Quando o Amor acontece escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 31
Capítulo 31




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Trigésimo Primeiro Capítulo ❣️

No dia seguinte, quando os primeiros raios de sol atravessaram as brechas da cortina da suíte do casal, Shirlei começou a sentir um carinho leve em seu rosto. Era Felipe passando o dedo indicador com todo carinho por sua sobrancelha, depois nariz e por último desenhando sua boca.

– Huuuuuuum - Shirlei gemeu e se espreguiçando, piscou os olhos até eles focalizarem os olhos castanhos de seu namorado, que estavam vidrados nos seus. - Bom dia, príncipe.

Felipe aproximou os lábios dos dela, beijando-a com todo carinho, enquanto acarinhava seu rosto.

– Bom dia, princesa. Cê tá bem?

– Só um pouco dolorida... Mas de um jeito bom. Isso é normal, né?

Felipe esboçou um sorriso terno.

– É normal sim. Bem normal. - Disse, enfático. Depois deu um beijo na ponta do nariz de Shirlei. - E só pra que não reste nenhuma dúvida aí nessa sua cabecinha, mocinha... Você foi perfeita!

Shirlei sorriu e uma lágrima escorreu do seu olho esquerdo, sendo imediatamente enxugada pelo dedo de Felipe, delicadamente.

– E você foi tão gentil e delicado comigo que vai me fazer lembrar dessa noite... Como a melhor noite da minha vida. Eu te amo muito, príncipe!

Felipe fechou os olhos e encostou sua testa na dela, as pontas dos narizes apenas se tocando.

– Eu também te amo muito, princesa. - Murmurou ele, o coração acelerado - Muito mesmo!

Então Felipe encostou seus lábios nos dela, beijando-a. Shirlei correspondeu, capturando seu lábio inferior e abrindo a boca para permitir que a língua de Felipe acariciasse a sua por dentro de sua boca. O resultado disso foi que seus corpos começaram a se reacender de novo. Foi aí que Felipe levou sua mão até os primeiros botões de sua própria camisa que agora quem vestia era Shirlei e se pôs a desabotoa-los, um por um, bem devagar... Shirlei sorriu em meio ao beijo, segurando a nuca de Felipe e sabendo exatamente aonde aquilo iria parar. E ela queria... Queria muito!

Entretanto, quando os beijos de Felipe começaram a descer para o pescoço dela, indo em direção aos seus seios, o toque ensurdecedor do celular de Felipe foi escutado por ambos. Instintivamente, Shirlei tentou empurrar o namorado, que não deu sinal de trégua.

– Huuuum... - Gemeu Shirlei com o pescoço e as costas arqueadas, enquanto Felipe já percorria o abdome dela com os lábios. - P-Príncipe, seu celular tá tocando. - Arquejou ela. - Cê num vai atender...? P-Pode ser importante.

Felipe pausou rapidamente os beijos que já estavam chegando em suas coxas. Tempo suficiente apenas para respondê-la.

– Mais importante do que o que a gente tá fazendo aqui...? Impossível!

Shirlei riu. Mas seu bom senso gritou mais alto e, segurando o rosto dele, ela trouxe os lábios dele de volta até os dela, beijando-o com vontade. Entretanto, Felipe só entendeu a armadilha em que tinha caído quando ela se virou por cima dele e apressadamente, saiu da cama para pegar o celular. Ele ainda esticou o braço numa tentativa de segurar o seu pulso, mas já era tarde demais. Shirlei já havia atingido o seu objetivo.

– Ah não, princesa! Assim não vale! Sabe nem brincar! - Resmungou Felipe, observando sua namorada rindo ao pegar o celular, que estava em cima do frigobar.

– Dez chamadas não atendidas, príncipe. - Shirlei avisou com a testa franzida, mirando o visor do celular. - Todas da sua mãe. - Caminhou em direção ao namorado e se sentou no colo dele, sendo abraçado por ele. - Melhor você retornar. Pode ter acontecido alguma coisa, sei lá.

Felipe deu um beijo no ombro de Shirlei.

– Ou não ter acontecido nada. E a Dona Vitória só está querendo se meter na vida pessoal do filhinho dela, o que é bem mais provável. - Felipe falou com voz amarga.

Shirlei se solidarizou com o namorado e aninhando o rosto dele entre as mãos, tascou um beijo em seus lábios.

– Sabe o que é, príncipe... É que filho tem mania de achar que pai e mãe tem que ser perfeito e nossos pais sempre acham que sabem o que é melhor pra gente, aí o resultado disso é que sai faísca! Mas com conversa e muito carinho tudo se resolve.

Felipe sorriu, fascinado com a namorada e apertando-a nos braços, beijou-a com pressão.

– Huuuuuum... Princesa, você é a melhor coisa que já me aconteceu, sabia? Tô doido pra que a minha mãe também se dê conta disso.

Nesse entremeio, o celular voltou a tocar. E Shirlei mostrou-o para o namorado.

– Talvez o primeiro passo seja atender a ligação dela.

Felipe deu um suspiro profundo, então segurando o celular, atendeu a ligação, olhando fixamente nos olhos da namorada para buscar toda força necessária para aguentar as questões de sua mãe.

– Oi, mãe. Eu tô muito bem. E a senhora como tá? Não, mãe. A Cris não mentiu. Eu tô mesmo em Paris com a Shirlei, minha namorada. Porque eu sabia que se te avisasse, você ia surtar como está fazendo agora nesse exato momento. Não, mãe, eu não estou sendo grosseiro, só estou sendo sincero. E para de ofender a Shirlei! Porque se a senhora não parar, eu vou desligar! Não, mãe, é óbvio que eu não quero falar com a Jéssica! Independente se a gente terminou ou não de uma forma amigável, eu não tenho nada pra falar com ela! Mãe... Mãe... Droga, mãe! Eu juro que tô tentando ter uma conversa civilizada com a senhora, mas tá impossível com a senhora tentando enfiar a Jéssica goela abaixo! Não, mãe, a Shirlei não tá enfiando nada na minha cabeça, pelo contrário, eu só liguei pra senhora porque ela me pediu, senão... Para de ofender a Shirlei! Ah, quer saber, tchau, mãe! - Felipe exclamou, enfurecido, e desligou na cara de Vitória.

Vendo o estado do namorado, Shirlei o abraçou forte, quase se arrependendo do que havia pedido.

– Desculpa, príncipe, se eu soubesse que... Desculpa...

Felipe apertou a namorada mais forte.

– Eu é que devia te pedir, princesa... Ele falou com o rosto escondido no pescoço dela - Você não tem ideia do jeito como a minha mãe se referiu a você... E a Jéssica lá com ela... No mínimo enchendo mais a cabeça dela!

Shirlei levantou a cabeça e aninhou o rosto dele entre as mãos.

– Príncipe, melhor a gente esquecer isso... Tava tão bom. Num vamos estragar o nosso dia... Além disso, que horas que a gente vai descer pra comer? Tô com fome. - Shirlei falou essa última frase com um jeito quase infantil.

Felipe não se aguentou e soltou uma risada, que estava presa na sua garganta.

– Ai, princesa, só você mesmo pra me fazer rir numa hora dessas. Tá vendo como você é...? Uma namorada companheira, que me bota sempre pra cima, alto astral... Como eu fui demorar tanto tempo pra encontrar você, heim, mocinha?! - Felipe questionou, finalizando com dois beijos estalados nos lábios da namorada, que sorriu.

– Você também, príncipe, só me faz bem...

Felipe sorriu com os olhos. Eram poucas as palavras que escutava de sua namorada, mas como eram significativas! Ele sentia no fundo de seu coração.

– Bom, princesa, nós temos duas opções... A primeira é a gente se vestir bem rapidinho e descer pra tomar o café da manhã do Hotel, lá embaixo. E a segunda... - Felipe pausou e começou a desabotoar bem devagar os botões da camisa que ela usava, sem tirar os olhos dela, agora com um toque de malícia. - É a gente continuar o que a gente foi interrompido, com o maldito telefonema da minha querida mamãe, aí depois a gente liga para a cozinha do hotel e pede um café da manhã bem caprichado pra comer aqui mesmo... Na cama.

Shirlei sorriu, então olhou para a mão dele que desabotoava sua camisa e de volta para ele, que a encarava.

– Suponho que desabotoando a minha camisa como você está fazendo, o senhor esteja me persuadindo a escolher a segunda opção, né?

Felipe sorriu de lado.

– Não... Claro que não. - Falou com uma pitada de cinismo. - Mas digamos que a segunda opção seja bem mais interessante.

A essa altura, Felipe já tinha chegado ao último botão da camisa e já deslizava suas mangas pelos ombros de Shirlei.

– E a sua? Qual a sua opção? - Shirlei provocou, a voz já querendo falhar.

– Huuuuuum, deixe me ver aqui... - Ele foi falando, enquanto segurava a nuca dela e a posicionava deitada na cama. Depois ele mesmo se colocou em cima dela, apoiando-se nos cotovelos. - Já sei. Eu escolho você... De café da manhã. - Concluiu com a voz rouca e levou os lábios até os dela, beijando-a com loucura, enquanto suas mãos começavam a explorar o corpo de Shirlei, que correspondia a cada investida.

Em resposta, Shirlei levou as mãos até as costas nuas dele, cravando suas unhas de tempos em tempos. E dessa vez, Felipe nem precisou preparar Shirlei para ele, pois ela já se encontrava prontinha para recebê-lo. Então seus corpos se uniram e dessa vez, Shirlei percebeu que não houve mais dor, pelo contrário, parecia que a medida que a coisa ia acontecendo, o prazer se sobrepunha a dor. Portanto, se sentiu preparada para começar a experimentar novas experiências.

Algum tempo depois, os dois terminaram dentro de uma banheira repleta de espuma e pétalas de rosas vermelhas. Felipe encostado na banheira com Shirlei no meio de suas pernas, apoiada com as costas em seu peito, os cabelos amarrados em um coque.

– Abre a mão, princesa. - Pediu Felipe, rente ao ouvido de Shirlei.

Shirlei virou o rosto, os lábios tocando os lábios de Felipe.

– Abrir a mão? Num entendi...

Felipe beijou os lábios da namorada.

– Só abre. Confia em mim.

Shirlei sorriu e obedientemente, abriu a mão com a palma pra cima. Foi aí que Felipe esticou o braço, e pegando sua calça, que estava jogada no chão, retirou de lá um objeto pequeno, que depositou na mão de Shirlei.

– Seu berloque do décimo dia. - Explicou ele. - Achei que tinha tudo a ver, né? Porque depois de ontem nossos corações e corpos estão ligados pra sempre.

Shirlei pegou o berloque e sorriu encantada. Tratava-se de dois corações entrelaçados.

– Quando eu acho que você não vai mais conseguir me surpreender aí você vem e... Príncipe, como você faz isso? Como consegue ser tão perfeito?

Felipe sorriu com ternura e capturando os lábios dela, beijou-a, com sua língua acariciando a dela.

Depois disso, já enxutos e vestidos, os dois voltaram para o quarto. Shirlei estava vestida com a camisa de Felipe e ele trajava sua calça de moletom cinza.

A comida tinha chegado e os dois com a fome que estavam, devoraram tudo em questão de minutos. Por fim, Felipe teve uma ideia... Levantou e ajeitou as cobertas na cama, então pediu que Shirlei se acomodasse. Depois disso, ele foi até a TV e depois de ligá-la em um filme, voltou para cama e aconchegou a namorada em seus braços.

– Lembra? Tô te devendo um filminho...

Shirlei sorriu, feliz, e depois de dar um beijo na bochecha do namorado, se concentrou no filme que começava...


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