos indo embora pela rua mal iluminada e estreita, havia várias caçambas atulhadas de lixo por ali.

— Aquele cara não era um Sirybbus. Demônios não morrem com tiros de armas caseiras. - Sussurrei para o ruivo.

— Ele não era um demônio. Ele era um humano muito bem treinado, mas tinha algo especial nele... Ele era como você. - Concluiu.

— Um descendente Nephilim. - Constatei.

[...]

Retirei sua jaqueta e o fiz sentar na cama, rasguei sua camiseta branca e examinei seu ferimento. O corte não era profundo, devia ter uns três centímetros ou mais de comprimento. Era um corte reto no lado esquerdo na região abdominal, eu tinha cicatrizes maiores.

— Eu cicatrizo rápido. - Tocou a ferida.

— Sorte sua. - Sorri. - Kishia estava muito preocupada com você. Ela nos ajudou. É uma garota corajosa. - Comentei.

— Verdade! - Assentiu.

— Será que ela vai ficar bem? - Perguntei.

— Acho que sim... - Ele não tinha certeza. Nem eu.

Levantei e peguei um pedaço daquilo que um dia foi uma camiseta e fui molhar o tecido. Usei a torneira mais próxima. A pia da cozinha era de latão, era maior que a do banheiro.

Espremi um pouco e voltei para perto de Kevin. Me abaixei novamente e limpei o corte que ainda sangrava.

— É tão bom saber que tenho alguém que se preocupa comigo. - Passou a mão pelo meu cabelo.

— Uma mão lava a outra. - Brinquei.

O ruivo riu e eu ergui o olhar. Seus olhos estavam marejados. Sentei na cama ao seu lado e coloquei a mão esquerda no ombro dele.

— Sempre irei me preocupar com você. Você é muito importante para mim, já deveria saber disso. - Lhe dei leves tapinhas.

— Obrigado, Joel. Isso significa muito. - Sorriu.

O silêncio que se instalou era reconfortante. Nossos olhares continuaram fixos um no outro. Kevin se inclinou e eu não movi um músculo, meu corpo ficou tenso. Ele encurtou a pequena distância que havia entre nós e selou nossos lábios. Fechei os olhos sentindo sua boca na minha, seus lábios roçaram suavemente nos meus e eu senti um formigamento com aquele contato labial.

Senti sua mão em meu rosto, me acariciando. Kevin tentou aprofundar o beijo. O empurrei e ele abriu os olhos, me encarando apreensívo.

— Sinto muito. Não posso! - Levantei depressa e caminhei para a porta.

— Joel! - Me chamou.

— Eu preciso sair, pensar um pouco... Essa noite foi... - Eu estava nervoso, não tinha palavras para descrever.

— Cara, eu que deveria me desculpar, você sabe... - Ele tinha um olhar triste.

Respirei fundo, desistindo da ideia de sair aquela hora. Não era seguro.

— Quer saber? Que se dane a sua desculpa. Que se dane a minha desculpa. Você me beijou e eu não recuei. No fundo eu queria... - Fui até ele. - Você quer me beijar de novo? - Perguntei olhando em seus olhos.

— Sim. - Foi sincero.

— Não está usando nenhum poder de Cupido em mim não, né? - Brinquei.

— Idiota! - Ele riu antes de me beijar novamente.

Minutos depois...

— Boa noite, ruivo! - Me acomodei na cama.

— Boa noite, moreno! - Ele se cobriu.

As camas ficavam perto uma da outra. As luzes do Loft estavam apagadas.

— Não se sente gay por ter me beijado? - Perguntou sério.

— Não mesmo. Foi estranho... Não foi ruim. - Fui sincero.

— Então, gostou de experimentar? - Indagou.

— Cala a boca, Kevin. Vai dormir! Eu ainda estou digerindo tudo isso! - Falei.

— Okay. Você ficou até sensível. - Zombou.

— Vou logo avisando, nem vem ficar me zoando. Eu não me arrependo, mas posso me arrepender... Foi a primeira vez que beijei um cara. Eu tô seguro com a minha sexualidade. Você é bi, eu respeito isso. Mas eu sou hétero, experimentei sim, foram apenas dois beijos. E sim, eu curti. Mas isso não significa que eu...

— Já entendi. - Me interrompeu. - Você sempre vai amar aquela garota. - Disse triste.

— É, nada vai mudar os meus sentimentos pela Tori. - Era melhor assim, sermos sempre franco um com outro.

[...]

P.O.V Do Beck/Caliel

— Olá, Hermia. Estou sentindo sua presença, irmã. - Saudei o anjo da guarda da Jade.

Hermia resolveu se mostrar e assumiu uma forma humana. Seu rosto era delicado, os cabelos castanhos-claros desciam ondulados até a cintura e seus olhos violetas cintilavam. Ela estava trajando um longo vestido branco que simbolizava paz e pureza.

— Não somos mais irmãos, Caliel. - Disse com certa irritação.

— Continuo sendo filho de Deus. - Falei com calma levantando do sofá.

— Você é um pecador. Decidiu abandonar os Reinos celestiais. Deu as costas para o nosso Criador. Não passa de um ingrato! - Acusou ressentida.

— Fiz tudo por amor. - Me justifiquei.

— Abriu mão de tudo por uma humana que nunca nem te mereceu. Foi um capricho. - Seus olhos brilhavam.

— Não fale da Crystal. Você nem a conhece. - Falei indignado.

— Um dia você vai perceber, Caliel. - Disse me encarando firme.

— Você anda me vigiando, Hermia? - Indaguei.

— Desde que você chegou nessa casa... - Admitiu. - Vá embora! Vá pra bem longe da minha criança. Vá e não bote nunca mais os pés aqui! - Disse com seriedade.

— Jade já é uma mulher adulta, se ainda não se deu conta. - Zombei.

— Eu a vi nascer. Eu a vi crescer. Ela ainda continua sendo a minha criança protegida. - Vociferou e vi seus olhos acenderem ainda mais.

— Ah, Hermia, isso é muito comovente... - Sorri.

— Não vou permitir que a machuque, ouviu bem? - Se aproximou e eu ri me divertindo com aquilo.

— Eu não tenho medo de você, irmã! - Avisei.

— Já está avisado, Caliel. Ouse tentar ferir a minha menina, apenas ouse machucá-la... - Dizendo isso, ela sumiu e deixou um rastro de luz divina iluminando a sala.

[...]

— Ela é especial? - Ramiel perguntou.

— Mais do que você imagina, meu caro amigo. - Afirmei. - Eu vi a marca. - Contei a ele.

— Precisamos esperar. O Mense Sanctus está se aproximando. - Esfregou as mãos.

— E já temos a minha Puellae Electi para o ritual. - Falei.

— Sim. Era só o que faltava para o Corpus Possessionem! - Confirmou.

— Então, já conseguiu o punhal? - Perguntei.

— Sim, irmão. O punhal. As pedras da Lua. A Ametista. O Amuleto sagrado. Tudo. E já temos a garota. Nada pode dar errado. - Sorriu seguro.

— Maravilha, irmão. Obrigado por estar me ajudando. - Agradeci por Ramiel ser tão esforçado e leal.

— Disponha, amigo. É sempre um grande prazer poder ajudá-lo. - Disse com sinceridade. - Já conseguiu se habituar? Tudo aqui é uma novidade, não é mesmo? - Riu.

— Sim, tudo era uma novidade. Foi tão estranho no começo. Ainda me sinto deslocado às vezes. Mas eu aprendo rápido. Eu estou me acostumando ainda, aprendendo a lidar com as coisas. - Expliquei.

— É bom saber. Preciso ir agora. Até logo, irmão. - Ramiel se despediu e sumiu num piscar de olho. Ele era ótimo naquele truque. Nunca aprendi à fazer aquilo com tanta eficiência.

Horas depois...

— Não se importa de dormir aqui comigo, não é? - Jade escovava os cabelos negros.

Eles eram tão cheirosos e macios.

Sua amiga estava no quarto aonde eu costumava dormir. O quarto que era de seu irmão.

— Não. - Balancei a cabeça.

Jade abriu um pequeno sorriso. Ela era realmente linda. Seus cabelos negros eram ondulados e faziam um belo contraste com sua pele alva. Seus olhos claros chamavam atenção. Seu corpo curvilíneo era muito bonito. Jade era muito sensual. Atraente ao extremo.

A morena estava usando uma roupa de baixo. Ela chamava de 'camisola'. O tecido era liso e fino, seus seios ficavam marcados e eu conseguia ver um pouco de sua pele exposta.

— O que tanto olha para o meu busto, hein? - Perguntou risonha.

Subiu na cama e engatinhou até a mim.

— Estou apenas a admirando. Não posso deixar de admirar o que é belo. - Fui franco.

Ela mordeu o lábio inferior e desceu as alças finas, puxou para baixo a parte do tecido escuro que cobria os seios.

— Agora pode admirar melhor. - Seus olhos estavam escurecidos.

— Com certeza. - Umedeci os lábios e a puxei.

Ela me beijou agarrando meu cabelo e eu fui a deitando na cama. Fiquei por cima. Comecei a tocar seu corpo. Sua pele era morna e muito macia.

Paramos o beijo e a morena pediu para eu despí-la. O fiz com prazer. Jogando sua camisola para longe. Rasguei o delicado e macio pedaço de pano que cobria sua nudez.

Saí de cima dela, Jade apertou um dos seios e abriu as pernas. Me despi depressa sem tirar os olhos da visão deslumbrante daquela mulher deitada na cama, se oferecendo para mim.

Os cabelos negros se espalharam pelos travesseiros. Toquei sua pele sentindo sua maciez. Acariciei seu seio direito e deslizei o polegar no mamilo rosado. Ela arfou, apreciando minhas carícias.

Encostei a boca em sua pele, passei a língua entre o vão dos seios que estavam com os mamilos enrijecidos. Apertei ambos fazendo-a gemer alto.

— Puta merda... Isso é o tipo de dor boa. - Se contorcia.

Beijei cada um e os provei sugando-os devagar.

— Ah, sim... Isso me excita... - Suas mãos deslizavam por minhas costas.

Desci a boca por sua barriga, trilhando beijos por seu corpo perfumado. Ela empurrou minha cabeça para baixo, desci a boca e parei aonde ela queria. Eu também ansiava por saboreá-la entre as coxas.

— Você é tão lisinha. - Deslizei os dedos por sua umidade.

— Não me torture mais... - Disse com a voz baixa e arrastada.

— Torturar? - Afastei suas pernas e mergulhei a boca de encontro com sua carne quente e molhada.

Lambi sua carne macia, provando-a com prazer. Passando a língua lentamente por sua parte mais sensível, sugando-a bem devagar.

— Ah, céus... Oh! - Ousei olhar para ela que mordeu o lábio inferior, abafando os gemidos.

Continuei dando prazer a ela por mais alguns segundos. Lambi os lábios apreciando seu gosto.

— Camisinha... - Murmurou fechando as pernas.

Eu estava latejando, pulsando, implorando por alívio. Me toquei observando-a abrir a gaveta da cômoda ao lado cama. Ela pegou a tal 'camisinha' que vinha numa pequena embalagem azul.

— Vou colocar em você... - Avisou se aproximando.

Aquilo era estranho. Não gostei. Eu queria tirar, mas ela não deixou.

— Você ainda vai se acostumar... - Voltou a deitar.

Me acomodei entre suas coxas macias e encaixei nossos corpos. Jade gemeu alto e se contorceu abaixo de mim.

— Porra! Temos que ser silenciosos, a Tori está no quarto ao lado, eu havia até esquecido disso... - Me lembrou.

Assenti e comecei a me mover dentro dela. A morena era tão quentinha, estava tão molhada... Seu corpo parecia ter sido feito para se moldar ao meu. Ela se movia junto comigo. Era difícil segurar os gemidos. Suas pernas se fecharam ao meu redor.

— Mais... Mais rápido... Oooh... - Mordeu meu ombro.

Trinquei os dentes e me afundei ainda mais nela. Nossos corpos se chocavam. A cama tremia abaixo de nós.

[...]

Desabei em cima dela. Eu estava suado, me sentindo esgotado. Meu cabelo grudava em minha testa. O corpo quente embaixo do meu tremia. Nunca senti nada igual. Tudo era muito intenso com aquela mulher. Ela tinha uma líbido lasciva.

— Esse com certeza foi o meu melhor orgasmo. - Acariciou minhas costas.

— Você me cansou bastante... - Saí de cima dela, me retirando com cuidado.

— É bom saber disso... - Riu.

Sorri. Seus olhos estavam escurecidos. Os cabelos bagunçados estavam espalhados pelos travesseiros. A boca dela estava vermelha e inchada. Seu rosto estava ruborizado, mas ela não estava suada.

Tirei a camisinha devagar. Ela mandou eu amarrar com cuidado. Amarrei aquela coisa pegajosa...

— Você gozou muito, hein? - Apontou para a camisinha. Larguei aquilo no tapete. Estava quente, devia ser aquele líquido que estava dentro... Sempre me liberei dentro da Crystal. Ela não achava ruim.

— Não vai me dizer que não sabe o que é gozar... - Prendeu o riso.

— Gozar é liberar o que os homens produzem no ato carnal? - Indaguei.

— Isso mesmo. Transar você sabe muito. Não é inocente... É apenas ingênuo às vezes. - Comentou.

"Ingênua é você..."

Falei em pensamentos... Ah, ela nem imaginava que a única ingênua na verdade era ela.

Jade sentou na beira da cama e prendeu o cabelo, deixando o pescoço e as costas expostas... Encarei sua marca de nascença. Era ela especial, eu já sabia daquilo. Mas nunca imaginei que aquela moça fosse tão preciosa.

Toquei sua cintura, beijei suas costas, o pescoço, a sua nuca... Movi os lábios para o círculo avermelhado. Bem no meio havia algo semelhante à uma meia Lua. Era a marca.

Jade era a minha garota escolhida. Era uma pena tê-la que sacrificar para eu poder me manter no meu corpo atual para o resto da vida.

— Me sinto segura em seus braços. É inexplicável... Eu apenas me sinto bem. Sinto-me tão protegida. - Sussurrou fazendo carinho em meus braços que estavam ao redor de sua cintura.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do ponto de vista do Jonas??? E do Beck???

Surtaram com esse capítulo??? Ficaram chocados???

Agora já sabem que o Beck não é tão ingênuo hahaha

Gostaram do Kevin???

Qual a parte favorita de vocês???

Curtiram as cenas de ação/briga???

Comentem, gente! Bjs



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