A Má Influência escrita por British


Capítulo 5
A perícia


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem? Nem demorei muito né? Enfim, consegui rascunhar o capítulo ontem e aí hoje só finalizei! Espero que apreciem! E comentem né? To sentindo falta de uma chuva de comentários hahaha



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Sasuke acordou animado. No fim daquele dia sairia o resultado da perícia. Por isso, despertou Sakura com beijos e ela logo estranhou a postura positiva do marido que andava tão cabisbaixo nos últimos dias.

— Bom dia, amor. – Disse Sakura enquanto recebia os beijos de Sasuke.

— Bom dia! Tá vendo o sol lá fora? – Apontou para a janela – É o prenúncio de um ótimo dia! – Disse Sasuke.

— Por que essa felicidade toda? – Perguntou Sakura sentando-se na cama.

— Só de acordar do seu lado já teria motivos suficientes para achar que o dia de hoje é bom, mas tenho que confessar que é porque o resultado da perícia sai hoje. Finalmente, tudo vai voltar ao normal, Sakura! – Vibrou Sasuke.

— Eu fico feliz por você meu amor! Sem dúvida, devemos comemorar! Que tal jantarmos fora? Posso fazer a reserva no nosso restaurante preferido...

— Acho uma ótima ideia! Faça a reserva! Aliás, vamos convidar a família toda para comemorar!

— Pode deixar que eu falo com a sua mãe e com Izumi! Posso marcar para às 20h?

— Pode! Às 18h sai o resultado, então 20h está perfeito!

— É para chamar Madara também?

— Sim, até porque quero esfregar na cara dele que sou inocente!

— Querido, seu tio não lhe afastou da empresa por não acreditar na sua inocência. Foi só uma medida para proteger você.

— Mais do que me proteger, foi para proteger a empresa. Mas não tem problema! Eu to muito confiante nesse resultado.

— É bom te ver assim! – Sorriu.

[...]

Logo no café da manhã, Sarada se contagiou com o bom humor de seu pai. A Uchiha sabia que os últimos dias tinham sido difíceis para seu velho pai, por isso sabia o valor de vê-lo sorrindo, confiante em um resultado que o favorecesse. Por isso, Sarada foi tranquilamente para o ensaio da orquestra e lá encontrou com Mitsuki.

— Parece mais leve hoje, Sarada! – Comentou Mitsuki num intervalo do ensaio.

— É que hoje sai o resultado da perícia! Finalmente, meu pai vai provar que não teve nada a ver com a queda do viaduto. – Explicou Sarada.

— Meu pai comentou qualquer coisa comigo sobre isso. Fico feliz pela sua família. – Disse Mitsuki e recebeu um sorriso da amiga.

— Estamos planejando comemorar hoje à noite em um jantar em família! Todos os Uchiha reunidos! – Contou Sarada.

— Seu pai já estava cansado de ficar trancado em casa né?

— É difícil ver tudo desabando e não poder fazer nada. A vida da minha família mudou muito nesses últimos dias, mas aos poucos está voltando à normalidade. Meus irmãos voltaram para a escola, eu para a os ensaios da orquestra, minha mãe continua trabalhando, então só falta meu pai voltar para a rotina dele.

— Meu pai sempre fala que o seu é um engenheiro muito competente. Então, também estou confiante no resultado da perícia. – Disse Mitsuki para animar ainda mais Sarada.

— Pois é. Conhecendo o talento e habilidade do meu pai é surreal pensar que tem alguém que realmente acredite que ele é culpado. Papai sempre foi fera! – Disse Sarada.

— Bem, mudando um pouco de assunto, você topa almoçar comigo hoje? – Perguntou Mitsuki.

— Por aqui mesmo?

— Sim, tem um restaurante ótimo a duas quadras daqui. É novidade. Abriu tem uns meses só e meu pai disse que é excelente também. – Recomendou Mitsuki.

— Podemos sim! Hoje sou toda sua! – Riu Sarada.

— Bom saber que hoje não vou ter que te dividir com ninguém! – Sorriu Mitsuki.

— É ciumento com as suas amigas? – Questionou Sarada com uma sobrancelha arqueada.

— Só com as bonitas! – Disse Mitsuki e Sarada gargalhou.

— Bobo!

Como eles haviam combinado, Sarada e Mituski foram ao tal restaurante, pediram uma mesa para dois e comeram bem. Realmente, os pratos de lá eram divinos, perfeitas obras-primas da culinária. Durante todo o almoço, Sarada conversava e ria com Mituski. Ela achava o menino ótimo, muito desinibido e bastante galanteador. Não era como se ele estivesse dando em cima dela, apenas parecia que era habitual aquele tipo de atitude. Sarada já tinha visto Mitsuki falando com outras garotas da orquestra e ele sempre se comportava da mesma forma, sempre gentil e sedutor. E foi ver ele elogiar a garçonete do restaurante, que Sarada teve coragem de perguntá-lo sobre suas atitudes.

— Você é sempre assim né? – Perguntou Sarada.

— Assim como? – Fingiu não entender.

— Sedutor ué! Não reparou que deixou aquela garçonete vermelha? – Riu Sarada.

— Gosto de elogiar as pessoas apenas. Faz bem pra elas, mas faz um bem maior ainda pra mim. O mundo seria muito chato se não pudéssemos elogiar as pessoas. Achei que o cabelo daquela moça era bonito e falei. Só isso. – Explicou Mitsuki.

— Você disse que o cabelo dela era tão bonito que seria capaz de se casar com ela só para que seus filhos tivessem um cabelo igual. – Lembrou Sarada.

— Mas é verdade! Eu ia amar que meus filhos tivessem aquele cabelo! Ela é ruiva, Sarada! Isso é raro! – Disse Mitsuki.

— Ata que foi só porque ela é ruiva! – Sarada continuou rindo.

— Vai me dizer que sentiu ciúme? – provocou Mitsuki.

— Não sinto ciúme dos meus amigos. – Declarou Sarada.

— Nem dos bonitões como eu? – Sugeriu Mitsuki e Sarada gargalhou.

— Nem dos bonitões! Você podia ser comediante sabia? Sempre me faz rir.

— Que bom que a faço rir!

De repente, Sarada reparou em quem entrava no restaurante. Era Boruto. Ele estava acompanhado de Shikadai, o que fez Sarada só acenar para ele. Boruto acenou de volta, Shikadai também, mas não foram até a mesa para falarem com a Uchiha, pois não conheciam seu acompanhante.

— Quem é aquele cara loiro? – Perguntou Mitsuki visivelmente interessado.

— Um amigo apenas. – Respondeu diretamente.

— O jeito como ele te olha não parece ser só de um amigo. – Observou Mitsuki.

— Tá. Ele já foi mais que um amigo. – Confessou Sarada.

— Reparei que ele tem uma aliança na mão esquerda. É por isso que ele agora é só um amigo? – Perguntou Mitsuki e Sarada ficou desconfortável.

— É uma longa história. O que eu posso dizer é que acabou para sempre. E, sim, ele é casado. – Respondeu Sarada.

— Quer colocar ciúmes nele comigo? – Disse Mitsuki se curvando sobre a mesa e aproximando seu rosto do de Sarada que parecia confusa.

— O que? – Questionou e Mitsuki sorriu.

— Olha, ele não para de olhar para cá. Acho que as coisas não estão tão acabadas pra ele quanto estão pra você. – Comentou Mitsuki.

— Você está interpretando erradamente o interesse dele. Provavelmente, Boruto só estranhou me ver com alguém que ele não conhece. Somos amigos de infância, então ele costumava conhecer todos que pertencem a minha vida. – Disse Sarada e o rosto de Mitsuki se afastou.

— Bem, se você acha... – Mitsuki deu de ombros.

— Confessa que você estava só procurando um jeito de me beijar! – Riu Sarada, que estava fazendo só uma brincadeira.

— Quando eu quiser te beijar, não vou precisar de desculpa pra isso. Eu vou e faço. – Falou firme e Sarada ficou vermelha.

— Para, por favor! – Pediu Sarada.

— Ok. Tava só brincando! – Riu Mitsuki.

— Melhor pedirmos a conta. – Disse Sarada.

— Vou pedir a conta! – Anunciou Mitsuki.

[...]

Shikadai logo percebeu a inquietação de Boruto no restaurante. O amigo tentou não comentar, mas quando Borutou virou completamente o pescoço para ver Sarada saindo com o seu acompanhante do local, ele achou que deveria avisar ao Uzumaki que papel estava fazendo.

— Se você não fosse casado, eu ia jurar que está se roendo de ciúmes da Sarada. – Comentou Shikadai enquanto começava a ingerir sua refeição.

— Ciúmes da Sarada? Eu? Está louco, Shikadai! Só queria saber quem era o cara com ela. Curiosidade! Será algum novo namorado? – Disse Boruto.

— Bem, se for mesmo um novo namorado é ótimo para ela! Isso só provaria que ela mudou de fase, que conseguiu superar a história de vocês! – Disse Shikadai.

— Você não entende a minha história com ela...

— Boruto, eu assisti a todos os capítulos dessa história esqueceu? Vi você sofrer quando ela recusou seu pedido de namoro, quando ela começou a sair com Inojin, quando te largou pra ir estudar em Nova York, quando virou famosa e começou a namorar alguém da realeza, quando você tomou um tiro por causa dela... sinceramente, essa menina sempre foi problema! A melhor coisa que você fez foi se casar com Yodo! – Opinou Shikadai.

— Você pensa que eu me arrependo de ter casado com a Yodo?

— Você vem reclamando de atitudes da sua esposa constantemente e agora fica com essa cara de cachorro abandonado pra Sarada... Quer que eu pense o que? – Perguntou Shikadai.

— É verdade que meu casamento anda mal das pernas, mas nós vamos superar. Eu não me arrependo de ter dito sim a Yodo. – Garantiu Boruto.

— Não sinto firmeza nessa sua resposta. Aliás, acho que Yodo também não sente.

— Ela falou alguma coisa pra Mirai?

— Boruto, nossas esposas são amigas, então é claro que ela se queixa de você pra ela sim. Igualzinho você faz comigo. A diferença é que Yodo não fica olhando pro ex dela da forma que você olha pra Sarada.

— O que você me aconselha a fazer então? – Perguntou Boruto.

— Jogue limpo com Yodo. Diga o que espera dessa relação. Ela andou dizendo para Mirai que está perdida, que não sabe mais o que fazer para a relação de vocês evoluir.

— Eu queria um filho. – Admitiu Boruto.

— Ela também quer, Boruto! Só que Yodo está tendo dificuldade para engravidar, ainda mais depois dos dois abortos espontâneos que sofreu. Você sabe disso melhor que eu. – Avisou Shikadai.

— E aí ela abandona o plano da gravidez e decide voltar a estudar?

— Boruto, você me disse que ela tinha mudado de ideia...

— Mudou, mas foi só depois de uma briga. 

— Aproveite os quinze dias que ela vai ficar fora por causa do congresso e pense na relação de vocês. – Aconselhou Shikadai.

— Eu já te disse que odiava ela ter que ir nesse congresso, mas tenho que confessar que será bom ela ficar um pouco longe.

— Põe em ordem seu coração, meu amigo! Porque senão você vai perder a Yodo pra sempre. Nem vou falar nada da Sarada porque essa você perdeu no dia que se casou com Yodo. – Disse Shikadai.

— Como sempre, você tem razão Shika! – Concordou Boruto.

[...]

Faltavam dez minutos para o resultado da perícia sair. Sasuke estava em casa junto de sua esposa e filhos. Ele andava para todos os lados da casa, impaciente, verificando a cada minuto que passava se já tinha dado a hora. Quando o resultado finalmente saiu, a surpresa. A expressão de ansiedade se transformou em decepção. No resultado, estava escrito que o erro que havia levado o viaduto a cair tinha sido um erro de cálculo agravado por um erro de fiscalização da obra.  Naquele instante, era como se o mundo de Sasuke tivesse desabado também. Ele caiu de joelhos chorando e Sakura correu para ampará-lo, enquanto Sarada tentava tranquilizar os irmãos que não estavam entendendo muito bem o que tinha acontecido.

— Não pode ser, Sakura! Me diz que é mentira! Diz! – Implorava Sasuke abraçado com a esposa que o acolhia em seus braços.

— Meu amor, eu sinto muito... – repetia Sakura constantemente, enquanto sentia os braços fortes de Sasuke a abraçarem.

— Eu não sou culpado! – Repetia Sasuke.

— Querido, eu acredito em você. – Disse Sakura.

— Eles erraram! Não é possível! – Continuava Sasuke.

— Vamos lutar para provar sua inocência meu amor! Mas, por hora, acho melhor desmarcar o jantar. Vou a casa dos seus pais avisar pessoalmente. – Disse Sakura.

— Eu vou com você. – Disse Sauske.

— Ok, deixa só eu falar com Sarada para tomar conta das crianças enquanto vamos.

— Tudo bem.

Sasuke e Sakura seguiram para o casarão dos Uchiha. Lá, Sasuke recebeu um abraço carinhoso de sua mãe que o tratava feito uma criança naquele momento. O caçula dos Uchiha estava muito fragilizado. Fugaku continuava aparentando ser forte como uma rocha, sua expressão era firma e sua voz fria.

— Sasuke, chorar não vai consertar as coisas. – Advertiu Fugaku.

— Pai, eu sou inocente! – Afirmou Sasuke.

— É claro que é filho! – Disse Mikoto compadecida com a dor do filho.

— Se é, melhor você provar logo ou arrastará nosso nome na lama! Eu não tenho mais idade pra corrigir seus erros. – Disse Fugaku.

— Pai, eu não errei. – Rebateu Sasuke entre dentes.

— Ok. Agora prove a todos isso. – As palavras duras de Fugaku machucaram Sasuke.

— Eu vou provar. Vamos, Sakura! – Disse Sasuke já se levantando.

— Até mais gente! – Despediu-se Sakura rapidamente e seguiu o marido.

No entanto, na metade do caminho, Sakura se lembrou que havia esquecido o celular na casa dos sogros e voltou lá. Por isso, ela mandou Sasuke ir na casa de Itachi e Izumi sozinho, enquanto ela ia lá pegar o celular. Só que quando chegou, Sakura acabou ouvindo uma conversa que não queria ter escutado, pois a porta estava entreaberta.

— Mikoto, nem você acredita que o Sasuke é inocente! – Disse Fugaku.

— Ele precisa do nosso apoio, querido! – Disse Mikoto.

— Eu não posso mais passar a mão na cabeça do Sasuke. Ele precisa assumir as coisas que faz!

— O que quer dizer, Fugaku? – Perguntou Mikoto.

— Que novamente Sasuke não tem coragem de assumir as coisas que faz! Quando engravidou a Sakura, ele fugiu de qualquer responsabilidade até que eu me meti na história. Agora, está fazendo igual! Jurando inocência sendo que a perícia comprova que ele tem uma parcela de culpa. – Argumentou Fugaku.

— Sasuke mudou! Ele cresceu! - Afirmou Mikoto.

— Eu também pensava isso, mas o resultado dessa perícia mostra o contrário! Sasuke não deixou de ser um moleque inconsequente e o erro dele acabou com uma vida. É muito grave isso! – Analisou Fugaku.

— Foi uma fatalidade!

— Que poderia ter sido evitada, Mikoto! Nosso filho tem uma parcela de culpa na morte daquela mulher! – Afirmou Fugaku.

— Você está julgando nosso filho antes que ele tenha o direito de se defender! – Disse Mikoto.

— Ele terá chance de se defender! Olha, Mikoto, tudo que eu queria dessa vez era estar errado, mas não estou! Sasuke é culpado pela morte daquela mulher! Que, por sinal, era esposa de um dos melhores médicos do meu hospital! – Lembrou Fugaku.

— Eu prefiro confiar no meu filho... – Disse Mikoto.

— Continua cega! – Disse Fugaku.

Após ver a discussão entre os pais de Sasuke cessar, Sakura tomou coragem de mostrar sua presença e dizer que havia voltado porque tinha esquecido o celular lá. Então, ela pegou o aparelho e em nenhum momento os sogros perceberam que ela havia escutado pare daquela conversa.

Sakura saiu de lá desnorteada. Então, ao invés de ir encontrar com Sasuke na casa de Itachi e Izumi, ela preferiu ir para sua casa. Lá, passou no quarto de Sarada para ver como estavam os gêmeos, instruiu a filha a continuar tomando conta deles e se trancou em seu quarto para pensar. Estava difícil de acreditar que seu marido estava fugindo da responsabilidade de um erro seu. Sakura sabia que Sasuke tinha mudado. Se ele tinha errado mesmo, talvez Sasuke não tivesse mudado tanto quanto ela pensava que tinha.

Quando Sasuke chegou em casa, perguntou aos filhos onde estava Sakura e a resposta que ouviu foi que a mãe tinha voltado meio cansada pra casa. Sasuke então foi para o quarto, deitou-se ao lado da esposa, a abraçou, beijou e deu um leve sorriso.

— Eu vou provar a minha inocência, Sakura. Não quero que fique aflita por causa disso. – Disse Sasuke.

— Amor, e se você tiver errado mesmo? Foi um erro de cálculo. Não foi algo proposital. – Sakura tentou argumentar para ver se ele confessava alguma coisa.

— Sakura, eu estou dizendo que sou inocente. Eu não erraria aquele cálculo nem em mil anos e vou provar isso. Depois que deixei a casa de Itachi, passei na casa de Naruto para me aconselhar com ele. Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para não ser condenado por algo que não fiz! – Disse Sasuke.

— Você tem a chance de ser preso? – Perguntou Sakura assustada.

— Se eu for condenado injustamente, minha pena poderia ser multa e indenização à família da vítima que morreu. Mas eu não iria preso. No entanto, essa é a pior das hipóteses. Eu prometo que eu vou provar que não fiz isso. – Disse Sasuke.

— Prova isso logo, por favor! Parece que esse tomento não acba nunca! – Disse Sakura abraçando o marido.

— Eu sinto muito por te fazer passar por isso! Você já viu algum comentário? – perguntou Sasuke e Sakura assentiu com a cabeça.

— Estão te acusando.

— Você tinha me dito que havia prometido se pronunciar após o resultado da perícia. Ainda vai falar? – Perguntou Sasuke.

— Vou. Mas o plano era comemorar a sua inocência... Agora, tudo mudou. – Disse Sakura.

— Eu ainda sou inocente. Ou você não acredita em mim? – Questionou Sasuke.

— Eu acredito. – Disse Sakura se aninhando nos braços do marido.

[...]

Mais tarde, Sakura tomou coragem de escrever a sua nota oficial sobre o assunto. Embora parte de si acreditasse verdadeiramente na inocência de Sasuke, outra parte sua começava a levar em consideração a opinião de Fugaku após a perícia. E se Sasuke tivesse errado mesmo? Mesmo assim, Sakura tentou jogar o sentimento de dúvida fora e escrever uma nota sobre o que ela pensava a respeito do assunto.

“Meu mundo caiu

Como todos sabem, estão acusando meu marido, Sasuke Uchiha, de ser um dos responsáveis pela queda do viaduto aqui em Konoha. Acredito na inocência de meu companheiro e por isso fui pega de surpresa pelo resultado da perícia. Estávamos muito otimistas, porque, segundo Sasuke, o tal erro de cálculo seria algo muito bobo para fazer um viaduto cair. Mesmo com tal resultado, peço que continuem acreditando na inocência de meu marido como eu! Sasuke é um ótimo profissional, dedicado e merece o nosso apoio! Vou aguardar até o fim disso tudo para me pronunciar novamente. Espero que entendam e não me cobrem por respostas. O tempo dirá o que aconteceu!

Com carinho

Sakura Haruno”

[...]

Orochimaru estourou uma garrafa de champanhe. A ocasião merecia. Não era todo dia que se assistia o início da derrocada de seu principal rival. Ele encheu a taça tranquilamente e a ofereceu a Kabuto, seu amigo e braço direito na Uchiha’s Contrução & Engenharia. A segunda ele mesmo tomou, após brindarem.

— Ao fim de Sasuke Uchiha! – Disse Orochimaru visivelmente animado.

— Sem dúvida, você vai subir dentro da empresa agora que o sobrinho predileto vai cair fora! – Disse Kabuto bebendo um pouco de seu champanhe.

— Eu só precisava de um deslize dele! A queda desse viaduto veio muito a calhar! – Disse Orochimaru.

— Agora, você pode falar a verdade, Orochi! Foi você que armou isso pra ele né? – Perguntou Kabuto.

— Eu? Que nada! O Uchiha errou. Isso é um fato. Eu só dei uma mãozinha pro boato se espalhar por aí. A imprensa vai crucifica-lo antes mesmo do julgamento! – Divertiu-se.

— Orochi, você é meu ídolo. – Afirmou Kabuto.

— Tenho que confessar que sou um modelo de sucesso. Agora, com Sasuke fora do caminho, serei eleito braço direito de Madara Uchiha e, no futuro, presidente da Uchiha’s Construção & Engenharia! – Sonhou Orochimaru.

— Você acha que Madara se decepcionou com Sasuke?

— Muito! Ele está arrasado! Assim que o resultado saiu ele me ligou para falar como vão ser as próximas semanas na empresa.

— E, claro, você prestou apoio e disse que fará o que for necessário para que a empresa se mantenha de pé. – Supôs Kabuto.

— Preciso continuar sendo o funcionário do ano até ocupar a cadeira da presidência. – Lembrou Orochimaru.

[...]

Sarada pôs Indra e Ashura para dormir após servir o jantar para eles. Seus irmãos estavam muito agitados por causa do que tinha acontecido com Sasuke. Então, ela cantou para eles até que os dois caíssem no sono. Sarada resolveu não preocupar sua mão com isso, já que ela tinha que consolar seu pai. Sasuke ficou arrasado com o resultado. Quando Sarada finalmente deitou em sua cama, a garota viu o celular vibrar. Tinham várias mensagens ali. A primeira era de Chouchou. Em seguida três mensagens de Boruto. Por último, uma mensagem de Mitsuki.

Chouchou diz:

Amiga, to arrasada por causa do seu pai! Não para de falar no jornal da TV que ele é culpado! Se precisar de um ombro amigo, to aqui! Grita se não tiver tudo bem!!! Bjs

Boruto diz:

Oi, Sarada. Vi o resultado da perícia e posso imaginar como o padrinho deve estar mal. Ele não atendeu nenhuma ligação minha. Pode dizer a ele que amanhã eu o procuro para falarmos do caso?

Boruto diz:

Outra coisa, saiba que eu acredito na inocência do Sasuke! Então, não desanime nem deixe que ele fique abatido!

Boruto diz:

Ah, eu tenho mais uma coisa pra te falar... Quem era aquele cara no restaurante com você?

Mitsuki diz:

Oi, Sarada!

Eu acabei de saber do resultado da perícia e queria saber se você tá a fim de sair para espairecer um pouco... Imagino o quão difícil deve estar sendo, afinal vocês iam comemorar e acabou mal desse jeito. Saiba que pode contar comigo! To preocupado com você! Dá um sinal de vida ok?

Então, Sarada respondeu às mensagens na ordem que recebeu.

Sarada diz:

Chouchou, eu não to muito a fim de conversar... Podemos nos falar depois? Obrigada pelo apoio viu?

Sarada diz:

Oi, Boruto! Vou avisar o meu pai! Não se preocupe. Ele só está um pouco chateado.  Quanto ao outro assunto, o cara comigo no restaurante é um amigo. Você não conhece porque ele é novo na cidade. Mitsuki toca na orquestra comigo.

Sarada diz:

Oi, Mitsuki! Você pode vir me buscar na minha casa?

[...]

Mitsuki estava no seu quarto olhando as redes sociais quando chegou a notificação de uma nova mensagem de Sarada Uchiha. Ele ficou feliz por ler que ela queria vê-lo.

Mitsuki diz:

Em 20 minutos eu chego! Me espera na porta!

Sarada diz:

Ok (:

Mitsuki estava saindo do apartamento, quando Orochimaru o surpreendeu.

— Posso saber onde o mocinho vai? – Perguntou Orochimaru.

— Vou sair com uma amiga. – Respondeu Mitsuki.

— Essa amiga seria Sarada Uchiha? – Perguntou Orochimaru.

— Seria, pai. – Respondeu Mitsuki.

— Você sabe bem o que eu acho dessa amizade, não sabe? – Disse Orochimaru cruzando os braços.

— Sim, você acha que eu não devo me tornar amigo de uma pessoa que pertence a uma família tão desprezível quanto a dela. – Disse Mitsuki com o discurso de seu pai já decorado.

— Você sabe bem o quanto aquela família me explora e nunca me retribuiu devidamente! – Acusou Orochimaru.

— Pai, eles te pagam um ótimo salário! É claro que você trabalha muito, mas quem não trabalha? E, olha, Sarada é gente boa. Eu gosto dela! – Defendeu Mitsuki.

— Oh, não! Você está apaixonado por ela! – Assustou-se Orochimaru.

— Eu não tenho nada com ela, pai. – Disse Mitsuki já sem paciência.

— Não tem porque ela não demonstrou interesse ainda! Eu te conheço, filho! Essa menina não é pro seu bico! – Disse Orochimaru.

— Eu sei que o senhor não gosta do pai dela, mas minha amizade com ela não tem nada a ver com a rixa de vocês. – Disse Mitsuki.

— Vá! Mas não diga depois que eu não avisei! Os Uchiha são egoístas, mesquinhos, fúteis!

— Sarada não é nada disso! Eu não conheço o pai dele, mas também acho que ele não seja.

— Vá de uma vez, Mitsuki! Não quero me estressar mais com você!

— Tchau, pai!

— Juízo!

Mitsuki buscou Sarada. Assim que ela o viu, correu até ele e o abraçou. O garoto então a pertou. Sarada gostava muito dele. Se sentia à vontade com seu novo amigo. Agora que Inojin estava namorando Himawari, Boruto casado, Obito sempre pensando em trabalho e Shinki em Suna, ela não sabia muito bem pra quem correr. Mitsuki parecia sua tábua de salvação.

— Eu to aqui pro que você precisar. – Sussurou Mitsuki.

— Só me tira daqui tudo bem? – Pediu Sarada e Mitsuki assentiu.

— Vou te levar pra praça, porque é o único lugar que eu conheço que a essa hora dá pra ficar. – Disse Mitsuki.

— A praça tá de bom tamanho. Obrigada. – Respondeu Sarada e então eles foram andando até a praça.

— Como seu pai está? – Perguntou Mitsuki assim que se sentaram no banco da praça.

— Mal né? Todo mundo pensando que ele é culpado. Mamãe disse que ouviu o vovô o acusando. Só nós estamos do lado dele. – Contou Sarada.

— Eu acredito no seu pai também. Não acho que ele tenha sido o culpado pela morte daquela jornalista. – Disse Mitsuki.

— Obrigada por acreditar! Queria que todo mundo fosse como você!

— Pena que nem todos são perfeitos como eu! – Disse Mitsuki e Sarada riu – Tava com saudade de ouvir esse riso.

— Você é bom nisso...

— Em que? – Mitsuki sorriu e aproximou seu rosto do de Sarada.

— Fazer eu me sentir bem! – Sarada sorriu.

— Fecha os olhos? – Pediu Mitsuki num sussurro e Sarada obedeceu.

— O que você vai fazer?

Mitusuki então enconstou seu nariz no de Sarada.

— Nada. Só quero te dizer que não há distância entre nós. Que eu estou aqui, que gosto de ficar com você, que quero permanecer ao seu lado e que eu nunca vou te beijar, pois quero que quando isso aconteça tenha partido de você. – Confessou Mitsuki se afastando e Sarada abriu os olhos.

— Isso foi uma declaração? – Perguntou Sarada envergonhada.

— Yep! – Sorriu – Não me saí bem?

— Você é encantador, mas eu to fechada pra balanço.

— Essa resposta é por que a sua família tá passando por um momento complicado ou por que ainda rola um sentimento pelo tal Boruto?

— As duas coisas. Não dá pra jogar sujo com um cara legal como você. E, olha, eu já parti muitos corações! Não seja o próximo!

— Eu entendo Sarada. Aliás, eu aplaudo a sua atitude de me poupar. – Mitsuki bate palmas.

— Obrigada por estar aqui, agora, comigo, me consolando, sendo meu amigo. Era disso que eu precisava!

— Se é de um amigo que você precisa, esse amigo serei eu! – Então, Mitsuki e Sarada se abraçaram. 


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Notas finais do capítulo

Parece que nem todo mundo tá acreditando no Sasuke né? O que será que vai acontecer daqui pra frente? :O



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