As Aventuras de Alvo Potter escrita por Bernardo Potter


Capítulo 14
Natal Desastroso


Notas iniciais do capítulo

Iria postar esse capitulo dia 24, mas minha família virá passar esses dias aqui e minha mãe vai ter que trabalhar, então eu, unicamente, vou ficar responsável pela organização da casa e pela preparação das refeições para um bando de leões esfomeados, espero que gostem, e leitores fantasmas, por favor dê-em pelo menos um 'Bu'



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Natal Desastroso

O frio começava a se estender por todo o território de Londres e em alguns momentos chegava a nevar, o branco já tomava conta de todo o jardim e os flocos de neve que caiam do céu tinham um desenho tão delicado que dava até dó de ver tudo aquilo se desfazer, derretendo no asfalto ou sendo pisoteado por pés apressados, ficar deitado em sua cama, que era do lado da janela, de baixo de um cobertor, vendo as salas de outras casas e como as famílias se divertiam, parecia a melhor opção que Alvo tinha naquele momento, durante todo o Inverno, foram as poucas vezes que Alvo via seu pai, só mesmo no jantar, onde James sempre puxava assunto com ele e nunca perdia a chance de alfinetar Alvo, e Harry em nenhum momento protegia seu filho mais novo, afinal o primogênito seguira seus passos e era seu preferido, era explicito a preferencia que o pai sentia por ele, e Alvo achou que não se importava, mas no fundo ele sentia por aquilo, sua irmã sempre que possível fugia dele, e só se aproximara para dar um ‘oi’ no dia em que ele chegou, ele esperava receber um abraço, mas nem isso de sua pequena princesinha teve, sua mãe sempre perguntava se havia algo errado, e em nenhum momento parava de falar, Alvo não queria dizer o que estava acontecendo, ele não queria preocupar sua mãe com coisas tão banais e via que ela já perdia muitas noites por causa de seu pai, não valia a pena falar sobre aquilo, e mesmo que quisesse, era quase impossível, sua mãe dava alternativas para o que ele podia estar sentindo, e deu até a opção de interna-lo no St. Mungo’s para que ele se curasse de uma suposta e falsa doença, que ela havia criado em sua cabeça, ela sempre fora exagerada, a única coisa que o tirava daquele tormento diário eram as cartas que ele trocava com seu amigo loiro, às vezes eles chegavam a trocar mais de vinte cartas por dia, a conversa fluía entre os dois, e por vezes Alvo ria das piadas bobas que o Malfoy escrevia, além de achar e ter a sensação que o amigo estava lá, do seu lado, como sempre estava, mesmo não querendo admitir, ele sentia falta de certo loiro aguado, e queria estar o mais rápido possível perto dele, Alvo foi acordado de seus devaneios enquanto olhava para aquela família tão feliz, pelo som das batidas na porta de seu quarto, Alvo a abriu e deu de cara com o irmão mais velho.

— Mamãe mandou te chamar, já estamos prontos para irmos à toca, desça logo. – James disse friamente e sem olha-lo nos olhos, dava para ver a raiva que James sentia por Alvo, mesmo essa raiva sendo sem fundamento, sendo por conta de uma casa escolhida, mas talvez aquela frieza fosse boa para Alvo, só daquele jeito ele aprenderia a ser frio da mesma maneira com qualquer um, e conseguiria enxergar além do sentimento sentido por ele, só daquele jeito aprenderia a crescer.

Alvo pegou sua bolsa e desceu rapidamente as escadas, entrando no carro e esperando os outros familiares, quando Lily entrou ela ficou o mais longe possível dele, ele não entendia aquela atitude que tinha se tornado tão normal, mas não queria tocar no assunto, deixara quieto e seguira viajem em silencio, quando chegaram A’ Toca o coração de Alvo acelerou, a primeira vez que iria encontrar sua prima nas férias, e seria a primeira vez que teria mais do que um contato visual depois daquele beijo, ele se sentia culpado, na verdade ele sabia que não tinha culpa em nada, e que aquele ato gerou a consequência do afastamento dos dois, mas ninguém tinha culpa, nem Rose e nem Alvo, o jeito era consertar o que os dois tinham feito de errado enquanto ainda tinham tempo, a família Potter entrou na A’ Toca e foram abraçados por uma multidão de ruivos que já estavam enfileirados para recebe-los, os únicos que não estavam lá eram o pai de Alvo e o irmão mais velho dele, Teddy Luppin, os dois estavam muito atarefados no Ministério, então mandaram um Patrono dizendo que chegariam mais tarde naquele dia, Alvo cumprimentou Rose com seu rosto rubro, com um aperto de mãos educado, e as orelhas dela ficaram igualmente vermelhas quando retribuiu o aperto, sua avó Molly percebeu a frieza dos dois primos e olhou desconfiada, a noite chegara e todos resolveram jantar, Alvo subiu para os quartos e colocou suas malas jogadas no canto, ele iria dividir o quarto com seu irmão Teddy e seu primo Louis, por isso resolveu ser o mais organizado possível, ele desceu sem pressa e se sentou ao lado de Rose sem emitir um único som, Teddy tinha acabado de chegar e cumprimentou o irmão com um abraço apertado, depois se sentou ao lado de Alvo, o jantar se passou imerso em conversas, sobre Quadribol, a Taça das Casas, o comportamento de James na escola, os recentes assassinatos misteriosos que acontecia no mundo trouxa, como o ministério estava acarretado de trabalho, e varias outras coisas banais, depois do jantar, Teddy se sentou na poltrona e começou a contar histórias para os primos mais novos com Victorie ao seu lado, James e Fred jogavam xadrez bruxo, e Roxanne, Molly II, Dominique, Lucy e Rose conversavam em um canto sobre coisas de meninas, os adultos estavam sentados no sofá conversando sobre coisas mais sérias e que não interessava a Alvo, sendo assim ele decidiu sair e espairecer no Jardim que estava coberto de neve, ele sentou em um banquinho velho e admirou a paisagem da casa, tudo estava iluminada por luizinhas pisca-pisca, a casa tinha uma nova faixada, totalmente vermelha e tudo dava um ar natalino, ele se lembrou das altas conversas que tinha com Rose todos os natais naquele quintal e de como brincava de fazer anjinho na neve com Lily para não deixa-la sozinha, e pensou em como seria divertido ter dividido todos os momentos felizes de sua vida com Scorpius, uma tristeza sem explicação invadiu o coração de Alvo, e naquele exato momento ele soube o que era estar sozinho pela primeira vez.

 

 

O dia amanheceu com um frio insuportável, uma tempestade caia forte pela janela, flocos pesados de neve inundavam todo o chão e decoravam os pinheiros que em torno existia, Alvo tinha preguiça só de pensar de sair de baixo das cobertas quentinhas que o aqueciam em sua cama, quando de repente uma coruja preta bateu em sua janela, ele a abriu e pegou um grande e longo pacote que ela trazia em suas garras e um pequeno bilhete do bico da tão conhecida coruja dos Malfoy.

Esse Natal desastroso, esperava algo mais animado, acredita que eu vou ter que ir para uma festa que só vai ter a “nata da elite” hoje? Meu pai já comprou até o perfume que vou usar, e tá me ensinando a como me comportar em um “evento desse porte”, se eu ouvir mais um pio dessa maldita festa acho que vou explodir, me ajude a passar as piores ferias da minha vida, promete que na pascoa vamos ficar em Hogwarts? Se não prometer eu vou te amaldiçoar, e mamãe disse que minhas maldições são fortes, então cuidado. Vê se responde rápido, você demorou um ano para responder a outra carta e eu não tenho mais ninguém para conversar, a não ser que eu converse com meus primos que estão aqui, e eu não acho uma boa ideia. Já ia me esquecendo, Feliz Natal, Al!

Scorpius Malfoy.

Alvo escreveu apressadamente a resposta do amigo, pegou um pequeno pacote verde de sua gaveta, e enviou pela sua linda coruja branca, ele pegou o grande pacote vermelho que Scorpius havia mandado para ele e retirou o plástico delicadamente, lá estava um jornal com uma anotação grudada na parte inferior da primeira pagina, que tinha uma noticia esportiva.

Firebolt Master 2017

Aos amantes do Quadribol, uma ótima noticia chega hoje para vocês, a mais nova versão da marca de vassouras mais famosa do mundo já esta disponível na loja mais próxima e em todas do mundo, a marca Firebolt lançou hoje a Firebolt Master 2017 para todos os seus consumidores, nas televisões bruxas já esta passando a propaganda da tão esperada vassoura, tendo como protagonistas o famoso time de Quadribol e o primeiro da liga, os Pegas de Montrose, e o segundo melhor time da liga os Morcegos de Ballycastle, na propaganda se pode ver a tecnologia de ponta da nova versão da Firebolt Master sendo utilizada pelos mais famosos jogadores do mundo, ela é uma vassoura aerodinâmica e reluzente, seu cabo é superfino e aerodinâmico feito de mogno com carvalho e revestido por uma fina camada de diamante, deixando o acabamento mais resistente, a marca e o numero de registro esta entalhado na madeira próximo ao punho, as cerdas da cauda são feitas do famoso jeito, com lascas de bétulas selecionadas à mão, que foram afiladas até atingirem a perfeição aerodinâmica, dotando a Firebolt de equilíbrio insuperável e precisão absoluta. A Firebolt Master 2017 agora atinge 280km/h em dez segundos e possui um freio encantado de irrefreável ação, o cabo tem alta-sensibilidade e responde a comandos imperceptíveis a olhos nu, seu campo protetor magico impede que seu usuário caia e protege contra feitiços, além dela possuir um feitiço amortecedor, que torna o cabo e a aterrissagem muito mais confortável, se você quer possuir uma dessas terá que desembolsar nada mais nada menos do que o preço salgado de R$ 700,00 galeões, mas com toda certeza vale a pena.

Na pequena anotação estava escrito a seguinte frase:

Ela é sua, abra logo a embalagem! E não se importe com o preço, mas honre-o ganhando a taça das casas esse ano e dedique algo especial para mim.

Alvo abriu a embalagem que cobria o presente e se surpreendeu com o que tinha ganhado, a Firebolt Master 2017 estava em cima de sua cama, era quase inacreditável, ele se vestiu apressadamente e desceu correndo com a vassoura em mão para tomar café na esperança de ver seu pai e mostra-la a ele, mas se desiludiu, ele já havia saído, os únicos que estavam ali eram seus primos, seus dois irmãos, seus tios Rony, Fleur, Audrey, Angelina e Jorge, sua mãe e seus avos, assim que viu o que tinha na mão do primo, Fred foi correndo certificar-se do que era.

— Eu não acredito! – Disse tirando a vassoura da mão de Alvo. – Isso é uma Firebolt Master 2017. Como você conseguiu se ela saiu hoje?

— Isso não te interessa. – Alvo puxou a vassoura de volta para sua mão com extrema violência, ele já estava cansado de seus primos e seu irmão sempre se meterem em sua vida.

— Alvo! –Gina disse olhando o filho com repreensão.

— Não ligue mãe, aposto que foi a namorada dele que o presenteou com isso. – James disse rindo.

— Que namorada? – Molly, sua avó, perguntou com um brilho no olhar, achara tão bonitinho namoro de criança, começara assim na escola e tinha a esperança que um de seus bisnetos também tivessem uma história inocente, linda e cheia de amor como a dela.

— Scorpius Malfoy, quem mais? Vocês não viram as cartas que eles trocaram as ferias inteiras? – James respondeu se curvando de tanto rir.

— Cale a boca, Potter! – Alvo gritou falando sem pensar a primeira coisa que veio a sua cabeça. – Estou cansado de suas brincadeiras sem graça, não tenho culpa de ter entrado em uma casa melhor que a sua, de ter roubado sua fama ou de ter mais atenção do que você, se não esta satisfeito jogue uma maldição imperdoável em você mesmo e acabe com isso.

— Alvo, chega! Suba agora para o quarto. – Gina disse severa. – E não se atreva a sair de lá, antes que eu te chame. – ela completou e viu seu filho subindo com extrema raiva em sua face, coisa que ela nunca tinha visto, James sorriu maroto observando a desgraça do irmão, repudiando em cima dele, e o resto da família observava pasmada a cena, menos Rose, que o olhava com piedade, mas Alvo não buscava pena.

 

 

Alvo estava deitado em sua cama, indignado enquanto lia o livro do Clube de Duelos, as horas passavam lentamente e o menino acabou pegando no sono, se vendo em uma repleta escuridão, enquanto ouvia um sibilo longínquo, ele estava em uma sala, com um lustre pomposo no teto que estava apagado, uma porta se encontrava disposta no meio da parede de madeira e uma luz baixa saia pelas frestas dela, o som do sibilo se tornou mais forte quando ele olhou para ela e era indiscutível que o som estava saindo de lá, ele seguiu em sua direção, fazendo com que seus passos ecoassem pelo piso de madeira lustrado que se encontrava sob seus pés, ele girou a maçaneta redonda e quando a porta abriu todo seu corpo estremeceu, uma poltrona de couro se encontrava na frente de uma lareira e de costas para a porta, e aparentemente eram as únicas coisas que tinham na sala, uma voz profunda saiu de trás da poltrona e invadiu todo o seu ser, Alvo pode ver uma mão longa, de dedos finos e pele enrugada no braço do assento, enquanto o que parecia ser um homem falava.

Você... É o guardião... Da salvadora... Seu coração foi tocado por ela... Só precisa reconhecê-la através do temporal...

O homem falou em pausa, e o som de sua voz ecoou por toda a sala que começava a se dissipar, o menino não entendia o que estava acontecendo e nem a que o homem estava se referindo.

Do que você esta falando?— Alvo perguntou, mesmo estando com medo, ele precisava saber antes que tudo aquilo desaparecesse, enquanto via sua voz se diluir pelo ar se propagando lentamente, com tudo ficando embasado e ele se desfazendo.

No tempo certo você ira descobrir, não tenha medo, procure pela pro...— O homem falou, mas antes que ele terminasse tudo já tinha se desfeito, e Alvo ficara sem a sua tão esperada resposta.

Alvo...  Alvo...— Alguém o chamava, talvez a visão estivesse se reconstituindo, o chamando para esclarecer suas duvidas. - Alvo... ALVO! – Rose gritou o empurrando da cama. –Sua mãe esta te chamando para a ceia. – Ela estava agachada no chão e o olhava com preocupação.

— Eu não vou, Rose, não quero dividir a mesa com a presença daquelas pessoas... – Alvo fora cortado enquanto se sentava em sua cama.

— Alvo não diga isso, “aquelas pessoas” são a sua família, e por mais que ela esteja errada você não pode julga-la ou virar as costas para ela, o que você tem que fazer é apoiar e ficar do lado deles em todos os momentos, você também é um Potter, não se esqueça disso. – Rose disse segurando a mão de Alvo entre as suas e o olhando com extrema profundidade, algo que fez Alvo se lembrar do olhar de Isabella. – Hoje é Natal, é um ótimo dia para ficar em família, agora vamos descer, por favor. – Ela suplicou e se levantou, recebendo o silencio de Alvo como resposta, desistindo ela foi até a porta e começou a fecha-la quando o menino de olhos verdes a impediu colocando o pé, fazendo com que ela abrisse um grande sorriso no rosto, e a seguindo até a mesa da família Wesley- Potter, ele se sentou e comeu em silencio, depois da ceia ele se acomodou na frente da lareira pensando no sonho, ou visão que tivera, para ele tudo tinha sido tão real, na verdade parecia ter sido um aviso, algo que ele deveria saber.

— Eu fiquei sabendo do que aconteceu hoje de manhã. – Harry disse se sentando ao lado do filho. – Porque você agiu desse jeito, Al? – Harry perguntou quando viu o menino que era muito parecido com ele o olhar.

— Eu só estou cansado, você não vai entender, nunca teve irmãos ou pessoas que te odiassem, você sempre foi o menino que sobreviveu, todos sempre te adoraram e te apoiaram, não adianta eu te explicar. – Alvo disse suavemente, olhando para os olhos do pai sem nenhum momento vacilar.

— Acho que você esta errado Severo, nunca, nada foi tão fácil do jeito que você esta falando, eu nunca tive um pai ou uma mãe que me mostrasse o que era errado ou que me apoiasse, nem mesmo tive o carinho e a presença deles, algumas pessoas não me idolatravam, ao contrario, me caçavam, meus únicos amigos se mostraram ser os melhores que eu poderia ter, enfrentando o perigo sempre ao meu lado, coisa que nem era o dever deles, e eu, desde que meus pais morreram, tive que levar um peso nas minhas costas, minha vida não foi exatamente isso que você pensa, meu filho. – Harry disse severamente olhando para o moreno de olhos verdes que abaixara a cabeça.

— Porque você quer saber? – Alvo perguntou depois de um longo momento em silencio. – Nem mesmo se importa comigo, aposto que veio aqui defender seu filho predileto, me ignora as ferias inteiras, mas na primeira oportunidade quer vir me dar lição de moral, faça um favor a mim, não encha mais o meu saco! – Alvo falou um tom acima do normal, atraindo o olhar de todos, ele se levantou e foi novamente para seu quarto, ele tinha esperado o natal inteiro pela presença de seu pai, mas se decepcionara, afinal ele não tinha sido exatamente aquilo que o grande Potter desejava, ele fora ingênuo ao pensar que ele o veria com os mesmos olhos, era pura tolice.

E assim se passou os dias até a volta para Hogwarts, o malão de Alvo já estava pronto e ele descia as escadas silenciosamente para chamar seu irmão Ted que iria enfeitiçar a mala para que ela flutuasse ate o carro, mas antes que descesse o ultimo lance de escada, teve que parar bruscamente, sua irmã e Rose estavam na sala, imersas em uma conversa sobre ele, o menino não queria ouvir, mas a curiosidade foi mais forte que ele.

— Rose você não entende! – Lily disse sentada na poltrona com a cara emburrada e os braços cruzados.

— Então me faça entender o porquê da indiferença com seu irmão, Lily Luna! – Rose disse já impaciente.

— Tá bom. – Lily se deu por convencida. – É porque ele entrou para a Sonserina, e James me disse que todo mundo que entra para a Sonserina é mau, e que era para eu ficar longe, se não Alvo jogaria um feitiço em mim. – Ela disse como se fosse a coisa mais natural do mundo, com a pura ingenuidade que emanava dela, aquilo magoou Alvo, profundamente, sua pequena agora estava com medo  dele, e não tinha nada que ele pudesse fazer, ele esperou escondido um pouco mais para saber o resto da conversa, e percebeu que agora era Rose que falava.

— Lily, meu amor, você ainda é muito pequena para entender o que cerca o desentendimento de seus irmãos, até eu que sou mais velha não entendo, mas só porque Alvo entrou para uma casa diferente que a de seu irmão, de seu pai, de sua mãe, e talvez até mesmo da sua, não significa que ele vai ser mau só por isso, o que define o caráter e a integridade de uma pessoa, é a educação que ela recebe de casa, é a referencia da persona que ele admira, e a pessoa que Alvo mais admira é Harry Potter, e o seu pai, por um acaso, é uma pessoa má? – Rose perguntou.

— Não, papai é a melhor pessoa do mundo. – Lily respondeu fazendo um gesto de grandeza com a mão, e depois olhou profundamente para Rose e continuou. – Então, mesmo Alvo sendo da Sonserina ele vai ser bom igual ao papai?

— Isso, não só Alvo, mas muitas pessoas que são escolhidas para a Sonserina são pessoas boas, entendeu?- Rose disse mais para si do que para Lily. – Não o julgue, ele só quer o bem de todos, principalmente o seu, promete que não vai mais fazer diferença entre seus irmãos? – Rose perguntou retribuindo o olhar da pequena.

— Prometo Rose! – Lily respondeu com um sorriso no rosto, Alvo subiu alguns degraus em silencio e desceu os mesmo fazendo barulho, para que pensassem que ele acabara de descer, passou pela sala sem olhar as duas meninas e foi direto para a cozinha chamar Ted.

—Estou pronto. – Ele disse decidido, enquanto todos tomavam café.

— Alvo, ainda são nove horas, iremos sair daqui à uma hora, sente-se e coma. – Ted disse sorrindo, Alvo queria tanto sair daquela casa o mais rápido possível que nem se dera conta do horário, e acabara ficando pronto cedo demais, fazendo com que sua ansiedade só aumentasse, ele se sentou e comeu algumas guloseimas, e depois de uma hora já estava no carro, Ted ia dirigindo e Gina ia ao banco do passageiro, e atrás iam os três irmãos espremidos, com a mais nova no meio separando os dois rivais, a chegada no expresso foi rápida, Alvo se sentou em seu malão esperando que todos chegassem a estação 9 ¾, em absoluto silencio, rapidamente a plataforma ficou enfestada de gente, a maioria olhando a família Potter, quando Alvo viu um vulto prateado na plataforma seu coração se encheu de alegria, seu amigo loiro tinha acabado de chegar e seus dias de tristeza estavam prestes a se esvair, quando o expresso chegou e Alvo já estava prestes a entrar dentro dele sua pequena irmã foi correndo lhe depositar um beijo no rosto e o apertou intensamente em um forte abraço, aquele dia não poderia ficar melhor.

— Tchau, Veve. – Ela disse da plataforma balançando a pequena mãozinha enquanto Alvo se despedia dela através da janela de um expresso que ficava cada vez mais longe.

— Posso entrar, Veve? – Scorpius disse rindo, enquanto abria a porta da cabine quando o expresso fazia a curva e enfatizando o apelido que Lily deu ao irmão. – Dá onde sua irmã tirou isso, Veve?

—Cale a boca, Malfoy! Só minha irmã pode me chamar assim, entendeu? – Alvo disse envergonhado, mas fingindo estar irritado enquanto recebia o amigo com um enorme sorriso.

— Não é assim que se trata a pessoa que te deu a ultima versão da Firebolt, mas vou continuar te chamando de Al, já que é de sua preferencia, porem, agora que sei seu apelido secreto é bom fazer todos os meus deveres de poção, entendeu? – Scorpius perguntou rindo enquanto colocava seu malão no gabinete e se sentava no confortável assento.

Lentamente, durante a viagem no expresso, a alegria de Alvo voltou, ele já não lembrava mais dos dias tristes que tinha vivido nas ferias que deveriam ser felizes, e agora um lindo sorriso fazia parte de seu rosto, coisa que já não era mais costumeiro de acontecer, o menino de cabelo negro e olhos verdes não se sentiria mais sozinho durante aquele ano.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que acharam do capitulo? Lily tão inocente, é levada pelo o que o irmão mais velho fala, coitada! E o sonho ou visão, qual é a opinião de vocês sobre isso? E a Rose sempre certa, sua lealdade para com Alvo nunca se extingui, mesmo com a distancia, tanta coisa cercando Alvo, essa história está cercada de mistérios, e isso só serve para confundir suas cabeças, comentem, por favor!



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