Harry Potter e a Caverna de Sepsyrene escrita por Rosalie Fleur Bryce


Capítulo 27
O colar da família Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Nox.
Olá, Arnaldos. Nova era aqui na fic, trabalhei com esse capítulo e espero que gostem tanto quanto eu, no próximo, todos ja estarão em Hogwarts, prometo, kkkk. Boa leitura :)



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— O que sabemos até agora? — questionou Hermione, andando de um lado para o outro. Ela, Gina, Harry e Rony estavam na biblioteca dos Bryce; a casa era maior do que aparentava. Aramina e Emmy se encontravam no quarto de Rose, dando um banho na garota, que não dissera uma palavra desde que fora encontrada.

— Que acabei de falar com Dumbledore e em algumas horas ele vai chegar aqui. — Harry respondeu, finalmente sentindo um peso saindo de suas costas.

— Como conseguiu falar com ele?

— Aquela carta que ele mandou, vinha com um gravador para mim, tinha umas instruções no verso. — Harry alongou o pescoço. — A qualquer momento que eu apertasse o gravador, ele começaria a me ouvir.

Os quatro já estavam secos, e agora sentados em frente à gigante parede revestida de grossos livros que deviam ter mais de quinhentos anos. Lá fora, o Sol já tinha se posto. A lareira iluminava o ambiente e aquecia os quatro enquanto tentavam achar uma explicação normal para tudo.

— Eu não entendo — Harry estalou a língua, arrumando sua postura na poltrona; antes estava jogado na mesma. —, Voldemort parece ser outra pessoa... Ele nunca quis jogar e brincar, ele sempre foi direto, ia ao ponto, chegava e me procurava, chegava e ia me matar. Agora ele está... parece que está...

— Usando seus amigos? — completou Hermione, e Harry entendeu o que ela queria dizer. — Igual ao que o meu sonho disse? — ela deu uma risada como se dissesse que já sabia que isso ia acontecer. — Mas o que aconteceu enquanto eu... não estava?

— Saímos floresta a fora te procurando — Rony pronunciou-se, encarando a paisagem do outro lado da janela. — Fawkes estava nos guiando. Há uma semana encontramos Sirius, ele foi com a gente até sua casa, depois...

— Depois eu e ele começamos a procurar por Rose... — interrompeu-o Gina, mexendo nas suas unhas do pé. — E quando chegamos aqui, ele foi embora...

— Embora? — disse Hermione num tom de indignação. — Ele acha que nós temos o quê? Vinte anos? Não, temos quinze... Quatro pirralhos de quinze anos andando perdidos pela floresta e indo até Voldemort? Não sabemos nem aparatar!

— Ele foi buscar Lupin, Hermione. Nós somos crianças, precisamos de mais ajuda...

— DANE-SE! — Harry berrou, interrompendo Gina, e como se fosse um efeito colateral, sua cicatriz começou a formigar igual à quando ele sentava em seu próprio pé por quinze minutos. — DANE-SE A AJUDA! SIRIUS É MEU PAI E DEVIA ESTAR AQUI MAIS DO QUE NINGUÉM! EU SEI DISSO...

— Eu sei que ama ele, Harry. Mas não é seu pai. Pode chegar a praticamente ser seu tio, mas ele, por mais velho seja, ainda é jovem. — interrompeu ela, colocando-se de pé. — Acabou de sair da cadeia e vive fugindo e se escondendo... Ele não precisa exatamente da sua permissão para fazer as coisas, eu realmente acho que...

— Eu pouco me importo com a droga da sua opinião que não serve para nada, esquece... Eu só...

— Ah — ela exclamou impressionada. —, e quando a droga da sua namorada idiota também não servir para nada, vai fazer o quê? Esquecer também?

Ela pegou pesado. Harry tinha sido mal educado e talvez tenha se arrependido, mas isso não justificava Gina trazer o relacionamento dos dois à tona.

— Isso não... não... Isso foi um golpe baixo.

— Baixo? — ela quase gritou. — Você fala do Rony mas tem sido tão displicente quanto ele. Nos encontramos há três horas e você já está dizendo que minha opinião é uma droga? Ah, Harry, quer saber? Não é só você que está correndo perigo, nós também estamos aqui, nós...

— Eu não pedi para vocês estarem aqui!

— Ah, claro. Nós viemos porque queremos um pouco mais de adrenalina nas nossas vidas. Não porque nos importamos com você, não porque não queremos que você morra sozinho...

— Acha que vamos morrer?

— Bom, se você continuar agindo dessa forma, um a menos não importará, não é mesmo?

— É, acho que é mesmo.

Foi da boca para fora. Esse não era o objetivo. É claro que um a menos importaria, Gina também achava isso, pois quando Harry a olhou, lágrimas já dominavam seus olhos desapontados.

— Sabe que eu não quis dizer isso...

— É claro que você não quis dizer isso. Está cansado, estressado... Descansa, toma um banho e mais tarde a gente conversa. Boa-noite para vocês. — e dizendo isso, retirou-se da sala.

— Harry — pronunciou-se Rony, engolindo seco antes de falar. —, você é meu irmão, sabe disso. Mas se voltar a falar assim com a minha irmã, não perderá só uma namorada. Vem, Mione — E com isso, os dois saíram da biblioteca.

De repente, tirando Harry de seu culpado silêncio, algo bateu na porta de entrada. Harry foi até esta com pressa e pôs seu olho ne frente do olho mágico, era a fênix de Dumbledore.

— Fawkes — mussitou ele, abrindo a porta para que a ave entrasse. Porém, Fawkes somente deixou um envelope nas mãos de Harry e então levantou voo.

Harry mirou a fênix por mais alguns segundos, para garantir que ela ficaria bem. Logo depois abriu o envelope e fechou a porta, trancando as quatro fechaduras. O pergaminho estava todo amassado e a letra de Dumbledore estava tão ilegível quanto a de uma criança aprendendo a escrever.

“Em uma pouco mais do que meia hora estamos aí. Estamos contatando aurores prodígio mas eles estão cada vez mais raros e parece que alguns Comensais estão os sequestrando. Consegui informações sobre o que Voldemort quer fazer, especialmente com Hermione.

A barriga de Harry gelou por um tempo, que não fosse nada ruim, nada ruim...

Ele sabe muito bem que Hermione é uma fantástica bruxa, e quer usá-la como sua nova mão direita. Seu plano é congelar o coração de Hermione até que ela morra temporariamente, enquanto isso, Voldemort estará tirando a memória da garota. E quando ressuscita-la, ela não lembrará de amigos, família ou vida. Seu coração estará congelado para sempre, e somente seu cérebro funcionará.

Nesse ponto, a caligrafia do diretor ficou ainda mais ilegível, Harry apertava os olhos e fazia esforço para conseguir ler.

Mas não acabou. Primeiro Voldemort descobrirá de quem, entre vocês, ela gosta. Depois que ele descobrir, usará o outro para criar ilusões na cabeça dela. Minerva me contou que ela tem algum tipo de sentimento por Ronald, e se isso for verdade, Voldemort criará ilusões na cabeça de Hermione, ilusões que mostram você, Harry, matando Ronald. Assim, Hermione terá um motivo para te odiar. Isso já está acontecendo, a memória de Hermione está sendo apagada, não? Não saiam da casa dos Bryce, ela em um feitiço de proteção.

Até mais, Harry”.

 

Harry respirou fundo, pôs a carta no balcão que ficava ao lado da porta e passou as mãos no cabelos. Fechou os olhos então os abriu, percebeu que sua cicatriz continuava formigando. Decidido a refrescar sua cabeça e os pensamentos, foi até o quarto de hóspedes e entrou na banheira, sentindo agora, todo seu corpo frio entrar em choque térmico com a água quente.

Depois do banho, decidido a descansar e permanecer vivo, Harry pôs sua muda de roupas que trazia na mochila e foi até a biblioteca. Chegando lá, percebeu a delicada presença de Gina. A garota estava com as pernas encolhidas e o queixo encostando no vão entre os joelhos. Seus cabelos ruivos estavam amarrados em um coque malfeito; os olhos, compenetrados num pergaminho velho que ela lia. Harry chegou mais perto, silenciosamente, e viu que o ruivo cabelo de Gina ainda estava molhado, ela devia ter acabado de sair do banho. Usava um enorme moletom vinho com o símbolo da Grifinória estampado. Era o casaco que ela tinha roubado de Harry uma vez. Ela devia estar muito brava, mexia os dedinhos dos pés freneticamente, com certeza imaginando os jeitos de terminar com Harry. Com certeza ele falaria “Oi” e ela responderia “Não venha com Oi para mim, seu idiota”.

— Oi — murmurou ele, andando lentamente. Gina levou um sustinho, mas olhou para Harry e deu um mínimo sorriso dizendo:

— Ah, oi.

Não houve gritos. Nem choro. Nem tapas. Nem nada, só um oi acompanhado de um sorriso.

— Que está lendo? — perguntou ele, agora com medo da calma da garota.

— Nada demais, um romance antigo e empoeirado. — ela assoprou a capa do livro.

— Sei — Aquele monstro que sempre aparecia nos piores momentos e vivia na barriga de Harry se manifestou, e Harry sabia o que devia fazer. — Bom, quero te pedir desculpas. Sabe que eu não falei por querer, nunca falaria isso, eu estava estressado e tudo está caindo bem nas nossas costas e agora com esse...

— Harry — ela se levantou, colocando o livro sobre uma enorme mesa de madeira e indo até o garoto. —, relaxa... Eu sei que você nunca diria aquilo se não estivesse morrendo de cansaço e desespero.

— Desculpa... — suspirou, soltando o ar e olhando-a com uma expressão devastada.

— Não precis...

— Só me diga que me desculpa...

Ela respirou fundo e então mussitou:

— Te desculpo.

— Obrigada — Harry a abraçou com força e não quis mais soltar, Gina retribuiu o abraço, passando os braços pelo tronco do garoto e aconchegando a cabeça no peito dele. —, alguma coisa aconteceu comigo... Eu não estava assim, não estava grosso, sei disso. Mas agora eu falo com as pessoas como se...

Gina o interrompeu com um calmo beijo, passando levemente uma das mãos na nuca de Harry. Mas de repente se distanciou, dizendo:

— Não, desculpa, minha boca está cheia de pomada, está toda rachada, sabe?

— Não me importo — e Harry voltou a beijá-la. Como ele amava Gina. Tinha gritado as piores coisas, e mesmo assim ela continuava ao seu lado, ajudando-o a achar respostas, e não porque era idiota ou iludida, mas porque sabia como Harry se sentia e o compreendia, como ela conseguia ser tão perfeita?

— Te adoro... demais — murmurou ela, para infelicidade de Harry, separando seus lábios dos dele, mas continuou ali, os dois num abraço e ela encarando algumas mechas de cabelo rebeldes de Harry.

— Tenho uma coisa para você — Harry de repente teve uma ideia, puxou Gina pelo braço e foi até uma mesa que sustentava alguns vasos repletos de flores. — Sei que é um pouco cedo — foi falando enquanto tocava a ponta de sua varinha no caule de uma das flores. —, e não é nada de ouro ou prata. — acabou. Tinha moldado um anel com sua varinha, uma anel verde com florzinhas azuis. — Mas é o que eu posso dar agora. Prometo que quando chegarmos em Hogwarts, vou à Hogsmeade e compro um anel de verdade.

— Como assim? — Gina olhava encantada para o anel e depois para Harry.

— Nunca fiz o pedido oficial — Harry estendeu a mão e Gina colocou a sua sobre a dele. — Ginevra Molly Weasley, gostaria de ser minha namorada?

Gina sorria radiante, até riu um pouco, fez que sim com a cabeça e então Harry deslizou o anel pelo dedo da garota, beijou sua mão e então a encarou por um tempo. Foi ela quem deu o primeiro passo, se aproximou de Harry e abraçou seu pescoço. Os dois se beijarem novamente.

De repente, ouviram a barulho de uma tábua de madeira estalando. Olharam para trás e já apontaram as varinhas, mas então perceberam que não era um inimigo qualquer, e sim Rosalie. Ela não estava nada bem, mas pelo menos estava melhor do que quando fora encontrada. Seus longos cabelos loiros agora já se encontravam limpos e livres de qualquer gota de sangue. Ao longo de seu corpo, curativos. Mas tirando tudo isso, ela estava bem.

— Desculpa, não queria interromper — ela já ia se retirando quando Gina disse, amigavelmente:

— Amei sua casa

— Ah — exclamou ela, dando um leve sorriso. —, gosto muito daqui, da biblioteca principalmente, amo ler aventuras, suspenses, romances...

— Ah, falando em romances... Posso perguntar uma coisa? — Harry hesitou em fazer tal pergunta, era algo muito pessoal, mas era importante.

— Ãhm, claro...

— Bom, o que tem entre você e o Malfoy?

Houve um silêncio muito misterioso por alguns segundos, Rose respirou fundo e então disse, pensativa:

— Acho que nem eu e ele sabemos ao certo. É complicado, sim, existe, ou existia, algo entre nós, eu não chamaria de namoro e nem só de amizade, sabe? Bom, tudo começou naquele treino de Quadribol, o meu primeiro treino. Depois daquele dia parece que ele começou a me ver de um jeito diferente, não me tratava como qualquer uma...

— Ele não zoava com a sua cara — completou Gina, e Rose concordou com a cabeça.

— Eu achava que estávamos ficando muito amigos, só isso, mas então ele me convidou para ir à casa dele, o Sr. Malfoy ia fazer uma reunião importante, acho, e ele me convidou. Lá ele me deu isso...

Rose indicou seu pescoço, e quando Harry aproximou-se, viu que era um colar de prata. Um único pingente, uma pedrinha de quartzo com uma pequena e prateada serpente enroscada na joia

— Você já tirou o colar alguma vez?

— Não — ela riu consigo mesma enquanto procurava o fecho do colar e o tirava o pescoço. —, estranho n...

Ela parou de falar. A pele que antes estava sob a pedra de quartzo começou a ficar negra, Rose tentava falar mas nenhuma voz saía, e pela sua expressão era claro perceber que ela estava sofrendo com muita dor.

— Coloca o colar de volta — disse Harry, já tomando o colar das mãos de Rose e colocando-o em volta do pescoço da garota.

Foi no mesmo minuto em que o pingente de quartzo tocou a pele de Rose que ela voltou a respirar, com dificuldade, mas foi se acalmando aos poucos.

— Sinto muito, Rose — murmurou Harry, tirando suas próprias conclusões. Se Rose não podia tirar o colar, Hermione estava na casa dela, e Voldemort não ficava tomando conta o tempo todo. Era muito simples. — Mas acho que Draco não lhe deu isso porque gosta de você...

Rose piscou duas vezes, e antes que Harry pudesse vê-la piscar a terceira, já estava sendo puxado por Gina. Ela o arrastou até o lado de fora da biblioteca, e quando Harry olhou para Rose pela última vez, ela estava passando as mãos pelo cabelo, da testa até a nuca, parecia um tanto impressionada, ou talvez fosse só a quantidade de informação jogada de vez em sua cabeça.

— Por que fez isso? — perguntou Gina, intercalando olhar para Rose ou Harry.

— Fiz o quê?

— Dizer que Draco não gosta dela de verdade...

— O que isso tem de demais?

— É a mesma coisa que chegarem para mim e falarem “Olha, sinto muito, mas Harry Potter está a usando para derrubar Voldemort. Não a ama de verdade”.

Era uma coisa muito absurda. Harry nunca faria isso. Draco, por outro lado, faria. É claro que a comparação fez com que o que Harry fizera parecesse muito pior do que realmente fora.

— Não é a mesma coisa, Gina.

— É, sim — insistiu ela, apertando o braço de Harry. — Mesmo vindo de Draco, e mesmo que seja verdade, ela devia tirar as conclusões sozinha, e não ter esfregado na própria cara que Draco a enganara por tanto tempo.

— Está tudo bem aqui? — a voz veio do corredor dos dormitórios, Hermione vinha acompanhada de Rony. — Ah, onde estavam? Eu e Rony estávamos procurando vocês por todos os cantos. Descobri que essa casa tem um encanto de tamanho, parece bem menor por fora.

— Ah — murmurou Gina. — Estávamos conversando, aí coisas aconteceram, aí começamos a conversar com Rose.

— A pomada que eu dei pra Gina está na sua boca? — Rony perguntou a Harry.

— Isso seria “as coisas que aconteceram”. — Harry percebeu que Hermione riu com o comentário nada discreto do amigo. Gina deu um tapa no braço de Harry e Rony ficou vermelho.

— Mas por que estavam brigando..?  Já que “coisas aconteceram” não deviam estar brigando... — Hermione perguntou, não conseguindo deixar de rir.

— Harry disse bem claramente para Rose que Draco está a usando para ajudar Voldemort.

— Harry! — exclamou Hermione, brava.

— O que isso tem de demais? — disse Rony, erguendo as sobrancelhas, e Harry disse “Obrigado, pelo menos um” mentalmente.

— Rony! — Hermione exclamou novamente, agora olhando brava para o ruivo. — É a mesma coisa que olharem bem na minha cara e dizerem que você só está me usando para ir bem nas provas...

Um silêncio engraçado e constrangedor ficou no ar, e só depois de um tempo Hermione percebeu o que tinha falado, encabulou-se por um tempo, até que algumas palavras saíram de sua boca:

— Não, desculpa, dei um exemplo errado, mas você entendeu, não?

Harry olhou para Rony e o amigo estava mais vermelho que seus cabelos, olhando para os lados, procurando uma resposta para o exemplo inesperado de Hermione.

— Entendi...

— O.k., ótimo, agora me fale o que descobriu sobre Rose e Draco Harry estou bem curiosa sobre isso sabe? Não estou nada nervosa não longe de mim, é que...

— Mione, calma — sorriu Gina. — Não adianta andar para trás, todos nós entendemos seu exemplo, já foi — e deu uma risada no final.

— Bom, aparentemente Draco deu um colar para Rose. O problema é que quando ela tira o colar, sua pele começa a escurecer e ela fica com falta de ar. E ao colocarmos o colar de volta, ela consegue respirar. É só ligar os pontos. — disse Harry, gesticulando com as mãos.

— Não entendi — disse Rony, olhando para o chão e depois para Harry.

— O colar que Draco deu para Rose tem um feitiço rastreador. Por isso Voldemort não fica tomando conta daqui...

— E é por isso que ele te mandou para cá — a voz de Rose interrompeu a de Hermione, os quatro levaram um susto, e então olharam para a biblioteca, de onde Rose vinha saindo.

— Não sabemos se isso é verdade — Hermione foi até a loira, em tentativa de consolo.

— É a única teoria que faz sentido. Acabei de ver uns documentos dos meus pais, e um membro do Ministério de Magia recomendou minha mãe e meu pai, por isso nos mudamos. Adivinhem quem foi...

— Lúcio — Harry palpitou no mesmo segundo, e Rose simplesmente afirmou com a cabeça.

— E não acaba por aí, o Presidente das Instituições de Magia e Bruxaria do Mundo, Zachariah Lamont, quem propôs o Discipulis Partialiter, teve a ideia vinda de um dos membros do Ministério...

— Lúcio — completou Harry. Rose afirmou novamente. Agora tudo fazia muito mais sentido. — Mas agora os Malfoys são os menores dos nossos problemas, temos que descobrir como salvar Hermione.

— Me salvar? Mas eu achei que já estava salv...

— Não, não está. Dumbledore me contou todo o plano de Voldemort, de alguma maneira temos que descobrir como impedi-lo de fazer o que quer, temos que estar a um passo na frente dele.

— Mas vamos fazer isso amanhã, em Hogwarts, daqui a pouco Dumbledore está aqui — interrompeu Gina, puxando Harry para o corredor de dormitórios. —, estamos exaustos, não vamos conseguir pensar em nada se for desse jeito.

— Concordo — disse Hermione. —, minha perna ainda dói um pouco. Precisamos descansar. Boa-noite, gente.

Todos responderam com outro “boa-noite”, Hermione e Gina entraram em seus quartos. Harry estava atrás de Rony e quase adentrando o quarto que fora destinado a eles dois quando viu Rose parada em frente a porta de seu quarto. Sua mão ficou parada na maçaneta, Harry encolheu-se ao lado do batente da porta e observou Rose. A garota começou a choramingar, virou-se e encostou na porta, e então, aos poucos, deslizou até o chão, abraçando seus joelhos.

— Vai ficar tudo bem — murmurou Harry. Rose tentou disfarçar, enxugou as lágrimas rapidamente com a manga de seu casaco e então deu um leve sorriso, mas não levantou-se. Harry entendeu como se fosse sua deixa para sair de cena, e então o fez, fechou a porta lentamente e então deitou-se, com sua cicatriz ainda formigando.


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Notas finais do capítulo

E então?? O que acharam? Comentem e também cliquem em 'acompanhar história', faria meu dia. Amo vocês. Um beijo com cheiro de unicórnio e até a próxima...



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