Out Of The Woods... escrita por Day Alves


Capítulo 29
Ela fez xixi nas calças?


Notas iniciais do capítulo

Oii Tributos! Tudo bem? Espero que sim. Quem está atrasada? Eu mesma. Gente, eu preciso muito me desculpar com vocês, sei que estou super atrasada e acreditem, custei a arrumar um tempinho pra postar agora e eu ainda tenho que estudar para uma prova que vou fazer amanhã. Tá muito puxado pra mim.

Eu vou tentar continuar com aquilo de postar duas vezes na semana, mas se não der, vai ter que ser só uma mesmo, eu sinto muito, mas realmente estou com medo de ficar sem ter o que postar pra vocês e então, eu postando só uma vez fica mais fácil, mas isso não quer dizer nada, se em uma semana eu estiver menos ocupada eu posso postar dois capítulos normalmente. Vou fazer o possível para não atrasar com vocês. ❤️

Obrigada pela compreensão desde já.

Boa Leitura!❤️



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Os dias passam rápido depois da chegada da dubla “dinâmica” no Distrito. Vênia e Octavia vem todos os dias aqui para casa e ficam aqui por horas e horas, quase sempre temos a companhia de Effie, Annie e as vezes, até mesmo Johanna. Uma coisa interessante que Octavia me disse é que ela não sabe o sexo do bebê, pois é, ela disse que quer ser surpresa. Acho isso muito legal, mas no meu lugar a curiosidade e ansiedade falariam mais alto.

Saio pela porta da frente rumo a casa de Vênia e Octavia, nós decidimos ter uma “noite das garotas” e deixamos as crianças com os rapazes. Agora tentem imaginar Peeta, Haymitch e Gale cuidando de quatro crianças juntos. Sim, Finn ficou com eles também. Entro na casa de Vênia sem bater mesmo e vejo que todas estão sentadas no sofá assistindo a algum filme e comendo pipoca, até mesmo minha mãe e Johanna.

— Atrasada? – Perguntei.

— Muito, o padeiro tava te dando trabalho? – Vênia perguntou maliciosamente.

— Na verdade era o mini padeiro. – Digo sorrindo e me sentando no chão ao lado de Annie. — Rye ficou bem mais grudado em nós depois do... vocês sabem.

Ninguém disse nada, eu também não rendi muito assunto, falar sobre aquele dia horrível ainda causa um arrepio em minha espinha e um aperto em meu peito. Terminamos de assistir o filme e fomos para a cozinha repor nosso estoque de comidas e bebidas, eu voltei para a sala colocando as coisas na mesa junto de Annie e Johanna.

— Por que estamos aqui mesmo? – Johanna perguntou.

— Octavia e Vênia nos convidou. – Annie respondeu.

— Isso aqui está muito chato, eu preferia estar em casa colocando meu filho para dormir e fazendo coisas mais interessantes depois. – Ela diz e depois levanta seu olhar para nós. — Se é que as duas virgens me entendem.

— Não somos virgens. – Digo colocando pipoca na boca.

— Hum, já consegue falar isso sem corar? – Johanna debocha. — O que Peeta anda fazendo com você?

— Nem queira saber. – Entro no jogo dando um sorriso malicioso.

— Ah meu Deus! – Ouço a voz de Octavia exclamar com desespero e nós três nos viramos para a porta onde ela estava parada. Não tinha nada de anormal, a não ser por suas pernas meio abertas e um liquido molhando o chão.

— Ela fez xixi nas calças? – Vênia pergunta entrando na sala.

— Eu acho que não. – Murmuro audivelmente.

— MINHA BOLSA EXTOUROU! – Octavia grita, alto o suficiente para fazer minha mãe vir correndo para a sala e nós a colocarmos no sofá.

Depois disso tudo o que eu ouvia eram gritos e mais gritos.

— Mãe, você precisa dar um jeito de leva-la ao hospital. – Digo começando a sentir minhas mãos tremulas.

— Não dá, a criança já vai nascer. – Minha mãe diz. Pouco depois da bolsa estourar, conseguimos levar Octavia para o quarto e ela tomou um banho, eu pensei que isso fosse fazê-la relaxar e melhorar suas dores, mas vendo como seu corpo está suado agora, sinto que eu estava errada. — Annie traga mais panos.

Tudo agora estava muito agitado. Johanna estava parada ao meu lado, nenhuma de nós duas tinha reação, Effie estava emocionada ao lado de Vênia e Annie era a única mentalmente capacitada para ajudar minha mãe.

— Vamos lá Octavia, vamos fazer isso dar certo, ok? — Minha mãe disse para ela, e em um momento, tudo estava pronto para um parto de última hora. Eu sentia minhas pernas tremerem e minha boca seca. Jesus, eu iria desmaiar a qualquer momento. Juntei o resto de minhas forças e caminhei rumo a porta quando a voz de Octavia me fez parar.

— Katniss! – Virei-me para ela que me encarava suplicante. — Fica, por favor!

Congelei no lugar. Tá brincando comigo né? Olhei desesperada para minha mãe e ela apenas assentiu com a cabeça. Octavia estendeu sua mão para mim e eu me sentei em uma cadeira ao lado da cama segurando firme em sua mão. “Ela é uma amiga que precisa de apoio moral” eu repetia essa frase em minha mente como se isso fosse fazer com que minha ansiedade e meu nervosismo passassem. Vi Vênia sair do quarto no mesmo momento em que Octavia apertou mais forte minha mão e deu um alto gemido de dor. Eu passei por isso? Tem certeza? Não, eu provavelmente teria morrido durante o parto, não sou forte o bastante. Mas, Rye parece muito com Peeta para ter sido adotado, e no entanto, seus cabelos parecem tanto com os meus. Saio de meus devaneios quando Octavia dá mais um grito. Mexo-me desconfortável na cadeira, sem saber o que fazer. Deixar que ela aperte minha mãe é o suficiente? Vênia entra novamente no quarto, vejo que todos estão muito tensos.

— Vamoa lá Octavia, estou vendo a cabecinha! – Minha mãe diz, levemente empolgada. “Está tudo bem... já está acabando” começo a repetir essa nova frase em minha cabeça. Os minutos ou as horas passam, as lamurias são as mesmas e quando eu penso que vou desistir e sair desse quarto de vez, eu ouço o choro do bebê. Abro os olhos que até então estavam fechados, alheios de tudo que acontecia ao redor e olhei para o bebê nos braços de minha mãe, encarei o rosto de Octavia e vi um largo sorriso em seu rosto ainda banhado de suor e lágrimas. Ela conseguiu. Sem que eu percebesse lágrimas involuntárias começaram e sair de meus olhos e quando ouvi alguém fungar atrás de mim, percebi que eu não era a única a estar emocionada com a cena. E apesar de parecer um pensamento egoísta dada a hora, tudo o que se passava pela minha mente era “Como eu queria me lembrar desse momento quando ele aconteceu comigo.”.

 

Passo os dedos indicadores nas têmporas e fecho os olhos sentindo minha cabeça latejar, ouço passos na escada e logo o cheiro do perfume de Peeta invade minhas narinas, dando-me uma sensação gostosa de conforto.

— Como você está? – Ele pergunta vindo atrás de mim e depositando um beijo em minha cabeça, enquanto suas mãos acariciam meus ombros.

— Ainda tentando me recuperar do susto. – Digo cruzando os braços sobre a mesa.

Peeta serve duas xícaras de chá e as coloca sobre a mesa sentando-se ao meu lado e me puxando para seu colo em seguida.

— Imagino que deve ter sido desesperador para você. – Ele beija meu ombro e bebe um pouco do seu chá sem açúcar enquanto eu adoço o meu.

— Foi muito desesperador. – Concordo.

— E como Octavia está? – Ele pergunta.

— Ela está bem, ao menos estava quando saiu daqui. Segundo minha mãe o parto foi rápido e tranquilo. Eu particularmente não vi nenhuma tranquilidade nos gritos de Octavia, nem no jeito que ela apertou minha mão. – Digo.

— Fala isso porque não se lembra de quando foi dar à luz a Rye. – Peeta sorri ingenuamente. — Você não gritou tanto, mas minha mão ficou dolorida por uns dias.

— Eu fiquei imaginando isso mesmo. – Sorrio tristemente. — Queria tanto me lembrar!

— Ei, você vai se lembrar. – Peeta vira meu rosto e nossos narizes se tocam. — Você vai se lembrar de tudo.

— E se não? – Pergunto.

— Se não, eu prometo passar todos os dias que forem precisos contando para você como foi, cada coisa nos mínimos detalhes. – Ele diz.

— Tudo fica tão confuso as vezes. – Digo sentindo lágrimas em meus olhos. — Sinto falta de Prim, queria tanto que ela estivesse aqui. Ela provavelmente iria adorar ter um sobrinho. – Digo, sinto uma lágrima rolar por minha bochecha, mas ainda assim sorrio. — Ela com certeza iria dizer que ele puxou os olhos dela. Apesar de todos sabermos que ele tem seus olhos.

— Sim, Prim ficaria muito feliz. Mas você não pode se esquecer que ela está assistindo tudo isso de onde ela estiver agora. E tenho certeza que ela deve estar sorrindo e dizendo, “Mas é claro que ele tem meus olhos”. – Peeta diz e eu sorrio deixando mais lágrimas caírem.

— Acredita mesmo nisso?

— Preciso acreditar Katniss. Preciso ter a esperança de que todos os que morreram podem nos ver agora. Por que eu preciso acreditar que Finnick ouviu o Finn falar “Eu amo meu papai”, como ele disse hoje. – Percebo que os olhos de Peeta ficam cheios de lágrimas quando ele fala. — Preciso acreditar que meu pai está me vendo de onde quer que ele esteja e esteja murmurando “Você conseguiu filho, conseguiu formar a família que você queria, com a mulher da sua vida, e eu estou orgulhoso de você”.— Quando ele termina de falar percebo que algumas lágrimas caem do canto de seus olhos, mas ele sorri. — Eu preciso disso Katniss, é a minha tarefa diária para sobreviver, para manter a sanidade. Eu preciso ter essa esperança.

Assim que ele termina de falar eu o abraço, meio desajeitada por estar em seu colo, mas conseguimos nos ajeitar. Sinto suas lágrimas molharem meu ombro e sei que estou fazendo o mesmo com ele. É obvio que estamos felizes por Octavia, mas tudo isso trouxe coisas a mais, trouxe lembranças, ou trouxe a falta delas. Antes eu poderia me questionar sobre eu ter me casado com Peeta, mas hoje eu vejo como tudo funciona, de certa forma. Somos como duas peças que foram quebradas, queimadas e quase destruídas, mas que se juntaram no final e que depois de tudo, conseguiram criar uma nova forma. Juntos.


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Notas finais do capítulo

Oii de novo! Espero que tenham gostado. Apesar de ter ficado pequeno e meio sei lá. Só queria ter esse capítulo com o nascimento da filha da Octavia, pra fazer a Kat refletir e quem sabe isso não deixa ela e o Peeta mais próximos? Não sei, quem sabe?

Não deixem de comentar e se estiverem gostando FAVORITEM!

E que a sorte, esteja sempre ao seu favor! ❤️