Deep Six - Novos Horizontes escrita por Gothic Princess


Capítulo 9
Capítulo IX - Controle


Notas iniciais do capítulo

Hello, heroes!! Demorei, mas voltei!!

Reparei que o número de pessoas acompanhando a fic aumentou muito, mas na primeira temporada (kkkk é a vida), então espero que os que começaram a ler ela agora estejam gostando, e para os que já estão aqui, não sejam tímidos, eu não mordo!! Podem mandar reviews os MPs me dizendo se estão gostando ou se preciso melhorar algo, minha escrita depende só de vocês. Confesso que desanimei um pouco quando vi que no começo da primeira temporada eu recebia uns 10 comentários por capítulo e nesse último recebi só um ;-; O que me anima é ver que tem tanta gente acompanhando e participando no tumblr, pelo menos se que vocês não estão odiando a fic.

Nesse capítulo vamos conhecer o Cypher, que é um vilão do Batman (um dos mais fortes por causa do poder dele). Meu plano inicial era usá-lo de outra forma, mas uma coisa levou a outra e aqui estamos hehehe. Vou usar a versão que apareceu nos quadrinhos e na série Beware the Batman porque a versão dos quadrinhos antigos era muito sombria e eu acho que já vai ter coisas sombrias demais nessa fic, preferi deixar algo mais light.

Espero que gostem!! E pra quem shippou Damian e Emma no último capítulo, tamo junto u.u

Obs: Jeffrey e Apolo no banner desse capítulo, precisava falar que eles são os meus amores nessa história!! *---*



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— Ethan, tem certeza de que ele entrou naquele beco? —Melissa perguntou pela oitava vez só naquele dia.

— Pela milésima vez, tenho! As câmeras de segurança de uma loja vizinha gravaram o momento em que ele entra com a moto no beco e ele não sai mais de lá! — o Palmer responde, já estressado por toda a pressão feita por ambas as irmãs Wayne quando perceberam que seu irmão havia desaparecido. — O localizador no comunicador dele foi desativado, talvez o tenham destruído, eu não sei. Só sei que ele não saiu daquele beco!

— Olhamos em todos os túneis de esgoto da cidade, o Kevin olhou através de todos os prédios próximos da área. Nem a moto dele encontramos! — Kate suspirou, cansada por estar procurando pelo companheiro de equipe há dois dias, quase não tendo descansado neste período de tempo.

— Ninguém some assim do nada — Kevin aproximou-se da tela do computador onde a imagem das câmeras de segurança em que Damian entrava no beco eram mostradas repetidamente. — Ele estava perseguindo alguém desde Metrópolis, quem é essa pessoa?

— Não faço ideia. Não há como identificá-la com o capacete e a moto não tem placa — Melissa esfregou os olhos com seu polegar e o indicador. Sua falta de sono era cortesia da preocupação com seu irmão e, ao mesmo tempo, com o fato que ela descobrira sobre ele na mesma noite em que o mais velho sumira. — Vamos continuar procurando

A heroína se levantou da cadeira ao lado de Ethan e quando ia dar o primeiro passo na direção do elevador, todas as luzes do local se apagaram. O grito de Grace foi ouvido vindo do corredor e o som de algo se chocando contra a parede de metal também, juntamente com a risada de Scott.

— Por favor, me diz que você caiu! — o atlante gritou entre risos.

— Ethan! — Mel se voltou para onde achava que o técnico estava, não conseguindo ver nada naquela escuridão.

— Deve ser uma pane nos circuitos da base — ele explicou. — A Scava deve estar tentando resolver nesse momento, ela não depende da energia do prédio.

Logo que ele disse isso, as luzes voltaram e os computadores foram ligados novamente.

— Estão todos bem? — Kev gritou na direção do corredor e viu Grace andando com Scott na direção deles. A velocista massageava sua testa e tinha uma expressão meio irritada, meio envergonhada no rosto.

— Isso foi um sinal divino para você parar de ser competitiva e querer apostar corrida para tudo — Scott comentou, agora tentando não rir tanto.

— Se machucou? — Kate pôs a mão no ombro da menor, que negou com a cabeça.

— Só machuquei meu orgulho… De qualquer forma, o que aconteceu?

— Scava pode responder — o moreno deslizou sua cadeira para mais perto da mesa.

— Scava, bebêzinho da mamãe… Por que as luzes apagaram e me fizeram bater com a cara numa parede?! — Grace falou a última frase com mais raiva e quase gritando.

— Aparentemente elas foram desligadas por um tipo de…

A inteligência artificial foi interrompida quando uma chamada surgiu na tela do computador.

— Ligação do herói Questão — a voz robótica anunciou.

— Ele está na sala dele, por que está nos ligando? — Kevin questionou.

— Atenda — Melissa falou e Scava obedeceu. — Por que está ligando quando estamos bem aqui do seu lado?

— Se eu pudesse sair, talvez falasse pessoalmente. Agora vem aqui e tira sua irmã maluca da minha sala! — ele respondeu, não tão tranquilamente.

— Por que ela está aí? — a morena retrucou.

— Porque vocês, Waynes, tem uma mania chata de tentarem me matar. A Yuki não vai conseguir segurar ela por muito tempo, então sugiro que venham logo!

Kevin suspirou e usou sua super velocidade para chegar a porta da sala dos dois heróis em um segundo. Quando a abriu, viu que Tony estava de um lado da sala em que as paredes eram vermelhas com flores brancas desenhadas nela, e várias armas japonesas podiam ser vistas presas nas mesmas. Cassy e Yuki estavam do outro lado da sala espaçosa, onde as paredes estavam cobertas por papéis com fotos e artigos de jornal, assim como fitas vermelhas que interligavam todos eles. A Wayne mais nova parecia extremamente irritada e o líder da equipe sabia que ela não ficava daquele jeito tão facilmente.

— O que você fez? — Kev logo perguntou, ficando entre os dois.

— Não que eu tenha feito nada, mas se eu tivesse, ainda não é motivo para ela me atacar com uma cadeira — Tony apontou para a cadeira preta que havia sido arremessada de um lado para o outro da sala.

— Cassy, o que o Tony fez para você jogar uma cadeira nele? — o herói olhou para a amiga, que agora parecia menos inclinada a atacar o detetive.

— Ele não quer me ajudar a encontrar meu irmão e ainda fica falando besteiras para me deixar ainda mais preocupada e irritada!

— Ok, ele tinha razão, isso não é motivo para atacá-lo com uma cadeira.

— Obrigado! — o moreno ouviu a voz de Tony atrás de si.

— Ele até que mereceu uma boa cadeirada depois das coisas que disse — Yuki lançou um olhar irritado para o parceiro. — Mas tenho certeza de que a Cassy poderia ter sido menos agressiva e convencido ele de outra forma que não fosse o jogando da cadeira e ameaçando quebrar a cara dele.

— Não conhecia esse lado dela, admito que fiquei com um pouco de medo — Tony comentou. — Tudo o que disse foi que não podemos ficar desesperados e dar o irmão dela como desaparecido ainda porque ele pode simplesmente ter sumido por conta própria. Ou porque não aguentava mais fingir que é uma pessoa boa e um bom herói, ou porque simplesmente queria voltar a ser um assassino e foi para o lado dos vilões.

— Ele não está fingindo que é bom, ele realmente mudou! — Cassy gritou, querendo lançar algo na cabeça do detetive, algo bem pesado.

— Então seguindo por essa lógica, ele pode só estar se reencontrando no mundo novo de salvar pessoas, ou só ter fugido com uma garota.

— Tony! — Yuki o advertiu e o olhar da oriental dizia que se ele continuasse a falar sobre aquilo, ele acabaria levando não uma cadeirada na cabeça, mas uma kodachi em suas pernas.

— Ok, passei dos limites nessa parte, foi mal. Mas mesmo assim, não vou gastar o meu tempo procurando por alguém que nem sequer podemos considerar um desaparecido.

— Já fazem dois dias, já deveríamos estar indo para a polícia agora — Melissa falou firmemente, entrando na sala com Kate. — E as imagens apontam para um possível sequestro.

— É, eu vi as imagens, muito estranho ele perseguir aquela garota de uma cidade a outra e acabar sumindo assim — Tony fingiu estar interessado, porém deixando transparecer propositalmente sua falta de interesse.

Yuki cerrou os punhos e se aproximou do moreno, ficando bem na frente dele e, apesar da diferença de quase vinte centímetros de altura, ela conseguiu parecer intimidadora.

— Antony Bertinelli, só por um segundo finja que não tem essa rivalidade idiota com o Damian e ajuda a gente a procurar por ele! Não porque você quer, mas porque eu estou pedindo — ela não conseguia ver o rosto dele por causa da máscara, mas ele provavelmente estava tão espantado pela forma curta e grossa que ela havia falado, assim como os outros heróis ali presentes.

— Como sabe meu nome completo? — ela quase deu um soco no braço dele ao perceber que isso havia sido a única parte da frase que ele prestara mais atenção.

— Tony, você é o melhor aqui para encontrar pessoas…

— Ele tá atrás da Melissa — o detetive respondeu, olhando na direção da porta.

— Para de brincadeiras idiotas e leva isso a sério! — Cassy tentou avançar no colega de equipe, mas Kevin a segurou.

— Não é brincadeira — ele respondeu, simplesmente, e todos se viraram para a porta, onde Damian realmente estava de pé.

— Damian! — Cassy e Yuki gritaram ao mesmo tempo e correram para perto do mais velho.

— Onde você estava? — Kate perguntou, quase não acreditando que depois de tanta procura ele realmente havia aparecido do nada.

Damian havia recebido um abraço esmagador de sua irmã mais nova e depois outro de Yuki, correspondendo a ambos sem hesitar. Quando ouviu a pergunta de Kate, pensou em trilhões de desculpas para contar naquele momento, uma mais estranha do que a outra, então se decidiu. Como sabia que os heróis o estavam procurando há dois dias, sabia que eles haviam olhado as câmeras de segurança das ruas para encontrá-lo, precisava de uma mentira que se encaixasse com o que eles viram.

— Persegui uma garota até Gotham, reconheci a moto de um assassinato que vi na TV outro dia e quis ter certeza de que era mesmo ela. Quando chegamos ao beco, ela entrou nos esgotos e eu a segui, mas acabei a perdendo de vista e me perdendo também. No fim das contas estava numa parte meio violenta da cidade e acabei ajudando algumas pessoas por lá. Só demorou mais do que o esperado.

— Uau, herói da semana — Tony disse, deixando o sarcasmo aparente em sua voz, e bateu palmas duas vezes enquanto andava até sua cadeira para colocá-la de volta no lugar.

— E ficou dois dias tentando voltar para a base? — Melissa cruzou os braços, também não aceitando aquela história.

— Não sabia que estavam cronometrando o tempo, não fiquei com pressa de voltar — ele retrucou. A heroína apenas balançou a cabeça em sinal negativo e deixou a sala, indo para a sua própria para tentar dormir um pouco.

— Da próxima vez só dá um sinal de vida, ficamos muito preocupados — Yuki falou.

— Me desculpem por sumir, não vai acontecer de novo — o Wayne olhou na direção do corredor onde Melissa entrava em sua sala. — Preciso dar uma palavrinha com a Mel antes de…

— Não, você não precisa! — todos ouviram a voz de Batgirl antes que a porta se fechasse. A forma grosseira como ela falou não passou despercebida pelos outros.

— Está tudo bem entre vocês? — Yuki também olhou na direção em que ele olhava seriamente. — Pareciam ótimos no festival em Metrópolis, o que houve?

— Ela está estressada, só isso — Damian voltou o rosto para a namorada.

—Acho que todos nós estamos, perdi horas preciosas de sono com essas buscas — Kate bocejou.

— Ainda quer fazer aquela escalada? Podemos adiar — Kevin pôs a mão no ombro da namorada, trazendo-a para mais perto com delicadeza.

— Não, é nosso aniversário de namoro, não quero adiar nada — a loira sorriu e beijou a bochecha do moreno. — Só vou trocar de roupa, pegar meus equipamentos e nós vamos.

O líder pensou em dizer que não tinha problema e que ela podia descansar, mas sua namorada já estava animada com aquele encontro deles há muito tempo e parecia mesmo ansiosa, então resolveu não contradizê-la. Apenas observou enquanto a loira saia da sala e ia para a sua própria.

— Já que está tudo resolvido, Damian deve querer descansar um pouco — Cassandra falou.

— Só se esqueceu de inventar uma história para a sua moto ter sumido — Tony disse a Damian e recebeu um olhar furioso de Cassandra.

— Como eu saberia que ela sumiu? Não voltei para pegar.

— Estamos em Gotham, já imaginávamos que a moto dele tivesse sido roubada para sumir daquela forma — Yuki também lançou um olhar repreensor para o amigo para que ele parasse de tentar provocar seu namorado.

— Ok, não tenho mais nada a acrescentar — o detetive sentou-se em sua cadeira na frente de uma escrivaninha do seu lado da sala. — Agora me deixem trabalhar em paz, já fui muito agredido e ameaçado por hoje.

Cassandra revirou os olhos e se preparou para deixar a sala quando o Bertinelli voltou toda a sua atenção para o computador sobre a mesa. Damian segurou a mão de Yuki e ia levá-la para o lado de fora, mas a oriental parou de andar ao ouvir algo.

...Esses vigilantes não tem o direito de andarem por aí no anonimato, fazendo o que querem e o que acham certo! — a voz era de um homem e parecia vir de um vídeo. — Querem mesmo que seus filhos os vejam no noticiário e sigam esse exemplo? Querem que aconteça o que aconteceu com esse jovem?

— Tony, o que é isso? — Yuki soltou a mão do namorado e andou até estar atrás do amigo, olhando o vídeo por cima de seu ombro.

— Um problema bem grande que vai ser difícil de resolver… — o detetive não precisou se virar para saber que Cassy e Damian também ficaram curiosos e se aproximaram.

O homem na tela devia estar na casa dos trinta anos, sua pele era branca e seu cabelo era castanho claro. Sua expressão era de alguém extremamente irritado, mas ao mesmo tempo passava simpatia e compreensão.

— Quem era esse jovem de quem ele está falando? — Cassy via as fotos de um menino que não devia ter mais do que doze anos aparecendo na tela.

— Johnny Tate, morreu ontem à noite enquanto tentava imitar um vigilante. Pulou de um prédio e tentou se segurar no parapeito da janela com um gancho… Não funcionou — Tony respondeu, o clima na sala ficando extremamente mais tenso do que estava há minutos atrás.

Se eu for eleito, prometo criar uma força tarefa de verdade para colocar esses vigilantes na cadeia, que é o lugar deles! E como prova da minha promessa, irei investir uma boa quantia em dinheiro para a criação de um grupo especial de policiais que irão patrulhar as ruas de Gotham enquanto esperamos o resultado da eleição — o homem olhou diretamente para a câmera dessa vez. — E se eu for eleito o novo prefeito da cidade, podem acreditar que haverão centenas de homens patrulhando até que essa cidade esteja limpa, tanto de criminosos quanto de vigilantes.

— Quanta besteira! Vigilantes mantêm essa cidade limpa, esse idiota não sabe o que está falando — Cassandra olhou para a legenda do vídeo que dizia o nome completo do homem; Ian Johnson.

— Onde conseguiu esse vídeo, Tony? — Yuki o viu virar-se para ela.

— Enviaram para mim há dois minutos, email anônimo. Me sinto na série Pretty Little Liars agora.

— Isso é sério! Seja lá quem foi, sabe que você é um vigilante — a oriental argumentou.

— É claro que ele sabe. Como ele poderia jogar na minha cara que está tentando me eliminar sem ter certeza de que sei que a mais nova marionete dele está começando o serviço?

— Tony, para com isso. Já é paranoia demais você achar que o Jeffrey comanda essa equipe nova de vilões, agora acha que ele controla um político que está tentando, na visão dele, limpar a cidade?! — Cassandra suspirou, irritada.

— O que a Cassy quer dizer é que não podemos ter certeza ainda — Damian falou, não parecendo afetado após assistir aquele vídeo como as outras estavam.

— Reconheço uma marionete quando vejo uma, vocês são ingênuos demais para entenderem.

— Se sabe tanto sobre as marionetes do Crane, já deve ter sido uma delas — Damian cruzou os braços e sustentou seu olhar no detetive.

Yuki e Cassy quase soltaram um soluço de surpresa ao ouvirem o Wayne provocar Tony pela primeira vez desde que ambos haviam começado com aquela rixa silenciosa. Era difícil dizer qual fora a reação do Bertinelli por causa da máscara, mas o silêncio que reinou após o comentário foi longo o suficiente para as duas heroínas terem uma ideia de que ele não estava se divertindo nem um pouco com a situação.

Tony se levantou de sua cadeira e, mesmo sendo só dois centímetros mais alto do que Damian, ele parecia bem maior para as duas.

— Lembrem-se que estão na mesma equipe e não podem matar um ao outro! — Cassy gritou, num desespero repentino que sentiu ao vê-los cara a cara.

— Se tem algo para me dizer, Al Ghul, diga logo. Tenho coisas para fazer, casos para investigar, e você? — o detetive inclinou levemente sua cabeça para o lado. — Você tem mais mentiras para inventar.

— Tenho muitas coisas para te dizer, Bertinelli, não pense que é o único que investiga a vida de todos. E não aja como santo, ambos sabemos que você não é.

A máscara não ajudou a esconder que Tony havia trincado o maxilar e não parecia nem um pouco calmo com aquela conversa.

— É melhor sair daqui antes que eu me esqueça que é o namorado da minha melhor amiga.

Yuki não precisou ouvir duas vezes e puxou o namorado consigo para fora da sala, sabendo que aquela discussão não terminaria por ali se ela permitisse. O detetive não ficava irritado tão facilmente como Damian, então ouvi-lo falar tão severamente a havia surpreendido.

— Você também já pode ir embora — o detetive olhou para Cassandra.

— É melhor vocês aprenderem a conviver como seres civilizados, ou a Yuki vai acabar odiando os dois — ela se virou em seus sapatos de salto e seguiu para a saída. — E vamos resolver esse problema dos vigilantes juntos. Não ligo para sua ideia de lobo solitário, metade da equipe é composta por vigilantes, acho que todos têm o direito de dizer algo sobre o assunto.

Tony não respondeu e ela entendeu aquilo como um “beleza, só me deixa em paz”.

A mais nova andou de volta para a sala de comando onde Ethan guardava seu laptop na mochila para ir embora.

— Scava conseguiu identificar o que causou aquele apagão todo? — ela perguntou, sentando-se na cadeira onde antes o Palmer estava.

— Sim, parece que foi provocado por algum dispositivo de blackout, não sei como conseguiu entrar no nossos sistema.

— Que estranho… Foi bem na hora que o Damian voltou.

— Vou investigar melhor depois, agora preciso passar um pouco de tempo em casa antes que meus pais achem que eu me mudei — o moreno colocou a mochila nas costas e desligou alguns de seus computadores, deixando apenas um ligado.

— Ah, pode avisar para o Apolo que já encontramos o meu irmão, por favor?

— Vou mandar uma mensagem, espero que ele consiga abrir — Ethan já havia tentado milhares de vezes ensinar o semideus a usar aparelhos eletrônicos como computadores e celulares, mas ele parecia se identificar apenas com videogames. — Ele deve voltar da missão com a Mulher-Maravilha logo, então virá para a base.

— Preciso que ele converse com a Mel, ela está meio estranha desde o dia do festival. Achei que fosse por causa do sumiço do Dami, mas agora ela parece ainda mais fria.

— É o jeito dela, eu acho… Não posso afirmar com certeza porque não a conheço bem, mas dá pra ver que ela se importa muito com todos da equipe — Eth sorriu para a amiga e ela fez o mesmo para ele. — Já vou indo, e avisa para a Grace e o Scott que o refeitório não é lugar para uma competição de quem come mais hambúrguer, se eles vomitarem lá, eles vão limpar. Tchau, Cassy. Tchau, Scava.

— Tchau, Ethan — a jovem e a inteligência artificial responderam juntas.

Assim que o Palmer entrou no elevador e subiu para a superfície, Cassy se aproximou do computador para encontrar algo para fazer. Provavelmente acabaria vendo vídeos de gatinhos fofos pelo resto da tarde, ou até alguém chamá-la para fazer algo divertido na cidade. Bem no momento em que ela pensou em ir se juntar a Grace e Scott naquela tal competição de quem comia mais hambúrguer, seu celular vibrou e ela abriu a mensagem que recebera.

"Jane e eu precisamos de uma ajuda para pintar nosso novo apartamento, pode vir dar uma mão? Ela mandou dizer que depois vai fazer aquela torta que você tanto ama. - Jeff"

Cassy deletou a mensagem assim que a recebeu, pois sabia que se algum dos heróis do DS lesse aquilo, ela iria receber um sermão de como ser amiga do suposto inimigo da equipe era errado. Ela estava sem nada para fazer e realmente sentia falta da torta da amiga, então não via porque recusar.

"Por essa torta eu pinto até dois apartamentos. Só me manda o endereço que eu estou a caminho!" — Ela respondeu e logo que levantou-se da cadeira, a voz de Scava foi ouvida mais uma vez.

— Um incêndio começou em no edifício Hartford, Rua 650 em Gateway City. Os bombeiros não conseguem chegar aos últimos andares e precisam da assistência de alguém que consiga tirar as vítimas que ainda estão presas lá — a imagem do prédio de trinta e quatro andares, coberto por chamas na maioria deles, apareceu na tela do computador.

— Apolo está lá, avise pra ele! — Cassy sabia que ela não poderia fazer muito de onde estava e nem se fosse para lá. — Vou chamar o Kev.

— Não precisa, Cassy, já estou aqui e está tudo sob controle! — a voz de Apolo foi ouvida nos alto falantes da base. — Na verdade, pode mandar o Scott e a Grace, vamos precisar de mais água e de alguém que tire as pessoas daqui mais rápido.

— Scava, chama aqueles dois no refeitório, preciso ir agora. Boa sorte, Apolo! — a Wayne mais nova nem esperou pela resposta dele e já correu para o elevador.

§

Apolo havia passado a manhã toda ajudando sua mãe e a Liga a derrotarem um monstro bizarro que havia aparecido do nada em Gateway City e quase havia destruído a ponte. Quando Diana precisou sair logo que eles terminaram para uma missão com Superman, ele achou que poderia voltar para a base do DS e encontrar seus amigos, porém avistou o incêndio e foi checar se as autoridades precisavam de ajuda.

Agora ele já havia retirado a maioria das pessoas nos andares mais altos e seguia para o trigésimo terceiro, onde as chamas ainda não haviam chegado, mas se aproximavam rapidamente. O andar todo era um grande escritório e haviam diversas mesas com computadores e outros aparelhos, e para a surpresa do semideus, não havia ninguém ali.

Ele, então, ouviu o barulho de passos vindo em sua direção e se virou, porém quase não teve tempo de desembainhar sua espada quando uma lâmina desceu na direção de seu peito. Ele bloqueou o ataque com sua espada e viu que quem o atacava era a mesma espadachim que atacou seus amigos no banco dias atrás.

Shi não parou o ataque, continuou a desferir vários golpes contra o herói usando sua katana e colocando toda a sua força neles. O semideus bloqueava todos segurando sua espada com apenas uma mão, garantindo que aquela lâmina da vilã ficasse o mais longe possível de seu corpo. Ele conseguiu segurar o cabo longo da katana e a jogou para longe, acertando uma cotovelada não tão forte no peito de Shi, mas forte o bastante para fazê-la cair no chão.

— Aposto meu escudo favorito que não é coincidência você estar aqui — Apolo deu um passo na direção de Shi e foi empurrado com força contra o chão, sua espada escapando de sua mão e caindo bem ao seu lado.

— Olá de novo, Garoto Maravilha — Titânia desceu seu punho fechado na direção do rosto do herói, que desviou a cabeça para o lado e acertou um soco no rosto dela, não segurando sua força sabendo que aquela pele de metal a deixava protegida e que não precisaria ser delicado lutando contra ela.

Ela desferiu dois socos que foram bloqueados pelos antebraços dele e recebeu um chute na barriga, sendo lançada com tanta potência que atravessou várias mesas e bateu com as costas contra uma parede. O herói pegou sua espada e já se levantou desviando uma flecha, que vinha em sua direção, para o lado. Viu uma jovem de trajando roupas pretas e uma máscara de ninja atirando várias flechas nele, todas mirando em seu peito ou sua cabeça.

Continuou a movimentar sua espada para desviar as flechas, até precisar usá-la quando dez garras quase foram cravadas em suas costas. Wolf tentou atacá-lo por trás, esperando que o semideus estivesse concentrado em sua luta com a Arqueira Noir, não sabendo que Apolo se concentrava em tudo ao seu redor. O herói usou a espada para impedir que as garras o acertassem e acertou um soco com sua mão livre no rosto do vilão. Ele ainda usou um de seus braceletes para bloquear outra flecha que chegou bem perto de seu rosto.

— Vocês não estão pra brincadeiras hoje — Apolo murmurou, mais para si do que para seus oponentes.

Wolf continuou a tentar acertá-lo com suas garras e Apolo estava conseguindo bloquear os golpes rápidos com facilidade, até precisar usar sua espada para defender-se novamente de outro ataque de Shi. A oriental agora tentava golpes mais agressivos do que antes, parecendo não querer apenas acertá-lo, mas também fazê-lo ficar focado naquela luta e baixar sua guarda para os outros.

Apolo já estava perdendo toda a paciência que tinha, precisava sair dali e ajudar as pessoas que ainda estavam presas no prédio logo e aqueles vilões não pareciam querer deixar ele sequer respirar. Ele acertou uma joelhada na lateral do corpo de Wolf e segurou Shi pelo braço, a jogando em cima do oponente com violência. Ele sentiu umas das flechas da Arqueira ficar presa em sua armadura e por pouco não encostar em sua pele, então correu até ela, desviando mais flechas até segurar seu arco e a empurrar para o mais longe que conseguiu.

Titânia tentou voltar a lutar com o semideus, porém ele, depois de já ter enfrentado um monstro gigante mais cedo, não estava tão animado para lutar assim. Apenas se virou e envolveu seus braços ao redor da cintura dela, levando-a consigo e a jogando por cima de si para depois bater o corpo da loira com força contra o chão. A vilã conseguiu se desvencilhar do moreno dando uma joelhada em sua barriga e dois socos em seu rosto, rolando para poder se levantar.

— Me digam o propósito disso de uma vez! — Apolo apertou mais sua espada em suas mãos e encarou a oponente com um olhar extremamente irritado.

— Digamos que precisamos de você, garotão — Amanda deu um sorriso de canto, recuperando o fôlego.

— Não sei se bateu a cabeça com força quando to joguei daquele jeito, mas não vou ajudá-lo em nada. No máximo a chegar até a prisão, fora isso, sem chance — ele olhou em volta e viu que todos os outros vilões estavam de pé a uma certa distância dele e haviam parado de atacá-lo.

— O lado bom dessa situação, é que você não tem escolha — Amanda cruzou os braços.

Apolo sentiu algo atrás de si e se virou, vendo um tentáculo verde se aproximando dele. Deu vários passos para trás e seguiu a linha iluminada até um homem, ou máquina, que estava no teto da sala, e usou sua espada para impedir que aquele mesmo tentáculo se aproximasse novamente. Ele, no entanto, não viu o segundo tentáculo florescente que estava atrás de si e se plugou em sua nuca.

No momento em que o tentáculo se conectou ao herói, ele largou a espada e seus olhos azuis assumiram uma coloração esverdeada clara.

— Cypher? — a Luthor se aproximou de Apolo.

— Uau, esse aqui é bem forte. Nunca consegui chegar perto o suficiente de um semideus assim antes para controlá-lo — o herói respondeu, sua voz saindo meio robótica. Amanda sabia que Cypher só conseguia falar através de seus fantoches e sinceramente não ligava para o motivo.

— Nós ajudamos um pouco, distrair esse idiota não é fácil — Amanda revirou os olhos. — Arqueira, avise ao Cataclismo que conseguimos.

— Tem mesmo controle total sobre ele? — Shi perguntou, olhando para o ciborgue que ainda estava preso no teto enquanto seu tentáculo se prendia na nuca de Apolo.

— Pela quantidade de diamantes que estão me pagando, é claro — o vilão respondeu através do herói, então ouviu algo em seu ouvido. — Estão falando com ele.

— Warrior, estamos a caminho! Quantas vítimas ainda faltam resgatar do incêndio? — Scott perguntou pelo comunicador.

— Bastante venham logo! — Cypher respondeu através de Apolo, fingindo estar preocupado.

— Esses comunicadores estão um lixo, a voz dele saiu igual a de um robô — Grace comentou, também pelo comunicador. — Vamos chegar em dois minutos!

— Estão vindo — Cypher anunciou e Amanda assentiu e olhou através de uma das janelas do andar para o caos que estava na rua do prédio.

— Vamos dar as boas-vindas adequadas a eles.


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Notas finais do capítulo

*O edifício Hartford que fica na Rua 650 é um prédio real em São Francisco, Califórnia. Resolvi usar ele porque os criadores de Gateway City disseram que ela foi inspirada em São Francisco. Pra mim quanto mais realista melhor kkkkk.

Tava lendo a primeira temporada de novo e senti que não dei muito crédito para o Apolo nela, então resolvi dar uma moral pra ele agora com essa luta!! Ah, e sabem aqueles casais que se odeiam e vivem discutindo, mas mesmo assim você shippa? Então... Damian e Tony pra mim kkkkkkk não é crime shippar eles, só queria falar isso mesmo. Não sei se ficou claro até agora, mas eles se detestam :D

O próximo capítulo vai sair logo!! Não se esqueçam de comentar me dizendo o que estão achando e de mandarem perguntas no tumblr, adoro quando vocês interagem com os personagens *-* E se alguma pergunta não for respondida, é porque ela nem chegou. As vezes o tumblr faz isso, acha que é spam e não envia a mensagem, então já sabem: Gothic não respondeu, Gothic não recebeu.

Un beso mis amores :*