A Má Influência escrita por British


Capítulo 6
Questão de confiança


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem? Voltei com um capítulo novinho em folha! Espero que apreciem e comentem né? Sinto muita falta dos comentários! Obrigada Haruna e Hanna por comentarem em todos os capítulos! Pessoal que sumiu, por favor dê as caras! Ou será que as outras pessoas desistiram de ler a fic? To muito curiosa pra saber!



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O primeiro dia após o resultado da perícia foi difícil. Sasuke estava visivelmente triste. Sakura tentava acalmar o coração do marido, mas não tinha sucesso em nenhuma tentativa. Enquanto Sarada mantinha Indra e Ashura entretidos no quarto, Sasuke e Sakura tinham uma conversa séria na sala.

— O que você vai fazer agora? – Perguntou Sakura.

— Eu pensei muito e vou voltar a empresa para procurar alguma prova. – Disse Sasuke.

— Que tipo de provas?

— Meus cálculos, Sakura. Eu procurei antes, mas acabei não achando. Eles ainda devem estar lá. Eu mantinha um caderno de cálculos de cada projeto com que estava envolvido. – Relatou Sasuke.

— Você devia dizer isso a Boruto, afinal ele é o seu advogado. – Disse Sakura.

— Sim, vou falar com ele. Sarada mesmo havia me dito mais cedo que Boruto estava me procurando. Precisamos definir a minha defesa. Se eu achar esse caderno, posso provar que o cálculo estava certo. – Alegou Sasuke.

— Te desejo boa sorte, meu amor. – Sakura então abraçou e beijou Sasuke.

— Quero esfregar na cara do meu pai a minha inocência. – Disse Sasuke.

— Querido, seu pai não falou aquilo por mal. – Disse Sakura.

— Ele não acredita em mim! – Disse magoado.

— Seu pai confiou na perícia. – Sakura tentou defendê-lo.

— Ele tinha que confiar em mim, Sakura! Vai dar razão a ele? Daqui a pouco vou começar a pensar que você também tem dúvidas sobre a minha inocência. – Disse meio nervoso.

— Sasuke, eu acredito em você! Só acho que você não pode ser tão rude com seu pai. – Disse Sakura.

— Olha, por você, vou tentar não ser assim, mas ele me magoou muito com o tom acusatório.

— Sasuke, ele é desse jeito. Você não pode mudar o seu pai, mas pode fazer com que ele se arrependa do que disse. Quando você provar que é inocente, ele vai te pedir perdão.

— Meu pai não pediu perdão nem pra você. E olha que ele te fez muito mal. Acha mesmo que ele pediria perdão pra mim?

— Sasuke, seu pai melhorou bastante nos últimos anos. É verdade que ele nunca me pediu perdão, mas...

— Mas nada, Sakura! O senhor Fugaku Uchiha é incapaz de reconhecer um erro. Mesmo que eu prove minha inocência, ele nunca vai me pedir perdão.

— Ei, não fala assim! Ele pode te surpreender!

— Ia ser muito bom se ele me surpreendesse! Bem, eu vou lá no escritório do Boruto. Volto para o jantar, tudo bem? – Disse Sasuke dando um beijo na esposa.

— Ok. Te esperamos para o jantar então, amor! – Sorriu.

[...]

Enquanto brincavam, Sarada ouviu Indra se queixar de uma dor na garganta. Mas, inicialmente, achou que não era nada demais e que depois diria para sua mãe. No entanto, alguns minutos depois, ela foi beijar a testa do menino e percebeu que ele estava ardendo em febre. Por ser mais manhoso, Sarada tinha achado que ele só estava querendo ter mais atenção que Ashura, mas então se deu conta que ele estava passando mal mesmo. Desesperada, Sarada pediu para Ashura ficar de olho no irmão e correu para falar com Sakura.

— Mãe! O Indra tá passando mal! Ele tá com febre e dor de garganta! – Avisou Sarada.

— Era só o que faltava! Vamos levá-lo ao médico agora mesmo! – Disse Sakura correndo até o quarto.

— Mãe, tá doendo! – Disse Indra.

— Eu sei, meu amor! Mamãe vai te levar no médico pra fazer a dor passar tudo bem! Ei, Sarada, pega o termômetro. Precisamos medir a febre dele! – pediu Sakura.

— Ok, mãe! – Sarada disse e saiu correndo, voltando minutos depois com o termômetro.

— Indra está com 39 graus! Isso é muito! Sarada, fique em casa e de olho no Ashura! Enquanto isso, eu levo o Indra na emergência do hospital! – Informou Sakura.

— Ok, mãe! E quando o papai chegar? – Perguntou Sarada.

— Quando seu pai chegar, avise a ele o que aconteceu, mas diga que não precisa ele ir lá. Ok? Peça para ele te ajudar com Ashura aqui, tudo bem? – Pediu Sakura.

— Ok, mãe! – Respondeu Sarada.

— Obedeça sua irmã, viu Ashura? – Pediu Sakura.

— Claro, mamãe! – Disse com uma carinha de anjo.

[...]

No caminho para o hospital, Sakura foi conversando com o filho e lhe pedindo calma, que a dor de garganta logo ia passar e que a febre também ia sumir. Assim que chegou ao hospital, Sakura foi encaminhada para a sala do doutor Neji Hyuuga. Único pediatra de plantão naquela noite.

— Boa noite, doutor. – Disse Sakura com Indra no colo.

— Boa noite. Sente-se! – Pediu o doutor e se sentou em seguida -  O que o menino está sentindo?

— Indra está com 39 graus de febre e reclama de dor na garganta também. -  Informou Sakura.

— Entendi. Pode colocar o Indra sentado ali? – Pediu Neji apontando para a cama hospitalar.

— Claro, doutor! Vamos Indra? – Disse Sakura e o filho assentiu com a cabeça.

— Bem, Indra, abre o bocão pra mim, ok? – Pediu Neji e o menino obedeceu. Neji então olhou a garganta e logo viu a inflamação. Em seguida, ele chegou a temperatura e os batimentos cardíacos.

— Então? – Perguntou Sakura.

— Bem, ele tem uma faringite. Vou receitar um anti-inflamatório e um remédio para febre. Logo esse meninão vai ficar bem! – Disse Neji já de volta a sua mesa para escrever a receita.

— Obrigada, doutor. Indra nos deu o maior susto! – Disse Sakura dando um beijo na testa do filho, que estava manhoso e com vontade de dormir.

— Imagino... – Neji respondeu e então foi anotar o que havia receitado para Indra no prontuário do garoto. Nesse momento que Neji reparou no sobrenome da criança: Uchiha. – Ele é um Uchiha? – Perguntou Neji mesmo sabendo a resposta.

— Sim. Você deve conhecer o meu sogro, Fugaku, que é o dono do hospital. – Disse Sakura.

— Sim, conheço Fugaku e Itachi também. Indra é o filho de Itachi? – Perguntou Neji.

— Na verdade, Indra é filho de Sasuke, o caçula de Fugaku. – Respondeu Sakura, enquanto Indra já estava adormecido em seu colo.

— Sasuke Uchiha? O engenheiro responsável pela queda do viaduto? – Perguntou Neji tentando manter a calma.

— Meu marido não foi o responsável por aquela tragédia, doutor. – Disse Sakura firme.

— Não foi o que a perícia alegou! – Disse Neji.

— Por que o senhor está acusando o meu marido? – Questionou Sakura visivelmente incomodada com a situação.

— Porque a única vítima fatal desse acidente foi a minha esposa! – Disse Neji ainda tentando manter a calma, mas com os olhos já cheios de lágrimas.

— Eu... Eu sinto muito pela sua esposa, mas o meu marido nada tem a ver com isso! – Respondeu Sakura.

— A família do seu marido tem poder, então eu entendo que ele queira fugir da responsabilidade, mas eu não vou permitir que isso aconteça! Eu vou lutar por justiça até o fim dos meus dias senhora Uchiha! – Afirmou Neji com raiva.

— Você não conhece meu marido! Não sabe nada sobre ele, além dessas falsas acusações! – rebateu Sakura.

— Eu posso não conhecer o seu marido pessoalmente, mas já ouvi muitas histórias sobre ele. – Respondeu Neji.

— Podem ter sido histórias falsas. – Disparou Sakura.

— Vai dizer que é mentira que ele largou você sozinha quando estava grávida ou que roubou a criança depois que nasceu? – Soltou Neji e Sakura ficou boquiaberta.

— Como você sabe disso? – Disse Sakura.

— Esqueceu-se que a minha esposa era jornalista da revista Teen Choice? Na época que essa história vazou, Tenten ficou encarregada de escrever uma reportagem especial falando do assunto. Então, acabou contando pra mim o que descobriu...

— Então, você sabia desde o momento que eu pisei aqui que sou a esposa de Sasuke... – Disse Sakura.

— A verdade é que faz muito tempo que eu não tenho notícias suas, então não sabia. Da última vez que soube de algo você tinha terminado o romance com Sasuke e parecia estar reatando com aquele estilista famoso... – Disse Neji.

— Kakashi. – Respondeu Sakura.

— Esse mesmo! – Concordou Neji.

— E como deixou de saber notícias minhas se a sua esposa cobria assuntos justamente relacionados a mim? – Disparou Sakura.

— Bem, depois dessa matéria especial Tenten foi fazer um intercâmbio de um ano fora. Então, como não leio coisas a respeito dos assuntos dos quais você trata, também deixei de saber de você. Fora que depois desse um ano que a Tenten passou fora, foi a minha vez de ir estudar longe. Tenten acabou virando correspondente da Teen Choice nos anos que eu fiquei fora, pois viajou junto comigo. Voltamos a morar em Konoha no último ano. – Explicou Neji.

— Doutor, eu entendo os seus motivos de não gostar da minha família, mas o senhor está errado. Sasuke não é o culpado pela morte da sua esposa e ele provará isso. – Afirmou Sakura.

— É bonita a forma como você o defende. Mas, Sakura, uma hora a máscara dele vai cair.  Ou você acredita que o Sasuke babaca que você conheceu na adolescência não existe mais?– Disse Neji.

— Olha aqui, você não tem o direito de ofender o meu marido! Eu entendo a sua dor, mas você não pode acusar Sasuke sem provas e baseado nos erros do passado dele! Sasuke é um novo homem! Ele é um pai de família dedicado e amoroso! – Defendeu Sakura.

— O pior cego é aquele que não quer ver! Quando seu marido for condenado pela justiça, você me dará razão. – Disse Neji.

— Eu já vou! Não vou ficar aqui ouvindo essas barbaridades! – Sakura saiu carregando Indra adormecido no seu colo e Neji ficou a observando partir.

Neji já tinha escutado muitas histórias sobre Sakura Haruno. Entretanto, a maioria delas foi antes do envolvimento da digital influencer com Sasuke Uchiha. Neji ouvia diariamente Tenten dizendo sobre as tendências que a blogueira e estilista ditava no mundo da moda. Tenten admirava muito Sakura. Neji podia lembrar do dia que Tenten conheceu a blogueira e o contou animadamente sobre cada detalhe. Sua esposa gostava de enaltecer a beleza de Sakura, mas sem tirar o mérito de ter conquistado tudo através do árduo trabalho feito por anos e anos. Naquela época, embora não ligasse pros assuntos de que Sakura falava, ele também admirava aquela mulher. Depois de tantos anos conhecê-la, após a tragédia que vitimara sua esposa, era irônico.

Neji acreditava que a família Uchiha tinha mudado Sakura. A energia dela parecia diferente. Afinal, o que a família Uchiha não era capaz de destruir? Neji sabia bem que os Uchiha eram a família mais poderosa daquela pequena cidade. Eram donos do único hospital da cidade e agora da construtora também. Sabia que Fugaku, seu patrão, tinha muitas alianças que o mantinham no topo por tantos anos. Apesar de conhecer o patriarca da família Uchiha, Neji conhecia melhor Itachi. O Uchiha mais velho era responsável pelo setor financeiro do hospital, ou seja, ficava mais tempo por lá cuidando das coisas. Já Fugaku, como dirigia o hospital, era obrigado a ir até lá, mas também viajava muito atrás de pessoas ricas para patrocinar alas específicas.

Para Neji, era até estranho ver o nome de Sakura Haruno ligado ao daquela família. Tenten havia explicado para ele toda dor e sofrimento que eles causaram a ela quando roubaram sua filha recém-nascida. Nunca poderia imaginar que aquela mulher teria coragem de perdoar e se casar com o homem que havia feito tanto mal a ela. Quando Sakura entrou com Indra nos braços, Neji sabia quem ela era, mas não sabia da ligação da mulher com a família Uchiha. Talvez, tenha passado tempo demais fora do país. Sinceramente, ele havia pensado que aquela criança era fruto do relacionamento de Sakura com Kakashi. Era mais racional para ele isso. Só que ao ver a ficha do pequeno Indra, ele leu o sobrenome Uchiha e tudo ficou claro. Aquela mulher tão admirável tinha cedido ao amor da adolescia, reatado com Sasuke e formado uma família com ele. Neji a chamou de maluca naquele momento. Se tivesse conhecido Sakura naquela época, teria lhe dito para se afastar daquela família.  

Ainda de noite, Neji foi chamado pelo pessoal do RH do hospital. Ficou surpreso, mas fez uma pausa nos atendimentos e foi. Até porque aquela noite de plantão estava tranquila. Chegando lá, a notícia não era boa.

— Vocês querem me tirar do hospital? Me mandem embora de uma vez! Me demitam!!! – Gritou Neji.

— Não é isso, doutor Hyuuga! Só que as suas férias já podem ser marcadas e achamos que o senhor deveria antecipá-las. – Explicou a funcionária do Rh.

— Férias duram apenas 30 dias! Vocês estão me sugerindo nesse papel – Sacode o papel nas mãos -  para permanecer longe daqui por SEIS MESES!

— Bem, isso foi uma sugestão de Fugaku Uchiha. Ele acha que seria melhor que o senhor fosse fazer algum curso, assistir a algumas palestras e no tempo livre descansar. O senhor Uhiha preza pelo bem estar dos seus funcionários e, como ele sabe da sua perda, acha melhor para a sua saúde cuidar do seu luto longe das lembranças. – Disse a funcionária.

— Olha aqui, eu não vou a lugar nenhum, entendeu? Eu vou ficar aqui esperando o filho dele ser condenado na justiça por ter matado a minha mulher! Se ele quer me ver longe daqui, não vai conseguir! O máximo que ele pode fazer é me demitir! Mas eu não vou ir embora por livre e espontânea pressão dessa família imunda! – Despejou Neji.

— O senhor Uchiha em nenhum momento disse que era essa a sua intenção. – Disse a funcionária.

— Ele não precisa dizer, querida! Eu sei interpretar cada gesto dele! Fugaku Uchiha está tentando me manipular!

— Bem, o senhor tem o direito de recusar os seis meses fora, mas as suas férias o senhor precisa tirar. – Avisou a funcionária.

— Quero vender dez dias das minhas férias. – Disse Neji, pois preferia ficar trabalhando.

— Ok. Mais algum desejo doutor? – Perguntou a funcionária.

— Marque as minhas férias para o próximo mês. E diga que nos 20 dias que estarei fora, representarei o hospital no congresso de medicina em Suna. – Avisou Neji.

— A representante do hospital já é Yodo Uzumaki. – Respondeu a funcionária.

— Eu também fui convidado para esse congresso. Então, eu também irei. Só estou avisando para que vocês não digam depois que não foram informados sobre a minha presença lá.

— Vou informar ao diretor financeiro, Itachi Uchiha, sobre esse seu aviso. – Disse a funcionária.

— Pode falar com o seu chefe! Se ele não gostar, é só me demitir! – Disse Neji e virou as costas.

[...]

Quando Sasuke chegou ao escritório de Boruto, o afilhado já o esperava. Então, Sasuke o cumprimentou com um abraço e se sentou à mesa junto de Boruto.

— Então, padrinho, como estão as coisas? – Perguntou Boruto.

— Complicadas. Eu não esperava por aquele resultado da perícia. – Admitiu Sasuke.

— Nenhum de nós esperava, padrinho. Mas, agora, temos que pensar na sua defesa. Tem algo que possa me contar para ajudar na preparação da sua defesa? – perguntou seriamente.

— Eu tenho um caderno de cálculos para cada projeto que eu faço. É tipo um rascunho. Antes de ir para o projeto mesmo. Lá o cálculo está certo! Eu tenho certeza que está! – Disse Sasuke.

— E onde está esse caderno agora? – Questionou Boruto.

— Ele ficava numa gaveta na minha sala na empresa. Mas quando fui procurar, não achei. Vou procurar de novo... – Disse Sasuke.

— Padrinho, e por que não podemos olhar no próprio projeto? – Perguntou Boruto.

— Porque no projeto o cálculo está errado. – Revelou Sasuke.

— Como assim? – Assustou-se Boruto.

— Eu posso explicar. Quer dizer, é a única explicação que eu acho cabível. Ainda não comentei com ninguém porque não quero fazer acusações sem provas, mas acredito que alguém alterou o meu cálculo no projeto. – Contou Sasuke.

— Quando você soube disso? – Perguntou Boruto.

— No dia que saiu o resultado da perícia, fui à casa dos meus pais com Sakura. Como você pode imaginar, meu pai só faltou jogar na minha cara que o erro era meu. Saí de lá furioso e fui à casa de Itachi. Lá, meu irmão falou para eu pegar o projeto, então eu entrei na internet e vi a cópia do projeto que estava no meu e-mail. Então, revisei o cálculo e vi que ele está errado. – Disse Sasuke.

— Padrinho, isso que o senhor está me dizendo é muito grave! Porque isso prova que a perícia não errou! Existiu mesmo o tal erro de cálculo! – Disse Boruto.

— Sim, existiu o tal erro, mas ele não foi meu Boruto! Sei que tudo aponta contra mim, mas eu preciso que todos confiem em mim! – Pediu Sasuke.

— Padrinho, o senhor não contou isso pra mais ninguém por medo de te culparem ainda mais? – Perguntou Boruto.

— Tenho medo de ser condenado pelas pessoas que eu amo. Boruto, eu não vou aguentar se até as pessoas que eu amo não acreditarem em mim. Eu vou provar que esse erro não é meu! – Disse Sasuke deixando uma lágrima escapar pelo olho.

— O senhor acha que a sua família viraria às costas pra você? – Perguntou Boruto.

— Meu pai já virou. Se eu não conseguir prova isso, duvido que a Sakura continue acreditando em mim. – Confessou Sasuke.

— Por que acha isso? – Perguntou Boruto.

— Ah, não é difícil prever... Sakura é famosa! A vida dela é noticiada todos os dias com fatos maravilhosos, então o marido dela é condenado – mesmo que por um erro que não seja meu – e aí ela sofrerá as consequências disso. Eu seria um risco na imagem do que ela representa! Ela perderia milhões se continuasse casada comigo. Fora que ela viveria um conflito interno, pois ela gosta de ser sempre perfeita. Sakura já me perguntou várias vezes se eu não havia mesmo cometido esse erro...

— Então, se ela souber que o erro existiu...

— Vai me culpar instantaneamente! Ela vai me julgar e dizer que eu menti pra ela. Eu conheço muito bem a minha esposa. – Disse Sasuke.

— Mas a Sakura te conhece também, padrinho! Ela sabe que você não seria capaz de cometer um erro desses! – Disse Boruto.

— Ela me conhece, mas, a partir do momento que as provas apontarem contra mim, acho difícil ela continuar acreditando na minha inocência. Por isso, você precisa me ajudar a provar minha inocência, Boruto! – Pediu Sasuke.

— Bem, procure o tal caderno! Não achou estranho ele ter sumido? Talvez, a pessoa que tenha pegado o caderno, tenha sido a pessoa que alterou o cálculo no projeto para prejudicá-lo. Não suspeita de ninguém lá? Alguém que tenha inveja da posição que ocupa na Uchiha’s Construção & Engenharia? – Questionou Boruto e Sasuke ficou pensativo.

— Sou muito querido lá. Não tenho mais inimigos. Se Ino estivesse viva, juraria que ela teria feito isso, mas agora não tenho um palpite. – Confessou Sasuke.

— Você é o sobrinho do dono da empresa. Certamente, existe alguém lá que não gosta de você.

— Pode ser. Gente falsa existe em todo canto. – Concordou Sasuke.

— Bem, obrigado por me contar tudo. Era imprescindível para me ajudar a preparar a sua defesa. – Disse Boruto.

— Melhor eu ir embora, afinal, já passamos do horário do fim do seu expediente há algum tempo e estou oficialmente atrasado para o jantar com a minha família. – Disse Sasuke.

— Nem senti o tempo passar, padrinho. Pelo menos, você tem alguém esperando por você em casa. – Disse Boruto com um ar meio tristonho.

— O que houve entre você e Yodo? – Perguntou Sasuke diretamente.

— Mais um plantão. Eu odeio quando ela cobre plantão de algum médico que falta e abre mão de estar comigo. Ela fala que vai melhorar isso, mas a médica sempre vem na frente da esposa. – Reclama Boruto.

— Você devia ter orgulho da sua esposa. Ela salva vidas. – Disse Sasuke.

— Eu tenho orgulho dela. Só queria ser prioridade uma vez na vida. – Disse Boruto.

— Você continua o mesmo moleque chorão! Se continuar nessa onda, vai perder sua esposa hein? Depois não diz que eu não avisei! – Disse Sasuke.

— Por que diz isso padrinho?

— Quando comecei a me relacionar com Sakura, eu reclamava muito das viagens dela. É duro ver a sua mulher longe de casa por 15 ou 30 dias à trabalho. Sakura sempre cercada desses urubus famosos, de pretendentes. Eu ficava de saco cheio e por isso a gente brigava muito. Só depois que ela terminou comigo, caiu a minha ficha que eu era o errado da história. Sua mulher te ama, Boruto! Ela deixou de virar rainha do país dela pra ficar com você! – lembrou Sasuke.

— Obrigado pelo conselho, padrinho!

— Espero que se lembre disso! Sua mulher só passa uma noite fora!

— Agora ela vai ficar 20 dias num congresso em Suna! – Disse Boruto.

— Não discuta com ela por isso, Boruto! Lute para que seu casamento funcione, pois ninguém mais pode fazer isso por você. – Alertou Sasuke.

— Obrigado pelo conselho padrinho! – Agradeceu.

— Bem, já que não tem ninguém te esperando em casa, o que acha de ir jantar comigo e minha família? – propôs Sasuke.

— Agradeço o convite, mas acho melhor ir jantar com meus pais. Na sua casa tem a Sarada...

— Não pensava que minha filha fosse um problema pra você. – Disse Sasuke surpreso.

— Ela não é, mas é que Shikadai me alertou sobre eu fantasiar com a Sarada da minha infância e comparar Yodo a ela. Como meu casamento etsá em crise...

— Entendi. Você acha que pode se apaixonar de novo pela Sarada se voltar a conviver com ela, já que a sua esposa anda ausente demais. – Tentou adivinhar Sasuke.

— É. Desculpa dizer isso. Ela é sua filha e sei que não deseja que ela se envolva com um homem casado... – Disse Boruto.

— Relaxa, Boruto! Sarada nunca mais vai se envolver com você. O estrago que você fez quando casou Yodo foi o suficiente para ela esquecê-lo. – Disse Sasuke, então se despediu e saiu do escritório de Boruto.

Quando Sasuke saiu de lá, Boruto ficou pensando nas palavras do padrinho. Ele tinha razão em dizer que Boruto estava ajudando a enterrar o seu próprio casamento. Suas reclamações eram motivos suficientes para que Yodo murchasse. A médica ainda tentava manter o casamento agradável, mas nada fazia Boruto ser mais compreensivo. Ele sabia que a esposa tinha uma parcela de culpa nisso por sempre colocar o trabalho em primeiro lugar, mas Boruto sempre soube que seria assim. O hospital era importante. Yodo só não conseguia convencê-lo de que ele era tão importante quanto.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Dão razão ao Sasuke? Ou ao Neji? Até o próximo capítulo! :)



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