Quando o Amor acontece escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 16
Capítulo 16




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Décimo Sexto Capítulo ❣

– Eu nem acredito que você tá aqui, sabia? - Felipe disse, apertando Shirlei uma vez mais em seus braços. Eles estavam sentados na areia. Shirlei estava entre as pernas dele, com as costas apoiadas em seu peito. E Felipe enlaçava sua cintura, enquanto seu queixo se apoiava no ombro Dela. - Tive tanto medo que você não viesse. - Felipe acrescentou, enquanto aspirava todo o perfume do pescoço de Shirlei, provocando-lhe um arrepio gostoso. - Eu tô tão feliz por você ter decidido aceitar a proposta.

Shirlei recebeu o abraço, apertando os braços de Felipe, que a abraçavam. E virando o rosto em direção a ele, sorriu.

– Eu também. Tô muito feliz.

Ele retribuiu o sorriso e aproveitando, segurou o queixo Dela entre o polegar e o indicador e capturou os lábios Dela para um beijo apaixonado.

– Hmmm tá tão bom, mas tá ficando tarde. - Shirlei disse, quando o beijo cessou. - E você não vai querer se indispor com a Dona Francesca logo no primeiro dia, vai?

Felipe negou com a cabeça.

– Não. De jeito nenhum. Quero conquistar a sogrinha logo de cara. Vai que eu precise, né? - Subiu uma sobrancelha e deu um sorriso malicioso.

Shirlei entendeu o recado e se afastando dele, colocou as mãos na cintura, fingindo ter ficado chateada.

– Mas olha, como é danadinho!

– Danadinho é? - Felipe perguntou e dando uma risada, segurou o quadril de Shirlei, puxando-a para si. Ela segurou seu rosto entre as mãos, sorrindo. - Você ainda não viu nada, mocinha. - E os dois recomeçaram mais uma vez o beijo, só que dessa vez, Felipe foi mais voraz, deixando-a quase sem fôlego. As mãos apertando as costas nuas de Shirlei com uma vontade arrebatadora. Quis mesmo mostrar o que ela estava perdendo.

– Hmmmm, Felipe! - Protestou Shirlei, empurrando o namorado com as mãos em seu tórax.

Envergonhado com a atitude, Felipe soltou-a, os lábios se desgrudando em um estalo.

– Desculpa, Shirlei, eu não sei o que deu em mim... - Felipe pediu, passando a mão na nuca, ruborizado. - Mas é que você é tão... - Eram tantos adjetivos que ele poderia dizer naquele momento que ele achou melhor nem começar. - Droga, Shirlei, não fica com medo de mim, por favor?! - Felipe implorou, com as mãos juntas em sinal de prece. - Eu prometo que não vai mais acontecer.

Shirlei ficou tão sensibilizada com a preocupação de Felipe, que chegando perto dele, segurou o rosto dele entre as mãos e atraiu seu olhar para ela.

– Fica tranquilo, Felipe, eu não fiquei com medo de você... - engoliu a seco - Acho que eu fiquei com medo de mim.

Os lábios de Felipe se inclinaram num meio sorriso de lado. Então ele passou o dedo indicador desde a testa até a ponta do nariz Dela, fazendo-a sorrir.

– Onde é que você tava esse tempo todo? - Felipe murmurou, os olhos percorrendo as linhas do rosto de Shirlei, fascinado.

– Por aí, mas agora eu tô bem aqui. Aqui! - ela respondeu passando o dedo com carinho em uma das sobrancelhas dele, como que desenhando-a.

– Shirlei, agora que você tá aqui, eu não vou deixar você escapar. Eu juro pra você. - Felipe falou sério.

Shirlei chegou mais perto e encostou a ponta de seu nariz na dele.

– Então não deixa. - Sussurrou e ela mesma capturou o lábio inferior dele, beijando-o sem pressa, com carinho. Os corações deles começaram a bater no mesmo compasso. Felipe puxou-a para o seu colo, mas não se atreveu a aprofundar o beijo. Sabia das consequências do que viria se fizesse isso, então, em vez disso, ele a abraçou com seus braços grandes, abarcando todo o pequeno corpo de Shirlei, seu rosto escondido no pescoço Dela, absorvendo todo o perfume. Precisava daquilo para se lembrar ao dormir sozinho naquela noite.

Depois disso, Felipe se levantou e esticando os braços, ofereceu as mãos para ajudar sua amada a se levantar também.

– Vem, vamos embora, antes que eu não consiga sair daqui nunca mais. - Felipe comentou, com uma pitada de humor.

Shirlei sorriu. Então os dois se dirigiram até o carro abraçados. Felipe com o braço ao redor dos ombros de Shirlei, enquanto a mesma enlaçava sua cintura.

Chegando no carro, Felipe teve de dar duas batidas no vidro para que Henrique destravasse as portas. Então ele abriu primeiro a porta de trás para namorada, dando um beijo em seus lábios antes que ela entrasse. Depois ele sentou no banco do passageiro, colocando o cinto.

– Desculpa aí a demora, cara! - Felipe pediu para Henrique, que bocejou e se espreguiçou, ao mesmo tempo que voltava seu banco para o lugar.

– Cara, eu tava num sono aqui tão profundo que nem me liguei que tava na praia esperando por vocês. - Henrique respondeu, ligando o carro. - Mas fala aí, tá felizinho agora?

Shirlei se aproximou do banco de Felipe e colocou a mão no tórax dele. Felipe segurou a mão Dela e tascou um beijo, entrelaçando seus dedos nos Dela.

– Demais. - Virou o rosto para Shirlei e sorriu para ela - Muito feliz.

Henrique sorriu, dividindo com Felipe sua felicidade.

Algumas horas depois, o carro de Henrique estacionou em frente à casa de Shirlei. Felipe retirou o cinto.

– Henrique, me dá só um minutinho que eu vou deixar a Shirlei na porta e já volto. - Felipe avisou, já abrindo a porta para sair.

– Um minutinho??? Igual ao minutinho lá da praia? Melhor eu deitar o banco de novo. - Resmungou Henrique para si mesmo, pois Felipe e Shirlei já tinham saído do carro.

Quando Felipe e Shirlei chegaram em frente à porta, de surpresa, Felipe esticou o braço e enlaçou a cintura de Shirlei, puxando-a para si. Shirlei segurou os ombros de Felipe.

– Te ligo pra te dá boa noite. - Felipe disse, manhoso.

– Vou ficar esperando, ansiosa. - Shirlei respondeu e sorriu, os olhos brilhando.

– Queria te levar comigo. - Felipe disse, um sorriso malicioso.

– Quem sabe um dia... - Shirlei fez uma promessa.

Felipe compreendeu e pressionando seus lábios nos Dela, beijou-a com todo amor, finalizando com três beijos estalados e um fungado no pescoço.

– A gente se vê amanhã, princesa. - Ele disse e segurando a mão Dela, deu um beijo, tal qual um príncipe, enquanto devagar foi soltando, sem tirar um só segundo os olhos dos Dela, saindo de costas.

Sorrindo Shirlei acenou e soltou um beijo. Depois abriu a porta, com a sensação de flutuar e fechou-a atras de si. Mas por alguns segundos permaneceu ainda encostada com as costas na porta, sorrindo como uma boba, tocando com os dedos em seus lábios e rememorando cada beijo e cada carinho trocado com Felipe. Estava feliz como nunca havia se sentido na vida. Disso tinha absoluta certeza. Será que isso era o que denominavam amor? Ficou se perguntando, agora correndo escada acima em direção ao quarto.

*****************************

– Ai, que susto, Carmela! - Shirlei exclamou com mão espalmada no peito, quando ao entrar no quarto bem caladinha, sua irmã acendeu o abajur.

– Shirloca, isso é hora de chegar?! - Carmela perguntou, a expressão desconfiada, olhando-a de cima a baixo. - E essa roupa? O Adônis sabe que você anda saindo assim?

Shirlei deu um suspiro profundo e já se despindo, respondeu:

– Carmela, é melhor que você seja a primeira a saber que... o Adônis e eu... a gente deu um tempo.

Carmela arregalou os olhos e quase caiu da cama com a notícia.

– Como assim vocês deram um tempo?

Shirlei abriu o armário, buscando um camisola, enquanto respondia.

– A gente resolveu que... Assim seria melhor pra gente repensar se a gente estava mesmo preparado para seguir adiante com o casamento.

– E o Adônis aceitou assim? Sem questionar, sem nada?

– É, ele... aceitou sim. - Shirlei mentiu. Só ela sabia o quanto foi difícil escutá-lo ao telefone extremamente revoltado e choroso.

Shirlei terminou de vestir a camisola e deitou na cama se enfiando debaixo dos lençóis. Queria finalizar o assunto, mas Carmela não parecia ter a mesma vontade.

– Foi por causa do Felipe?

O coração de Shirlei deu um salto. Ela se sentou na cama e abraçou os joelhos.

– Claro que não, Carmela. O Felipe é só um... amigo. Só isso. Agora vamos dormir que já tá tarde?!

– Amigo, Shirlei? Pra cima de mim? O Felipe é tudo menos seu amigo, né? Porque não é de hoje que eu percebo o jeito como vocês se olham...

– Carmela, você tá viajando... - Shirlei se defendia, mas já nem sabia o que dizer mais.

– O que eu acho engraçado, Shirlei, é que você tá fazendo exatamente o que o Danilo fez com você... Será que não doeu o bastante pra você não querer repetir com alguém o mesmo que te aconteceu?

Shirlei arregalou os olhos, estupefata. Um arrepio sinistro atravessou-lhe a espinha de ponta a ponta. E lágrimas começaram a se formar em seus olhos.

– Como... como.... Como você soube disso? Como você sabe sobre o Danilo?

Carmela deu um sorriso maléfico.

– Esqueceu que eu era a melhor amiga da irmã dele? Ela me contou, Shirloca.

A respiração de Shirlei se tornou ofegante e pegando o celular, ela saiu correndo do quarto, descendo as escadas, chorando.

Chegando no andar de baixo, Shirlei se recostou em um pilar e abraçando os joelhos, permitiu que as lágrimas molhassem sua face e os soluços viessem com a dor que sentiu. Mas foi nesse momento que o seu celular vibrou. Olhou no visor. Era Felipe. Pensou duas vezes antes de atender. Mas enxugando as lágrimas e respirando fundo, atendeu, tentando aparentar estar bem.

– Oi, Felipe. - Disse, a voz embargada.

– Oi, princesa. Que voz é essa? - Felipe perguntou com o tom de voz preocupado.

– Nada... Acho que já é voz de sono. Não se preocupe.

Um silêncio se fez do outro lado da linha. Então de repente...

– Chego aí em vinte minutos. - Felipe disse, sério.

– Não, Felipe, não precisa se preocupar... - Mas já era tarde demais, Felipe já havia desligado.

Vinte minutos depois, como prometido, Felipe mandou uma mensagem no celular de Shirlei, avisando que estava na porta, esperando por ela.

Devagar, para que ninguém desconfiasse, Shirlei abriu a porta e saiu, recebendo dez Felipe um abraço reconfortante é um beijo no alto da cabeça.

– Agora me conta. Por que tá chorando? E não adianta me dizer que é sono.

Shirlei suspirou e as lágrimas voltaram aos seus olhos. Felipe as enxugou com os dedos.

– Porque a Carmela me disse que eu estava fazendo o mesmo que o Danilo fez comigo. Acho que ela desconfiou da gente...

Felipe fechou a cara.

– Mas eu pensei que nenhuma das suas irmãs sabia dessa história do seu ex e... enfim, isso não vem ao caso. - Felipe segurou o rosto de Shirlei entre as mãos - Princesa, olha pra mim. - Shirlei levantou o olhar que se encontrou com o dele - O nosso caso é completamente diferente do daquele canalha. Nas duas vezes que a gente se beijou foi porque a gente não resistiu, não foi pra magoar ninguém, nem pra satisfazer algum tipo de egoísmo... E agora você pediu um tempo para o seu noivo, você tá livre pra viver o que você quiser... Não se sinta culpada por isso. Não se sinta culpada por sentir o que você sente por causa de algumas palavras de alguém que não faz a menor ideia do que a gente tá vivendo... Por favor, princesa.

Shirlei sorriu em meio às lágrimas.

– Desculpa. Eu vou tentar ser mais forte. Eu prometo.

Felipe beijou o rosto Dela, onde havia lágrimas.

– Precisa se desculpar não, princesa. Sei bem como vai ser difícil esses primeiros dias pra você, afinal, você terminou um noivado de cinco anos. Mas eu quero que você saiba que você pode chorar na minha frente porque eu faço questão de enxugar suas lágrimas.

O coração de Shirlei esquentou com aquelas palavras.

– Obrigada, Felipe. Eu vou me lembrar disso. E sabe o que eu tô pensando?

– O quê? - Felipe fez uma carinha sapeca.

– Que se no primeiro dia você já está assim ganhando tantos pontos comigo, acho que não vai ser tão difícil me conquistar nesses quinze dias não.

Felipe franziu a testa com ar de mistério.

– Mas quem disse pra você que o jogo começou...? Shirlei, o primeiro dia só começa quando você receber uma encomenda amanhã.

– Que encomenda? - Shirlei perguntou, os olhos brilhando de curiosidade.

– Surpresa, princesa. E pode ir se acostumando porque todos os dias você terá uma. Agora... eu vou indo... boa noite e... sonha comigo?

– Impossível não sonhar. - Ela respondeu e ele ficou tão feliz com a resposta, que, enlaçando sua cintura, elevou-a nos braços, tirando os pés Dela do chão e beijou-a com paixão.

*********************************

No dia seguinte, Shirlei estava na Cantina limpando o balcão, quando sentiu dois braços enlaçando sua cintura por trás é um beijo em seu pescoço.

Ela se virou, recebendo um beijo nos lábios, que a fez se afastar rapidamente, envergonhada.

– Felipe, aqui não!

– Bom dia pra você também, princesa. - Ele respondeu em tom de brincadeira.

– Bom dia, Felipe. Mas é que aqui é meu local de trabalho. Além disso, a Larissa trabalha aqui e pode ver a gente.

Felipe logo lembrou de Larissa e compreendeu o drama da namorada.

– Tá certo. Vou tentar me comportar. O que não me impede de ser um cliente como outro qualquer, né?

Shirlei sorriu, desconfiada.

– É, Felipe. - Pegou o bloquinho e a caneta e se preparou para anotar, sabendo que aí tinha. - O que o meu cliente favorito vai querer?

Felipe sorriu, malicioso. Então chegando bem perto Dela, colocou uma mecha de cabelo atras da orelha Dela e sussurrou, os lábios roçando em sua orelha.

– Você, princesa.

Shirlei fechou os olhos ao sentir um arrepio.

– Prefere aqui ou levar pra viagem? - Ela também sabia provocar.

– Tem essa opção, é? - Felipe arqueou uma sobrancelha e seu sorriso foi de parar o trânsito.

Shirlei se derreteu inteira, mas conseguiu se recompor.

– Felipe, por favor, depois a gente conversa sobre isso, pode ser? Porque agora mesmo eu estou em horário de trabalho...

– Tá certo, maaaaas eu vou querer um beijinho de despedida...

Shirlei olhou para o lado da cozinha para ver se vinha alguém, depois para o portão de entrada. Nada. Nenhuma Alma.

– Tá certo. Mas um bem rapidinho. E você vai embora. Promete?

Felipe assentiu com a cabeça. Então Shirlei encostou os lábios nos dele bem devagar, só que Felipe não conformado, segurou sua cintura e deitando-a em seus braços, deu um beijo nela de tirar o fôlego. Ela riu em meio ao beijo.

– Huuuuum Felipe, seu louco!

– Tenha um ótimo dia, princesa. A gente se vê mais tarde. - Felipe disse quando levantou Shirlei, deixando-a toda descabelada e com os lábios machucados pelo beijo.

Depois disso, ele foi embora e dois minutos depois, Larissa apareceu. Essa foi por pouco! Muito pouco!

***************************************

Bem mais tarde, ao final do expediente, Shirlei chegou em casa exausta. Sua mãe estava na sala, assistindo TV e se virou quando a viu entrar.

– Filha, chegou uma encomenda pra você. Deixei lá em cima no seu quarto. - Francesca avisou e Shirlei logo lembrou do que Felipe havia dito. Ela correu escada acima para ver do que se tratava. Estava muito curiosa.

Chegando lá, em cima da cama, havia um pacote de tamanho médio e uma rosa vermelha com um bilhete acoplado a ela. Sentou na cama, pegou a rosa, aspirou o perfume, sorrindo. e se pôs a ler o bilhete que dizia: " Primeiro dia, princesa! Abra o pacote. Espero que sirva. Passo aí as 20:00 pra te pegar. Beijos, Felipe"

Franzindo a testa, Shirlei começou a desembrulhar o pacote. Quando terminou, seus olhos mal podiam acreditar no que estavam vendo. Era um vestido. O mais lindo que ela já tinha visto na vida. De cor azul água, preso do busto ao pescoço com as costas nuas, o resto ficava solto e esvoaçante em um tecido extremamente delicado.

Achou que para combinar e para surpreender Felipe deveria caprichar na maquiagem e cabelo e foi exatamente o que fez, passando horas... caprichando mesmo. Por fim, ficou lindíssima.

Eram 20:05 quando Shirlei abriu a porta de sua casa, saindo para esperar Felipe, que chegou cinco minutos depois. Ele estava vestindo com um conjunto de calça e terno alinhado azul escuro com gravata de mesma cor e camisa branca por dentro. Estava estonteante. Desceu do carro e aí se deparar com Shirlei, seu coração foi parar na boca.

– Caramba, Princesa, você... você... você... Tá maravilhosa! - Ele exclamou e segurando o queixo Dela entre o polegar e o indicador, tascou um beijo em seu lábios com toda delicadeza para não borrar sua maquiagem.

Shirlei sorriu.

– Você também tá tão lindo.

Felipe sorriu todo fofo. Então segurando a mão Dela, entrelaçou seus dedos aos Dela e conduziu-a até o carro. Depois abriu a porta para que ela entrasse. Para em seguida, voltar para o banco do motorista.

– Posso saber pra onde a gente vai? - Shirlei quis saber, curiosa e apressada.

– Ainda não. Mas antes... Eu queria te dá isso... - Felipe abriu uma caixinha, onde havia uma pulseira extremamente delicada de ouro branco.

Os olhos de Shirlei brilharam.

– Nossa, Felipe, que coisa linda.

– Posso? - Felipe se ofereceu para colocar a pulseira no pulso de Shirlei.

– Claro. - Shirlei concordou, mostrando o pulso para ele, que com todo cuidado, amarrou a pulseira ao redor de seu pulso, finalizando com um beijinho singelo nela. - Felipe, não precisava...

– Ainda tem mais, princesa... Mas você só vai entender mais tarde. Vamos?

Shirlei franziu a testa. Mas assentindo com a cabeça, fez um carinho no rosto dele.

– Vamos sim.

Felipe sorriu e dando partida no carro, seguiu rumo ao seu destino.

O destino era um prédio muito alto que ficava a Oeste de São Paulo. Descendo do carro, Felipe abriu a porta de Shirlei e segurando sua mão a conduziu para que eles entrassem naquele lugar.

– Que lugar é esse Felipe? - A curiosidade matando Shirlei a cada segundo.

– Você já vai saber, princesa. - Felipe respondeu, evasivo, piscando um olho para namorada.

Ainda segurando na mão de Shirlei com os dedos entrelaçados, Felipe a conduziu até um elevador. Lá ele apertou botão do último andar. E Shirlei começou a ficar um pouco tensa, olhando os números através do visor. Foi aí que Felipe achou que deveria tomar uma providência, então segurando o quadril da namorada, imprensou-a contra o espelho do elevador com o peso do próprio corpo. Shirlei ficou assustada.

– Fe-felipe, o que cê tá fazendo?

– Relaxando um pouco a minha namorada.

Shirlei arregalou o olhar, mas antes que pudesse entender o que Felipe queria dizer com aquilo, sentiu quando ele segurou seu rosto entre as mãos e capturou seus lábios, beijando-a com sofreguidão. Seu corpo se esfregando no seu, em um frisson que a deixou atordoada.

Quando a porta do elevador abriu, Felipe a soltou como se nada tivesse acontecido e segurando sua mão a conduziu para fora. O batom de Shirlei já era. Suas pernas também. Aliás, onde elas estavam quando mais ela precisava delas para andar?

Cinco minutos depois, Shirlei conseguiu se recompor e lá estava ele... A surpresa... Grande e imponente. Algo que Shirlei só tinha visto no céu. Ela sorriu de canto a canto da orelha.

– Então, pronta pra voar, princesa? - Felipe ofereceu a mão para que ela segurasse.

Shirlei segurou a mão dele com uma mão, pois a outra segurava o vestido que voava pelo vento que a hélice do helicóptero produzia.

– Com você? Com certeza. Mas pra onde a gente vai?

– Acho que você ainda não percebeu que esse tipo de pergunta, eu não respondo, né?

Ela revirou os olhos, sorrindo. E antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele segurou a cintura Dela e erguendo-a com facilidade, ajudou-a a entrar no helicóptero. Depois ele mesmo entrou e se sentou ao lado dela.

– Toma, coloca esse fones para proteger seus ouvidos - Entregou uns fones bem grandes, que Shirlei tratou logo de posicionar nos ouvidos - e aperte bem os cintos, princesa.

Shirlei apertou, mas não conseguiu fazer muita força, então Felipe se intromete e puxou o cinto Dela com força, ajeitando com todo carinho.

– Obrigada.

– De nada. - Ele respondeu, rouco, olhando para ela com fascínio.

– Tudo pronto aí? - O piloto quis saber.

Felipe respondeu com o polegar levantado, então o Helicóptero levantou vôo.

Já no ar, Shirlei olhava para o lado de fora através da janela, fascinada. Os olhos brilhando, com um sorriso quase infantil. Felipe sentiu uma felicidade fora do normal.

– Shirlei?

Shirlei virou o rosto em direção a ele. E Felipe enfiou a mão dentro do bolso, retirando de lá algo que ficou escondido dentro de sua mão fechada.

– Essa é a segunda parte do presente.

Shirlei franziu a testa, estranhando. Então ele abriu a mão e seus olhos sorriram.

– Felipe!!!

Era um berloque em forma de helicóptero.

– Cada dia dos quinze você receberá um berloque correspondente, hoje você vai ter um passeio de helicóptero que te levará a um restaurante, então... amanhã... Virá outra surpresa com outro berloque. Posso colocar?

Shirlei esticou o braço e Felipe prendeu o berloque de helicóptero na pulseira. Depois sorriu para ela, apaixonado. Nesse momento, para agradecer, Shirlei retirou o cinto. Felipe arregalou o olhar e quase ia reclamar se não fosse ela ter pulado em seu colo para beijá-lo com ardor.


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