Billy chegou pela manhã, Tyler já havia tomado banho e mamado e estava no bebê conforto enquanto eu tomava meu café. Ele não tinha nos visitado no hospital, pois não queria atrapalhar. Ele ficou encantado como todos. Pediu para pegá-lo no colo e ficou todo bobo quando o fez.

—Somos avôs, Charlie – ele disse sem tirar os olhos de Tyler.

Billy ainda não aprovava meu relacionamento com Edward, mas ele sabia que não importava o quanto ele falasse, eu não o deixaria, ele deixou de dar seus sermões e vez ou outra me dirige um olhar reprovador que eu ignoro. Se Edward ainda me queria apesar de tudo, não seria ele a deixa-lo.

Depois Ângela e Ben vieram. Estavam noivos. Os parabenizei e ela me contou que iriam para a mesma faculdade em Seattle. Contam também que Mike a Jessica começaram a namorar e iriam para Ohio.

—Ele é lindo, Bella – Ângela diz – Um príncipe.

—Estou apaixonada por ele – sorrio.

Edward me busca assim que eles saem para ir para a mansão. Minha picape ficaria aposentada já que eu não poderia transportar Tyler nela. Ele me convenceu a aceitar um carro como presente de formatura. Obviamente muitos beijos estavam na negociação.

Assim que estaciona o carro percebo um diferente dentre os carros da família, preto e elegante, mas sem ser chamativo, poderia viver com ele.

—Seu novo carro – ele me entrega a chave, aperto o alarme para desbloquear e é de fato o que eu suspeitava – vai entrando que vou colocar a cadeirinha no carro.

—Bella! – Esme surge e sorrio, ela é minha segunda mãe – como vai esse príncipe? Tem conseguido dormir.

—Tyler vai bem. E Edward me ajuda muito de madrugada.

—Vem ver o quarto. Alice mesmo teria vindo te chamar se não estivesse de um lado para o outro arrumando tudo pela milésima vez.

O quarto é duas vezes o meu. Uma bela fotografia da praia de La Push dá charme ao quarto. O berço é rústico e lindo, assim como a cômoda e o armário. As cortinas imitam as folhas das arvores. E para minha surpresa havia uma foto minha no nascimento de Ty. Eu estava suada e descabelada, mas fiquei encantada pelo meu olhar captado pela fotografia. Meu olhar de devoção pelo meu bebê.

—Eu fiz algo mais neutro para ser usado ao longo dos anos sem ser muito infantil – fico em silêncio sem saber o que dizer - Diga alguma coisa, Bella – Alice disse quase quicando, ansiosa.

—É lindo, eu amei – passo Ty para um braço e a abraço com o outro – Ficou perfeito.

—Fico feliz que tenha gostado, Bella. Tem tudo aqui para o que precisar. Pesquisei na internet e tudo. Tem trocador, banheira, um estoque de fraldas, roupinhas... Tudo mesmo. Até por que esse será o quarto dele quando você e Edward se casarem.

—Sobre o casamento, Edward e eu queremos esperar até que Tyler faça pelo menos seis meses.

—Ótimo, isso me dá mais tempo para deixar tudo perfeito – ela beija minha bochecha e sai.

—O que achou do quarto? – Edward se põe ao meu lado.

—É incrível, ficou perfeito. Alice nunca erra.

—Sabia que eu consigo ler a mente de Tyler?

—Não, o que ele está pensando?

—A mente dele ainda é de um bebê, mas ele ama a sua voz e é através dela que eu percebo o que ele quer antes de chorar e consigo fazer você dormir mais – eu me estico para beijá-lo – ele também gosta da minha voz e da sua canção de ninar.

—Jacob ficou de visitar Tyler a noite.

—Fique até o jantar, Esme quer cozinhar pra você.

—Tudo bem.

—Oi, Bella. Oi, Tyler – Rose vem até nós – Mas que bebê mais lindo – ela estica as mãos e passo Tyler para ela de bom grado que o segura com a maior delicadeza.

—Já que Rose vai ficam com Ty, o que acha de irmos à nossa clareira?

—Preciso deixar leite pra ele então. Alice, onde tem a bombinha? – digo em voz normal sabendo  que ela escutaria.

—Terceira gaveta da esquerda na cômoda – ela me responde.

Depois de deixar o leite, Edward me põe em suas costas e corre até nossa clareira. Não consigo ficar com os olhos abertos sem enjoar, então os fecho até chegarmos. Apesar de ser inverno, não havia nevado mais e a que já tinha havia derretido.

—Amo esse lugar – diga saltando das costas de Edward o beijando.

Nunca iria me acostumar a beijá-lo. Passo meus braços por seu pescoço e ele me envolve a cintura, nos deixando mais próximos. Quando o ar se faz necessário pra mim, não deixo de abraça-lo e descanso minha cabeça em seu ombro.

—Ainda não caiu a ficha de que sou mãe – digo – E se eu não for boa o bastante?

—Você é, eu garanto – ele me beija os cabelos.

—Onde vai ser nossa lua de mel? – pergunto curiosa.

—Vai ser surpresa.

—Odeio surpresa – faço bico e ele me beija.

—Dessa você vai gostar com certeza. Mas agora precisamos voltar por que sei que já não está se aguentando de saudade.

Quando chegamos Esme já tinha terminado o jantar e foi engraçado todos sentados na mesa e só eu comia. Dessa vez foi ela que ficou com Tyler no colo enquanto eu jantava. Ele seria o garotinho mais estragado do estado.

—Estava tudo incrível, Esme, muito obrigada. Mas agora eu preciso mesmo ir.

—Tudo bem, foi bom passar o dia com esse príncipe em casa – ela beija os cabelos de Ty, assim como Rose e Alice.

 Edward disse que ficaria para resolver algumas coisas, mas que chegaria antes de eu dormir. Vou no meu carro novo. Ajeito Tyler no bebê conforto e dou partida. O carro ronrona enquanto parece deslizar pela estrada quando chegamos à rodovia. É um experiência totalmente diferente de dirigir minha velha picape.

—O Cullen realmente caprichou no presente – Charlie diz assim que entro em casa

—Edward queria me dar um presente de formatura e além disso não poderia transportar Tyler na picape.

—Eu poderia ter comprado um outro carro – Charlie resmungou mas não respondi por que Ty começou a chorar.

—Oi, bebê – ergui-o, sustentando sua cabeça e senti o cheiro – Tenho que trocá-lo, depois conversamos.

Subo as escadas e vou para o banheiro onde uma pequena banheira está. Dou banho, visto e ouço a campainha. Provavelmente Jake. Desço com Ty no colo.

—Oi, Jake.

—Oi, Bells, Tyler – ele se aproxima, beija minha testa e pega Tyler. Charlie vai buscar algo para Jake na cozinha.

—Você está fedendo a vampiro – Jake torce o nariz.

—Passamos o dia na casa dos Cullen. Tenho babás ótimas lá – Jake faz carreta.

—Ele não é fantástico? – seus olhos se perdem no rosto de Tyler.

—Poderia passar um ano inteiro só olhando pra ele.

—Garoto, teve sorte que eu trouxe hambúrguer para Bells, mas ela já tinha jantado – Charlie entrega o saco de papel para Jake que devora sem pestanejar.

Tyler começa a resmungar sonolento então subo para coloca-lo para dormir. Quando desço, Jake já foi, disse que tinha que acordar cedo, então vou tomar banho e quando entro no quarto Edward está com Tyler nos braços, cantando minha canção de ninar.

Nos deitamos e ele volta a cantar até que eu adormeço.