Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 27
Have you ever seen the rain? (part one)


Notas iniciais do capítulo

[Você já viu a chuva? (parte um)]

Heyzinho, eu disse que ia postar hoje, e aqui está. Gente me desculpem, eu não sei o que acontece que eu começo a escrever e não paro mais, então ficou dividido em duas partes de novo, mas a opção escolhida foi totalmente finalizada .. Aqui está a parte dois da opção 1, mas a parte 1 da parte 2... Finjam que entenderam tá? kkkk Aproveitem



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Povs Sam:

Entro depois de Carly na sala de reunião e os funcionários estão em pé nos cantos, alguns sentados, outros ainda estão entrando e se acomodando como podem.

Coloco-me na frente de todos e respiro fundo, Carly faz o mesmo e continua sem me olhar. Olho para o rosto de cada um e abro a boca para falar, mas Carly inicia o assunto.

— Quando a Sam e eu fundamos essa empresa, queríamos mostrar que podíamos fazer muito mais do que um web show na internet. Muitas vezes na vida nós temos que dar adeus a muitas coisas, eu odeio essas partes, mas hoje é para isso que estamos aqui. - ela faz uma pausa antes de continuar- Sam e eu sentimos saudades de casa, então está na hora de voltarmos para o lugar de onde viemos. – nós somos o que? Alienígenas? Me seguro para não rir - Vamos sentir falta de vocês e da grande ligação que tivemos com todos aqui. A C.S Soucer agradece imensamente pelos dois anos e meio de um sucesso perfeito e digno. Todos vocês fizeram a sua parte e isso foi bom, porém tudo na vida tem um ponto final e o nosso é aqui. Como sabem a Comosplit é nossa sócia e a partir de agora vocês integrarão na empresa deles, mesmo funcionamento, ninguém será afetado. - ela finaliza, mas é como se tivesse reticências no final em vez de um ponto.

— Vocês vão reabrir a C.S Soucer em Seattle? - alguém pergunta, mas não sei quem foi, pois meu olhar está fixo em Carly.

— Não vamos, acho que esse é o fim da empresa. - Carly admite e finalmente me olha, ela se desculpa com os ombros.

— O quê?! - eu esbravejo, era isso que ela estava tramando então.

— Não podemos deixar uma filial e mesmo fazendo parceria com a Comosplit nossa presença aqui ia ser solicitada com um tempo, isso não afeta a ninguém a não ser a Sam e eu. E como ainda sou a chefe de vocês, eu sugiro que fiquem na Comosplit, se acontecer algo não poderemos ajudar e a C.S Soucer não vai ter um futuro em Seattle. Não sem vocês. - Carly encerra e dá um passo para trás.

— Estamos mesmo seguindo os passos do seu noivo? - pergunto em tom baixo.

— A empresa deles estaria perfeita se o Freddie não tivesse deixado o orgulho subir a cabeça e resolver ampliar as coisas. - ela me contradiz sem hesitar.

— Foi culpa do Gibby, ninguém o mandou ser tão mesquinho e ter uma visão pequena.

Carly olha em volta.

— Isso não importa agora, acabou Sam, não vai dar certo querer um novo começo lá. A ideia é ruim. - ela se aproxima de mim - Você tem seu ponto de vista e eu tenho o meu, somos melhores amigas, não podemos brigar. E você sabe que no fundo concorda também. Juntas no iCarly era uma coisa, éramos adolescentes, era diferente. Agora administrar uma empresa jamais vai dar certo. Sempre foi difícil entrarmos em acordo e agora remontar tudo em Seattle vai acabar... Desculpa a palavra, mas vai acabar na merda.

Analiso o que ela falou e vejo que ela tem razão. Em parte. Eu ainda quero continuar com a empresa, vou ficar desajustada se eu não achar algo para fazer. Nunca gostei de trabalhar, mas ficar vivendo à custa do Freddie não faz o meu tipo. Mordo o lábio e dou um leve aceno com a cabeça.

— Bom... Galera! - chamo a atenção de todos- Seus empregos continuam os mesmo, as mesmas funções, ajustes de salários tudo será revisado pela Comosplit e vocês continuarão bem. Acho que isso é um adeus.

É um adeus. - Carly alisa minhas costas.

— Obrigado de todo o coração por terem aturado a Carly e eu por tanto tempo. Obrigado por nos enxergarem como adultas e não como antigas apresentadores de um web show chamado iCarly, isso nos motivou muito. - dou uma risada leve junto com todos- Vamos sentir saudades.

— Sim nós vamos. Obrigado mais uma vez gente. - Carly olha para mim checando se não falta alguma coisa a adicionar - Acho que o mínimo que podemos fazer é apertar a mão de cada um.

O que não esperávamos a seguir era uma onda de aplausos invadirem a sala. Um sorriso se forma no rosto de cada um, inclusive no meu. Alguns agradecem, outros relembram histórias, poucos nos abraçam e uma parte aperta nossas mãos. Isso tudo leva uns quarenta e cinco minutos. Quando todos se retiram da sala eu me sento sobre a mesa e estralo as mãos que estão doloridas de apertar a mão de tanta gente. Olho para a Carly, não sei estou brava com ela ou não, e entendo que não tenho motivos para ficar.

— Sabe o que você fez não é? - eu pergunto rindo.

— Não. - ela nega rindo também.

— Agora, senhorita Shay, vamos ter que ficar por Londres mais um pouquinho, até nossos advogados repartirem a empresa em 50% para cada uma, o que vai dar uma burocracia de um mês para mais, obrigado por nos prender nessa cidade maldita. Congratulações. - bato palma teatralmente.

— Eu sinto muito Sam. - Carly se desculpa, mas não está arrependida- Só vai ser ruim para os meninos, eles vão ter que voltar para Seattle.

— Nada vai fazer o Freddie me deixar aqui, tinha que ser algo muito urgente para ele preferir retornar a Seattle a ficar comigo.

— Não cospe para cima que cai na testa. - ela me adverte e dou de ombros para seu aviso.

— Você vai ver, ele não vai querer ir. - me coloco de pé- Vamos retornar ao escritório, finalizar os acordos e ir embora para o conforto do nosso apartamento do século XIX.

— Vamos lá loira. – ela abre a porta.

— Depois de você morena.

 

 

Entro no escritório e vou correndo para a minha mesa, tenho que responder o e-mail do Freddie. Mas tenho muita coisa para fazer antes. Carly e eu ficamos fechando contratos boa parte da manhã. E rindo de coisas idiotas também. O que me deixou com mais fome do que o normal. Quando por fim terminamos, por volta de uma da tarde, a Sônia entra no escritório e vem perguntar se queremos alguma coisa.

— Me traz o maior croissant de presunto que tiver na padaria e uma Coca-cola diet.- peço em um tom divertido.

— Claro. - ela da às costas e esbarra na Carly- E você?

— Eu vou bem, obrigada. - ela aperta a mão da Sônia e as duas caem na risada, então Sônia nota o anel na mão da Carly- Ah meu Deus, quem é o cara?

— O cara mais perfeito do mundo. - Carly começa a dizer e eu vejo que isso vai demorar, e eu preciso comer agora.

— Carly, amiga, vai com a Sônia comprar meu lanche, assim você conversa sobre o Gibby com ela e ninguém atrasa minha refeição.

— Vamos lá. - Sônia puxa a Carly e eu aceno para elas.

Por fim, abro meu e-mail e vejo que chegou mais dois do Freddie.

 

De: Freddward Benson

11 de agosto de 2016 10h00min p.m

Assunto: Grilos

Para: Samantha Puckett

Sam, já faz tempo que não sei nada sobre você, não me deixe preocupado, sabe que não gosto de esperar por você, fale com seu nerd favorito.

Freddward Benson agora paranoico

 

 

 

 

E tem outro do meu nerd favorito.

 

 

De: Freddward Benson

11 de agosto de 2016 12h15min p.m

Assunto: MUITOS GRILOS

Para: Samantha Puckett

Que parte de uma tangente inversa se aproximar de uma assimptota você não entende? Aconteceu alguma coisa? Você não me ligou e nem me mandou mensagem, o Gibby também está preocupado. Vocês estão bem?

Freddward Benson paranoico com o melhor amigo

 

 

 

Esse seu último e-mail me faz rir. Frase de nerd total. E é bom saber que ele e o Gibby viraram realmente melhores amigos de novo. Pego meu Pearphone e disco seu número, ele atende de imediato.

Está tudo bem?— ele pergunta alarmado.

— Está- respondo- Eu só não tive tempo de te responder.

Não faça mais isso, eu fiquei preocupado.— ele murmura e eu reviro os olhos- Não revire os olhos Sam.

Dou um pulo da cadeira e olho em volta.

— Como sabe que fiz isso?

Porque eu te conheço Samanthinha.— ele responde solenemente.

— O que fez durante a sua manhã?

Ele hesita antes de responder.

Algumas coisas com o Gibby e você?

— Muitas coisas, pelo visto vamos ter que ficar mais um pouco aqui em Londres.

O que aconteceu?— Freddie parece chateado.

Explico para ele a discussão que Carly e eu tivemos ontem à noite, falo da reunião e conto a ele o que teremos que fazer agora. Ele só escuta e solta alguns “hum” para mostrar que estava prestando atenção.

Que horas você vai sair do trabalho?— ele pergunta depois de eu terminar de falar.

— Não sei, acho que por volta das seis horas da noite.

Avise-me quando terminar tudo, eu irei te buscar.— ele se anima.

— Freddie. - chamo sua atenção.

Sim querida?— ele usa um tom galante e isso me faz rir.

— Mande o Gibby vir junto, eu quero que ele faça um favor para mim.

E esse favor seria?

— Bem, como você e ele tiveram uma manhã divertida e você não quer me contar, então também não direi nada a respeito do que vou pedir para ele fazer. - viro o jogo contra ele.

Hmm. Bom ponto.— sinto-o sorrir do outro lado- Bem, irei avisar a ele.

— Ok.

Eu te amo.— ele faz eu me derreter.

— Eu também te amo.

Me responda mais rápido.— ele exige.

— Xau Freddie. - dou risada e desligo o celular.

Por volta das seis horas da tarde, eu estou deitada em cima da minha mesa desfrutando do último dia de trabalho. Já liguei para os meninos virem nos buscar, eles devem ter alugado um carro ou coisa assim. Carly foi entregar uns papéis no andar de baixo, já que não conseguimos localizar a Sônia, que tomou chá de sumiço e deu uma despistada na gente.

Carly retorna do andar de baixo e ri da minha situação na mesa.

— Agora eu sei por que você não veio de vestido. - ela vem até mim.

— Essa mesa é mais confortável que a minha cama.

— Você pode levar para casa, mas eu não sei se o Freddie iria gostar de dormir em cima dela com você. - ela enfatiza a palavra “dormir”.

— Você não presta garota. - belisco a coxa dela.

— Falou a que faz coisas novas. - ela faz aspas no ar.

A conversa está tomando um rumo engraçado.

— O que pretende fazer no casamento?

— Não sei, eu tive tantas ideias. Pesquisei na internet antes de dormir, quero coisas bem tradicionais, o arroz e tudo. – ela se anima.

— Vai entrar com a marcha nupcial?

— Acho que sim. Não sei se existe uma música que defina tão bem o Gibby e eu, para eu subir no altar ao som dela.

Fico pensando nisso.

— Não tem nenhuma mesmo?

Ela balança a cabeça negativamente.

— Vou falar com ele sobre isso.

— E o vestido? Vai colocar véu e grinalda?

— Será? E se as pessoas acharem brega? – ela analisa a opção.

— Bem, o casamento é seu, ninguém vai dizer que você está brega, não comigo lá.

— Verdade né. – ela ri comigo – Estou pensando em um bolo de morango bem grande.

— Carly, não importa o bolo, eu vou estar lá para comê-lo.

— Ai Deus. – ela balança a cabeça achando divertido – Onde será um bom lugar para passar a lua de mel?

— Melhor parar por aqui – eu levanto as mãos - Antes que você comece a contar sobre sua relação com o Gibby, na última vez eu ri durante uns dez minutos.

— Por que isso te faz rir?

— Não é óbvio? - me apoio no cotovelo.

— Não para mim. - Carly puxa a minha cadeira para se sentar.

— Eu não sou do tipo que escuta esse tipo de coisa Carly, é estranho, se quiser me contar algo então conte, mas que seja algo sério e não sobre como ele fez sexo com você na cozinha. – começo a segurar o riso e ela abre a boca em choque.

— Por que teve que se lembrar disso Sammy? - Carly cora na hora, mas também está rindo em harmonia comigo.

— Porque eu estou com medo de você fazer isso na cozinha do nosso apartamento. - começo a me sentar quando vejo Freddie e Gibby entrarem em silêncio no escritório.

— Me respeita. - Carly ri comigo e eu tento ficar normal- O Gibby só é muito elétrico, entende?

Gibby ergue as sobrancelhas e Freddie passa a mão no rosto sem acreditar no que está ouvindo.

— Eu nem imagino... - dou um sorriso travesso.

— Ele é incontrolável Sam, tem hora que eu não sei o que fazer. Antes do café da manhã ele já quer... – Carly faz uma cara engraçada e se aproxima mais – Você sabe... – eu prendo a respiração para não rir – Ele é sempre muito disposto... - Carly me conta e eu não sei se paro agora ou depois, o riso borbulha na minha garganta - Ele acha que eu sou de ferro, só pode.

— E você gosta né? - arrisco perguntar e os garotos me olham chocados.

— Ah não... - ela se encolhe na cadeira e eu não aguento mais, eu começo a rir sem parar, sinto minhas costelas doerem de tantas risadas seguidas- Ele está atrás de mim né?

— Conta mais amiga. - prossigo rindo.

— Ok, isso foi engraçado - Freddie fala e vem até nós.

— Não, espera. Deixe-a terminar. - eu seguro a minha barriga de tanto rir e Freddie me tira de cima da mesa me colocando em seus braços e eu continuo a me contorcer enquanto mais uma onda de risadas me domina.

— Ela é terrível. - Gibby murmura e mesmo eu dando risada, dou um tapa na orelha dele, e volto a rir contra o peito do Freddie.

— Onde é o botão de desligar? - Freddie me vira de lado e depois de costas como se estivesse procurando.

— Na boca - Carly responde para se vingar.

Na fração de um segundo Freddie toma meu rosto nas mãos e me dá um beijo fofo nos lábios, o que faz meu riso parar e ser substituído por outra coisa.

— Vamos pra casa gente. - começo a puxar ele pelo braço.

— Na verdade, nós não vamos para casa, eu vou te levar a um lugar. - Freddie envolve minha cintura com o braço.

— E quanto a nós? - Carly se levanta da cadeira.

— Ah sei lá, me arruma ai um balde de frango frito. – uso minha resposta para tudo.

— Céus... – Carly solta uma risadinha - Então vamos embora. – ela se entrelaça com o Gibby.

 

 

Deixamos a nossa empresa e caminhamos para o estacionamento, me surpreendo com o carro estacionado ao lado do meu Jimny amarelo. É um Ford Mustang Gt350 5.2 V8 526cv Modelo 2016, sou perita nesse carro. O azul cobalto reluzente me lembrou da revista automotiva que eu li. O carro parece novo, ele é lançamento recente, quem é o milionário que está trabalhando na minha empresa que comprou um carro assim?

Freddie me conduz até o estacionamento e para na frente do Mustang.

— Você alugou esse carro? – quase berro olhando para a perfeição automobilística.

— Não exatamente. – ele murmura olhando para o carro – Você não ia pedir um favor ao Gibby?

Oh, quase ia me esquecendo.

— Gibby, posso falar com você? – eu pergunto, mas não espero ele responder, puxo ele pela a mão e o levo para longe do Freddie.

— Vai chover? - ele olha para cima, o tempo está se fechando terrivelmente.

— Nunca viu a chuva? - murmuro.

— Esquece. - ele balança a cabeça viajando nas suas ideias.

Ele me olha curioso e espera eu pronunciar o que preciso dele.

— Preciso que faça uma coisa por mim. – seguro seus braços.

— Faço qualquer coisa. – ele concorda sem nem ao mesmo saber.

— Devolve o Jimny ao Austin. – digo de uma vez.

Ele se choca na hora e coça o queixo. Gibby lança um olhar para Carly do outro lado do estacionamento, ela está se deitando no capô do Mustang enquanto Freddie ri sem parar. Aperto os braços do Gibby para ele voltar à atenção para mim.

— O que eu digo? Simplesmente deixo o carro lá? – ele me pergunta.

— Leva na padaria, ele deve estar lá há essa hora, diz que eu tive que devolver, porque era o certo. Sei lá, inventa qualquer coisa. Só devolva o carro. Eu transfiro para o nome dele um pouco antes de eu deixar Londres. Acredite isso vai fazer o Freddie dormir tranquilamente essa noite. – praticamente imploro a ele – Anda Kibby! - eu estapeio seu braço.

— Hey, é Gibby, não muda o meu nome. – ele sorri e acho que concordou.

— Nem é seu nome de verdade, você se chama Cornelius. – soco seu ombro de leve – Vai fazer isso por mim, sim ou não?

— Vou. – ele acena com a cabeça – Quer que eu devolva agora?

— Seria melhor. – pego sua mão direita – Freddie e eu vamos deixar a Carly em casa, não se preocupe. – o acalmo.

— Tudo bem. – ele inala profundamente e depois recua quando vê o olhar homicida que o Freddie está lançando sobre nós.

— O que vocês aprontaram de manhã? – aperto sua mão com força até a circulação do sangue começar a falhar.

— Ai! Au! Não Sam! – Gibby começa a olhar para a mão dele ficando roxa – Ele vai te contar! Não faz isso! – ele começa a flexionar os joelhos e eu solto a mão dele, ele respira aliviado e esfrega a mão junto ao peito – Você não mudou nada.

— Não nesse aspecto. - começo a andar de volta para perto do Freddie.

Gibby se coloca do meu lado, paramos na frente do meu carro e eu abro a porta para ele. Tiro a chave do bolso e lanço na sua mão, ele a pega no ar.

— Eu já volto Carly, me espere. - ele lança um sorriso fofo a ela que ignora abraçando o Mustang.

— Melhor você ir, ela está ocupada com o carro. - sorrio diante da cena e empurro o Gibson para que ele entre no Jimny.

— Algum último recado? - Gibby me pergunta fechando a porta.

Vasculho minha mente em busca do que dizer, talvez devesse escrever um bilhete ou algo assim. Viro o rosto e olho para o Freddie, ele tem uma expressão fofa e confusa, sorrio da sua cara engraçada e olho para o Gibby novamente.

— Só devolva o carro. - aviso e me distancio da porta.

— Até mais. - Gibby liga o carro e o leva para fora do estacionamento.

— Bem. - toco na porta do Mustang e Freddie aperta o botão, o carro apita avisando que está destravado - Sai de cima do carro e entra logo aqui Carly.

— Sam, a porta é do outro lado. - Freddie aponta para o lado direito do carro.

— Força do hábito. - dou a volta me perguntando por que ele alugou um carro americano.

— Carly, saia de cima do carro, como vou dirigir com você ai? - Freddie tenta pedir com a voz séria, mas vejo-o omitindo um sorriso.

— Sam sobe aqui para você, mais macio que a sua mesa. - Carly se apoia sobre os cotovelos.

— Me deixa ver. - subo em cima do capô e deito de costas - Oh! Ah que confortável. Perfeito. Hmmm.

— Sammy!- Freddie me puxa pela perna rindo.

Carly desce do capô e eu desço depois. Seguro a porta do passageiro e a abro, observo o interior do carro, totalmente impecável, mas...

— Freddie? - eu fico confusa.

Ele está abrindo a porta do motorista.

— Fala amor.

— O carro só tem dois lugares, como espera que a Carly e eu caibamos dentro desse bebê? - ronrono para o carro.

— Ela pode ir no seu colo. - ele entra no carro e fecha a porta.

— Quem está a fim de ser multado?- Carly pergunta sarcasticamente.

— Primeiro, eu não tenho habilitação aqui em Londres, já estou errado nesse quesito. Segundo, o carro é americano, outro problema também. - Freddie introduz a chave na ignição, aperta um botão e o motor V8 ruge fortemente sobre o capô.

— Own... - aliso o carro- Que perfeição

Sento no banco com designer esportivo e coloco a Carly em cima das minhas pernas.

— Não. Espera. Do outro lado- ela tenta se ajeitar.

— Do outro lado Carly. Joga as pernas para lá. - começamos a nos mexer para se acomodar direito- Merda. Pro outro lado Carls.

— Eu estou tentando. - ela reclama e por fim se ajeita, o cabelo castanho dela está na frente de todo o meu rosto.

— Tudo certo ai Sam? - escuto Freddie rir.

— Ah, vai tudo perfeito, anda com esse carro logo!- cuspo o cabelo da Carly que entrou na minha boca.

— Não se estresse. - ele começa a acelerar o carro.

Não consigo ver o trajeto direito, ainda mais com a Carly se mexendo a cada curva, ela se ajeita um pouco melhor e por fim consigo ver o rosto do Freddie. Ele está calmo e sorri ao notar que estou olhando para ele. Carly coloca a mão na frente e começa a tentar abrir um compartimento que tem atrás do câmbio do carro.

— O que é isso? - ela puxa a travinha para abrir.

— Não abra!- Freddie se desespera- Não mexa em nada, o carro não é seu.

— Nem é seu também- defendo a Carly.

Freddie parece achar divertida a situação.

— É diferente. - ele murmura.

— Diferente como? - Carly e eu perguntamos ao mesmo tempo, e fazemos um high-five.

— Você vai ver. - ele só diz isso e tenta não acelerar muito o carro.

Freddie para em um semáforo e parece confuso da maneira que o trânsito funciona, ele olha atentamente para todos os lados e acaba avistando um carro da policia virando a esquina. Ele olha pelo retrovisor e verifica se tem passagem livre. Freddie engata a ré e sai cantando pneu, em uma manobra ágil o carro toma o sentido normal e ele acelera para contornar por outra rua. Carly foi parar na frente do vidro e eu caio por cima da marcha por estar sem cinto.

— O que está acontecendo? - Carly pergunta com o rosto no vidro da frente.

Freddie freia o carro e me tira gentilmente de cima do câmbio do carro, parece que tem algo “superimportante” ali que ele não quer que eu mexa.

— Você se machucou? - ele segura minha mão.

— Acho que não. - empurro a Carly um pouco para frente.

— Eu estou super bem, obrigado. – Carly se sente excluída e volta a se sentar no meu colo.

— Ok. - ele conduz o carro pela rua e faz um trajeto alternativo para meu apartamento.

Enfim chegamos à frente do apartamento em "segurança". Abro a porta pra Carly que cai para fora do carro e se choca na calçada.

— Pelo menos o vestido não subiu- ela murmura se levantando.

— Aqui estão as chaves. - Freddie me entrega e eu entrego para a Carly.

— Obrigada hein. - ela toma fôlego- Até depois Sam, temos que fazer alguma coisa juntas, e que não seja andar de carro.

— Concordo com você amiga. – pisco para ela - Fica longe da cozinha. - eu digo e fecho a porta antes de ela protestar.

— Ridícula! - ela grita do lado de fora

Solto um risinho e por fim me viro para contemplar o Freddie.

— Oi Grilos. - me inclino para beija-lo.

Ele ri e me beija na boca. Seus lábios puxam os meus, não sei como, mas, de repente, ele está com as mãos nas minhas costas me puxando para perto dele, minha respiração aumenta e eu afundo as mãos no seu cabelo. Freddie se distancia tomando ar.

— O vidro não é tão escuro. - ele reclama e volta a se sentar corretamente, faço o mesmo sorrindo.

— Uma pena. - uma ideia interessante se passa na minha mente.

— Eu sei. - ele lê meus pensamentos.

— Infelizmente temos que devolver depois. - aliso o banco e coloco o cinto de segurança.

— Quem disse que precisamos? - Freddie comenta e coloca o carro em movimento.

— Não entendi. - olho para ele.

— Depois eu te explico. - ele me responde e verifica o retrovisor.


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Notas finais do capítulo

Hey good time (em homenagem a vc Paola, que disse pra mim que eu era uma senhora destruidora mesmo huehue) gostaram? Odiaram? Falem a verdade sem medo, ok? Vou postar daqui a pouco a continuação e depois faço a listinha de agradecimento pelo fim de ano e tal... Beijão!



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