Hogwarts, Outra História escrita por The Escapist


Capítulo 74
Capítulo 74




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Harry tinha acabado de chegar de Hogwarts, tivera um dia cheio, a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas no sétimo ano tinha sido difícil, talvez a pior aula que já tinha dado na vida, em parte devido à falta de atenção da turma, que, como Harry pôde perceber, estava agitada por algum motivo, que com certeza não eram os exames para a obtenção dos Níveis Ordinários em Magia.

Há dias os professores vigiavam os alunos e até agora não tinham descoberto nada que pudesse ser usado como motivo para o comportamento deles, já que era quase opinião de todos que não estava acontecendo mesmo nada fora do habitual na vida dos adolescentes. Alguns, por outro lado, chegaram até a questionar os métodos de ensino praticados na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

— É um problema geral, quer dizer, tirando os alunos mais novos, está havendo uma desatenção total em Hogwarts e ninguém sabe o motivo — Harry comentava com Giny enquanto esperava ela terminar de fazer o jantar.

— Sinto muito não poder ajudar, Harry.

— Você já me ajuda bastante, Giny, sempre me ajudou.

— Hum... a propósito chegaram umas cartas do Ministério para você.

— Cartas do ministério?

— Sim, estão em cima da mesa — Harry foi rapidamente até a sala e apanhou as cartas timbradas do Ministério da Magia e endereçadas a ele, analisou com curiosidade e achou estranho; as cartas foram emitidas pelo Departamento de Regulamentação do Transporte Mágico. — Então, qual o assunto? Estão pedindo para você voltar a trabalhar lá outra vez?

— Hum, não é isso, é do Departamento de Regulamentação do Transporte Mágico...

— O que eles querem? Propaganda da nova Firebolt? Nós não aguentamos mais! — Giny riu olhando a coleção de canecas com a foto do filho mais velho voando em uma Firebolt.

— Deve ter sido engano; nessa carta tem um pedido de desculpas causado pelo inconveniente com a chave de portal que deveria levar ao largo Grimuald mas levou para Greenwich.

— Greenwich? Onde fica?

— Em Londres, mas isso não vem ao caso.

— Claro, você não pediu para abrirem um portal, para o largo Grimauld, pediu?

— Não, e olha essa segunda carta é ainda mais estranha, diz que a casa do largo Grimauld, 12, já foi religada a rede de flú.

— Mas isso é mesmo muito estranho, Harry, você não vai naquela casa há anos.

— Por isso eu acredito que foi um engano mandarem essa carta.

— Seriam dois enganos, nesse caso, e seria mesmo estranho. Você conhece alguém que trabalha no Departamento de Regulamentação dos Transportes Mágicos?

— Bem, eu acho que conheço todo mundo que trabalha no ministério — Harry disse rindo.

— Acho que você deveria tirar essa história a limpo; e se alguém estiver usando o seu nome para pedir favores ao ministério?

— Você acha isso possível?

— Tudo é possível, Harry.

— Vou enviar uma carta e perguntar sobre isso, talvez você tenha razão.

— Ok — Giny serviu o jantar, Harry colocou as cartas de volta na mesa da sala e sentou para jantar com a esposa. — Como estão as crianças?

— Ótimos! Bem, você sabe como eles ficam depois que crescem, não é? Não gostam muito de falar, principalmente com o pai.

— Eu achei a Lily muito quieta, da última vez que esteve aqui.

— Os garotos não a deixam em paz. Sabia que o Justin e o Erick estão disputando a nossa menina?

— Oh não! Que horror, Harry!

— Mas eu tive uma conversinha com os dois.

— Eu não acredito que você fez isso!

— O que? Nossa filha não é um troféu para ser disputado desse maneira!

— Se a Lily souber disso ela vai ficar muito chateada com você.

— Ela não vai saber; nem um dos dois vai querer pagar o mico de dizer que levou bronca do Harry Potter! — Harry riu à vontade. — Sério, eu só disse a eles para não fazerem nada que pudesse magoar a Lilian, enfim, eles entenderam o recado.

— Você é um pai e tanto, Harry! E o Alvo? Como estão as coisas com ele?

— Acho que nós nos preocupamos à toa com o Alvo, ele é um ótimo garoto; a Hermione tinha razão, como sempre é aquela história de adolescência, ele é um ótimo aluno, estudioso, dedicado, tem muitos amigos, ele fez amizade até com os garotos de Sonserina, enfim, nós podemos confiar no Al, ele não é como o Tiago, sabe? Todo dia eu tinha medo que a paciência da Minerva com as armações do Tiago acabasse e ele fosse expulso, nós conhecemos o Tiago, você sabe como é.

— Sei, claro, lembra alguém que eu conheço.

— Com tudo que ele aprontou na escola só não foi expulso, primeiro pela amizade da Minerva e segundo, claro, porque ele jogava quadribol brilhantemente. O Alvo não, ele não faz nada escondido, não mente, não quebra as regras, ele tem muito talento, não é apenas um bruxo talentoso, é uma pessoa, um ser humano incrivelmente talentoso! Nós fomos abençoados com nossos filhos.

— Eu concordo plenamente com você, Harry — os dois terminaram de jantar e, enquanto, por mágica, a louça era lavada eles continuaram conversando, e depois foram se deitar.

Harry teve uma ótima noite e acordou no dia seguinte com ânimo renovado para trabalhar. Antes de sair de casa escreveu uma carta ao Ministério da Magia pedindo explicações sobre as duas cartas que havia recebido. Tinha acabado de soltar a sua coruja, quando Fred, a coruja de Tiago pousou na janela, Harry apanhou a carta e fez um carinho na cabeça da ave.

— Pode ir comer alguma coisa, Fred! — Giny apareceu na sala — mais uma carta do Tiago, — Harry disse abrindo a carta — que a Loreley escreveu — sorriu reconhecendo a letra desajeitada da futura nora e depois de dar uma lida por cima e verificar que o filho estava bem, entregou a carta a Giny e com um beijo despediu-se dela, apanhou o material, a capa e um punhado de pó de flú. — Hogwarts — em pouco tempo estava na sua sala no castelo de Hogwarts.

A primeira parte do dia foi bastante tranquila, a aula para a turma do terceiro ano havia sido bastante proveitosa, e ao sair para o almoço no grande salão, Harry estava confiante de que o resto do dia correria da mesma forma, mas estava enganado. Durante o almoço, houve um alvoroço, em todas as mesas comentava-se a ausência do Professor Mears e da diretora Susana Bones.

— Estão em reunião a manhã inteira — informou Neville a Harry.

— Mas o que aconteceu?

— Ontem o Ben ficou de vigia e parece que ele descobriu algo. Flagrou alguns alunos tentando sair do castelo, estão em reunião, ele e a diretora para decidir o que fazer. Você sabe como ele é, não sabe?

— Você não acha que nós devíamos...?

— Acho, acho sim; mas a diretora pediu para conversar com o Ben antes e depois vai chamar todos os professores.

— Ok — continuaram almoçando, e não demorou muito até o velho Filch vir informar que a diretora aguardava os professores em sua sala.

Na verdade estavam reunidos os diretores das casas, Mears, Neville, Flitwick, ( o de Lufa-Lufa ) e Harry.

— Na noite passada — explicava a diretora Bones — o professor Mears flagrou um grupo de estudantes de Sonserina tentando fugir da escola e usar a rede de flu — de repente Harry lembrou da casa do ministério.

— Diretora, a senhora não acha ousadia demais os alunos invadirem a sua sala para fugir da escola?

— Eu sei o que eu vi Longbottom! — cortou Mears antes que Susana abrisse a boca — Como eu já disse. Não é a primeira vez.

— É verdade, Ben, mas em circunstancias especiais, por motivos de causa maior ...

— Para esses adolescentes qualquer festa com bebida e sexo é um motivo de causa maior!

— Então é essa a sua ideia? Você acredita que os alunos fogem da escola para irem a festas escondidos?

— Não é a sua ideia, Potter?

— Claro que não, honestamente não consigo acreditar que essas crianças pratiquem orgias!

— As coisas mudaram muito desde que você tinha catorze anos, Harry Potter! — Harry suspirou e revirou os olhos, a tal implicância de bem Mears estava começando a irritar de verdade e Harry não se surpreenderia se desse um soco na cara do colega, mas preferiu ignorar mais uma vez as insinuações de Ben.

— Você acredita nessa ideia, diretora?

— Bom, não exatamente, entretanto não podemos ignorar os fatos, Harry, e o fato é que seis alunos tentaram sair da escola, e se recusaram a dizer onde iam.

— Então qual é o plano? Torturamos os alunos até que eles contem? — Harry disse olhando diretamente para Ben.

— Absolutamente não, Harry!

— Perdoe-me diretora, não foi o que eu quis dizer, mas é o que parece.

— Bom, os alunos receberão punições, claro, mas não podemos obrigá-los a falar.

— É claro, eles recebem uma punição, e hoje à noite voltam a quebrar as regras! — falou rispidamente o professor Mears.

— Bom, isso é o que deve ser feito, Sr. Mears, chame seus alunos e dê a eles a punição que achar necessária, mas seja justo, por favor.

— Sim, senhora.


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