Hogwarts, Outra História escrita por The Escapist


Capítulo 19
Capítulo 19




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Tiago tinha considerado permanecer na copa de quadribol e assistir até mesmo os jogos mais sem importância — já que Louis e Teddy resolveram amarelar, e sair pelo mundo sozinho não teria graça. Mas ver Rose e James juntos como se estivessem curtindo uma lua-de-mel deixou-o triste; já tinha prometido a Rose que não se meteria na vida dela, e ao pai que não procuraria briga com Malfoy, estava disposto a cumprir sua palavra, mas vê-los juntos era terrível e ele mal conseguia conter o ciúme; como se não fosse o bastante ele estar lá, vovô Weasley permitiu que ele frequentasse a cabana.

Cego pelo ciúme, Tiago estava em um daqueles dias em que até alguém respirar ao seu lado deixava-o irritado. Vovô Weasley tinha encontrado os velhos colegas de trabalho e passava a maior parte do tempo jogando conversa fora. Alvo estava deslumbrado demais com os jogos e não parava de falar, pelo menos Louis estava por perto para escutar. Rose e ele estavam irritantemente felizes e depois de vê-los se beijando, Tiago não aguentou mais ficar dentro da barraca.

Saiu e sentou no gramado; havia movimento lá fora; os bruxos e bruxas entravam e saiam das cabanas armadas ao longo do campo, e lá no fundo, atrás da colina, o estádio de quadribol onde mais tarde teria mais jogos. Tiago rezava para ter alguma coisa para fazer.

A risada musical de Rose chegou até seus ouvidos. Uma coruja foi se aproximando, ele olhou curioso e ficou espantado ao ver que ela voava em sua direção; não era uma coruja conhecida e Tiago não fazia ideia de quem lhe mandaria uma carta — talvez uma garota de Hogwarts, ou não! Ele tirou a carta do envelope, estava escrita em um papel comum; torcendo para carta não ser de quem ele pensava, Tiago olhou direto a assinatura —Loreley.

“Oi, Tiago, tudo bem?

Eu pensei em telefonar, mas lembrei que os bruxos não estão acostumados com isso. Bom eu fui a sua casa e sua mãe me disse — meio contra a vontade, claro — que você estava viajando...

Hum, eu também estou de férias, e pensei, talvez você quisesse passar um tempo com os trouxas em Londres; vai ser divertido, como da última vez, o que você acha?

Eu estou na casa dos meus avós, se você quiser se divertir de verdade, me procura, ok?

Um beijo

“Loreley.”

— Maluca, até parece que eu vou para Londres atrás dela!

Inicialmente a ideia pareceu absurda a Tiago; da última vez que fugiu de casa, a mãe ficou furiosa; se ele fizesse de novo... além disso estava com o avô, e mesmo que o Sr. Weasley andasse tomando muita cerveja amanteigada para se preocupar com ele, não poderia trair sua confiança.

Voltou para a cabana decidido a esquecer a carta de Loreley, mas aquela atmosfera de casalzinho provocada pela presença de Teddy e Victorie, e James e Rose deixou-o enjoado. Talvez Londres fosse uma boa alternativa, poderia ir e voltar antes que o avô desse por sua falta.

— Alvo, vem aqui — Alvo correu e pulou no colo de Tiago. — Você não acha que está grandinho demais para isso?

— Quem você acha que vai vencer a copa? — disse Alvo escorregando e sentando no braço da poltrona.

— Tem que ser a Inglaterra, vamos arrasar com todo mundo!

Yeah!

— Você pode me fazer um favor, Al?

— Claro, manda ver.

— Eu preciso dar uma saída, eu volto logo, mas se o vovô perguntar por mim, você diz a ele que eu encontrei uns amigos da escola e fiquei com eles, ok?

— Que amigos você encontrou?

— Você não conhece, são de Sonserina.

— Luke e Brandon?

— Não, não importa quem são os meus amigos, Al.

— Mas se o vovô perguntar?

— Ah, aí você diz que não sabe, pô. Você faz isso por mim?

— Faço.

— Valeu, Al.

—mas Tiago, onde você vai?

— Depois eu te conto.

Tiago contou com a ajuda de um grupo de bruxos londrinos que eram vizinhos da cabana, que resolveram voltar para casa mais cedo usando uma chave de portal; pegou uma carona e uma vez em Londres procurou o endereço que Loreley tinha colocado na carta.

Já estivera em Londres outras vezes, mas aquela situação era nova, e ele estava no centro da cidade, sem saber onde deveria ir. Não estar em um lugar especifico era quase assustador. A metrópole erguia-se imponente à sua frente, pessoas, carros, mais pessoas, mais carros, prédios altos, muitas luzes, e ele não sabia o que fazer; havia o Nôitibus Andante, lembrou, mas usar magia e correr risco de ser descoberto estava fora de cogitação; Tiago teve uma ideia e um pouco depois um táxi parou; foi um alívio descobrir que o motorista sabia onde ficava a rua onde Loreley estava — ou deveria estar.


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