Hogwarts, Outra História escrita por The Escapist


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

olha que capítulo grandão esse!



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Alvo se esforçava ao máximo para ser um bom aluno e com o tempo estava conseguindo superar as dificuldades. Uma das maiores era ser irmão de Tiago, não que não gostasse disso, pelo contrário, ele era o maior fã do irmão, mas não faltava alguém querendo compará-los, e por mais que estivesse sido preparado desde sempre pelos pais para lidar com esse tipo de situação, ele era um bruxo de 11 anos e os comentários faziam sim, efeitos nem sempre positivos no comportamento do garoto; inúmeras vezes Alvo ficava imaginando ser como o Tiago, fazer coisas legais como o Tiago.

A aula de Trato das Criaturas Mágicas, embora não fosse uma das maiores dificuldades de Alvo, era a que ele mais temia. O professor Hagrid tinha lhe escolhido como aluno preferido; verdade que Alvo gostava de ir até a cabana de Hagrid, tomar chá e conversar com ele, Mme. Maxime, e Rubinho, o filho deles, que tinha a idade de Alvo, mas três vezes o seu tamanho, mas ser o aluno preferido de Hagrid, significava ser escolhido para passar a mão naqueles bichos, que para o semi-gigante eram criaturas adoráveis.

A cada aula de Trato das Criaturas Mágicas Alvo se imaginava, com um embrulho no estomago, voando no hipogrifo ou vendo Testrálios. Sem falar no carinho que Hagrid demonstrava ao seu jovem pupilo, dando abraços que deixavam as costelas de Alvo doloridas.

— Al, você quer ir até a Floresta Proibida? — Rubinho perguntou quando os dois saíram da aula.

— A Floresta Proibida não é proibida?

— Eu posso ir, às vezes, você sabe, ver o Grope, papai disse para não contar a ninguém, mas você é meu amigo, você pode ir.

— Eu não sei se eu posso mesmo...

— Você tá com medo?

— Não, não é medo...

— Sabe o Tiago sempre vai lá, o Grope adora ele — Alvo sentiu inveja do irmão, por que Tiago sempre fazia coisas legais, que ele não podia fazer; Rubinho se virou na direção da cabana. — Não vou almoçar com você hoje, preciso dar comida aos Testrálios — Alvo gelou só de ouvir falar dos Testrálios, esperava nunca ter que ver um deles. — A gente se vê, Al.

— A gente se vê.

Alvo se deu conta de que já estava atrasado para o almoço; correu para guardar as coisas no dormitório e depois entrou correndo no grande salão quando todas as cabeças se viraram para ele, que caminhou apressado e sem graça sob os olhares e risos dos colegas, para sentar no seu lugar à mesa. No fim do almoço quando todos saiam, Alvo correu para acompanhar Tiago, se o irmão ia muito a Floresta Proibida, talvez ele pudesse levá-lo junto.

— Ei, moleque, você só chega atrasado! — Tiago deu uma tapinha na cabeça de Alvo.

— Eu perdi a hora com o Rubinho — Alvo pensou por um instante. — Tiago?

— Que?

— Você já viu o gigante Grope?

— Grope, aquele bobalhão? Já, por quê?

— Eu queria vê-lo; o Rubinho disse que você já foi lá, você não quer ir comigo?

— Eu preciso estudar para as provas finais, além disso, a Floresta Proibida é proibida!

— Mas você já foi lá! — Alvo tentou argumentar.

— Não é lugar para bebês, Al, quem sabe quando você crescer, ham? — Alvo olhou para o irmão furioso.

— Eu não sou um bebê, Tiago!

— Ótimo, e eu não sou sua babá.

— Então eu vou sozinho! — Alvo desafiou e Tiago deu uma risada.

— Até parece que você tem coragem, Al, você vai mijar nas calças antes de poder gritar de medo! Vai brincar, faça alguma coisa de criança, ok? — Tiago não percebeu o olhar magoado de Alvo, deixou o irmão e foi para a biblioteca; agora que o campeonato de quadribol tinha acabado, ele passava a maior parte das horas vagas estudando, principalmente por que não queria correr o risco de ver Rose e James se beijando pelos corredores do castelo.

Alvo passou parte da tarde fazendo suas lições, mas não parava de pensar na Floresta Proibida e no gigante Grope; já ouvira falar tanto deles que a vontade de ver de perto era maior que o medo. O medo, primeiro de ser descoberto, uma vez que ainda era proibido principalmente para os alunos do primeiro ano, entrar na Floresta Proibida, e segundo não queria ir sozinho com Rubinho, por que, tal como o pai, o pequeno gigante, era sempre carinhoso com Alvo, e suas manifestações de amizade deixavam-no assustado, quando não machucado.

— Mas eu não sou um bebê e não vou molhar as calças! — Alvo disse de si para si mesmo, e resolveu ir até a Floresta com Rubinho. Guardou as coisas e saiu do salão comunal sem dizer a ninguém aonde ia.

Se Alvo tivesse saído cinco minutos antes, teria encontrado Rubinho saindo de casa com os pais até Hogsmeade, mas ele não pensou nisso e ao encontrar a casa vazia logo imaginou que toda a família de Hagrid estava na floresta, o que não era uma novidade. Al quis desistir e deixar pra depois, mas resolveu seguir , logo encontraria Hagrid e Rubinho.

THIAGO não reparou na ausência de Alvo na hora do jantar por que chegou mais cedo, jantou rápido e voltou para o salão comunal para estudar. Nem tampouco os colegas de Grifinória acharam estranha a sua ausência — na certa tinha se perdido ou estava correndo com medo de Pirraça.

James e Rose voltaram ao salão comunal juntos e lá ficaram por um bom tempo; só quando os colegas começaram a sair para os dormitórios é que perceberam a ausência de Alvo.

— Estranho — Rose disse pensando alto.

— O que?

— O Alvo não está por aqui.

— Ele deve ter se perdido pelos corredores, ou encontrado o pirraça. Bom, eu vou procurar por ele, já está ficando tarde mesmo — James deixou Rose estudando e foi procurar Alvo; depois de andar por quase todo o castelo e não encontrá-lo imaginou que talvez ele estivesse com o irmão, perguntou-se se Tiago seria capaz de levar Al em uma de suas aventuras; talvez sim, e assim voltou para o salão comunal. — Alvo voltou? — perguntou a Rose.

— Não;

— Você acha que o Tiago levaria o Alvo nessas escapulidas dele?

— Não! Com certeza não, além disso o Teddy e o Louis estavam aqui há pouco tempo e foram dormir — James e Rose esperaram mais um pouco e como Alvo não apareceu, ela resolveu ir até a sala de Sonserina, procurar Tiago. James não gostou da ideia, mais pelo ciúme do que pelo fato óbvio de que Rose não podia entrar no salão.

— Eu dô um jeito, se o Alvo sumiu o Tiago precisa saber — James nem tentou argumentar. Rose sabia que não poderia entrar no salão de Sonserina, mas poderia encontrar com alguém que a levasse até lá. E nem precisou procurar muito, logo que entrou no corredor de Sonserina, encontrou Tiago.

— Tiago? — o rapaz se virou e achou no mínimo estranho ver a prima ali, àquela hora, considerando que os dois não andavam muito bem ultimamente.

— Rose? O que aconteceu?

— O Alvo está com você? — Rose perguntou e ao mesmo tempo se deu conta que era uma pergunta estúpida, uma vez que estava vendo Tiago sozinho.

— Eu não vejo o Al desde a hora do almoço. Por que? — Tiago ficou logo preocupado — O que aconteceu com o Al?

— Não sei, ele não voltou para o salão comunal, e não está em lugar nenhum — Tiago pensou um instante.

— Não, é impossível — disse ele pensativamente.

— O que? Tiago, o que foi?

— O Al falou em ir a Floresta Proibida hoje...

— Mas você não acha que ele foi, acha?

— Se ele não está em lugar nenhum do castelo... o Rubinho deve saber alguma coisa — Tiago já se virou pra sair.

— Tiago, onde você vai?

— Atrás do Alvo.

— Mas você não pode sair do castelo...

— É, Rose, todo mundo sabe que é proibido sair do castelo a noite, e adivinha, meu irmão está por ai, talvez na Floresta proibida, que é proibida! — Rose não pôde argumentar e seguiu Tiago, mais por curiosidade em saber como ele faria para sair do castelo.

— Se o Filch encontrar a gente...? — Rose teve que acompanhar Tiago, e mal chegou perto, o garoto sacou a varinha.

— Alorromora! —Tiago falou e aporta foi aberta; os dois desceram a cabana de Hagrid, mas quando estavam bem próximos, Tiago parou — Está escuro, eles já devem estar dormindo...

— Logo, o Alvo não deve estar aqui.

— Não... — Tiago nem pensou e seguiu em direção a floresta.

— Tiago, não seria melhor chamar o Hagrid... Bom, ele pode ajudar.

— É claro, ele também é um professor, além de colocar o Al numa fria, pode complicar para ele também — Rose mais uma vez concordou. — Você não precisa vir, Rose.

— Eu sei, mas, ninguém merece entrar aí sozinho — Tiago assentiu, na verdade estava contente por Rose estar com ele. Os dois se embrenharam na escuridão da Floresta Proibida.

Lumus máxima! —Tiago e Rose caminhavam tendo apenas a luz na ponta da varinha como guia, os sons da floresta chegavam a serem assustadores e Rose agradeceu por estar com Tiago. Embora ele fosse um idiota, era um idiota corajoso. Vez ou outra gritavam o nome de Alvo, embora não tivessem muita esperança que ele ouvisse.

— Agora eu entendo por que a Floresta Proibida é proibida! Será que o Alvo está por aqui?

— Ham? Seria bom que ele não estivesse, se acontecer alguma coisa com o Al...

— Não é sua culpa, Tiago.

— Hoje ele pediu pra eu vir com ele, mas eu disse não... Eu nunca vou me perdoar.

— Por que você tem sempre que se culpar por tudo? — Tiago parou um instante e olhou pra Rose, que também olhava para ele, só aquele olhar valeria o sumiço de Alvo.

— Por falar em culpa, eu queria me desculpar com você, Rosinha — o uso do apelido fez Rose acreditar que Tiago estava mesmo sendo sincero. — Por ter sido agido com um idiota com você.

— Esquece isso, Tiago.

— Não, não, você... Eu queria que você soubesse... Eu não gosto do James, mas não é por que ele seja mestiço.

— Eu sei disso, Tiago.

— Enfim, não gosto dele, mas eu sei que você gosta, e que infelizmente, ele também gosta de você, então, não cabe a mim querer impedir que vocês fiquem juntos.

— Obrigada, Tiago; eu fico feliz por você, bom, mudar, desse Tiago é possível gostar.

— Você é muito importante pra mim, Rose — Tiago tocou o rosto de Rose; a garota fechou os olhos e por um instante deixou-se sentir o calor da mão de Tiago; nada havia de romântico, Rose estava feliz por ficar bem com Tiago, e principalmente, por perceber que ele estava mudando, talvez amadurecendo, logo se tornaria um grande homem, e um grande bruxo, tal como o seu pai, o tio Harry.

Mas Tiago não sentia o mesmo; pra ele nada havia de amizade naquele toque; já tinha namorado várias garotas e poderia ficar com qualquer uma, pois não lhe faltavam meninas querendo ser sua namorada, mas de todas as garotas que Tiago já tinha namorado, e de todas que poderia vir a namorar, Rose era a única que ele queria, que ele desejava verdadeiramente, era por isso que ele tinha tanta raiva de Malfoy, por que ele tinha sido o escolhido de Rose, era para James Malfoy que ela dispensava carinho, era ele quem recebia seus beijos, era ele quem podia tocá-la, tocar sua pele macia, seus cabelos sedosos; tudo para James, enquanto ele, que a amava desde criança, só recebia críticas.

Por um momento Tiago esqueceu Alvo perdido em algum lugar da floresta, não havia mais nada no mundo, exceto ele e Rose; ainda com a mão no rosto da prima, Tiago aproximou-se e beijou-a; ainda de olhos fechados, Rose assustou-se ao sentir os lábios de Tiago nos seus; antes que ela pudesse ter qualquer reação, eles ouviram um grito floresta adentro; um grito fino, de criança.

—Alvo! — Tiago se afastou e correu na direção de onde veio o grito; mais uma vez Rose correu para acompanhá-lo; outros gritos se seguiram ao primeiro e os dois seguiam na direção do som; logo chegaram a uma clareira e lá estava Alvo. Tiago sentiu um misto de alívio e raiva; alivio por ver o irmão são e salvo, e pelo visto muito feliz; raiva por que Alvo estava sentado no ombro do gigante Grope; os gritos de Alvo aconteciam sempre que Grope pegava-o e girava-o no ar, numa espécie de roda gigante; Rose soltou um suspiro aliviado ao ver o primo bem.

— Tiago! — Alvo gritou com sua voz estridente e Grope olhou pra baixo.

— Iago! — Grope balbuciou olhando cheio de admiração pra Tiago.

—Al... Grope, ponha o Al no chão! — Grope sorriu com seu jeito retardado e pegou Tiago, levantando-o e colocando-o no seu ombro, ao lado de Alvo — Grope, nos coloque no chão, agora, se não... — mais uma vez Grope ignorou o pedido de Tiago e pegou-o novamente na palma da mão; Alvo soltou uma risada quando o gigante girou o irmão no ar; no chão Rosinha ria à vontade e isso amainou a raiva de Tiago. — Muito engraçado, Grope, bobalhão, agora me põe no chão. — finalmente Grope concordou em libertar os irmãos.

Os três bruxos se despediram do gigante e tomaram o caminho de volta pela floresta escura.

— O que foi que deu em você, Alvo?

— Desculpa...

— Desculpa?

— Eu só queria ver o Grope!

— E passar a noite na floresta proibida? Você sabia que tem criaturas não tão simpáticas quanto o Grope na floresta? Por que raios você ficou, você não pensa não moleque?

— Eu pensei que o Rubinho ia estar aqui, mas ele não estava, quando eu achei que estava perdido o Grope me encontrou, não podia voltar sozinho, se não me perderia, e ele bem, você sabe não poderia me levar, por isso eu fiquei esperando o Rubinho aparecer, mas anoiteceu...

— Já chega, Al, guarda suas explicações para o papai e a mamãe.

— Você vai contar para eles?

— O que você acha? — Alvo não conseguiu conter o choro, diante da possibilidade de ver seus pais decepcionados; deu um soluço. — Não exagera, Alvo, você tem que assumir o que faz, pô.

— Papai e a mamãe vão ficar decepcionados — Alvo disse enxugando as lágrimas.

— Pior não vai ser nossos pais, pior vai ser o professor Neville, não pense que só por que ele é amigo dos nossos pais que você vai se livrar do castigo.

— Para de assustar ele, Tiago — quando Alvo viu o sorriso debochado percebeu que ele estava exagerando.

Os três continuaram andando, Tiago e Rose não falaram nada em relação ao beijo; ela estava disposta a esquecer, “deixar pra lá”, ele guardaria como uma lembrança. Ele estava se sentindo bem, leve, feliz; caminhando na escuridão da floresta proibida com o irmão pestinha e a prima que tanto amava, aquilo poderia não ter fim. Mas a alegria se transformou em tédio assim que se aproximaram do castelo. Tiago esperava que pudessem entrar sem ser vistos, mas logo na entrada deram de cara com Malfoy e Filch.

— Essa não! — disse Tiago entre dentes e Alvo agarrou-se em sua mão, Rose também ficou assustada.

O velho Filch parecia tão velho quanto o próprio castelo de Hogwarts, olhou os três com expressão de prazer que tinha sempre que flagrava um aluno em alguma atividade ilícita. Tiago podia sentir que Filch estava particularmente feliz por pegá-lo vagando àquela hora, e sabia também que com Filch não haveria conversa, nem mesmo ele, o “mestre em fugir dos castigos de Hogwarts” conseguiria dobrar Argo Filch.

— O professor Longbottom vai gostar de ver isso — rosnou Filch quando os três entraram — para a sala dele, agora. —Tiago passou ao lado de James e lançou um olhar gelado.

— Parabéns, Malfoy, dessa vez você conseguiu —Malfoy não disse nada, mas sentiu uma dor no peito quando Rose olhou para ele com um olhar magoado; assim como Tiago ela também devia estar pensando que ele tinha contado ao zelador que eles tinham saído.

Os quatro seguiam Filch até a sala do professor Neville, Alvo segurando a mão do irmão, como se aquilo pudesse protegê-lo de qualquer coisa. James tentando achar uma brecha para explicar a Rose que encontrou o velho rabugento Filch quando saiu para procurá-la e que ele praticamente lhe obrigou a contar a verdade.

Foi com surpresa que Neville viu os dois Potter, Rose Weasley e James Malfoy juntos. Filch logo tratou de exagerar a história e dizer que os estudantes deviam estar praticando alguma coisa terrível, por que vinham da Floresta Proibida.

— Tudo bem, Senhor Filch, eu assumo a partir daqui, pode ir — Filch resmungou algo ininteligível e saiu. — Floresta Proibida? — disse olhando nos olhos dos filhos de seus amigos; conhecia os três, Rose, Tiago e Alvo desde bebês, era mesmo estranho ser o “professor Neville” para eles. — Alguém quer explicar?

— Foi minha culpa, Neville, professor Longbottom — Tiago se corrigiu.

— O que vocês estavam fazendo na floresta proibida?

— O Alvo pediu para ver o Grope e eu levei ele lá.

— A floresta é perigosa.

— Eu sei.

— E mesmo assim levou o seu irmão lá? — Tiago baixou a cabeça, numa perfeita encenação de arrependimento. — E vocês, Rose, James?

— O Alvo não voltou para o dormitório, eu fiquei preocupada, e fui atrás dele...

— Na floresta? — Tiago sentiu que sua mentira poderia ir por água abaixo.

— Eu deixei um bilhete para ela, para o caso de alguém procurar o Alvo no salão comunal.

— E onde o James Malfoy se encaixa na história?

— Eu fiquei preocupado com a Rose e sai para procurar por ela, e encontrei o senhor Filch no caminho...

— Bom, certo, vocês quebraram as regras, eu vou tirar dez pontos de cada um, o que significa trinta pontos a menos para Grifinória; quanto a você, Tiago Potter, o professor Slughorn se encarregará de lhe dar uma punição. Agora tratem de ir para suas camas. Boa noite.

— Boa noite, professor — quando os quatro saíram, Filch ainda esperava no lado de fora, e resmungou alguma coisa, insatisfeito por não poder dar um castigo de verdade aos fujões. Tiago foi direto para o dormitório de Sonserina sem nem se despedir de Alvo. Os três alunos de Grifinória voltaram ao seu dormitório também; Alvo foi logo dormir, Rose e James ficaram.

— Eu não entreguei você para o Filch...

— Como ele poderia ter descoberto?

— Eu não sei, Rose, eu nem sabia que vocês estavam na floresta, eu fiquei mesmo preocupado, e fui atrás de você. Mas o que importa afinal, o seu primo sempre se dar bem mesmo, o incrível Tiago está acima de qualquer coisa!

— Você esperava que o Tiago se ferrasse?

— Eu espero que qualquer um que quebra as regras se ferre!

— Ele foi atrás do irmão!

— Que só foi até a floresta sozinho por que quer ser como o irmão perfeito e destemido.

— Por que você está falando assim?

— Por que não importa o que aconteça, você sempre vai ficar do lado do seu primo; Rose, você acreditou na hora que eu entreguei vocês ao Filch; sabe, eu deveria ter feito isso, por que era a coisa certa, mas eu não fiz!

— Desculpa, James, eu sinto muito mas, essa implicância entre você e o Tiago, é... Ele é meu primo, como se fosse um irmão...

— O problema é que o Tiago não olha para você como irmã!

— Isso não vem ao caso, você tem que confiar em mim.

— Eu confio em você, Rose, mas me diga, se eu sumisse de repente e você soubesse que eu tinha saído atrás de uma pessoa que é apaixonada por mim, depois aparecesse com ela, e, o irmão, que teoricamente estava perdido na floresta aparece são e salvo, e feliz, o que você ia pensar?

— Você pensa que...

— Que o Tiago inventou essa história do irmão perdido só pra atrair você pra floresta, acho.

— O Tiago não faria isso...

— O Tiago faz coisa muito pior, ele quase me matou — Rose se lembrou de Tiago se sentindo culpado pelo irmão estar na floresta. E depois, como se não estivesse acontecendo nada, ele lhe beijou. Mas não era possível que ele tivesse feito nada disso.

— Ele não inventou nada. Eu tenho certeza — James não quis mais discutir com Rose, os dois se despediram e foram dormir.


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