Nasce Um Vampiro escrita por tami_fanfics


Capítulo 5
Capítulo 4 - "Eu gosto de você!"




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Nasce um vampiro

Capítulo 4 --- “Eu gosto de você!”

 

Ela me encarava com seus olhos cor de chocolate e seu sorriso brilhante.

 

Mais uma vez, perto dela eu não sabia o que fazer.

 

- Eu não sei.

 

- Hum... Você não vai comer? – Perguntou-me ela.

 

- Não, estou sem fome. – Olhei para baixo e vi suas mãos vazias. – E você? Não vai comer?

 

- Er... Eu...

 

Ela olhou para trás. Jacob, Mike e quase todo o refeitório nos encarava com curiosidade. Bella corou imediatamente. Percebi que ela não havia olhado para eles, e sim para sua bandeja com comida que havia ficado na mesa deles.

 

- Eu também não estou com fome.  – Mentiu. Ela queria comer, mas havia esquecido a bandeja na mesa em que estava.

 

- Sei. – Disse para ela, expressando minha desconfiança. 

 

Estendi minha mão para ela. Bella pegou sem hesitar.

 

Com sua mão na minha, segui arrastando-a em direção ao balcão. Meus olhos percorriam o caminho até lá. Enquanto os dela fitavam meu rosto com interesse.

 

Seu toque era mágico. Apenas um mísero toque e eu me sentia tão bem. Sensação de Paz. Paz e traquilidade.

 

Quando cheguei ao balcão comprei uma lata de Soda limonada e uma fatia de pizza para ela. Coloquei-os em uma bandeja. Consegui equilibrar a bandeja em uma mão só já que a outra ainda segurava a mão de Bella.

 

Sentia ondas de curiosidade emanar dela.

E ela não segurou esse sentimento por muito tempo...

 

- Para onde vamos Edward?

 

- Espere e verá. – Disse.

 

(...)

 

Sentei-a no banco e caminhei para o lado oposto da mesa de madeira envelhecida, sentando de frente para ela. Que avaliava o lugar incessantemente. Como se estivesse registrando-o na memória.

 

Poucas pessoas conheciam essa parte da Forks High School. Era uma área um pouco afastada do refeitório e desgastada pelo tempo. Haviam simples mesas e bancos de madeira. Fora feito para aproveitar os dias de sol.

 

Bom, o dia estava longe de um dia de sol, mas também não dava sinais de chuva. Ali teríamos privacidade.

 

- Nossa! Aqui é lindo. – Disse ela depois de um tempo.

 

- Sim. – Respondi. Empurrei a bandeja de comida para ela.

 

- Não é para você? – Perguntou ao perceber minha ação.

 

- Não. É para você! Vi que esqueceu a sua mesa. – Bella sorriu a ser descoberta.

 

Senti-me envergonhado. Ela era a primeira pessoa que levara ali. Sempre estive sentado sozinho ou na companhia de um simples livro.

 

- Edward?

 

- Sim Bella? – Respondi de imediato. Era uma reação ilógica que ocorria quando ela me chamava.

 

- Algum problema? – Perguntou antes de abrir a lata de Soda.

 

Fitei-a com insegurança. Deveria eu abrir o jogo e lhe fazer a pergunta que tanto desejava?

 

Enfim, decidi.

 

- Bella, me responde uma coisa?

 

- Claro.

 

- Por que você queria que eu me sentasse naquela mesa? Por que os abandonou? Por que veio comigo? Por que está aqui agora? – Soltei a enxurrada de dúvidas em cima dela de uma vez só.

 

- Hum... São muitas perguntas. Er... Eu queria que você sentasse lá por que quero ficar perto de você. Eles não paravam de me encher com histórias sobre suas conquistas e glórias. Eu estava ficando enjoada. Mais alguns segundos e eu sairia de lá correndo. E estou aqui agora por que sabia que você ia me comprar um lanche melhor...

 

Hãn?

Era exatamente isso que estava estampado em meu rosto.

Ela começou a rir. Rir, não. Gargalhar. Tanto que perdeu o fôlego.

 

- Estou brincando seu bobo. – Debochou de mim enquanto recuperava o fôlego. – Eu te segui por que sua companhia é mais agradável do que a deles. Estou aqui porque eu gosto de você!

 

Depois do susto, comecei a raciocinar sobre o que ela disse.

Ela realmente gostava da minha companhia. Gostava de mim. Assim como eu gostava dela.

 

- Gosta de mim? – Perguntei ainda inseguro.

 

- Sim, gosto. Quer que eu seja oficial? Então tá. Eu, Isabella Marie Swan, gosto de você, Edward Cullen. – Ela disse em um tom mais alto que o normal e brincalhão.

 

- Eu acredito em você Bella.

 

- Acho bom – Sua voz era autoritária. Mas ainda podia-se ouvir o tom de brincadeira. – Mas me diga... – Ela voltou a admirar o jardim – Como achou esse lugar? Deve ser mágico em um dia de sol...

 

O que tinha de linda tinha de curiosa.

 

- Eu achei o refeitório tão fechado, me sentia preso... – Ela afirmou com a cabeça, como se compreendesse a minha situação. – Então perambulei pela escola procurando um lugar onde me sentisse bem e... – Fiz uma pausa para olhá-la, que sorria radiante diante de minhas confissões – Achei este lugar. E sim, é realmente lindo em dias de sol.

 

Ela colocou a lata de refrigerante vazia sob a mesa.

Nesse instante me lembrei de nossas aulas. Olhei para o relógio e acertei. Se não corrêssemos íamos nos atrasar feio. Pelo menos a Sra. Mabel não nos daria aula hoje.

 

- Bella, precisamos ir, senão chegaremos atrasados na aula do Sr. Varner.

 

- Ok. – Disse ela se levantando – Mas antes, prometa que voltaremos amanhã.

 

- Claro, agora vamos. – Ela deu a volta na mesa e parou a o meu lado, sempre acompanhada de seu sorriso.

 

(...)

 

Sentamos em nossas mesas e... adivinhem? Mais olhares.

 

Nós não conversamos muito durante o caminho para a sala de aula. Mas eu estava satisfeito. Havíamos esclarecido alguns pontos importantes. Agora eu sei que ela não é louca. Simplesmente, gosta de estar comigo.

 

Esperamos pelo Sr. Varner que estava mais de 5 minutos atrasado. Os alunos continuavam falando e em carteiras alheias. Bella mantinha-se enfiada no livro de matemática. Ela parecia estar com dificuldades, por seu cenho franzido e lábios repuxados. Depois me ofereceria para ajudá-la.

 

10 minutos de atraso.

 

15 minutos.

 

Quando se passaram 20 minutos, apareceu a Sra. Mabel, professora de Literatura, para nos informar que nossa turma seria liberada mais cedo, pois o Sr. Varner teve imprevistos e não poderia comparecer na escola. E ela por sua vez, não tinha aulas conosco.

 

A turma depois do choque começou a comemorar. Alguns diziam que iriam beber, outros dormir, caminhar, beber mais, continuar dormindo e etc.

 

Bella arrumava seus materiais, como todos, esbanjando um sorriso no rosto. Quando terminou, colocou a bolsa nas costas e parou para me olhar.

 

- Vamos? – Perguntou segurando um das alças da bolsa.

 

Coloquei o último livro dentro da mochila, depois a coloquei nas costas.

 

- Vamos.

 

(...)

 

Mais um dia. Outra caminhada. Completamente diferente. Era incrível como ela não se deixava ou me deixava parar.  Era sempre um assunto diferente. Mas eu também perguntava sobre os gostos dela, suas preferências e outras coisas mais.

 

- Vamos fazer um ping-pong Edward?

 

- Você sabe jogar isso Bella? – Ela acabara de dizer que não praticava esportes.

 

- Claro. É bem fácil!

 

- Não sei não. Eu vou me atrapalhar com a raquete e onde você vai arranjar uma mesa?

 

Ela parou de andar para me encarar. Seus olhos avaliavam tudo e estava me assustando. Depois pareceu ter uma revelação.

 

- Edward! – Não foi um grito, mas foi alto. – Eu estou falando da brincadeira, não do esporte. – A esta altura ela já estava rindo horrores da minha confusão.

 

- Ah sim! E como é essa brincadeira? – Ri junto com ela.

 

- Simples. Eu vou te fazer uma pergunta e você responde com a primeira coisa que lhe vier à cabeça ok?

 

- Entendi. Comece.

 

- Hum...

 

 Ela pensou por um breve momento.

 

– Uma cor?

 

- Azul escuro, e a sua?

 

- Azul claro. Uma flor?

 

- Sei lá Bella... Rosas. E você?

 

- Lírios. E... Copos-de-leite. Hum... Um carro?

 

- Com 4 rodas. – Disse com um sorriso torto.

 

- Engraçadinho. – Seus olhos estavam semicerrados.

 

– Eu falo sério Edward. Um carro?

 

- Hum... Gosto de carros pratas.

 

- Eu gosto do Volvo CG30 Prata.

 

- Um dia eu compro um pra você.

 

- Sério? – Havia um brilho especial em seus olhos.

 

- Sim.

 

Chegamos a sua casa.

 

- Última pergunta? – Perguntou-me com um sorriso irresistível. Afirmei com a cabeça.

 – Uma comida?

 

- Ah! Essa é fácil. – E era mesmo. – Filé. Um filé bem mal passado. Só o filé. Puro. – Parei de falar para olhá-la.

 

Sua expressão era de surpresa. Os olhos esbugalhados e a boca aberta.

 

- Que foi? – Perguntei mesmo já sabendo a resposta. Era estranho. Esme sempre me dissera isso.

 

- Nada. – Disse balançando a cabeça. – Eu também gosto de filé. Só que o mais bem passado possível. Bem crocante por fora e macio por dentro – Ela fitava o vazio. Provavelmente lembrando-se do que me descrevia. E então, voltou a olhar pra mim. – Que horas são?

 

- Ainda está cedo. – Disse após olhar o relógio. – A falta do Sr. Varner nos deu muito tempo livre.

 

- Ótimo. – Disse ela.

 

Ela subia as escadas rapidamente. Quando pensei que iria entrar em casa, Bella se virou para mim e sentou-se no meio da escada. Depois deu algumas batidinhas no espaço restante do degrau.

 

Dirigi-me até ela e sentei ao seu lado.

 

Estávamos muito perto.

Ela se se encostou a mim e deitou sua cabeça em meu ombro. Coloquei um braço em volta de sua cintura para que ficasse mais confortável, enquanto minha outra mão fazia carinho em sua cabeça. Ela se aconchegou mais a mim. Sinal de que estava gostando das carícias.

 

Era tão bom estar com ela.

 

Ela poderia dormir em meus braços que eu a protegeria.

 

--- Fim do Cap. 4 ---


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