Quando o Amor acontece escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 32
Capítulo 32




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Trigésimo Segundo Capítulo ❣️

– Huuum, que jeito bom de acordar. - Shirlei murmurou, quando sentiu o namorado cobrindo seu corpo todo de beijos. - Pode continuar. - Pediu ela, toda manhosa se encolhendo dentro dos braços de Felipe, que agora a enlaçava por inteiro.

– Tão cheirosa a minha princesa, quem resiste? - Ele disse, enquanto o nariz dava fungadas no pescoço dela - E filme que é bom, a gente perdeu, né, dorminhoca?

Rindo das cócegas que estava sentindo, Shirlei segurou o rosto do namorado entre as mãos para olhá-lo nos olhos.

– Mas olha... É muito cara de pau esse meu príncipe... Vai dizer que você assistiu o filme?

– Assisti. - Mentiu sem encara-la.

– Ah é, então me conta como termina.

– Como todo filme... O mocinho fica com a mocinha e eles vivem felizes pra sempre!

– Jura? E se eu disser que eu já assisti esse filme e que no fim a mocinha volta para o ex noivo. - Brincou com ele só para ver sua reação.

De repente a expressão no rosto de Felipe mudou. Não gostou nenhum pouco de ouvir um tipo de paródia de sua vida real. Levantou se sentando na cama. E abraçou os joelhos.

– Fala isso nem brincando. - Felipe falou, a voz triste.

Shirlei se arrependeu do que disse. Sentou-se e passou os braços ao redor dos ombros do namorado, tascando um beijinho em sua nuca em seguida.

– Ei... Isso aconteceu no filme. Não quer dizer que vá acontecer com a gente e...

Shirlei ia continuar a falar, mas foi interrompida pelo bater insistente da porta. Felipe virou o rosto na direção de Shirlei, a testa franzida.

– Pediu alguma coisa na cozinha do Hotel, princesa?

Shirlei balançou a cabeça, negando.

– Não... Estranho. Quem será?

Felipe deu de ombros, mas depois de dar um beijo nos lábios da namorada, levantou da cama e caminhou até a porta para abri-la.

– Vamos ver quem tem coragem de incomodar um casal apaixonado a essa hora do dia. - Felipe disse, um tom brincalhão, olhando para Shirlei que estava sentada na cama com as nádegas em cima dos tornozelos.

Foi aí que ele abriu a porta com um sorrisinho descontraído no rosto, entretanto o sorriso morreu quando ao mirar o rosto de sua namorada, ele viu o pânico estampado em seu olhar.

Felipe Franziu a testa, então virou o rosto para quem quer que estivesse na porta, causando tamanho horror a sua namorada. Não que ele o conhecesse, mas assim que Felipe cruzou o olhar pela primeira vez com o olhar daquele homem, ele soube na hora, estava diante do seu pior pesadelo... E ele estava ali, de pé, braços cruzados, parecendo furioso.

– A-Adônis?! - Exclamou Shirlei ao se levantar e se aproximar do homem, confirmando para Felipe que ele estava certo. - O quê...? Como você me encontrou aqui? - Shirlei perguntou, a respiração ficando difícil.

Antes de responder, Adônis percorreu a ex noiva de cima a baixo, o olhar de desdém para a camisa masculina que ela usava que não chegava a cobrir nem as suas coxas direito.

Felipe chegou perto de Shirlei para segurar sua mão, mas ela se afastou, não aceitando segurar. Felipe ficou arrasado com o gesto e muito, mas muito preocupado.

– O que tá acontecendo aqui, Shirlei? - Adônis finalmente perguntou.

– Adônis, se você me deixar explicar... - Implorou Shirlei, os olhos já marejados.

– E tem alguma coisa aqui que tenha alguma explicação? Dá pra me dizer onde é que você tava com a cabeça, Shi, quando resolveu me trocar por esse playba?

Felipe ouviu o apelido que o ex noivo usava com ela e teve vontade de dar um soco na cara do infeliz. Shirlei, pelo contrário, tentou segurar o pulso de Adônis, mas ele se soltou, chateado.

– Adônis, me ouve, por favor!

Felipe olhava de Shirlei para Adônis, o tempo todo, agoniado. Mas não iria interferir. Precisava saber o que Shirlei sentia pelo ex noivo e... Por ele.

– Shirlei, qual é a tua heim? Ficou dando uma de virgenzinha enquanto a gente namorava pra quê? Pra dá pro primeiro cara que você considerasse melhor do que eu, é isso?

Shirlei abriu a boca, embasbacada e as lágrimas que ainda estavam presas, começaram a descer. Já Felipe trincou os dentes e ameaçou partir pra cima, mas foi segurado por Shirlei, pelo pulso.

– Veja lá como você fala da Shirlei!!!! - Esbravejou Felipe.

– Felipe, para! Não se mete nisso, por favor. Deixa que eu mesma resolvo isso com o Adônis.

Felipe Franziu a testa.

– Mas princesa, você não é obrigada a escutar esse ogro sendo grosseiro dessa forma com você assim não!

– Ele só tá sendo grosseiro assim porque tá com a cabeça quente... Ele não é assim. Eu conheço o Adônis.

Felipe ficou abismado.

– Quê?! Shirlei, cê tá defendendo esse cara, é isso?

O silêncio foi a resposta de Shirlei, que doeu bem no fundo do coração de Felipe. Ele cruzou os braços e virou de costas pra ela, magoado. Adônis sorriu disfarçadamente, vitorioso.

– Shi, eu tô indo embora. Mas eu espero, sinceramente, que você bote o juízo no lugar e se lembre de tudo que a gente viveu, de todos os planos que a gente fez... Foram cinco anos, Shirlei, e você conhece esse otario a o quê? Quinze dias? Pensa nisso... Eu tô indo... Tchau. - Concluiu e fechando a porta atras de si, o casal só ouviu os passos de Adônis ecoando pelo corredor.

O silêncio reinou dentro da suíte do casal. Tudo que se escutava era a respiração ofegante e temerosa de Felipe, que estava com as mãos nos bolsos da calça moletom só esperando o momento certo para conversar com sua namorada sobre aquele tsunami que havia transtornado sua paz. E tudo voltaria ao normal. Ou será que não?

– Então, princesa, será que a gente pode conversar sobre... O que cê tá fazendo? - Felipe questionou no meio de uma frase, quando viu sua namorada vasculhando a mala a procura de sabe se lá o quê.

– Eu tô procurando uma roupa pra vestir. - Shirlei respondeu, a voz seca.

– Pra quê? A gente num combinou de passar o dia no quarto... namorando? - Felipe questionou, apesar de no fundo do coração, ele já saber a resposta. E aquilo já parecia dilacerá-lo por dentro.

– Pois é, mas é que... Eu preciso dá uma saída rápida. - Shirlei respondeu sem conseguir encara-lo.

– Você vai atras dele, né? - Felipe perguntou, temendo profundamente a resposta. - Responde!!!! - Gritou mais alto do que era acostumado.

Shirlei engoliu a seco, mas levantou a cabeça e reunindo coragem, foi até ele.

– É. Eu vou sim. O Adônis merece uma explicação. E se você me ama como você disse tantas vezes, vai me entender.

A respiração de Felipe se tornou difícil. Ele teve vontade de esmurrar uma parede para aplacar a dor que estava sentindo.

– Shirlei, você não pode querer que eu entenda uma coisa dessas! Você indo atras desse cara... Sozinha... Não! Tudo menos isso!

– Mas eu vou... você querendo ou não. Eu sinto muito. Mas eu nunca me perdoaria se não fizesse isso.

Uma lágrima escorreu do olho esquerdo de Felipe e ele enxugou com o dorso na mão direita, desajeitadamente.

– Shirlei, se você passar por aquela porta, você vai me levar junto, dentro de você, mas... Eu juro que num vou atras e que nunca mais eu abro uma porta pra você... cê tá me entendendo?

Shirlei engoliu a seco e duas lágrimas furtivas derramaram de seus olhos, enquanto ela terminava de vestir a calça.

– Então isso é um adeus? - Ela perguntou, a voz embargada.

Felipe quase não conseguiu acreditar.

– O quê? Adeus? Shirlei, então você decidiu que... Não! Não! Você não vai me deixar por esse cara! - Ele se ajoelhou, chorando e segurou as pernas dela, desesperado. - Não, você não pode me trocar pelo Adônis! Shirlei, não faz isso comigo! Eu te amo! Shirlei, por favor, fica comigo! Shirlei! Não me deixa... Por favor, meu amor, não me deixa...

– Felipe! Felipe! Príncipe! Príncipe! Acorda! Acorda! Você tá sonhando! Príncipe! - Shirlei sacolejava seu namorado pela terceira vez, angustiada por ele não conseguir abrir os olhos.

E foi aí que Felipe acordou, assustado e molhado de suor.

– Princesa?! - Felipe encarou Shirlei, os olhos arregalados.

Shirlei abraçou o pescoço dele fortemente com todo carinho de seu coração.

– Sou eu mesma, príncipe. Eu tô aqui. - Shirlei dizia entre um beijo e outro na cabeça dele como se faz com um criava diante de um pesadelo. - Eu tô aqui. Foi só um pesadelo... Sssshhhh! Eu tô aqui!

O tórax de Felipe subia e descia com a respiração dele ofegante. E ele permanecia agarrado a ela como se temesse que ela pudesse escapar a qualquer momento.

– Tá se sentindo melhor? - Ela perguntou, a voz e o olhar doce.

Felipe assentiu com a cabeça.

– Acho que sim. Mas fica aqui comigo...? Me abraçando.

Shirlei sorriu, afetuosa.

– Fico. Claro que eu fico, meu amor. - Sussurrou. - Foi só um pesadelo, tá? Eu não vou te deixar, nem pelo Adônis, nem por ninguém. Eu te amo.

E só aí Felipe percebeu o quanto deve ter falado em meio ao pesadelo, pois Shirlei sabia exatamente o que dizer para acalma-lo.

Em meio aos pensamentos dez Felipe, Shirlei colocou a cabeça dele em seu colo e começou a fazer cafuné até que o sono ganhou de novo o seu namorado, mas depois de escutar sua namorada dizendo que nunca ia deixá-lo, seus sonhos foram bem diferentes. Um deles, com certeza o melhor de todos, foi um sim dito no altar e uma aliança colocada no quarto dedo da mão esquerda... Com promessas de amor eterno.

Vinte minutos depois, Felipe começou a dar ares de quem iria despertar. Sentindo um vazio do seu lado, começou a tatear a cama a procura de sua amada, entretanto, ao não encontrá-la, começou a esfregar os olhos e sem pestanejar, se sentou na cama, os cabelos bagunçados.

– Princesa? - Chamou, a voz rouca. Um bocejo vindo logo depois.

– Tô aqui, príncipe. - Shirlei respondeu de imediato, temendo um ataque como aquele do pesadelo. Ele sorriu, aliviado e observou quando ela se aproximou e subindo na cama, engatinhou até onde ele estava, e deu um beijo bem gostoso em seus lábios. - Dormiu bem?

– Muito bem. - Ele disse, já puxando Shirlei para o colo dele. - Mas odiei acordar e não te ver do meu lado. Acho que tô ficando mau acostumado. Onde cê tava?

Shirlei sorriu com os olhos.

– Tava arrumando nossas malas. Precisava ver o estado que elas se encontravam. Não aguentei... Odeio bagunça, príncipe!

Felipe sorriu com cara de sapeca e encarando a namorada, mordeu de levinho o braço dela.

– Isso aí, princesa, já dá pra casar, sabia?

Shirlei riu e deu um tapa de leve no peito dele, que se desvencilhou, rindo.

– Larga mão de ser bobo, Príncipe!

Felipe riu mais ainda, mas de repente sua expressão mudou, pois ele se lembrou do filme e do pesadelo, principalmente.

– Mas fala aí, e o filme? Assistiu até o final?

– Assisti. Amei. Emocionante.

– Ela recuperou a memória?

– Não.

Felipe baixou a cabeça, triste.

– Isso quer dizer que ela... Acabou o filme com o ex noivo?

Shirlei sorriu com ternura e aninhou o rosto do namorado entre as mãos, buscando o olhar dele.

– Eu num disse isso. - Ele voltou a olhar pra ela. - Eu disse que ela não recuperou a memória. Mas não. Ela não acabou o filme com o ex noivo. Ela acabou com o carinha que fez de tudo para conquista-la. Deu certo pra ele. - Shirlei deu uma piscadinha sugestiva. - Sabe o que foi...? Ali era amor de verdade. Com o ex noivo era só... um tipo de obrigação, carinho talvez, mas só. Nunca foi amor... Nem nunca vai ser.

Felipe sorriu.

– Ué, o filme acabou. Como você sabe como vai continuar? - Provocou ele mesmo sabendo que ela não estava mais falando do filme e sim deles.

– Porque eu acho que eu já vi essa história em algum lugar...

Felipe deu uma risada gostosa e segurando a nuca da namorada, trouxe os lábios dela até os seus e beijou-a, acariciando sua língua com a sua até os dois perderem o fôlego.

Quando o beijo cessou, sob os protestos de Felipe, Shirlei se levantou e se posicionou na rente da cama onde ele estava sentado com um ar de mistério, que o deixou intrigado e até um tanto excitado.

– Que foi, princesa? Que tá fazendo aí? - Felipe questionou, curioso.

Shirlei deu um sorrisinho safado.

– Tá achando que é só você que sabe fazer surpresa... Eu tenho uma, sabia?

Felipe deu um meio sorriso de lado, um tanto quanto malicioso e já tentando imaginar o que seria.

– Ah é...? Tô curioso agora pra saber o que é. Fala pra mim, vai, princesa.

Mas em vez de responder, Shirlei começou a desabotoar a camisa dele que ela vestia, bem devagar, botão por botão, uma verdadeira tortura para Felipe, que esperava ansioso pelo que viria. Então quando os botos finalmente terminaram, Shirlei, sem tirar os olhos um segundo dos olhos de Felipe, foi descendo as mangas da camisa lentamente pelos ombros até que finalmente a camisa caiu no chão. E Felipe pode enfim ver a lingerie mais sexy que seus olhos já puderam pôr os olhos em toda a sua vida. De cor vermelha. Ele molhou os lábios como se estivesse babando com o que via. E estava mesmo. Ao mesmo tempo em que a olhava imensamente.

– F-Foi a Tancinha quem me ajudou a escolher. Eu nem sabia se ia ter coragem de usar, mas... Enfim, acho que ela tem bom gosto, né?

Felipe engoliu a seco.

– O gosto dela é indiscutível, princesa. Mas eu prefiro falar da modelo que veste a lingerie porque ela está simplesmente... Irresistível!

Shirlei ruborizou. Felipe tinha mesmo o dom de elogiar.

– Q-Quanto tempo a gente tem até o nosso retorno para o Brasil? - Shirlei não conseguia falar normal, seu coração estava acelerado, suas pernas bambas e sua respiração ofegante. Pelo simples olhar que Felipe lhe lançava que mais parecia que ia lhe devorar a qualquer momento.

Felipe ficou pensativo.

– Não sei... Umas cinco horas, acho. Por quê? Alguma coisa em mente, princesa?

– É, eu... tava testando a temperatura da água do chuveiro e... ela tá bem quentinha agora. Aí eu tava pensando se... Você não quer tomar banho... - Engoliu a seco antes de complementar - Comigo.

Felipe abriu um sorriso extremamente malicioso, que chegou até mesmo a assustar Shirlei. Então ele levantou da cama, vestido apenas com sua bóxer preta e caminhou em direção a ela, que instintivamente, deu dois passos pra trás, ficando até envergonhada por ter feito isso.

– Princeeeeeeeesa, cê não provoca... Porque você já conhece muito bem meu lado príncipe. Mas não sei se você tá preparada ainda pra conhecer meu lado... lobo mau. - Finalizou, passando o dedo delicadamente no lábio inferior de Shirlei, que entreabriu os lábios espontaneamente.

Shirlei arregalou os olhos, sentindo uma pontada entre as pernas.

– E se eu disser que... Eu quero conhecer. - Shirlei murmurou, os seios subindo e descendo sob o olhar atento de Felipe.

Felipe molhou os lábios e colocando uma mecha atras da orelha dela, aproximou os lábios de sua orelha e sussurrou, fazendo-a se arrepiar por inteiro.

– Eu digo que o seu desejo, princesa, pra mim... É uma ordem.

E antes que ela pudesse se dar conta do que estava acontecendo, Felipe aproveitou que já estava com os lábios na orelha dela para abocanhar o pescoço dela, dando-lhe um chupão para ela nunca mais esquecer, fazendo suas pernas fraquejarem e seu corpo estremecer de um desejo incomensurável.

– Você é minha, princesa! Só minha... E de mais ninguém! - Exclamou Felipe com a voz ofegante.

E essas foram as últimas palavras ditas por ele quando ele segurou o rosto de Shirlei, encostando sua testa na dela, com seus narizes se acariciando. Para em seguida, seus lábios se apossarem dos lábios de Shirlei com violência, machucando-os mesmo, pois o desejo falava mais forte, a vontade de possuí-la mais uma vez era torturante, principalmente depois daquele maldito pesadelo que ainda estava tão nítido em sua mente. Em resposta, Shirlei segurou a nuca dele e abriu a boca, enfiando mais a língua para que ela se entrelaçasse com a dele, aprofundando cada vez mais o beijo, enquanto as mãos dele passeavam por todo o corpo dela, massageando, friccionando suas costas, nuca, cintura, nádegas , todos os lugares que pertenciam a ele, somente a ele!

No frenesi, ele segurou a cintura de Shirlei e a levantou nos braços, que imediatamente, entendendo bem o recado e abraçou a cintura dele com as pernas. Então foi aí que os dois perderam o controle de vez e Felipe, carregando-a nos braços sem parar de beija-la e sem olhar nem por onde andava, foi andando e esbarrando nos móveis e nas paredes do quarto até chegar perto da porta do banheiro, onde prensou-a contra a parede e enfiando o rosto no pescoço de Shirlei se perdeu ali, deixando inúmeras marcas com mordiscadas, chupões e beijos para aliviar. Para logo em seguida encontrar a porta e empurra-la com a perna, seguindo direto para o chuveiro, que já estava ligado só esperando por eles... na temperatura certa, apesar de que eles... Pareciam estar pegando fogo.

Em um movimento rápido e já todo molhado, Felipe desceu Shirlei, mas se ela pensou estar livre de suas garras... Estava muuuuuuito enganada. O lobo mau estava ainda mais feroz quando, de repente, empurrou-a com o peso do próprio corpo e imprensou-a na parede, segurando seus pulsos, um de cada lado da sua cabeça, enquanto seus lábios percorriam seu corpo molhado, numa tortura sem tamanho. Felipe pediria desculpas depois pelo modo como estava agindo, mas pelo menos agora Shirlei ficaria ciente do desejo animal que ela despertava nele, além do grande e profundo amor. O príncipe que em noite de lua cheia podia virar um lobo mau. Isso daria uma bela história. Mas por agora, Felipe aproveitaria... Quem mandou provocar?

Com a boca entreaberta e a cabeça arqueada para cima, Shirlei tentava a todo custo acompanhar os movimentos de Felipe, mas era impossível, ele estava insaciável. Ainda mais quando, com os próprios dentes, ele abriu o fecho de seu sutiã que ficava pra frente, expondo seus seios sem nenhum pudor e abocanhando-os sem nenhuma piedade, fazendo-a geme e se contorcer. Ela podia pelo menos segurar sua nuca? Não! Ele era cruel! Mas também sabia levá-la ao céu!

Quando, depois de dar toda a atenção ao seus objetos de desejo, ele subiu de novo os lábios até o pescoço dela e mordiscou o queixo, devagar, ele foi soltando os pulsos dela e seus dedos foram se entrelaçando ainda na parede, os nós dos dedos de ambos se esbranquiçando de tanta força que faziam.

– Por favor, príncipe... - Implorou Shirlei sem mais aguentar tanta tortura, ainda mais quando ele começou a beijar e lamber seu ventre. Precisava dele. Precisava senti-lo dentro dela.

Felipe sorriu, malicioso, e voltou a beija-la com sofreguidão. Então com um movimento que nem mesmo Shirlei conseguiu compreender, pois estava bastante absorta em meio as carícias dele, ele a livrou de sua calcinha e se livrou de sua cueca. Então gemendo em meio ao beijos, ele segurou as coxas dela, e içando-a um pouco, encaixou-a de modo que conseguiu entrar dentro dela. A posição não era muito confortável para Shirlei, de modo que ela teve de se segurar no box e na parede lateral, mas ela não se importou e os dois começaram a dança erótica de vai e vem, olhos nos olhos, a água caindo e se misturando com o suor que escorria, os sorrisos de ambos se confundindo com caretas e respirações ofegantes... De vez em quando um beijos trocados com urgência, paixão, desejo... Até que a explosão aconteceu, os corpos tremeram e em questão de minutos, resfolegaram e o cansaço ganhou seus corpos, levando Shirlei a escorregar no corpo de Felipe, sendo abraçada com todo carinho por ele.

– Eu preciso dizer... que te amo? - Felipe perguntou, ofegante.

Mas em vez de responder, Shirlei, segurou o rosto dele e colou os lábios no dele e de um selinho demorado.

– Também te amo, meu... lobo mau. - Ela sussurrou, escondendo o rosto no peito dele, enquanto abraçados os dois se banhavam.

***************************************

A volta pra casa foi uma das coisas mais difíceis para ambos. Quem disse que agora sabiam viver separados? A despedida dos dois no porta da casa de Shirlei foi a mais dolorosa de todas. Parecia que eles nunca mais iam se ver, quando naquele mesmo dia, Felipe prometera uma surpresa, afinal aquele era o décimo primeiro dia. Mas mesmo assim. Ficar longe de Felipe por quatro horas seguidas era demais pra ela. Como era possível ficar tão dependente assim de uma pessoa. E ele sentia a mesma coisa. O beijo do portão foi um daqueles de cinema em que o mocinho segura na mão da mocinha e quando eles se largam, os dois voltam a se beijar umas quatro vezes antes do mocinho ir verdadeiramente embora. Mas por fim, a Peripécia, na verdade, Henrique o esperava para conversar sobre os negócios e ele tinha de trabalhar, então por mais que fosse duro ficar longe de sua princesa, sua realidade era aquela, infelizmente. Então ele foi embora, deixando Shirlei acenando, triste até ver o carro dele desaparecer na próxima esquina.

Foi quando ela se virou para entrar em casa e deu de cara com os olhos de serpente de... Helô. Shirlei arregalou o olhar, mas permaneceu altiva. Não ia se rebaixar para aquelazinha.

– Ora, ora, acabou a lua de mel? Que peninha! Aproveitou? É bom que tenha mesmo! Porque agora você vai começar a viver o inferno, princesinha!


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