Hogwarts, Outra História escrita por The Escapist


Capítulo 98
Capítulo 98




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O último exame foi um verdadeiro alívio para todos os alunos, para Lilian então! Nem sabia ao certo como tinha dado conta de fazer todos as provas do jeito que estava se sentindo. As outras garotas estavam muito empolgadas com o baile de encerramento do ano letivo; Lilian já tinha estado assim também, e em alguns momentos imaginou quem seria o seu par, agora não pensava nem mesmo em ir à festa, estava decidida a voltar para casa naquele mesmo dia.

Mas para surpresa total de Lilian ela não teve um convite para ir a festa, teve pelo menos dez só no dia anterior; Justin, Erick, Daniel, Josh, de Sonserina, Martin e Arthur de Grifinória, Rudolf de Corvinal e até um gatinho da Lufa-Lufa que Lilian nem sabia o nome tinha lhe convidado.

— Que coisa estranha, eu pensei que ninguém mais falava comigo.

— O que você esperava, Lily, você é a maior gata da escola. Você vai com alguém? — Lilian acenou que não com a cabeça. — Bom, por que você não convida o Hawkins? —Lilian revirou os olhos. — Brincadeira, Lily.

— Me poupe do seu senso de humor.

— É sério, você deveria ir, sabe? Como diria a Penélope, uma festa é sempre uma festa, você não tem nada a perder.

— Tenho sim; vou perder de ficar vendo a Sheryl bancar a ridícula na frente das pessoas.

— Ham? Isso não era para ser divertido pra você? Afinal, ela não te apunhalou pelas costas.

— É, mas, ela fez o que fez por pura inveja, Hugo. Uma pessoa que tem inveja de mim, é digna de pena! E você vai com alguém?

— Não. Eu vou sozinho.... Lily, você bem que poderia ir comigo né? Como amiga, claro. — Hugo acrescentou e Lilian até riu.

— Obrigada, Hugo, mas não vai dar mesmo, além de não estar no clima, eu nem pensei num vestido nem nada do tipo. Desculpa.

— Tudo bem então.

— Eu vou indo arrumar minhas coisas, a gente se vê.

— A gente se vê, Lily — Lilian voltou ao dormitório de sua Casa, arrumou todas as coisas e deixou prontas para ir embora, só precisava encontrar Harry e pedir que ele deixasse ela usar a rede de Flu para ir para casa. Quando encontrou o pai, coincidentemente Harry estava procurando pela filha; vinha com uma caixa quadrada nas mãos.

— Oi, pai. Estava indo te procurar.

— Bom, você me achou! Então?

— Eu já arrumei minhas coisas e pensei, a gente já pode ir para casa? Quer dizer, não precisamos esperar pelo Expresso de Hogwarts não é?

— Bem, não. Mas, ainda temos a festa hoje à noite, não é?

— Eu não vou nessa festa, então, por mim já podemos ir embora.

— Eu tenho que ir, sou professor. E como sua mãe não está aqui para vir comigo — Giny tinha viajado para Dublin para “socorrer” Loreley com as crianças — eu pensei que você quisesse ajudar o seu pai.

— Pai, você tá me convidando para o baile?

— Bom, sim. Então, você aceita?

— Desculpe, mas eu não estou com vontade mesmo, pai, não tô no clima sabe?

— Entendo, mas você vai deixar seu pai deslocado sozinho nessa roubada?

— Mesmo que eu dissesse sim, eu nem tenho um vestido pra usar hoje...

— Acho que isso não é problema — disse Harry com um sorrido maroto e entregou a caixa a Lilian. — Espero que sirva. Te vejo as oito — sem dar mais chance de Lilian falar, Harry desapareceu; ela voltou para o salão comunal para poder ver o que era “aquilo na caixa”, se fosse um vestido comprado por Harry era algo com que se preocupar, porque até onde sabia, o seu pai não sabia a diferença entre blusa e camiseta.

— Uau, eu vou ao baile com o meu pai? Vou ao baile com o meu pai! — Lilian entrou no salão comunal, e abrindo a caixa, admirou a obra de arte; com certeza não tinha sido comprado por Harry, porque era realmente lindo; cor-de-rosa, tomara que caia, longo, esvoaçante. Era a perfeição em forma de vestido.

De repente Lilian percebeu que não estava sozinha; sentada numa cadeira quase afastada e olhando com cara de cachorro abandonado, ou assim pareceu a Lilian estava Sheryl. Lilian guardou rapidamente o vestido na caixa, e se voltou para subir para os dormitórios, mas parou um instante, se virou pra Sheryl e falou.

— não é minha culpa se ninguém convidou você para o baile — Sheryl deu de ombros. — Não sei se é importante pra você, Sheryl, mas... — Lilian pensou um instante, tentando entender por que estava querendo se explicar com Sheryl; imaginava que de certa forma era mesmo culpada por aquela situação, afinal se ela nunca tivesse falado com Sheryl, elas não tinham virado “amigas”, nunca tinha existido nenhum Guy e Sheryl teria continuado a ser a “amiga oculta” de Lilian Potter. — Antes de ficar com o Guy eu pensei que você ficaria chateada e tudo, mas ele disse que não rolava nada entre vocês e que vocês eram apenas amigos.

— Eu estou me sentindo bem melhor, Lilian. Quer saber, isso não importa mais.

— Não. Bom, tem uma coisa Sheryl, ao invés de querer ser outra pessoa, alguém como eu, por exemplo, você deveria ser você. Acho que, honestamente, você é muito melhor do que uma bajuladora, você pode ter seu próprio público. É só uma dica! — Lilian deu as costas aliviada, com certeza aquela seria a última vez que falaria com Sheryl, desejava que ela tivesse sorte com Guy ou com qualquer outro cara por aí.




Eram oito horas e cinco minutos quando Harry parou em frente a porta do salão comunal da Sonserina, já esperando encontrar Lilian pronta; sorriu consigo mesmo ao lembrar que estava lidando com mulheres e se arrumar no tempo certo não era a especialidade delas. A ideia de levar Lilian a festa era por que queria que ela se divertisse um pouco; como tinha previsto que aconteceria, a filha andava muito triste nos últimos dias, e ele se sentia impotente por não poder ajudar se nem mesmo conhecia o verdadeiro motivo da tristeza de Lilian, queria pelo menos vê-la tentar esboçar alguma alegria. Esperou mais de meia hora, vendo os estudantes de Sonserina saírem do salão comunal arrumados, até que ela apareceu.

— Lily, você está linda!

— Você é meu pai, não conta! — Harry deu o braço a filha e os dois foram juntos para o Grande Salão.

— Você me lembra muito a sua mãe.

— É mesmo?

— É, ela era assim como você, linda, bom, ela ainda é linda.

— Pai, o que você teria feito se não tivesse casado com a mamãe?

— Não sei, não consigo imaginar um dia na minha vida sem a sua mãe, Lily — Harry se virou para olhar pra filha e viu que Lilian tinha os olhos cheios de lágrimas. — Ei, garotinha, o que aconteceu?

— Nada, eu só... só me emocionei — Lilian forçou os olhos a parar de lacrimejar. —Queria que alguém dissesse algo assim sobre mim algum dia! — Harry deu um sorriso.

— Querida, você ainda é muito jovem, um dia você vai encontrar alguém, não apresse em colocar esse tipo de problema no seu coração, Lily — quando os dois entraram no grande salão, já lotado, as cabeças presentes observaram Harry Potter cruzar o espaço de braço dado com sua filha, e os dois foram ocupar os lugares vazios à mesa dos professores. Lilian ainda procurou Andrew com o coração palpitando, mas ele não estava lá, e com certeza não chegaria. Depois de alguns minutos, Harry cochichou ao ouvido dela. — Você pode ir procurar seus amigos, Lily — disse ele, imaginando que ela certamente ficaria entediada de ficar ali com os professores; Lily deu um sorriso amarelo e saiu, mais para ficar sozinha do que para procurar algum amigo.

Acabou encontrando o primo Hugo, admiravelmente bem arrumado e com um sorriso maroto.

— Poxa, Lily, você tá muito linda!

— Você também não está nada mal.

— Obrigado! — Hugo deu o braço a Lilian e os dois ficaram andando pelo salão.

Hugo estava bem animado com o fim das aulas, dali a alguns dias ia poder viajar e reencontrar a namorada, e poder fazer qualquer coisa que quisesse; estava tão feliz que era difícil para Lilian ficar indiferente e por alguns instantes ela até esqueceu que estava mortalmente triste, e se divertiu um pouco. Mas agradeceu sinceramente quando Harry veio lhe avisar que já ia embora, e mesmo que o pai lhe dissesse que ela ainda poderia ficar, preferiu ir dormir também.

Quando chegou a hora de embarcarem no Expresso de Hogwarts, pareceu que as coisas tinham voltado ao normal. Os colegas se despediram dela com abraços e desejos de boa sorte, e até pediam que lhe escrevesse de vez em quando.


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